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Arranjar chatices*

11 Setembro, 2009

 Em poucos dias um livro teve, em Portugal, sem cartazes nem entrevistas, mais de oito mil downloads. Esse livro chama-se “O Dossiê Sócrates” e o seu autor, António Balbino Caldeira descreve no seu blogue, Do Portugal Profundo, como numa grande editora portuguesa passaram a determinado momento de um imenso interesse pelo seu livro para não mais lhe atenderem o telefone. As peripécias editoriais deste livro tal como doutros num passado recente são um bom indicador não da maior ou menor liberdade existente em Portugal mas sobretudo da disponibilidade das empresas e dos cidadãos para aceitarem um maior controlo das suas vidas por parte do Estado. Não me parece provável que as editoras pelas quais passou “O Dossiê Sócrates” tenham recebido algum recado do gabinete do primeiro-ministro desaconselhando a publicação do livro quanto mais não seja pela prosaica razão que tal não é necessário: o país é pequeno, os negócios não vão bem, cada vez mais os empresários vivem à sombra da máquina estatal ( e na comunicação social das campanhas publicitárias das várias empresas estatais),  o crédito, via BCP e CGD, está nas mãos de quem governa. Mais vale perder um bom negócio do que comprometer outros. Em conclusão, ninguém quer ‘arranjar chatices’.

Dir-se-á que o livro de António Balbino Caldeira é tão mau que a editora resolveu recuar na sua decisão. Certamente que isso pode acontecer embora o nível lastimoso do que por aí se edita torne essa hipótese pouco verosímil. O que caracteriza o ambiente malsão do ‘não arranjar chatices’ é que não só ninguém assume nada como todos procedemos como se nada tivesse acontecido:  até ao dia em que escrevo, quarta-feira, 9 de Setembro, o cancelamento da edição de “O Dossier Sócrates” não foi objecto de qualquer notícia. Compare-se este opaco silêncio com a indignação gerada pela pública e notória decisão de uma cadeia de supermercados de não comercializar nas suas superfícies “A Casa dos Budas Ditosos”!

Mas este espírito do ‘não querer arranjar chatices’ além de legitimar o condicionamento de decisões para agradar a quem governa tem a perversa consequência de transformar aqueles que não se conformam com este malsão estado de coisas em seres amalucados pois só uma criatura doida e quezilenta é que anda para aí ‘à procura de chatices’ quando podia levar a vida em bom sossego. Nas ditaduras a coisa é simples: o censor não deixa e já está. Ele fica com o ónus da questão. Nas democracias as decisões censórias são necessariamente  mais subtis. Fazer de conta que não aconteceu nada é uma das estratégias: é cedo para dizer que será esse o destino de “O Dossier Sócrates” mas foi esse o percurso de “Contos Proibidos, Memória de um PS Desconhecido” de Rui Mateus ou de vários livros sobre a descolonização. Para consolo das misérias nacionais temos sempre a possibilidade de recordar as peripécias editoriais experimentadas por um livro de Chris Patten, o último governador britânico de Honk Kong cujas memórias dessa sua experiência levaram a China a pressionar grupos editoriais da muito livre Grã Bretanha. A outra das estratégias censórias essa comum às ditaduras e às democracis  passa por denegrir quem ‘arranja chatices’: populismo, ordinarice, crítica destrutiva, pessoa que só chegou àquele cargo por ligações familiares… Pode parecer que estou a falar de Manuela Moura Guedes e do “Jornal Nacional”  em 2009  mas por acaso estou a citar alguns dos epítetos que recaíam sobre o semanário “Expresso”, em 1975. Este jornalismo deplorável, continuo a falar do “Expresso” em 1975,  valeu-lhe aliás alguma multas e o seu então director estava mais ou menos reduzido à caricatura do ‘chiquinho dos porshes’.

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(Nacional-Porshismo: Caricatura de Francisco Balsemão, publicada em 1975 pelo “Jornal Novo”) Gostamos de acreditar que passado o PREC a liberdade de expressão ficou garantida para todo o sempre em Portugal. Como é óbvio tal não é verdade nem pode ser. A liberdade de expressão implica uma prática quotidiana e sobretudo implica perceber de que lado se está quando o poder seja ele político, religioso ou económico interfere com essa liberdade. E nesses casos, em Portugal, a liberdade quase invariavelmente  perde sempre perante a indiferença geral.

A censura é, em Portugal, o que mais parecido existe com o amigo preto dos racistas brancos: ninguém é a favor da censura, não há ninguém que não diga que  “a censura é uma coisa inaceitável” e que declare a sua profunda admiração pelo jornalismo de investigação, mas feita esta declaração inicial tal como os racistas ressalvam que até têm um amigo que é preto, muitos daqueles que se dizem contra a censura desatam na legitimação daquilo que supostamente condenam:  suspensão de um programa, desaparecimento de um livro do mercado ou tentativa de controlo de um jornal. Tudo claro sempre em nome do gosto, da decência e da verdade.

*PÚBLICO, 10 de Setembro de 2009

45 comentários leave one →
  1. Nuno Albuquerque's avatar
    11 Setembro, 2009 10:13

    Para aqueles que andam por aí a rasgar as vestes a propósito de uma putativa defesa da liberdade de expressão a propósito da proibbição de venda do livro “A verdade da mentira” do ex-inspector Gonçalo Amaral, talvez não fosse má ideia atentarem no seguinte:

    Art. 70.º do Código Civil (Tutela geral da personalidade)

    1. A lei protege os indíviduos contra qualquer ofensa ilícita ou ameaça à sua personalidade física ou moral.

    2. Independentemente da responsabilidade civil a que haja lugar, a pessoa ameaçada ou ofendida pode requerer as providências adequadas às circunstâncias do caso, com o fim de evitar a consumação da ameaça ou atenuar os efeitos da ofensa já cometida.

    A liberdade de expressão não inclui o direito de se publicarem livros que imputem crimes a pessoas que foram objecto de um processo judicial do qual não resultaram quaisquer provas que os incriminassem ou, maxime, os condenassem.
    Confundir isto com a liberdade de expressão é confundir tudo. É, no mínimo, uma ideia distorcida do que é a liberdade de expresão, considerar que alguém que foi julgado e absolvido, ou tão só, como é o caso, não acusado de um crime, possa ser sujeito a teses publicadas e divulgadas em livro, sobre a sua culpabilidade. As decisões dos tribunais, certas ou erradas, não são opiniões.

    O livro em questão é abjecto. Que sejam jornalistas e opinion makers respeitados da n/ praça a fazerem passar a ideia do que o que está em causa é um ataque à liberdade de expressão não o é menos.

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  2. Piscoiso's avatar
    11 Setembro, 2009 10:34

    Publicidade a mais do mesmo.

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  3. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 10:34

    E não deslargam. Será que não entendem que se não houvesse publicidade desta o livro não tinha tanta piada? É preciso dizer que boicotam o livro para alguém se interessar em o comprar só para ler aquilo. É publicidade. E há os idiotas que o fazem. Espero que a HM ao menos receba a comissão. Who cares?

    lol

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  4. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 10:35

    Ganhar a vida à custa de lixar os outros é uma vida dificil.

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  5. ANTOINE's avatar
    ANTOINE permalink
    11 Setembro, 2009 10:41

    É interessante como a sra helena matos chega ela própria à conclusão que as editoras não “quizeram arranjar chatices” ao recusarem a publicação e parte deste pressuposto falacioso para construir um “filme” em que as decisões são condicionadas para agradar a quem governa e sobre a subtileza das decisões censórias em democracia (está a falar da nossa, claro. Afirma que livros sobre o PS e sobre a descolonização não foram publicados também para “não arranjar chatices”. Efectivamente temos muiat falta de capacidade de inovação. Está na moda falar dobre Sócrates, usar todos os meios para o denegrir. Esta cambada de carneiros ainda não percebeu que isto é temporário e que logo a seguir às eleições vão a moda vai mudar e vão adorá-lo, como já fizeram em 2005. Por outro lado, ainda que muito custe a muita gente de fraco valor, até agora, nada foi provado no tocante a todas as acusações, mais ou menos veladas, que tem sido feitas ao Sócrates.
    O jornaleco onde este artigo foi publicado é useiro e vezeiro em ataques suezes a pessoas que,sabem, não se podem defender pois caso o façam vêm logo dizer que lhes estão a condicionar as liberdades. A minha pergunta é só uma: ONDE É QUE ANDA A ÉTICA DOS JORNALISTAS? MEREÇAM O NOME OU NÃO.

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  6. maria's avatar
    maria permalink
    11 Setembro, 2009 10:41

    6

    Refere-se aos governantes certamente…

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  7. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 10:45

    A conclusão desta história toda é simples: as universidades privadas destruiram o ensino em portugal, deterioraram a escola publica e produziram um monte de incompetentes para os cursos que tiram. Uma lavagem e acabr com todo o ensino privado ou então acabar de vez com o ensino publico, já que os dois são incompatveis.

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  8. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 10:51

    ps: e também criaram uns monstros cheios de dores de cotovelos, bufos e perseguidores. A bufaria democratica. A vergonha dos justiceiros, acusadores e caçadores de bruxas.

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  9. snowball's avatar
    11 Setembro, 2009 10:56

    Ó Antoine, qual é a sua teoria, então?

    Ou é mais um dos assessores pagos com o Orçamento de Estado para vir para os blogues defender o governo?

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  10. Amêijoa Fresca's avatar
    11 Setembro, 2009 10:56

    Certo espírito ditatorial
    esconde-se na mansidão,
    é uma verdade sensorial
    contra a baixa devassidão.

    Certos budas ditosos
    foram alvo de indignação,
    alguns valores desditosos
    ficam-se pela resignação.

    A mais pura decência
    parece agora despontar,
    é tanta a displicência
    agudizando o bem-estar.

    O argumento censório
    de verborreia desonesta,
    transforma o acessório
    numa realidade funesta.

    A nova ordem “racional”
    da ideologia socialista,
    é filosoficamente venal
    e de móbil miserabilista.

    A Venezuela europeia,
    à beira-mar plantada,
    é lauta nesta melopeia
    totalmente disparatada.

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  11. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 11:04

    #12 – isso nem à bulhão pato é tragável.

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  12. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 11:17

    Que pena. Imagino que se Socrates não ganhar as eleições, está lixado. Não vai conseguir ganhar grande coisa com o assunto. Quem é que vai publicar o livro e quem vai ter interesse em comprar? Por outro lado se Socrates ganhar ainda tem alguma hipotese.

    Se fosse eles ia rezar que votassem nO Ps.

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  13. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 11:21

    “Ganhar a vida à custa de lixar os outros é uma vida dificil.” Não é nada difícil e a prova reside nestes últimos quatro anos de regabofe governativo. Tudo o que é boy e girl teve a sua hora. Acabou a farra.

    Quanto ao livro do A. Caldeira, mais ninguém escreveu sobre o assunto. Os jornais portugueses estão capados.

    É comparar com o que se passa na Itália de Berlusconi…

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  14. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 11:23

    O livro do A.Caldeira não tem interesse para as editoras porque estes sabem que o incómodo que vai provocar no zézito vai ser alvo de vingança. Tão certa como eles venderem cada vez menos. E por isso não arriscam. Não querem essa chatice.

    Um indivíduo assim, dessa índole, vai parar perto. E não demora muito.

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  15. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 11:32

    Sobre o Jornal Novo, onde trabalharam alguns jornalistas que agora andam por aí ( por exemplo Luís Paixão Martins da LPM) tenho um exemplar que dedica três pàginas inteiras de texto a um debate sobre socialismo e social-democracia, com…Marcelo Rebelo de Sousa .

    Já digitei e vou publicar porque é delicioso. Uma frase de Marcelo: o PCP actuou nos primeiros meses (depois de 25A) muito socialdemocraticamente. Tal e qual o BE tenta fazer agora, para enganar papalvos.

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  16. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 11:35

    De qualquer a coisa é tão censurada, tão censurada que está a ser distribuido junto com uma revista. Sempre consgeuiram ganhar algum com isso portanto. Viver da porcalhota é penoso.

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  17. Piscoiso's avatar
    11 Setembro, 2009 11:41

    Ó José, mas vc já disse ao comentar um post sobre o mais do mesmo, lá em baixo, que em Inglaterra ainda é pior.
    Em que ficamos?

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  18. ANTOINE's avatar
    ANTOINE permalink
    11 Setembro, 2009 11:43

    Para snowball,

    A minha teoria é simples: há para aí uns alarves que têm a mania que são justiceiros, detêm toda a verdada e, como andam em rebanho, escondem-se atrás da impossibilidade física de serem confrontados com as suas afirmações e opiniões.
    Quando foi a altura de Santana Lopes, para não ir mais atrás, fizeram exactamente o mesmo que estão a fazer ao Sócrates, destruiram o homem. Naquela altura não havia ninguém mais estúpido que ele. Espertos eram todos os que escreviam o que lhes vinha à cabeça e acerca de tudo. São uns abutres que pairam sobre as cabeças daqueles que se distinguem de alguma forma, ou por serem diferentes e por quererem fazer alguma mudança. Ficam à espera de uma falha, ou de um primo qualquer, para desatarem a escrever com conhecimento de causa. O que eu não percebo é como ainda lhes pagam (chamam-se a si próprios jornalistas e eu percebo que os directores e chefes de redacção por serem tão fracos os tenham que aceitar ppos assim podem dominar a situação).
    Na minha opinião, são uma cambada de revisteiros cor de rosa mas que, em lugar de mostrar a parte bonita da vida, escarafuncham no lixo que cada põe, diarimente, à porta com o intuito de encontrar uma camisa de vénus rota ou um penso higiénico usado.

    No tocante à assessoria a resposta é que exerço a minha profissão o melhor que sei e posso, numa empresa privada, que paga os seus impostos religiosamente e cumpre os seus deveres para com os seus colaboradores. Só um pormenor: aqui começa-se a trabalhar antes das 8.00 h (toda a gente)

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  19. filipeas's avatar
    11 Setembro, 2009 11:49

    Deixe a MFL ganhar as eleições que a Zita Seabra publica o livro. Já falta pouco.

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  20. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 11:53

    Piscoiso:

    O cartão perdeu validade. Para renovar é preciso desculpas públicas.

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  21. Fado Alexandrino's avatar
    11 Setembro, 2009 11:54

    Há uma coisa que me intriga neste assunto TVI.
    As notícias eram feitas na redacção e lidas por Manuela Guedes.
    Continuam a ser feitas na redacção e lidas por outra qualquer (com muito melhor visual).
    Onde é que está a censura?

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  22. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 11:55

    #20:

    A liberdade que o berloque nos prepara já a conhecemos de ginjeira: censura generalizada, sempre com a capa da responsabilidade social dos media e repressãopolítica para os inimigos do povo.

    Só um papalvo não percebe isto.

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  23. Piscoiso's avatar
    11 Setembro, 2009 11:58

    #23.
    eheheh
    E eu todo chateado por o José não me passar cartão!

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  24. Piscoiso's avatar
    11 Setembro, 2009 11:59

    O José julga que os outros são papalvos.

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  25. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 12:34

    Anónimo:

    Vou repetir, para ver se converto mais um infiel: este berloque se chegar ao poder ( como o Louçã já disse que está preparado para ser PM…) vai ser obrigado a fazer o seguinte:

    Como vai armar um PREC com voz aveludada, no início vai apenas provocar alguma confusão. Depois, com o realismo que se vai instalar e a arrogância de todos os udp´s, prp´s e quejandos psr´s que andam por lá escondidos, vai voltar ao mesmo que era em 1975: nacionalizações com base na luta contra o neoliberalismo e naturalmente a maioria não vai gostar. Para tal, vai ser preciso domesticar os media. Primeiro a tv, claro. A censura virá a seguir mas prontinha e mais refinada do que jamais foi.
    Depois, virá a limitação da liberdade de oprimir, para os inimigos do povo, transformada em trabalho a favor da comunidade, em locais adequados e sem o infame nome de prisão que isso não pode ser.

    Finalmente, com o agudizar da luta democrática, virá a guerra civil porque só os papalvos acreditam nesta merda de democracia que o BE nos prepara.

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  26. Piscoiso's avatar
    11 Setembro, 2009 12:37

    Amen.

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  27. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 12:45

    oh vinte e nove! mas isso é o pugrama secreto da velha, com guião do relvas, patrocínio do anííííbal e promoção daquele tótó parecido contigo que faz umas palhaçacas no cresposhow.

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  28. Mani Pulite's avatar
    Mani Pulite permalink
    11 Setembro, 2009 12:59

    O download do livro é gratuito o que prova sem qualquer dúvida que o objectivo de António Caldeira é prestar um serviço público e não ter qualquer retribuição monetária pelo enorme esforço que fez ao longo de anos.Trata-se de um serviço público na medida em que as questões de carácter são essenciais num político e são tanto mais importantes quanto maior forem as responsabilidades políticas detidas ou a que aspira .Por maioria de razão quando se trata de um Primeiro Ministro,detentor do poder máximo executivo no sistema português.Depois o livro não apresenta teses,suposições ou calúnias mas sim factos,factos e mais factos.E contra factos não há argumentos.Tanto assim que a queixa que Sócrates apresentou contra Caldeira a propósito deste assunto acabou arquivada.Depois da tentativa de embargo à edição do livro, só torneada graças à internet,o silêncio da generalidade dos media à sua publicação é um silêncio ensurdecedor e prova da situação de total asfixia democrática em que Portugal se encontra.10000 Portugueses já fizeram o download gratuito do livro numa semana apesar do embargo informativo.Quantas dezenas de milhar mais não o teriam feito igualmente se o livro tivesse tido a repercussão que merece junto dos media?Tudo isto prova o enorme interesse dos portugueses pelas questões relativas ao carácter do actual PM e as dúvidas e perplexidades que têm em relação ao mesmo.A duas semanas das eleições o embargo informativo ao livro é um acto de condicionamento e manipulação eleitoral inaceitável em democracia. Se não há asfixia democrática,como afirma o PM,para quando o convite da RTP a António Caldeira para,em horário nobre,ser entrevistado?Ou para um debate contraditório?Se daqui até 27.9 tal não acontecer os Portugueses terão de lembrar-se deste episódio para, ao votarem, saberem que a escolha agora é entre a Liberdade e a Ditadura.

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  29. ouroboro13's avatar
    11 Setembro, 2009 14:35

    São sobretudo factos. Documentos.

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  30. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 14:54

    O livro está a ser distribuido por uma revista. Foi de borla para a revista?

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  31. ouroboro13's avatar
    11 Setembro, 2009 15:03

    Boa. Já imprimi mas gostava de ter em formato de livro. Qual é a revista?

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  32. Piscoiso's avatar
    11 Setembro, 2009 15:06

    Posso vender uns excertos em saldo.

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  33. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 15:19

    Qual é a revista?

    não me lembro do nome, é aqulea novinha da silva que começou recentemente.

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  34. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    11 Setembro, 2009 15:21

    lembrei-me: é o contrário do publico. É a revista Privado

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  35. WALTZ's avatar
    WALTZ permalink
    11 Setembro, 2009 15:53

    Não costumo concordar com nada do que escreve, mas aqui acertou em cheio. Neste país de falsos consensos, o que menos se quer é chatices.

    “””
    Mas este espírito do ‘não querer arranjar chatices’ além de legitimar o condicionamento de decisões para agradar a quem governa tem a perversa consequência de transformar aqueles que não se conformam com este malsão estado de coisas em seres amalucados pois só uma criatura doida e quezilenta é que anda para aí ‘à procura de chatices’ quando podia levar a vida em bom sossego.
    “””

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  36. A. Trigueiro's avatar
    A. Trigueiro permalink
    11 Setembro, 2009 16:45

    Os novos heróis da direita:

    Manuela Moura Guedes e António Caldeira !

    Sim senhor estão bem uns para os outros…

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  37. DEMOCRACIA DIRECTA's avatar
    DEMOCRACIA DIRECTA permalink
    11 Setembro, 2009 16:49

    Ei-los na sua plenitude apadrinhados pela helenafmatos

    E agora ??? Agora
    Aguentem-nos

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  38. Desconhecida's avatar
    José permalink
    11 Setembro, 2009 17:31

    A Direita, para estes pataratas começa exactamente ao lado do lugar em que se sentam e que é o de apaniguados do PS. Alguém que diga qualquer coisa contra um qualquer PS, é de Direita, obivamente.

    Pataratas, disse? Por caridade, porque o adjectivo apropriado é outro…

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  39. Desconhecida's avatar
    justiça de Fafe permalink
    11 Setembro, 2009 22:31

    E depois andam os magotes de diminuídos mentais, arrotando as próprias frustrações, a clamar que há “défice democrático” na Madeira.

    E que no rectângulo há democracia…

    E não haverá um “profissional” da comunicação social com carácter e personalidade e coragem de lançar esta liberdade de expressão na fuça do Sócrates???
    Agora que há debates por todo o lado?

    É de prever que não; só se vê pedintes rastejantes e paquetes agradecidos.

    como por aqui, aliás….coluna vertebral? EH! EH! EH!

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  40. Desconhecida's avatar
    justiça de Fafe permalink
    11 Setembro, 2009 22:55

    A esquerda sempre foi asquerosa…e peçonhenta…e assassina!

    Como se lê nos Blogs…

    Muito pior fizeram com F Sá Carneiro e a campanha de “caloteiro” com que pintaram todos os muros e ruas de Lx e do país em 1979/80!

    Sem que nenhuma autoridade, policial ou judicial, fizesse valer as leis do “Estado de Direito Democrático”.

    Depois, claro, tiveram q o matar.

    A mesma táctica se vê agora em “comentar” que MFL perde os debates! Mesmo dando banhadas de competência, aparecem logo os paquetes rastejantes a dizer o contrário…

    Não vá o povão conseguir perceber o desastre do PS/Governo/Sócrates…

    E de como MFL livrou o país do processo por défice excessivo em 2002, 2003, 2004.

    Mas os(as) cabeças ocas armados em “experts” ainda têm a lata de criticar MFL como ministra das Finanças….

    Será que o Q.I. é tão baixo que não percebem:

    DÉFICE DE 4,4%!!!

    SUPERIOR A 3%!!!

    PROCESSO POR DÉFICE EXCESSIVO INSTAURADO PELA COMISSÃO EUROPEIA!

    UM ANO PARA BAIXAR PARA MENOS DE 3%!!!

    É ASSIM TÃO DIFÍCIL PERCEBER ESTE PORTUGUÊS TÃO LÍMPIDO E LINEAR????????????

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  41. Desconhecida's avatar
    ´fala barato permalink
    11 Setembro, 2009 23:00

    Tb se pode acrescentar que o Sókas contribuíu para o défice excessivo como Ministro do Guterres-foge-do pântano-depois de o inundar!

    Tempos de deitar $$$$ para o lixo!

    Não foi o Sókas quem teve a brilhante ideia dos DEZ estádios para o EURO 2004?

    E agora fala em rigor?

    E acusa os outros de provocar a crise?

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  42. Desconhecida's avatar
    Cleaner permalink
    11 Setembro, 2009 23:33

    Paroulos. Aonde é que viram o livro na revista? Digam lá, paroulos? Querem dizer mal do Balbino, escrevam-no. Agora, o livro está disponível gratuitamente no Lulu, ou se quiserem ajudar para as despesas, podem receber o livro, e aí têm que pagar.

    O Balbino ficou conhecido como o Caça-“Engenheiros”. Aliás, o “Engenheiro” colocou-lhe um processo, e depois percebeu-se quem é que não dizia a verdade……não foi o Balbino.

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  43. velyn's avatar
    velyn permalink
    12 Setembro, 2009 00:09

    Muitos cumprimentos a Helena Matos. Das poucas vozes sem dono na jornalismo portugês.

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  44. Bocas's avatar
    Bocas permalink
    12 Setembro, 2009 00:53

    O livro “Dossiê Sócrates” não está a ser distribuído por revista nenhuma.Ponto.
    Mentem como o mestre da mentira que defendem: José Sócrates.

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  45. Observatório da Rataria's avatar
    Observatório da Rataria permalink
    12 Setembro, 2009 17:14

    O Sócrates e apaniguados não têm nada por onde atacar o António Caldeira.Nem mesmo a mentira da distribuição do livro como separata de um jornal.Isso enfurece-os e amedronta-os.

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