Saltar para o conteúdo

Ainda a encíclica papal

4 Agosto, 2009
by

pope_funnyVer a crítica liberal, por Gabriel E. Vidal, no Mises Institute:

«But Benedict’s definitions of the market and of commutative justice are mistaken. In a free market, individuals do not exchange goods of equivalent value. They exchange goods of unequal value. If the values were equivalent, market participants would be indifferent and there would be no reason to make the exchange. It is precisely because a buyer values an apple more than 25 cents and because a seller values 25 cents more than an apple, that the buy/sell transaction takes place. This error originated in Aristotle’s treatment of exchange in his Nichomachean Ethics (Book V, p. 5), it was restated in Aquinas’s treatment of commutative justice in his Summa Theologica (q. 61 a. 2) and is repeated by Pope Benedict

Sobre a matéria, escrevi, brevemente, aqui.

15 comentários leave one →
  1. Tiago Mouta's avatar
    4 Agosto, 2009 16:14

    Continuo a não perceber porque é que o líder espiritual de uma das maiores religiões do mundo(senão a maior!!!), um indivíduo que deveria operar na essência do ser, no seu crescimento interior e espiritual, continua a dissertar sobre assuntos e bens materiais…
    Pela lógica se o Papa pode ser Economista e os Economistas podem ser Papas, então o Cavaco Silva pode ser Papa… É um encadeamento lógico, não muito longe da verdade!!!
    Não me parece que a função do Papa seja emitir pareceres sobre economia mundial, excepto, claro por análise directa ao fluxo de capital ao Vaticano via caixas de esmolas, dioceses e congregações!
    No fundo, o Vaticano opera, como um dos maiores Bancos Mundiais e, como tal, ressente-se da crise internacional… Só assim fazem sentido as encíclicas de Bento XVI!

    Gostar

  2. CAA's avatar
    4 Agosto, 2009 16:25

    Tiago Mouta,

    Não concordo. Para falar destes temas não é necessário ser economista. Aliás, grande parte deles percebe pouco do assunto, desviando-se para especializações pseudo-técnicas que os afastam da realidade.

    O Papa fala do que quer. E, neste caso, falou de apreensões generalizadas dos tempos que correm. Quanto a mim, equivocou-se no que respeita ao mercado. Mas é um erro antigo, mil vezes repisado, já quase maquinal…

    Gostar

  3. helder's avatar
    helder permalink
    4 Agosto, 2009 16:27

    Claro, e uma nova ordem mundial ou um governo mundial o quer que lá isso signifique! razão tinham Dante e Lutero quando identificaram a instituição papal com o dito cujo!

    Gostar

  4. Carlos Loureiro's avatar
    4 Agosto, 2009 16:42

    Em defesa do Papa, é bom recordar que ele está longe de estar sozinho nas ideias que defende (mesmo considerando apenas a tradição católica) – como, aliás, o texto realça – e que a defesa de um proto-governo mundial, através da reforma da ONU, é perfeitamente compreensível para alguém que exerce, de facto e de direito, as funções de Governador Mundial no seu específico domínio de acção e presumivelmente convencido do sucesso de tal forma de organização da instituição que lidera.

    Gostar

  5. Luis's avatar
    4 Agosto, 2009 17:07

    “If the values were equivalent, market participants would be indifferent and there would be no reason to make the exchange. It is precisely because a buyer values an apple more than 25 cents and because a seller values 25 cents more than an apple, that the buy/sell transaction takes place.”

    Que disparate. O comprador atribui à última unidade que comprou – é esse que conta na definição do valor – o mesmo valor que o vendedor atribui à última unidade que vende, ou seja, 25 cêntimos. É isso que se quer dizer com igualdade do valor na troca.

    Gostar

  6. Justiniano's avatar
    Justiniano permalink
    4 Agosto, 2009 17:46

    Caro CAA!
    O que escreveu, em tempos, não tem, nem de perto nem de longe, o mesmo teor substancial.
    Evidentemente que a Igreja não tem uma visão ontológica da vida “económica” e como tal não pode observar a eficácia dos “mecanismos ontológicos” neutros do mercado. (Outra coisa é a reacção recognitiva quanto à eficácia da propriedade…)
    Evidentemente que a Igreja produz enunciados normativos que se referem, essencialmente, a valores.
    Transpoe para as relações inter-subjectivas modelos de justiça comutativa.
    A encíclica, neste tocante, pode ser lida como Tocqueville expondo as virtudes do interesse esclarecido.

    Gostar

  7. Luis's avatar
    4 Agosto, 2009 18:19

    Expliquei tudo num post. É mais fácil. É de facto curioso que um site ~que nega o marginalismo o tente usar para refutar alguém. É um brilho!

    Gostar

  8. In Vino Veritas's avatar
    In Vino Veritas permalink
    4 Agosto, 2009 18:29

    Tudo indica que Gabriel E. Vidal se inspirou no escrito de CAA no CM…
    Com uma pequena diferença: Vidal leu a encíclica.

    Gostar

  9. CAA's avatar
    4 Agosto, 2009 18:30

    «Expliquei tudo num post.»

    Prontos, está bem!
    Se está tudo explicado, cesse tudo quanto a musa antiga canta, o mesmo quanto à actual, já que tudo está dito e elucidado…

    Gostar

  10. Zé Preto's avatar
    4 Agosto, 2009 19:48

    “Jesus Cristo não sabia nada de Finanças” (Fernando Pessoa)

    Gostar

  11. Zé Preto's avatar
    4 Agosto, 2009 19:49

    “Deus não percebe nada / Das coisas que criou (Alberto Caeiro)

    Gostar

  12. Luis's avatar
    4 Agosto, 2009 22:00

    “Se está tudo explicado, cesse tudo quanto a musa antiga canta, o mesmo quanto à actual, já que tudo está dito e elucidado…”

    Rebata.

    Gostar

  13. Anti-liberal's avatar
    Anti-liberal permalink
    5 Agosto, 2009 04:08

    .

    Escrevendo como o CAA: rebata, prontoS!

    Nuno

    Gostar

  14. Luis's avatar
    5 Agosto, 2009 23:44

    Não tem capacidade para tal. Presumo que a educação não lhe permita, e não tenho nada contra as pessoas que decidiram não seguir uma carreira académica. Ser trolha não é humilhante.

    Gostar

  15. Desconhecida's avatar
    José permalink
    6 Agosto, 2009 18:51

    traduz parece interessante.

    Gostar

Indigne-se aqui.