Patos Bravos
5 Agosto, 2009
“São diversas as formas de canalizar recursos municipais para o enriquecimento dos patos bravos do betão. Já só falta mesmo os contribuintes pagarem os impostos directamente às construtoras.”
Hoje, no JN.
27 comentários
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Se não pagamos aos do betão, teremos de pagar directamente aos da política ?
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Excelente texto.
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Entre os patos bravos do betão e os patos bravos da política há links indestrutíveis.
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Clap, clap, clap.
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Pormenores do Conselho Nacional do PSD divulgados no Twitter http://is.gd/23u6w reportagem antena1
bufo em questão:
RM
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O que eu considero curioso é que todos sabemos das ligações perigosas nos nossos concelhos, mas somos incapazes de avançar com qualquer queixa. Será cobardia?
Em tempos uma pessoa da minha família foi nomeado Presidente da Câmara do Barreiro e sendo essa pessoa empregado da CUF tinha, por razões óbvias, que ter ligações perigosas com os Mellos. Curiosamente quem acabou por sair bem nessa história foi a população do Barreiro que, até hoje, o considera como o melhor Presidente que já tiveram.
Relações entre as autarcas e patrões de indústria sempre houve. O que nem sempre existiu é a relação de corrupção entre uns e outros.
Podem jogar as pedras que quiserem ao meu parente, mas sei com a certeza de um filho, que o meu Pai jamais recebeu um tostão para além dos seus salários.
Há uns meses o meu Pai foi homenageado no Barreiro e houve muita gente a pedir que a C. M. do Barreiro atribuísse o nome de uma rua a tão grande amigo da terra. Na cerimónia que teve lugar no Grupo Desportivo da CUF, tive ocasião de dizer que ao meu pai bastaria a saudade e a amizade desse povo. Nomes de rua são para outros.
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Vira o disco e toca o mesmo. Pela enésima vez, Paulo Morais volta ao mesmo.
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#7
Enquanto o problema se mantiver, assim será.
A verdade é sempre oportuna.
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Aparentemente estamos perante um problema insolúvel.
A não ser que se arranjem Campelos para as Câmaras.
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Mr. Paulo MOrais,
Excelente post-síntese sobre o que tem ficado mais ou menos impune…
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#10
Obrigado
Como diria um amigo meu, “O único problema do país são os dirigentes partidários. O resto são consequências”
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#11
Podes acrescentar aquilo dos “rastejantes da estirpe moral de alguns dirigentes partidários”, dos que estão nas câmaras e transferem fundos públicos e privados para os patos bravos retribuintes. Se é que tudo isto acontece, porque o único indício parece ser a palavra da Maria José Morgado. Às tantas é tudo invenção dela e ilusão reflexa nossa.
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se calhar mais valia entregarmos o dízimo directamente aos partidos e políticos …e por isso que elas (as construtoras ) se safam tão bem , não é ? pelos financiamentos partidários e pelos subornos ?
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Mr. Paulo Morais, 11
Esse, é um dos magnos problemas…
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pois é… é como o resto! já há muitas décadas que isso existe e a vontade política é pouca… e a ver como se passa, por exemplo, no caso de Isaltino Morais que vai acabar por ser eleito mais uma vez por uma população com um nível de licenciados acima da média… há com que nos questionarmos quando é que isso terá um fim? para não falar dos 2 arguídos das listas do PSD…
continue, talvez que água mole em pedra dura venha a furá-la!
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Caro Paulo Morais,
Como sabe, melhor que eu, o problema está intimamente associado às receitas dos munícipios. Enquanto estas tiverem por base a construção e venda de imóveis (via IMT) não há maneira de retirar poder aos construtores.
O IMT deveria reverter em exclusivo para o Estado (central) enquanto uma parte significativa do IRS e IRC deveriam regressar aos munícipios. Ou seja, dever-se-ia taxar os munícipes (singulares ou colectivos) e não a propriedade. No caso das empresas, esse regresso deveria ser feito – e aqui não sei bem como – com base na percentagem de valor acrescentado que era introduzido no Município e não com base contabilística (que faria o dinheiro ira parar todo às sedes sociais).
Igualmente, o IMI deveria ser pago por quem habita uma qualquer propriedade (e, portanto, benefícia das benfeitorias) e não pelo proprietário do imóvel. Em caso de imóveis não-habitados, estes deveriam estar isentos de IMI ou então ter direito a IMI reduzido. E em terrenos não-habitados, deveriam estar absolutamente isentos de IMI (uma vez que NINGUÉM retira proveito).
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#16
Então, não bastam o interesse particular dos patos bravos e o dos autarcas? Acha que tem alguma importância o lucro das autarquias?
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Há aqui uma lógica que me choca. A mim, como proprietário, e a muitos outros.
Refiro à lógica de taxar tudo. É um assunto de suma importância e que deve ser discutido.
Há, no entanto, que introduzir os factores REN e RAN.
A REN (Reserva Ecológica Nacional) e a RAN (Reserva Agrícola Nacional) foram dois conceitos criados na década de oitenta, pelo então ministro da Qualidade de Vida, Ribeiro Telles, para proteger da urbanização os terrenos de maior valor ecológico e agrícola, bem como aqueles onde seria perigoso construir.
O objectivo era, do ponto de vista da espécie humana, garantir que continuamos a ter o que beber (salvaguardando os cursos de água e afins), o que comer (preservando os terrenos mais férteis) e onde morar (evitando que a nossa casa seja invadida pelo mar ou por uma cheia, ou se desmorone montanha abaixo). Até aqui tudo bem.
O problema começou quando se definiram as receitas dos municípios, ou seja, quando se decidiu de onde viria o dinheiro para gerir a Câmara Municipal. Simplificando, da construção vem dinheiro. Da REN e da RAN, só vêm limitações (isto de uma forma imediatista).
Da mesma forma, acaba-se por impor uma espécie de jogo de azar aos proprietários de terrenos. Ou ganham o primeiro prémio, possuindo terrenos urbanizáveis onde fazem o que bem entendem e ganham uma pipa de massa. Ou sai a RAN e a REN na sorte, ficam extremamente limitados nas suas opções e pouco poderão ganhar com isso. Obviamente que o jogo não é justo para estes últimos, que têm a missão de gerir o nosso património comum mais importante.
Resultado? Especulação imobiliária. Corrupção. Desigualdade social. E a pobre da RAN e da REN, em vez de serem consideradas áreas de valor, passaram a ser considerados obstáculos, alvos a abater.
Vimos que os elementos corruptos rapidamente se aperceberam quem deviam corromper – os Políticos – todos sem excepção. Vejam os casos de planos de pormenor que tinham que ser aprovados em Conselho de Ministros. Quantos ministros não terão recebido dinheiro para aprovar ou não aprovar uma alteração urbanística. Nem sequem quero mencionar os PIN, outra questão que considero ser Mafia institucionalizada.
Quando, em dado momento e em certo lugar tivemos alterações de PDM, vimos que foram sempre feitas de maneira a tornar terrenos de REN ou RAN em urbanizáveis. Veja-se o caso de Isaltino de Morais que chegou a dizer que no Concelho de Oeiras não havia lugar para REN.
Quantos não foram os terrenos em REN ou RAN, comprados pelos Patos Bravos por quase nada e que depois das alterações aos PDMs passaram a Urbanizáveis? Quantos Patos Bravos têm acesso a informação privilegiada das Câmaras, como plantas de expansão de esgotos e de serviços municipais? Quanto pagam por essas plantas e a quem?
A lógica de taxar tudo tem tudo a ver com isto. Taxa-se menos ou quase nada os terrenos que ficaram em REN ou RAN e taxam-se mais os urbanizáveis. Interessa, portanto, aos políticos o poder de transformar umas noutras. Se pensarmos num mundo onde a propriedade seria taxada apenas na compra e venda, teríamos outros interessados que seriam os investidores que tanta falta fazem neste país. Os Patos Bravos investem em políticos, nas suas campanhas eleitorais. Os proprietários, por sua vez, investem nas suas propriedades e em outras que possam ser valorizadas.
Acabe-se com o IMI e irão terminar de vez estas coisas. Nem tudo deve ser taxado.
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Excelente Dr. Morais.
Falta de facto pouco tempo para que a Mota-Engil(ou similares) tenha gabinetes de atendimento ao munícepe.
Eles fizeram o cerco às autarqiuas . A estratégia é excelente.
Os lorpas é que são sempre os mesmos(nós).
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Relembro só a antiga Sisa, que era um negócio supostamente bom para quem comprava, mas o grande beneficiado era o empreiteiro.
As coisa de facto são muito bem feitas e os lorpas? são sempre os mesmos…
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Dão demasiado poder ao Estado, têm o retorno esperado. Corrupção.
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Se que não tem muito a ver com o post, mas, mesmo assim, tem a ver com procedimentos de câmaras municipais.
“MANTA BEACH E FACE BEACH CLUB
Associação discotecas apresenta providência cautelar
05 | 08 | 2009 19.20H
A Associação de Discotecas do Sul e Algarve apresentou providências cautelares contra as câmaras de Vila Real de Santo António e Loulé pelos licenciamentos do Manta Beach e Face Beach Club, respectivamente, que acusam de concorrência desleal.
Além destas providências, a associação prevê avançar com outra contra a câmara de Portimão pelo licenciamento do Sasha Beach, mas a autarquia não facultou a documentação das licenças pedida pela associação no prazo legal de 10 dias e esta vai avançar quinta-feira com queixas para Comissão de Análise dos Documentos da Administração Pública e para a Inspecção Geral das Autarquias Locais.
“Entrou uma providência conta a câmara de Vila Real de Santo António pelo licenciamento do Manta Beach. O pedido de licença foi feito por uma empresa municipal, que é presidida pelo presidente da câmara, e quem passa as licenças é o presidente”, explicou o advogado da Associação, Carlos Pereira, à Agência Lusa.
Pereira frisou que “há ainda o caso de a câmara ter financiado a instalação da discoteca, com uma verba de cerca de 700.000 euros, e depois ter entregue a exploração da mesma a privados”, entre eles a empresa da taróloga e apresentadora de televisão Maya, “sem qualquer concurso”.
“Porquê estes privados e não outros? Além disso, o licenciamento foi feito em cinco dias, quando normalmente, para um espaço deste tipo, demora anos”, acrescentou.
Relativamente à providência apresentada contra a câmara de Loulé, Pereira explicou que o Face Beach Club “funciona até às 06:00 como discoteca no Centro de Congressos do Hotel Tivoli e tem apenas uma licença de barulho”.
José Manuel Trigo, proprietário do T-Club e da discoteca Trigonometria e dirigente da Associação, disse à Lusa que o que está em causa é uma questão de “concorrência desleal”.
“Reclamamos da legalidade destes espaços. Se são legais, tudo bem. Se não são, têm que ser tomadas providências e a ASAE tem que fiscalizar esses locais e ter a mesma atenção que tem com as discotecas normais”, disse o empresário.
José Manuel Trigo frisou que estas acções “não são contra ninguém” e “não têm conotações políticas”, pois “as câmaras são de várias cores políticas”, e o que está em causa é “uma questão de concorrência desleal”.
“Nós para obtermos licenças temos de cumprir uma série de requisitos e fazer investimentos avultados, enquanto esses espaços não cumprem essas exigências e fazem concorrência desleal, pois podem cobrar menos pelas bebidas e ter mais verba para gastar com ‘disc jockeys’ (DJ’s)”, sustentou Trigo.
Carlos Pereira disse ainda que “as câmaras estão obrigadas a seguir o interesse público” e com estas acções não o estão o fazer, além de “estarem a prejudicar empresários residentes, que ao longo do ano pagam impostos e promovem o emprego nesses concelhos”.
(…)”
http://www.destak.pt/artigos.php?art=37691
No Algarve, está a assistir-se a um fenómeno novo: os patrocínios das câmaras municipais para a abertura de discotecas.
Se algum jornalista quisesse investigar o Algarve de uma ponta a outra, faria uma festa…
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Porque não premiar quem tanto produz?
São os empreiteiros que fornecem a educação que faz mesmo falta à malta deste país.
De que serviriam em França, Espanha e por esse mundo fora os imigrantes portugueses que não soubessem assentar tijolo, azulejo, fazer massa etc.
Os empreiteiros empregam 600.000 pessoas e dão todos os anos formação em IBM (Industria do Balde da Massa) a mais de 60.000 que ficam habilitados a imigrar e a auferir salários superiores a 2000 euros mensais. Ao contrario dos que andam a estudar para doutores, que se julgam espertos por serem avaliados com boas notas.
Estes doutores quando chegam ao mercado de trabalho se arranjarem emprego é a ganhar 600 euros por mês ou menos.
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MRG: Quem emigra com curso superior consegue mais de 3500 E limpos por mes 😛
Desde que nao va pa Espanha ou Italia ou Grecia (os PIGS)
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Empregos qualificados para lusos, são alguns milhares, por esse mundo fora.
Muitos englobam o factor risco, Angola não pertence aos pigs e representa talvez o maior mercado para os imigrantes portugueses com mais qualificações, mas o factor risco é grande ( saúde, criminalidade, esquecem-se de pagar ,etc ).
A relação entre o número de imigrantes que emigra para exercer um trabalho que exige qualificações superiores e o número dos imigrantes que emigra para trabalhar em actividades que não exigem qualificações deve rondar: um a exercer um trabalho que exige qualificações superiores para cinco que não o exigem.
È possível emigrar para ganhar mais de 2000 euros mensais só com carta de pesados, mas o frio é terrível
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Há que dizê-lo com frontalidade…
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Sempre as meias verdades e a manipulação do P Morais…
É verdade que o país precisa de mais transparência, especialmente nos grandes negócios, mas é mentira o que tenta o Morais fazer crer: Que todos, ou quase todos os empresários e politicos são corruptos – É porque existem empresários e portanto empresas que se cria riqueza e bem estar: não há outra forma sustentada.
Atacar generalizadamente os empresários, como irresponsávelmente faz o Morais, é um crime não só de difamação, como de atentado à inteligência.
É porque existem empresários e empreendedorismo que os Morais podem ter uns despreocupados empregos de professorzinhos de matemática.
Comece, caro Morais a ter um bocadinho de tento e ponderação, deixe de disparar de metralhadora e use carabinas com mira telescópica: vai ver que pode ser que deixe de se auto-ridicularizar.
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