Resultado das políticas de “apoio aos jovens”
23 Julho, 2009
Desemprego afecta 19,6% dos jovens em Portugal
Como que se chegou aqui? Este desemprego é o reverso da medalha dos direitos dos trabalhadores. Empregos vitalícios, salário mínimo, restrições aos recibos verdes e aos contratos a prazo e direitos vários desincentivam a contratação de jovens.

Se calhar era melhor o desemprego afectar os pais dos jovens que perdiam o emprego seguro. Seria muito giro. Há pessoas mesmo abéculas.
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Teria sido muito giro se os pais de João Miranda tivessem sido despedidos e o João Miranda tivesse que ir trabalhar aos 18 anos em vez de estudar.
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O João Miranda já ouviu falar, de certeza, do efeito borboleta. Tente aplicar esse conceito aos recibos verdes. Sabe o que origina?
Recibos verdes significam incerteza. Um jovem a recibos verdes não arrisca pedir um empréstimo para comprar casa ou carro, por exemplo, e evita gastos supérfluos porque sabe que no dia a seguir pode estar já sem emprego.
Agora imagine milhares nesta situação: economia estagnada. Se houvesse mais estabilidade eles gastariam mais e a economia só beneficiava com isso. Assim, como recibos verdes, só beneficiam as empresas. Percebeu?
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Segundo o link a taxa de desemprego jovem por cá é de 19,6% e em Espanha é de 33,6%.
Para os jovens é muito mais curtido viver em Espanha.
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Nem mais.
1) Uma das propostas aventadas – que está longe de ser certa no próximo programa do PSD – é a liberalização da contratação a termo. Num cenário de desemprego maciço, na ordem dos 11%, esta medida pode, ao reduzir os custos dos empregadores na contratação de trabalhadores, ajudar a diminuir em muito a taxa de desemprego, haja coragem de enfrentar os sindicatos nesta matéria. É relativamente simples: ou se aceita que empresas debilitadas possam reduzir os riscos da contratação ou o desemprego continuará na ordem dos dois dígitos por muitos anos.
2) Continuo sem perceber o drama dos recibos verdes. Vivi durante alguns anos a recibos verdes e não foi por isso que caí em desgraça. Faz parte do início de uma carreira. Quando os trabalhadores demonstram a sua utilidade necessariamente, mais tarde ou mais cedo, a empresa tratará de os assegurar para o futuro, oferecendo-lhes um contrato de trabalho. Por isso, o drama não existe para quem demonstre o seu valor; para os outros poderá existir, mas então pergunta-se por que Diabo hão-de estar a tirar o lugar a outros mais qualificados…
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João Miranda tem razão, contra factos não há argumentos:
o desemprego só existe porque não é permitida a escravatura. Pelo fim dos direitos! A escravatura legal para terminar com o desemprego.
Comentário José Barros. Já estive em recibos verdes, e acho que de forma totalmente adequada ao que fazia na altura. Não é necessariamente um drama. Mas, aquilo que você diz do valor do trabalhador e assegurar o trabalhador, etc: para liberal você é muito anjinho.
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mais um disparate de quem fala de barriga fora do sítio!!!
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Isto é mesmo de mais… Mas obrigado, vão ser estas imbecilidades que vão dar azo a discussão nas aulas do próximo 1º semestre. Terei de citar o autor, como é evidente.
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Anonimo, bem podes exigir direitos se nem para tortos ha dinheiro.
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É a consequência lógica. Regulação promove a escassez. Promove também a imobilidade social, imobilidade da qualidade.
Os pobres diabos que têm empresas unipessoais ou só com mais um sócio ou outro é que estão lixados. Nunca têm a garantia que um cliente entre pela porta e compre alguma coisa. São uns Pobres Escravos(Anónimo Dixit)!!!
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1ª opção – responder à letra
o despedimento devia ser livre? os trabalhadores não deviam ter direitos? enquanto jovens deviam ganhar menos do que 430€? deviam poupar para a reforma, quando fossem despedidos aos 45 anos e ninguém mais lhes desse emprego? ou seja, é preciso transferir o risco dos empresários desprotegidos para os trabalhadores opressores? e que tal fazerem essa experiência social com voluntários? não há voluntários? que pena, nem os neoliberais de pacotilha da blogosfera portuguesa?
2ª opção – responder pragmaticamente
candidatem-se à assembleia da república com esse programa. se as vossas ideias agradarem aos eleitores, terão a oportunidade de governar e concretizar as vossas ideias. se não agradarem, serão outros a governar com ideias diferentes das vossas.
3ª opção – respoder racionalmente
onde é que há o paraíso das vossas fantasias? ou pensam que vamos embarcar em aventuras?
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“Como que se chegou aqui? Este desemprego é o reverso da medalha dos direitos dos trabalhadores. Empregos vitalícios, salário mínimo, restrições aos recibos verdes e aos contratos a prazo e direitos vários desincentivam a contratação de jovens.”-
Com estas ideias alguma vez deixaremos de ser um país de miseráveis, onde impera o poder e ariqueza de poucos, que subjuga os interesses e a vida de uma população inyeira?
São posições desta natureza que “esquerdizam” os discursos. Por enquanto apenas os discursos e alguns relatórios.Mas caminhamos para acções. França devia servir de exemplo, aos Mirandas deste país.
Quando os pobres e miseráveis (que aumentam em cadia que passa) continuarem a ter gente que acha que o futuro passa, não por diminuír a riqueza e o rendimento onde ele é exorbitante e ofensivo, para ser distribuído por aqueles que têm pouco, menos ainda se a defesa das soluções do problema forem as propostas do João Miranda ( o aumento da capacidade do liberalismo económico – de que já vimos os frutos-) caminharemos para situações de violência incontrolável, pois serão muitos os que nada têm para perder…Arriscarão tudo. Até a vida.
Não estamos a falar de filmes ou de qualquer tipo de ficção. estamos a falar da História. Que sempre se repete.
Não há Governo que atente nisto. Estamos a assistir em França, ao início dos tumultos. Já foram testados na Grécia. Amenizam e escondem. Não vai poder ser sempre assim, se de facto não mudarem. Se de facto se continuar a defender uma Europa sem políticas sociais, onde impera apenas o valor dos negócios individuais (nem sequer é o das empresas, mas o dos empresários e seus administradores) O que nos espera? A ameaça de explosão de uma fábrica francesa, que encerra, sem que os seus trabalhadores recebam a justa indemnização, terá o apoio internacional dos trabalhadores…Espero para ver!
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Mas Rosinha, isso que esta a acontecer em franca ‘e por falta de apoio social e baixo salario minimo? Em franca?
Ca em portugal ja parece aquele ditado “casa aonde nao ha pao…” E ha cada vez menos pao.
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Quer-me parecer que algumas pessoas confundem SALÁRIO MÍNIMO com RENDIMENTO MÍNIMO.
Ora, sendo de 450€ o salário mínimo, estamos conversados.
A menos que se queira elogiar e aplaudir a Dra. Manuela Ferreira Leite quando disse que “aumentar o salário mínimo para 450€ roça a i-r-r-e-s-p-o-n-s-a-b-i-l-i-d-a-d-e!.
Isto depois deste aumento ter sido acordado em Concertação Social, entre governo, sindicatos e entidades patronais…
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O que acontece em França, nomeadamente na área laboral, ´tem a mesma génese em todo o lado. As diferenças agudizadas nos últimos anos em toda a Europa, em todo o Mundo, com a liberalização e a total desregulação e descontrolo sobre as economias dos países e o livre arbítrio dos financeiros, banqueiros e outros parceiros…, nos quais incluo os políticos que sempre defenderam que a economia, as finanças e as empresas, só poderiam funcionar bem, num mundo global, sem as intervenções dos Estados. Nas últimas décadas foi assim que todos vivemos. Quem floresceu afinal à sombra do florescente modelo neoliberal????? Apenas os mais ricos, ficaram mais ricos. Alguns até se afogaram nos mares da sua própria liberalização e das suas engenharias financeiras. Mas esses, morreram de amor…não há que lamentar as suas mortes.E todos passámos a viver em crise.
Os portugueses, porém, já estavam a vivê-la há muito mais tempo.
Liberalizar e desregulamentar os salários mais baixos, levará, alguma vez, algum país ao desenvolvimento??? È aí que quero chegar.
Os empresários portugueses, cujas pequenas e médias empresas não tenham condições de assegurar salários mínimos de pouco mais de 400 euros, não têm condições para estar em actividade nenhuma.
Haja coragem (que não há) dos Governos para acertar isto na Concertação com as representações empresariais.
Empresa que sobreviva apenas com salários mínimos não paga impostos. Os seus trabalhadores também não pagam IRS. O consumo que advém de uma população maioritariamente com rendimentos mínimos, é baixo. O real interesse económico é inexistente. Tem-se mantido alguns níveis de consumo, apenas à custa do crédito. (Agora chamam-lhe mal-parado..) Os baixos salários não qualificam a vida dos cidadãos, não promovem o desenvolvimento, nem o progresso,nem dão receitas ao Estado para o promover.
Só se percebe que continuem a prevalecer cada vez mais, porque quem comanda os Governos e os Estados são a meia dúzia que ganha com a miséria dos outros.
E parece que ainda há lata para continuar a defender que assim é que está bem…
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Assim é que está mal, Rosinha!
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Comentário José Barros. Já estive em recibos verdes, e acho que de forma totalmente adequada ao que fazia na altura. Não é necessariamente um drama. Mas, aquilo que você diz do valor do trabalhador e assegurar o trabalhador, etc: para liberal você é muito anjinho. – anónimo
Caro anónimo,
Em certos sectores da economia, em particular, na advocacia, que é aquele que conheço melhor, não há, pura e simplesmente, contratos de trabalho. Nem sequer contratos a termo. Porquê? Por uma razão muito simples: o legislador entende que os advogados devem ser dotados de autonomia técnica, ou seja, que devem ser capazes de decidir sem obedecer a ordens dos seus superiores, o que implica que não possam celebrar contratos de trabalho, os quais implicariam, por si só, uma relação de subordinação jurídica do trabalhador ao empregador. Nesse sector, dizia eu, trabalham dezenas de milhares de pessoas, a recibos verdes, sem que com isso lhes caiam os parentes na lama. Por isso não entendo, nem aceito, esta mentalidade medíocre, segundo a qual quem não tem um contrato de trabalho para a vida inteira está condenado a uma vida de infelicidade e desemprego futuro. É precisamente essa a mentalidade que justifica os níveis de desemprego, os baixos salários, a incapacidade das empresas de se reestruturarem, as falências, etc., etc…Portugal tem uma das leis laborais mais rígidas, quer em matéria de contratação a termo, que só é possível em casos excepcionais, quer em matéria de despedimento. Nada de bom nos trouxe essa legislação ao longo das décadas, contudo, o comum dos comentadores insiste nela e quer mais direitos, sabendo perfeitamente que os mesmos não podem ser garantidos, nem pelo Estado, nem por ninguém. Os comentários contra o neoliberalismo são a esse respeito delírios marcianos: se houve doutrina a justificar as leis laborais que temos em Portugal foram precisamente as doutrinas socialistas defendidas por todos os partidos nesta matéria e aplicadas diligentemente pelos tribunais. Com o “sucesso” que se conhece e que se traduz no definhamento da maioria esmagadora das empresas com as consequências sociais daí resultantes.
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#6, “Continuo sem perceber o drama dos recibos verdes. Vivi durante alguns anos a recibos verdes e não foi por isso que caí em desgraça. Faz parte do início de uma carreira.”
Pois.
No meu caso, já com 42 anos de idade, quando é que acabará O INÍCIO da carreira?
E isto é sem liberalização dos recibos verdes.
Como estaríamos com eles liberalizados?
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deixem-me perceber bem isto!(anónimo #1, Fernando Alves, e outros q tais..)
vamos manter a rigidez laboral, e a injustiça intergeracional pq, sem os empregos seguros prá vida, os jovens desempregados n teriam onde morar, uma vez q os pais, como apenas têm trabalho pq ninguém os pode despedir, n teriam onde morar!? é assim!?
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É perguntar aos desempregados se preferem estar desempregados ou receber 300-400€.
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E se lhes perguntar se preferem receber os tais 300-400 (ou mais) e manterrem-se desempregados!?
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ó 22 e se lhes perguntar se querem pão e sopa em vez de passarem fome? Ou se querem se prostituir? Ou se preferem entrar para o gang da mafia?
Será que não são capazes de perceber aonde vai chegar essa teoria?
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Aqui está mais um enorme disparate de João Miranda que confunde sistematicamente darwinismo biológico com economia e sociedade.
O João Miranda já ouviu falar num país chamado Argentina? Faça um favor a si mesmo, não tente comparar conceitos biológicos com conceitos económicos e sociais! Lembre-se que um dia terá 55 anos…!
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#20
Vamos lá ver as coisas com exemplos práticos que eu conheço:
1. Num casal a mulher trabalha há 5 anos a recibos verdes quase sempre para a mesma empresa. Será que a empresa não precisa dela a tempo inteiro? O homem desse casal cumpre o máximo de contratos a prazo numa camara municipal e ao acabar os limites dos contratos a prazo, a camara coloca-o a recibos verdes até voltar a poder fazer-lhe contratos a prazo. Concorda com esta situação? Não acha que há entidades que abusam dos recibos verdes? Resultado para a economia nacional deste caso: o casal queria comprar um T3 mas comprou um T1+1. Queriam comprar um segundo carro mas pediram um velho emprestado a um dos pais. Percebe o que quero dizer? Têm dinheiro mas têm medo de investir. Agora multiplique o caso deles por milhares e diga-me as consequências para a economia nacional.
2. Um casal constituido por 2 engenheiros ambientais trabalham 3 anos a recibos verdes. Durante esse tempo resignam-se a viver num T1 alugado. O homem do casal é integrado nos quadros da empresa para a qual trabalhou nesses 3 anos (SONAE) e a mulher é integrada na empresa de construção civil onde trabalhou também esses 2 anos. Logo após, compraram um T3 e carro novo e agora fazem planos para ter filhos.
Compare os dois casos e diga-me a sua opinião. E acha mesmo que as empresas com trabalhadores a recibos verdes não os podem integrar?
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A propósito das propostas liberais, deixo uma frase de um tio meu que esteve emigrado nos EUA muito tempo. Diz ele “na américa existe a máxima que diz que o dolar roda o mundo mas volta à américa”.
Sabem o que isso quer dizer? A amércia concedeu ajudas económicas à Europa com o plano Marshal. Quem ganhou com isso? A Europa reconstruiu-se e a América ganhou clientes para os seus produtos.
Imaginem que o Belmiro de Azevedo coloca todos os seus funcionários a recibos verdes fazendo-os ganhar o menos possível. Se isso acontecesse, quem tinha dinheiro para ir ao Modelo ou ao Continente fazer compras?
O liberalismo é lindo mas para que ele exista tem que haver classe média. Não se esqueça disso senhor João Miranda.
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#25
uns são engenheiros e os outros não, é isso?
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#27
Não. O primeiro casal também é constituído por 2 engenheiros.
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Meus Senhores,
Esse assunto toca a mim, e vós certamente tambem.
Não brinquem, nem façam “jogete” com os “miudos”, (“miudos”, com carinho).
Eles ainda pouco sabem da vida, e tanto se lhes exige.
Só o peso da “mochila”, já uma aberração.
Não brinquem.
Amanhã serao eles a escrever aqui.
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26, pelo menos um trillion desses dólares estão na China… Junte a isso os que tem o Japão, países árabes exportadores de petróleo, Brasil, etc. Os EUA actualmente vivem da dívida que emitem e (por enquanto) é absorvida pelo mercado. Os chineses já avisaram que se estão a fartar da brincadeira.
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Fernando Alves,
Os casos q refere apenas confirmam aquilo q o jm diz..
A rigidez laboral provoca essa dificuldade de integração nos quadros das empresas! Isto é, a injustiça geracional entre os q têm os seus direitos escritos em pedra e os q vêm atrás tem como consequência exacatamente aquilo q refere..
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João Miranda
Acredito que no seu próximo post, irá concerteza revelar os numeros do Euromilhões da próxima semana. Será concerteza a solução milagrosa para os desempregados jovens, pelo menos para aqueles que acreditarem nos seus numeros.
A politica está como está, porque sistemáticamente é bombadeada por criticas que se fundam naquela velha treta a que chamamos “treta demagógica”.
Venham lá as suas soluções, estarei atento.
VIVA PORTUGAL
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