Está lá tudo
«Ambos desvalorizam as eleições “burguesas”, mas estão transformados em partidos eleitorais; ambos são antiparlamentares e suspeitam do “cretinismo parlamentar” e acabam por se centrar no Parlamento; ambos são anti-reformistas e não podem senão falar em reformas; ambos apontam para uma sociedade sem classes, e não o podem dizer a não ser pelo epíteto moral da “justiça”; ambos são a favor da destruição da economia de mercado e não podem senão bramar contra as “grandes empresas”, o “capital financeiro”, os “ricos”; ambos são hostis à propriedade privada, mas não podem dizer-se anticapitalistas (mais o BE do que o PCP); ambos são marxistas e mais ou menos leninistas (mais o PCP do que o BE); mas têm que esconder os retratos dos pais e dos avós; ambos se pretendem “revolucionários” e nenhum pode falar da revolução.» – escreveu Pacheco Pereira a propósito do debate Jerónimo/Louçã. Ontem no debate com Ferreira Leite, Louçã não escondeu “os retratos dos pais e dos avós”: defendeu as nacionalizações do pós-25 de Abril, voltou ao linguarejar do ódio sobre o Roquete que estava fugido e mentiu com toda a consciência disso quando referiu a necessidade económica das nacionalizações. Existiu sim uma necessidade política dessas nacionalizações quando o MFA passou de movimentoque visava democratizar o país a movimento revolucionário. Para tal vários empresários foram presos, em alguns casos militares foram buscá-los às empresas e as suas empresas nacionalizadas. O resultado foi o que se viu. Louçã voltaria a fazê-lo. Nada que não se soubesse mas que ele ontem lembrou. Convém não esquecer iso da próxima vez que aparecer a brincar aos jovenzinhos, ele que já era líder em 1974 e que tem um programa que só muda de encadernação desde 1917.

O Louçã que se cuide, não basta ganhar um debate, a forma como se ganha também é importante. Ao massacrar completamente a pobre velha senhora, acabou por incuntir nos teleespectadores um sentimento de pena que acabará por se voltar contra ele. Afinal, niguém gosta de ver bater em velhinhas.
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O Partido Socialista é o que recebe mais intenções de voto para as eleições legislativas, 34,5%, na sondagem realizada pela Aximage para o Negócios e para o “Correio da Manhã”, a primeira publicada depois das férias de Agosto. Ainda que a margem de erro (3,58%) seja suficiente para um eventual empate com o PSD, o partido “laranja” recebe 28,9% das intenções.
A sondagem foi realizada entre 1 e 4 de Setembro, tendo a polémica suspensão do “Jornal Nacional” da TVI sido conhecido a meio desse período, no dia 3.
Bloco de Esquerda é a terceira força, com 10,4%, sendo outra surpresa a subida do CDS-PP, que com 9,1% ultrapassa nesta sondagem o PCP, que tem 7,8%. PS e PP são mesmo os únicos partidos que, de Julho para Setembro (em Agosto não houve sondagem), sobem nas intenções de voto.
Sócrates continua a ser o líder em que maior número de inquiridos confia para primeiro-ministro, apesar de uma ligeira redução, de 42,4% em Julho para 42% em Setembro. Já Ferreira Leite cai no período de 29,1% para 26,1%.
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Fiquei com ideia no debate que Manuela Ferreira Leite ia votar em Francisco Louça
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Não sei quantos comentários vai ter.
Muitos poucos se irão concentar em analisar o artigo de JPP e a adenda que faz dele.
O motivo é muito fácil de explicar.
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FICHA TÉCNICA
Objectivo Intenção de voto legislativo, confiança para primeiro-ministro e Governo mono-partidário ou de coligação Universo Indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidores de telemóvel.
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já percebi. a helena queria que o be não concorresse às eleições e aconselhasse o voto no psd. deixe lá a rapaziada do bloco em paz, se aquilo é tão mau como você diz ninguém vota neles.
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O tipo mentiu ainda descaradamente quando disse que houve nacionalizações porque os “ricos” tinham fugido. Mentiroso!
Quando tiver tempo vou mostrar os jornais e revistas de época que o desmentem. Mentiroso!
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E a pachá da Manuela não lhe atirou imediatamente à cara a patranha!
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As nacionalizações que se seguiram a 11 de Março de 1975, ocorreram num contexto de PREC e de perseguição declarada ao “capitalismo” em que Louçã tomou parte, por banda dos “progressistas”, mesmo que ainda nem tivesse 20 anos. Aos 17 ( Junho 74) já dizia num forum da Flama sobre educação e quando frequentava o 1º ano de Económicas que “ainda havia poucos professores progressistas”…
Este Louçã é o maior embuste da democracia e fala dela como se detivesse a patente, como diz o mentiroso-mor
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Quem tem menos de 25 anos e não se “politizou” em dose mínima, não percebe o discurso de Pacheco Pereira que é um discurso coerente com a discussão das ideologias. É um discurso que os que acompanharam o PREC percebem logo muito bem, mas os mais novos não têm chaves suficientes para a sua compreensão.
É por isso que o Louçã é um mentiroso: sabe muito bem manipular o discurso que lhe interessa e esconde a verdade do que pensa.
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Queria dizer menos de 35 anos.
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Helena,
Só por curiosidade, pode-me dizer onde andava nessa data. Eu era do PC desde 1970, de forma que tenho memória pesoal dos factos e não apenas recortes de jornais.
Obrigado
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O PCP em 74-75 tomou um certo poder de facto, nas ruas, com as manifestações constantes. Nos media tentou o jackpot mas falhou porque apareceu o Jornal Novo e o República dos jacobinos também não lhes dava descanso. O Expresso do Balsemaia era um “pasquim”, para o companheiro Vasco e a reacção ficou com os dentes por partir.
Sò me espanta que estes dinossauros que já só existem em Portugal e na Coreia do Norte nem sequer se dêem conta que havia em Portugal pessoas que pensavam diferente e que viveram os acontecimentos.
E os jornais e revistas de época servem para uma coisa: demonstrar documentalmente, factos.
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O PCP, o partido comunista mais ortodoxo da Europa enquanto eles existiram ( é bom que se diga que foram extintos por um meteorito no final dos anos 80) ainda continua a defender todos os anacronismos desse tempo, com base numa ideia utópica: a igualdade social, liderada por um comité central em que os dirigentes se sucedem como na aristocracia feudal
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louçã & pacheco, farinha do mesmo saco.
o cagasentensas alinhou com os comunas até se convencer que aquela porra não ia a lado nenhum, tenho fotografias para troca.
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A Helena Matos também defendeu as nacionalizações do pós-25 de Abril. O Pacheco também. Afinal onde está a razão para tanto espanto?
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O fundamental: Loução e Jerónimo querem outro PREC, outra revolução. A diferença reside em que Jerónimo quer para amanhã, se não não canta. E Louçã, para depois de amanhã, porque cantigas não lhe faltam. À boa maneira trotskista.
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#12 Luís Januário
Eu era do PC desde 1970, de forma que tenho memória pesoal dos factos e não apenas recortes de jornais.
Estão pode-nos elucidar, de memória pessoal e não de recortes de jornais, sobre o caso do arquivista do KGB, Vasili Mitrokhin, que desertou da Rússia em 1992, e que escreveu um livro denunciando Álvaro Cunhal como sendo o responsável pelo envio de documentos secretos do Estado português para o KGB.
Noutros círculos com mais senso comum, chama-se a este tipo de actos de traição à pátria.
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E podia elucidar-nos de mais coisas, até dos jornais. O Diário da época ( 1980) publicou uma série de reportagens sobre a “dívida de Sá Carneiro à banca”.
Sem atender aos jornais, qual será a “verdade a que temos direito”?
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E há outra verdade a que temos direito com o PCP:
O PCP só defende os trabalhadoes ( que são uma classe alargada e que inlui milhões para além do operariado) incidentalmente. Ou seja, quando isso é bom para o partido. O PCP, em primeiro lugar e acima de tudo e de todos, defende o partido, vanguarda da classe que se diz defensora dos trabalhadores.
Com essa treta de decénios tem conseguido manter-se à tona de alguns lugares no parlamento. É bom que assim continue porque é preciso oposição.
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“É bom que assim continue porque é preciso oposição.”
e destruir o resto da economia, se te saísse do bolso falavas doutra maneira. é o aliado natural do psd, é conferir no poder local, nas corporações de professores, magistrados, bófia e jornaleiros.
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O PCP é que destrói a economia? Está boa, essa. Destruiu em 75 e voltaria a fazê-lo, como aliás o BE também o faria, se o deixassem. Mas agora, a única coisa que fazem é reivindicar e protestar contra a “direita”. É um folclore que permite o equilíbrio entre a social-democracia e a política de uma verdadeira direita que não existe em Portugal.
Mas é essencial que haja oposição, mesmo dinossáurica e comunista, no parlamento. Desde que não passem dos 8 por cento, o PCP devia ser conservado como relíquia para que todos possam ver o que nos esperaria se houvesse comunismo.
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#22 – é a tropa de choque do psd para regularizar o liberalismo económico dos desalinhados, os sindicalistas recebem % das indemnizações, a concorrência é controlada e os parvos pagam os subsídios de desemprego.
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“ele que já era líder em 1974”
Tenho a certeza quase absoluta que não: eu tinha um ano na altura, mas penso que o lifer era, ou o João Cabral Fernandes, ou o Francisco Sardo.
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#24:
Líder estudantil, pelo menos, era. E partidos, em Junho de 1974, ainda estavam a surgir.
É ver aqui. A Flama de Junho de 1974 já o ouvia sobre os “professores progressistas”.
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7 , 8, 9 e 10 # JOSÉ
Assino em baixo do que escreve, apesar de ainda só ter 33 anos.
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Só por curiosidade, pode-me dizer onde andava nessa data. Eu era do PC desde 1970, de forma que tenho memória pesoal dos factos e não apenas recortes de jornais.
Uma vez que nao respondeu por se ter engasgado, peço-lhe:
-Conte-nos o assalto á Embaixada Espanhola na Praça de Espanha, Estava lá?
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Quando se vê o Louçã a aldrabar nos seus discursos de toque marxista, pode aperceber-se quem são os aderentes ao bloco!
Uns cinquentões, que tinham 25 abril e não deviam estar a fazer figuras de parvos e uns miudos e miudas de 18 anos, babando-se com o que o desbocado do louçã despeja!
Eles não leram nada sobre o marxismo que durante 2 anos tomou conta de Portugal? preguntem aos pais e aos tios, onde tinham colocado as suas economias no verão quente de 1975 e pouco antes do 25 de Novembro? sim nessa altura estavam todod com medo que os comunistas lhe assaltassem a casa ou lhe roubassem as courelas na terra, sim porque quem fez a reforma agraria?
è disto que o socrates gosta, quando quer os socialistas à esquerda, só que o Almeida santos e o Soares estaõ riquissimos………….
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