Ainda a encíclica papal
Ver a crítica liberal, por Gabriel E. Vidal, no Mises Institute:
«But Benedict’s definitions of the market and of commutative justice are mistaken. In a free market, individuals do not exchange goods of equivalent value. They exchange goods of unequal value. If the values were equivalent, market participants would be indifferent and there would be no reason to make the exchange. It is precisely because a buyer values an apple more than 25 cents and because a seller values 25 cents more than an apple, that the buy/sell transaction takes place. This error originated in Aristotle’s treatment of exchange in his Nichomachean Ethics (Book V, p. 5), it was restated in Aquinas’s treatment of commutative justice in his Summa Theologica (q. 61 a. 2) and is repeated by Pope Benedict.»
Sobre a matéria, escrevi, brevemente, aqui.

Continuo a não perceber porque é que o líder espiritual de uma das maiores religiões do mundo(senão a maior!!!), um indivíduo que deveria operar na essência do ser, no seu crescimento interior e espiritual, continua a dissertar sobre assuntos e bens materiais…
Pela lógica se o Papa pode ser Economista e os Economistas podem ser Papas, então o Cavaco Silva pode ser Papa… É um encadeamento lógico, não muito longe da verdade!!!
Não me parece que a função do Papa seja emitir pareceres sobre economia mundial, excepto, claro por análise directa ao fluxo de capital ao Vaticano via caixas de esmolas, dioceses e congregações!
No fundo, o Vaticano opera, como um dos maiores Bancos Mundiais e, como tal, ressente-se da crise internacional… Só assim fazem sentido as encíclicas de Bento XVI!
GostarGostar
Tiago Mouta,
Não concordo. Para falar destes temas não é necessário ser economista. Aliás, grande parte deles percebe pouco do assunto, desviando-se para especializações pseudo-técnicas que os afastam da realidade.
O Papa fala do que quer. E, neste caso, falou de apreensões generalizadas dos tempos que correm. Quanto a mim, equivocou-se no que respeita ao mercado. Mas é um erro antigo, mil vezes repisado, já quase maquinal…
GostarGostar
Claro, e uma nova ordem mundial ou um governo mundial o quer que lá isso signifique! razão tinham Dante e Lutero quando identificaram a instituição papal com o dito cujo!
GostarGostar
Em defesa do Papa, é bom recordar que ele está longe de estar sozinho nas ideias que defende (mesmo considerando apenas a tradição católica) – como, aliás, o texto realça – e que a defesa de um proto-governo mundial, através da reforma da ONU, é perfeitamente compreensível para alguém que exerce, de facto e de direito, as funções de Governador Mundial no seu específico domínio de acção e presumivelmente convencido do sucesso de tal forma de organização da instituição que lidera.
GostarGostar
“If the values were equivalent, market participants would be indifferent and there would be no reason to make the exchange. It is precisely because a buyer values an apple more than 25 cents and because a seller values 25 cents more than an apple, that the buy/sell transaction takes place.”
Que disparate. O comprador atribui à última unidade que comprou – é esse que conta na definição do valor – o mesmo valor que o vendedor atribui à última unidade que vende, ou seja, 25 cêntimos. É isso que se quer dizer com igualdade do valor na troca.
GostarGostar
Caro CAA!
O que escreveu, em tempos, não tem, nem de perto nem de longe, o mesmo teor substancial.
Evidentemente que a Igreja não tem uma visão ontológica da vida “económica” e como tal não pode observar a eficácia dos “mecanismos ontológicos” neutros do mercado. (Outra coisa é a reacção recognitiva quanto à eficácia da propriedade…)
Evidentemente que a Igreja produz enunciados normativos que se referem, essencialmente, a valores.
Transpoe para as relações inter-subjectivas modelos de justiça comutativa.
A encíclica, neste tocante, pode ser lida como Tocqueville expondo as virtudes do interesse esclarecido.
GostarGostar
Expliquei tudo num post. É mais fácil. É de facto curioso que um site ~que nega o marginalismo o tente usar para refutar alguém. É um brilho!
GostarGostar
Tudo indica que Gabriel E. Vidal se inspirou no escrito de CAA no CM…
Com uma pequena diferença: Vidal leu a encíclica.
GostarGostar
«Expliquei tudo num post.»
Prontos, está bem!
Se está tudo explicado, cesse tudo quanto a musa antiga canta, o mesmo quanto à actual, já que tudo está dito e elucidado…
GostarGostar
“Jesus Cristo não sabia nada de Finanças” (Fernando Pessoa)
GostarGostar
“Deus não percebe nada / Das coisas que criou (Alberto Caeiro)
GostarGostar
“Se está tudo explicado, cesse tudo quanto a musa antiga canta, o mesmo quanto à actual, já que tudo está dito e elucidado…”
Rebata.
GostarGostar
.
Escrevendo como o CAA: rebata, prontoS!
Nuno
GostarGostar
Não tem capacidade para tal. Presumo que a educação não lhe permita, e não tenho nada contra as pessoas que decidiram não seguir uma carreira académica. Ser trolha não é humilhante.
GostarGostar
traduz parece interessante.
GostarGostar