A gestão do pessoal*
Um dos melhores retratos da educação em Portugal é aquele que foi traçado nos recentes debates entre os líderes partidários. Os candidatos falaram sobre avaliação de professores mas não sobre o ensino. Na verdade em Portugal há muito que a educação se resume a uma questão laboral. Não temos propriamente Ministério da Educação mas sim um ministério que coloca e gere as carreiras dos seus funcionários. E o próprio destino dos ministros da Educação é ditado não pelo que faz pela qualidade do ensino mas sim sobre a relação que estabelece com os sindicatos do sector. Que me recorde, e acompanho este assunto com alguma regularidade, a única questão pedagógica que politicamente se discutiu nos últimos tempos versava os conteúdos da Educação Sexual. Sobre o Português e a Matemática, o Inglês e a História só se fala a propósito dos resultados nos exames nacionais. A Filosofia e a Física têm qualquer dia tantos alunos quantos linces existem na Malcata. Da reforma gramatical iniciada com extraordinária leviandade e assinalável ignorância há cinco anos não se sabe onde pára… Mas nada disto parece ser suficientemente importante para que seja incluído nos debates destas legislativas na temática da educação.
É bizarro que o Estado português gaste em média cinco mil euros por ano com cada aluno no ensino dito gratuito, que os os exames revelem que estes mesmos alunos estão progressivamente a aprender menos, que tenhamos problemas graves de indisciplina em muitas escolas e que aquilo de que se fala quando se fala de educação seja do sistema de avaliação dos professores. E é muito preocupante que as lideranças partidárias estejam elas mesmas reféns dessa perversão que reduziu o ensino aos problemas laborais dos professores. Há que fazer uma total inversão das prioridades nesta matéria. A escola tem de ter no centro os alunos. Os professores, os edifícios, os funcionários só existem porque existem alunos. E esses alunos, até esclarecimento mais cabal, estão na escola para aprender embora levem grande parte do tempo lectivo ocupados com umas disciplinas de nomes pomposos (como Estudo Acompanhado ou Formação Cívica) e conteúdo nulo. Aliás, só a distância entre aquilo que os líderes partidários entendem ser a educação e aquilo que ela realmente é explica que, apesar dos debates terem acontecido em Setembro, mês do início das aulas, uma despesa como a dos manuais escolares não lhes tenha merecido grande atenção. Contudo cada família gasta anualmente 150 a 200 euros, por criança, com os manuais que vão do 5º ao 9º anos, um valor muito superior ao das taxas moderadoras na saúde, assunto que os candidatos tanto apreciam discutir. E quando de alguma forma a temática dos manuais escolares é abordada restringe-se inevitavelmente à questão daqueles que antes se chamavam pobres, depois carenciados, em seguida desfavorecidos e que agora creio serem definidos como tendo menores rendimentos mas que mais cruamente falando são aqueles que não têm dinheiro para pagar os ditos manuais. Como é óbvio o prémio da bondade nesta matéria vai para aqueles que reivindicam manuais gratuitos para todos ou por outras palavras defendem que os manuais ditos gratuitos sejam pagos através dos impostos pois o gratuito infelizmente não existe.
Mas antes de passarmos o cheque seja como contribuintes ou compradores cabe perguntar: para quê tanto manual? Muitos deles na verdade não fazem falta alguma. Por exemplo, durante quanto tempo vamos ter de comprar manuais de Educação Física? Noutros casos as aulas são cada vez menos aulas e mais um papaguear autista dos manuais. E por fim temos uma questão incontornável: porque terão os manuais escolares de ter uma vida útil dez meses? É espantoso que o correio electrónico nos interpele sobre a necessidade de imprimirmos isto ou aquilo e depois, todos os anos, assistimos impávidos a este desperdício de papel e dinheiro, como se ele fosse uma fatalidade. Bastaria que, no final do ano lectivo, se entregassem nas escolas os manuais usados, se seleccionassem os que poderiam ser usados de novo e no início do ano lectivo seguinte certamente que os alunos teriam de comprar novos manuais mas não para todas as disciplinas.
A redução da escola a um espaço do qual os políticos apenas debatem a conflitualidade laboral e quando muito as questões do gratuito leva ainda a que tenha passado quase sem referência a degradação da escola pública enquanto instituição que, a par do serviço militar obrigatório, tinha o mérito de colocar, lado a lado, os filhos dos portugueses, independentemente dos rendimentos, habilitações e estatuto das respectivas famílias. Testemunhos mais ou menos avulsos dão conta que uma das consequências da presente crise é o regresso de alguns filhos da classe média ao ensino público. Talvez a integração destes alunos e a presença das respectivas famílias sirva para questionar muito do folclore e da falta de autoridade que por lá se fazem sentir, sobretudo até ao 9º ano. E naturalmente também para confrontar a classe política com o paradoxo que resulta de os portugueses serem suficientemente adultos para pagar impostos e para perceberem a importância da escolaridade obrigatória. Já na hora de decidirem qual escola, publica ou privada, desejam que os seus filhos frequentem passam a irresponsáveis e o Estado português decide que os seus filhos só podem frequentar a escola pública da sua área de residência. Quando poderemos discutir a possibilidade de o Estado entregar à escola pública ou privada escolhida pelas famílias a verba que vai gastar com a escolaridade obrigatória dessas crianças? Tudo isto é demasiado importante e demasiado caro para que fique restringido no debate político à relação que o ministro oficial, o primeiro-ministro e os candidatos a sê-lo têm ou pensam vir a ter com o ministro sombra, a saber Mário Nogueira, sobre o omnipresente assunto da gestão do pessoal.
*PÚBLICO

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Não é o que se passa em todas as discussões sobre o estado do país? a quase bancarrota do Estado, o endividamento das famílias, a falta de produtividade. Nada disso interessa. Somos uns poetas, num pais em estado terminal.
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115.Factos são factos disse
3 Setembro, 2009 às 2:06 am
Crescimento da Dívida Externa Liquida de Portugal (Passivo – Activo) durante o governo
Sócrates
ANO PIB (milh.€) Dív. Líq. Externa Portugal (milh. €) Dív. Ext. Líquida (% PIB)
2004 144.128 92.205,3 64,0%
2005 149.123 104.681,4 70,2%
2006 155.446 125.833,5 80,9%
2007 163.190 148.974,4 91,3%
2008 166.197 161.531,1 97,2%
2009 163.736 164.689,1 100,6%
Nota: Os dados da dívida externa relativos a 2009 são apenas reportados até Março de 2009.
Assim, entre 2004 e 2009, o valor do PIB de Portugal cresceu, em valores nominais, ou
seja, sem entrar com o efeito da subida de preços, 13,6%, enquanto a dívida externa
liquida portuguesa aumentou 78,6%. Em milhões de euros, o PIB cresceu 19.608 milhões €,
enquanto a dívida aumentou 72.484 milhões de euros, ou seja, 3,7 vezes mais. Como
consequência, entre 2004 e 2009, a dívida externa líquida do Pais passou de 64% do PIB
para 100,6% do PIB. É um crescimento sem dúvida insustentável.
MAS O PROBLEMA DA DÍVIDA EXTERNA É AINDA MAIS GRAVE, POIS FALA-SE SEMPRE DA DÍVIDA
LÍQUIDA E NÃO DA DÍVIDA TOTAL BRUTA QUE É MUITO MAIS ELEVADA
Os dados anteriores sobre a dívida, que são aqueles habitualmente referidos e normalmente
divulgados pelos media, enganam porque não correspondem à totalidade da dívida do País.
Aqueles dados referem-se apenas à Dívida Liquida Externa, que se obtém deduzindo à Dívida
Externa Bruta, ou seja, a totalidade daquilo que o País efectivamente deve ao estrangeiro
(o chamado PASSIVO do País) aquilo que ele tem a haver do estrangeiro (o chamado Activo).
No entanto, o que o País efectivamente deve ao estrangeiro é a dívida externa bruta, e é
ela que tem de ser paga, e é sobre ela que se tem de pagar juros e dividendos. O quadro
seguinte, construído também com dados divulgados pelo Banco de Portugal, mostra com
clareza a dimensão dessa dívida total efectiva.
Valor da dívida bruta total efectiva de Portugal
Ano Dív. Bruta Externa Portugal ou Passivo (milh. €)
2006 402.857,4
2007 444.137,7
2008 444.117,9
2009 (só até Março) 451.520,4
Percebe-se agora porque não se pode continuar com esta política suicida de enveredar
por megalómanos investimentos públicos. A ser seguida esta política o país poderá cair
na bancarrota.
http://www.blasfemias.net/2009/09/02/socrates-vs-portas/#comments
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Muito bem.
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Economico (
OCDE) apresentou, esta sexta-feira, perspectivas mais optimistas
para o clima económico em Portugal. A OCDE acredita que vai
manter-se a tendência de melhoria durante os próximos seis
meses, o indicador da organização subiu em Julho pelo quinto mês
consecutivo.
Portugal não foge a esta previsão optimista, que a OCDE aponta
para a maior parte das 30 economias que integram a organização.
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Tudo verdade. Acresce que obrigam os professores a alimentar o monstro da burocracia com planos que são pura ficção, que não contribuem para nada. Tenho no 5º ano um aluno que não sabe escrever o seu nome nem o número doze com algarismos: o que se pode pedir a esta criança? – Nada. E provavelmente com isto irá transitar, contribuindo com nada para a melhoria das estatísticas
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http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1364965
Já vai em 41%
A Tv Marcelo, ja apontou o novo lider do PSD, deixando a actual lider de rastos, como se compreende
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Está totalmente equivocada, helenafmatos.
Ao contrário das outras profissões, o Ensino é somente “professores”. É esse o poder real que têm nas mãos.
Sem professores prestigiados socialmente, moderadamente bem remunerados, o país não tem presente nem futuro.
O trabalho dos professores é todo feito “na relação”. Sem motivação, sem prazer, sem estímulo dos seus ÙNICOS agentes, simplesmente não existe Escola/não existe Ensino.
Nem presente, nem futuro do País.
Escolha(m).
Os professores aguardam a escolha dos portugueses.
Para lhe responderem silenciosamente … nas salas de aula! Claro.
Enquanto estiverem na rua a lutar, não existe problema para Portugal. Quando não tiverem é que surge o Problema. E esse é, aviso, muito grave. Muito grave. Para o país, para a população.
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Os políticos não falam nos problemas centrais porque a maioria da população não quer saber disso para nada! Há quantos anos, falam os professores da degradação inacreditável do ensino público? Há quantos anos falam os professores da degradação do ensino privado? Há quantos anos falam os professores do facilitismo? Há quantos anos falam os professores da indisciplina e da violência escolar? Há quantos anos falam os professores da transformação da escola num espaço onde uma fatia substancial da população deixa os seus rebentos?
A comunicação social também tem IMENSA responsabilidade nesta matéria! Quando se fizeram as manifestações dos professores, o que passou na televisão? Passou um resumo de 1 minuto e nesse resumo apenas se falou em avaliação! Claro que a partir daí não se falou de mais nada! Eu assisti a essas duas gigantescas manifestações e os temas que se tratavam nas conversas, nos slogans e nos cartazes eram vários e a maioria deles falava nos pontos acima referidos!
Não tenhamos dúvidas, nem tenhamos ilusões, esta espécie de escola interessa a muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita gente que tem vivido às custas do trabalho dos professores e à custa da ignorância dos alunos e de uma boa parte da população! Aos lobbies que vivem às custas do trabalho de professores e alunos interessa que se discuta a espuma mão nunca o cerne da questão…. e assim vamos indo correndo e rindo até à falência técnica do país (por volta de 2012/2013 é só fazer as contas)!
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Uma vintena (20) de professores ligado ao PSD, foi motivo de reportagens da RTP e outras, hoje a CS dis que foram milhares de professores que ainda estão de ferias
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Estudo de professor da Universidade de Londres prova que o novo ECD e
o modelo de avaliação de desempenho prejudicam o desempenho dos alunos
e inflaccionam as notas
É um estudo académico realizado por um professor de Economia Aplicada
da School of Business and Management da Universidade de Londres. O
estudo tem o título de Individual Teacher Incentives, Student
Achievement and Grade Inflaction. O autor é português: Prof. Pedro
Martins. Para além de ser professor na Universidade de Londres, Pedro
Martins é “fellow researcher” no Instituto Superior Técnico e no
Institute of the Study of Labour, em Bona.
O estudo investigou o impacto das reformas educativas, realizadas, em
Portugal, nos últimos 3 anos, no desempenho dos alunos do ensino
secundário. O novo ECD, imposto pelo decreto-lei 15/2007, foi incluído
no leque de reformas educativas. O estudo baseia-se na informação
individual dos resultados dos exames em todas as escolas secundárias
portuguesas desde o ano lectivo 2001-02 até ao último ano lectivo
completo (2007-08). Utiliza informação disponibilizada pelo Júri
Nacional de Exames e que tem sido utilizada para a construção de
rankings (por exemplo, aqui e aqui).
Em termos específicos, compara a evolução dos resultados internos e
externos (exames nacionais) nas escolas públicas do continente com as
escolas privadas e também com as escolas públicas das regiões
autónomas. A motivação para esta escolha está no facto de os dois
últimos tipos de escolas não terem sido afectadas – pelo menos não com
a mesma intensidade – pelas várias alterações introduzidas no estatuto
da carreira docente e avaliação de desempenho dos professores. Nessa
medida, tanto as escolas privadas como as escolas públicas das regiões
autónomas podem servir como contrafactual ou grupo de controlo.
Os resultados indicam uma deterioração relativa de cerca de 5% em
termos dos resultados dos alunos das escolas públicas do continente em
relação tanto às escolas públicas da Madeira e Açores como às escolas
privadas. A explicação dada pelo autor do estudo para este resultado
prende-se com os efeitos negativos em termos da colaboração entre
professores a partir do momento em que a avaliação de desempenho
surgiu associada aos resultados escolares dos alunos (taxas de
insucesso e de abandono). Ou seja, os professores começaram a
colaborar menos uns com os outros e a partilharem menos os materiais e
os conhecimentos. Por outro lado, o aumento da carga burocrática
associada à avaliação também poderá ter tido custos em termos da
qualidade da preparação das aulas.
Por outro lado, o estudo conclui que a variação em termos dos
resultados internos destes mesmos alunos é menor, embora também
negativa – cerca de 2% (em contraponto a 5% nos exames nacionais). A
diferença entre os dois resultados, que sugere aumento da inflacção
das notas, pode explicar-se pela ênfase colocada pelo ECD (decreto-lei
15/2007) e pelo modelo de avaliação de desempenho (decreto
regulamentar 2/2008), pelo menos na sua primeira versão (antes da
avaliação simplificada) – nos resultados dos alunos (taxas de
insucesso e de abandono) como item a ser considerado na avaliação dos
professores.
Este estudo é de enorme importância. As conclusões arrasam o novo ECD,
o novo modelo de avaliação de desempenho de professores e as restantes
reformas educativas introduzidas no ensino secundário. Espero que os
jornais e as televisões peguem nos resultados deste estudo. Está tudo
neste post, incluindo a versão completa do estudo do Prof. Pedro
Martins.
Para saber mais:
O estudo “Individual Teacher Incentives, Student Achievement and Grade
Inflaction” versão completa
O estudo – versão abreviada (resumo)
http://www.profblog.org/2009/03/estudo-de-professor-da-universidade-de.html
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DEBATES ELEITORAIS & COMENTADORES: O RANÇO
“Não sei o que é o homem. Só sei o seu preço” [Brecht]
Os debates eleitorais se fossem feitos num país civilizado e comentados por criaturas intelectualmente genuínas, e não (como é o caso indígena) por sopradores ideologicamente ridículos ou maníacos ignorantes, teriam dignidade responsável e estima acrescida. Porém, cá pela paróquia espanejam-se nos jornais e, principalmente, alapam-se nas TV’s um curioso raminho de criaturas barulhentas (uma estrebaria quase se assemelha a um lugar de êxtase) e que recitam, todos e de igual modo (lembrando a velha Mocidade Portuguesa), os intelectivos complementos dos seus triunfantes repertórios partidários.
Os factos, as argumentações e os episódios ocorridos entre os candidatos eleitorais, passam a ser para esses prodigiosos comentadores, de imediato, um lugar de desabrida arena partidária e um grave reduto de comunhão geral de ignorância e de iliteracia. Os comentadores que temos são quase sempre ignorantes e nada prudentes, pouco estudiosos e muito vaidosos, indigentes e nada sensatos. Sem nunca transportar o cidadão para a matéria e o desafio que o orador propôs, referindo o cuidado conceptual exposto e as impressões ou erros que o contraditório esgrimiu, os nossos dobrados comentadores-políticos travam de imediato a (sua) dura peleja contra o presumido adversário ideológico, como se fossem eles sábios e talentosos dirigentes partidários. Tais especiosos agitadores, que na maioria das vezes nem sabem do que estão a falar, diriam sempre idênticos superlativos, mesmo se o debate nunca tivesse existido. A cassete, essa, está sempre lá.
Veja-se, sobre o assunto, o prosaísmo dessa laudatória criatura, de nome João Vieira Pereira (Expresso, p. 8), que, qual vendedor de banha da cobra, afirma, em comentário ao debate Sócrates-Portas:”… este era porventura o mais difícil debate que Sócrates tinha pela frente, daqui em diante terá alguns passeios no parque com os restantes candidatos, inclusive com Manuel Ferreira Leite” [sic]. Escreve esta genialidade num jornal de referência. Bem-humorado e beneficente anda o rapaz, Henrique Monteiro.
Porém, o máximo exibicionismo dessa fancaria televisiva teve (ontem) lugar após o (apenas) melhor e mais esclarecedor debate, até à data, patrocinado por Louçã e Ferreira Leite. Em todas as TV’s (SIC-N, RTPN e TVI7), qual barraca de feira, divinamente surgiram um raminho de comentadores da boa escola da superstição liberal, quase sempre desleixados no belo argumento, que com respigadas tiradas garganteadas de remotos tempos económicos e com cabotina espuma labial, trataram o dr. Louçã com o desprezo e a idiotia que a D. Manuela não personificou.
O mundo dessas criaturas – com especial relevância para o ridículo João Duque, a bafienta Inês Serra Lopes, o mastigado Joaquim Aguiar ou aquele jovem decorativo que a RTPN nos deu a conhecer e que garante que os “custos salariais” das PME são mais determinantes para elas que os seus “custos financeiros” (o garrote financeiro das PME é para esse iluminado fruto, unicamente, da Lei Laboral) -, que nunca foram gestores de coisa alguma e nem a isso se candidataram, o mundo (económico e social) para tais sábios parou no tempo. Eis o ranço desses novos Velhos do Restelo!
Quando o sábio Joaquim Aguiar, em defesa do seu patrão Mello e sobre um pacífico assunto (pelo menos nos países civilizados) sobre a detenção pelo Estado de bens essenciais (referido por Louçã), regressa em assombro a 1975 (e cita até Melo Antunes), diz bem o atoleiro em que a saudosista e indigente intelectualidade nos meteu. E de que não há saída.
http://www.almocrevedaspetas.blogspot.com/search/label/Eleicoes%202009
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Helena, excelente post. O sistema educativo não é mais do que uma das muitas ferramentas usadas pelos nossos políticos para se argumebtarem uns contra os outros.
P.S.: O “Noimo” e o “Pitágoras” devem ter um défice cognitivo bastante agravado; os seus comentários não têm nada a ver com o post.
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Superior com mais 7,5%
Em termos gerais, e na média da OCDE, um jovem que em 2007 tivesse 15 anos podia contar
com sete meses de desemprego nos anos vindouros e mais 1,3 anos sem trabalhar nem
estudar. No caso de países como Portugal (mas também França, Grécia, Polónia…), o
período expectável de desemprego é de mais de um ano. Como nos anos que se seguem “as
taxas de desemprego devem ultrapassar os 10 pontos percentuais em muitos dos países da
OCDE”, os ganhos potenciais que cada um perde por estar a estudar em vez de a trabalhar
“serão em muitos casos próximos do zero”. Logo, estes são “tempos excelentes para
investir na educação”.
http://www.ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1399604&idCanal=58
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Privado pesa 13,5%
Um dado curioso é que o ensino privado pesa mais em Portugal do que na média da OCDE em
todos os graus de ensino. + No primeiro ciclo do ensino básico, o privado representa 8,5
por cento (2,9 por cento na OCDE). No terceiro ciclo, o peso do privado baixa para os 5,5
por cento (3 por cento na OCDE), voltando a subir no secundário para os 13,5 por cento
(5,3 por cento na OCDE). Só no México e no Japão, e nalguns graus de ensino nos Estados
Unidos, é que o sector privado tem mais peso do que em Portugal.
http://www.ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1399604&idCanal=58
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De facto há candidatos a quem só interessa discutir os problemas dos professores. Não lhes interessa absolutamente nada referir o que este Governo fez pelos alunos. Tal como no seu texto em que refere o desperdício das aulas de formação cívica e de estudo acompanhado, mas não diz nada sobre os benefícios da introdução do inglês, da música ou do desporto, a partir do 1º ano.
Para não falar daquilo a que costuma chamar tralha tecnológica, já pensou que o acesso generalizado aos computadores pode ser o primeiro passo para que daqui a uns anos os manuais possam ser dispensados?
Já agora, qual foi, no passado, o período em que houve menos indisciplina nas escolas? Terá sido quando a Dra. Ferreira Leite foi ministra da Educação?
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Assessor de Cavaco Silva encomendou caso de escutas
18 Setembro 2009
Documentos provam que foi o principal assessor de Cavaco Silva, Fernando Lima, quem deu indicações ao editor do jornal Público, Luciano Alvarez sobre as suspeitas de o Presidente estar a ser vigiado pelo Governo. Leia a história e os documentos que a sustentam hoje no DN.
__
“”” – QUEREM LA VER QUE A MINIGANCIA PARTE DO PR E QUE SEU CRIADO ENTREGOU A CARTA A GARCIA?
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# 5
Não me diga! …
«No dia 8 de Setembro, às 11h22, a agência Lusa emitiu uma notícia que começava assim: “A economia portuguesa recuou 3,7 por cento no segundo trimestre face a igual período de 2008, abrandando a queda do trimestre anterior, que tinha atingido 4,0 por cento, informou hoje o INE.” A mesma notícia foi corrigida, sabe-se lá por ordens de quem, às 12h25, passando à seguinte formulação: “O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que Portugal saiu da recessão no segundo trimestre, com a economia a crescer 0,3 por cento face ao trimestre anterior.»
Eduardo Cintra Torres, idem
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Buscas judiciais na empresa que fabrica portátil Magalhães
A firma JP Sá Couto, que produz o computador Magalhães, foi alvo de
buscas por parte das autoridades judiciais por suspeitas de fraude
fiscal, avançou a SIC Notícias, que obteve também uma confirmação da
presença das autoridades da parte do administrador da empresa, João
Paulo Sá Couto.
Aquela estação de televisão explica que, nas instalações da empresa,
em Matosinhos, esteve uma equipa da Polícia Judiciária composta por
três agentes, e ainda um funcionário das Finanças, que, segundo disse
a empresa à Lusa, deixaram o local por volta do meio-dia.
A empresa disse entretanto em comunicado que a PJ e as Finanças terão
ido à empresa para recolher elementos contabilísticos de 2001, 2002 e
2003.
João Paulo Sá Couto, que é arguido no processo, adiantou que esses
elementos já tinham sido recolhidos há uns anos, mas que a falta de
validade jurídica leva a que voltem agora a ser reunidos. Disse também
que não cometeu “qualquer crime”, está de “consciência tranquila” e
aguarda “serenamente” o julgamento.
Processo de 2005 sobre fraude fiscal com IVA
Foi uma “mera visita de rotina relacionada com um processo de fraude
fiscal que data de 2005”, explicou à Lusa uma das responsáveis pela
assessoria de imprensa da empresa.
A empresa explicou em comunicado que todos os documentos agora
solicitados foram prontamente disponibilizados e que manteve o normal
funcionamento durante a presença das autoridades.
O caso envolve várias empresas que estão ser investigadas por um
esquema de fraude fiscal com IVA, no qual o Estado terá sido lesado em
cinco milhões de euros.
A JP Sá Couto foi no primeiro trimestre do ano a maior empresa de
computadores no mercado português, com as vendas a crescerem 1308,5
por cento impulsionadas pelo portátil Magalhães, segundo um estudo da
empresa de análise IDC.
http://www.economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1387094&idCanal=57
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“…a par do serviço militar obrigatório, tinha o mérito de colocar, lado a lado, os filhos dos portugueses, independentemente dos rendimentos, habilitações e estatuto das respectivas famílias…”
gande colar de perlas, com umas calinadas de ortografia & sintaxe até parecia um pensamento profundo da moça de 70 anos. quando escreveu isto estava a pensar nas senhoras do movimento nacional feminino ou nas marinas portuguesas.
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Caso das escutas
Cavaco confirma desconfianças e vai pedir mais informações
por CATARINA GUERREIRO, GRAÇA HENRIQUESOntem
O Presidente da República falou ontem pela primeira vez das suspeitas de escutas sobre a sua Casa Civil. E não as desmentiu. Depois das eleições, garantiu, vai pedir explicações porque está preocupado. O procurador-geral da República avisou que está atento e admite abrir um inquérito às denúncias que abriram uma das maiores crises institucionais de sempre
“””- ERA ISSO QUE FAZIA ENQUANTO 1º MINISTRO
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“Paz com professores vai sair muito cara ao país”, Maria de Lurdes Rodrigues, hoje no DE.
E a guerra aos professores e às escolas, quanto custou?
A pagar por quantas gerações?
http://www.31daarmada.blogs.sapo.pt/2996973.html
Subscrevo.
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Este texto foi publicado pelo jornalista Joaquim Vieira na «Grande
Reportagem» entre 3 de Setembro e 1 de Outubro de 2005. Curiosamente,
duas semanas depois, o jornalista foi demitido e, um mês depois, a
histórica revista terminou a sua publicação. Até hoje.
O POLVO,
po Joaquim Vieira
«Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta
distingue esta candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores:
surge após a edição de Contos Proibidos – Memórias de Um PS
Desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus. O livro,
que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial,
veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de
Soares e foi ignorado pelos poderes da República. Em síntese, que diz
Mateus? Que, após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, Soares
fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a
usar os fundos financeiros remanescentes da campanha. Que a esse grupo
competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais
que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vítor Constâncio (um
anti-soarista), e procurava uma dócil alternativa a essa liderança.
Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a
reeleição de Soares. Que, não podendo presidir ao grupo por razões
óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse
amiúde com eles para orientar a estratégia das empresas, tanto em
Belém como nas suas residências particulares. Que, no exercício do seu
«magistério de influência» (palavras suas, noutro contexto), convocou
alguns magnatas internacionais – Rupert Murdoch, Silvio Berlusconi,
Robert Maxwell e Stanley Ho – para o visitarem na Presidência da
República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que
pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal. Note-se
que o «Presidente de todos os portugueses» não convidou os empresários
a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo, apesar de os
contribuintes suportarem despesas da estada. Que moral tem um país
para criticar Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim
Loureiro ou Fátima Felgueiras se acha normal uma candidatura
presidencial manchada por estas revelações? E que foi feito dos
negócios do Presidente Soares? Pela relevância do tema, ficará para
próximo desenvolvimento.
A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sedeada
na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais
António Almeida Santos, eterna ponte entre política e vida económica,
Carlos Melancia, seu ex-ministro, e o próprio filho, João.
A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação
de Relações Internacionais (subtraída por Soares à influência do PS
após abandonar a sua liderança), as quais eram do Presidente mas de
que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém –
relata Mateus em Contos Proibidos.
Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro
no grupo empresarial.
Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite
inicial para Sílvio Berlusconi (o grande senhor da TV italiana, mas
ainda longe de conquistar o governo) visitar Belém.
Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares
reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento.
Soares tentou então a sorte com Rupert Murdoch, que chegou a Lisboa
munido de um memorando interno sobre a associação a “amigos íntimos e
apoiantes do Presidente Soares”, com vista a “garantir o controlo de
interesses nos média favoráveis ao Presidente Soares e, assumimos,
apoiar a sua reeleição”.
Interpôs-se porém outro magnata, Robert Maxwell, arqui-rival de
Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas.
Soares daria ordem para se fazer o negócio com este.
O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais.
Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu
“mensalão”.
Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em
Portugal, com a adesão à Convenção Penal Europeia contra a Corrupção.
Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não
prescrevem.
Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.
O então Presidente ficaria aliás nervoso com a entrada em cena das
autoridades judiciais – episódio a merecer análise própria.
A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou
pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos,
contava “com muitas dezenas de milhares de contos “oferecidos” por
(Robert) Maxwell (…), consideráveis valores oriundos do “ex-MASP” e
uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos.”
Ao nomear governador de Macau um homem da Emaudio, Carlos Melancia,
Soares permite juntar no território administração pública e negócios
privados.
Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a
promessa de fabulosas receitas publicitárias.
Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como “um
dos grandes vigaristas internacionais”, recua.
O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe
causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e
exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a
empresa.
O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado – tal como há semanas
sucedeu noutro contexto a Manuel Alegre.
Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a
reformulação do negócio.
E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil
contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do
novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia
exigindo a devolução da verba.
O Governador cala-se.
Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala.
Então Mateus dá o documento a ‘O Independente’, daqui nascendo o
“escândalo do fax de Macau”.
Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério
Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de
urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para
minimizar os estragos.
Mas o processo é inevitável.
Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores.
Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o
eufemismo de “dádiva pública”) não se destinou de facto a Melancia mas
“à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse”.
Quem afinal devia ser réu?
Os factos nem parecem muito difíceis de confirmar, ou desmentir, e no
entanto é mais fácil – mais confortável – ignorá-los, não se confia na
justiça ou porque não se acredita que funcione em tempo útil, ou por
que se tem medo que funcione, em vida, e as dúvidas, os boatos, os
rumores, a ‘fama’ persistem.
E é assim, passo a passo, que lentamente se vai destruíndo de vez a
confiança dos portugueses nas instituições.
Por incúria, por medo, por desleixo, até por arrogância, porventura de
fantasmas e até… da própria sombra.
Ao investigar o caso de corrupção na base do “fax de Macau”, o
Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então
dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi
encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto
da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de
inquirir o próprio Soares.
Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então
Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse
passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao
financiamento dos partidos políticos, não só do PS mas também do PSD –
há quase uma década repartindo os governos entre si. A previsão era
catastrófica: operação “mãos limpas” à italiana, colapso do regime,
república dos Juízes.
Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou
pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a
apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno
de 250 mil euros.
Entretanto, já Robert Maxwel abandonara a parceria com o grupo
empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio
Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao
grupo soarista, intenção que segundo relata Rui Mateus em Contos
Proibidos, o magnata dos casinos de Macau lhe comunica “após consulta
ao Presidente da República, que ele sintomaticamente apelida de boss.
Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o
próprio Soares, durante uma “presidência aberta” que este efectua na
Guarda. Acrescenta Mateus no livro que o grupo de Soares queria
ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por
Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e
desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau, lançado
ainda por Melancia, e onde estavam “previstos lucros de milhões de
contos”.
Com estas operações, esclarece ainda Mateus, o Presidente fortalecia
uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi
desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.
As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em
Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em
vez de investigar práticas porventura ilícitas de um Chefe de Estado,
os jornalistas preferiram crucificar o autor pela “traição” a Soares
(uma tese académica elaborada por Estrela Serrano, ex-assessora de
imprensa em Belém, revelou as estratégias de sedução do Presidente
sobre uma comunicação social que sempre o tratou com indulgência.)
Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio: comentar o tema era
dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a
RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus – todos
recusaram. A omertá mantém-se: o desejo dos apoiantes de Soares é
varrer para debaixo do tapete esta história (i)moral da III República,
e o próprio, se interrogado sobre o assunto, dirá que não fala sobre
minudências, mas sobre os grandes problemas da Nação.
Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica
carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar
velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor
do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis,
viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos
ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell. Dos notáveis
próximos da candidatura do “pai da pátria”, há também homens da
administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e
Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino,
conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma
fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.
Outros ex-“macaenses” influentes são o ministro da Justiça Alberto
Costa, que, como director do Gabinete da Justiça do território,
interveio para minorar os estragos entre o soarismo e a Emaudio, ou o
presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia
pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.
Será o Polvo apenas uma teoria de conspiração?
E depois, Macau, sempre Macau.»
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Ainda vamos ter professores sem alunos mas, desde que prestigiados,
o país terá um futuro risonho.
Só falta dizer isto.
O corporativismo profissional e politico de algumas classes profissionais neste país, tomou as rédeas daquilo que pensaram ser uma democracia.
O despotismo chega ao ponto de se centrarem no poder (politico) que possuem e ameaçarem o país inteiro.
Este é um…dos muitos…. cancros da democracia tuga.
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mais um poste com orientação feira da ladra do professor, vai ser descarregar lençois e cobertores velhos.
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Este texto foi publicado pelo jornalista Joaquim Vieira na «Grande
Reportagem» entre 3 de Setembro e 1 de Outubro de 2005. Curiosamente,
duas semanas depois, o jornalista foi demitido e, um mês depois, a
histórica revista terminou a sua publicação. Até hoje.
O POLVO,
po Joaquim Vieira
«Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta
distingue esta candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores:
surge após a edição de Contos Proibidos – Memórias de Um PS
Desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus. O livro,
que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial,
veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de
Soares e foi ignorado pelos poderes da República. Em síntese, que diz
Mateus? Que, após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, Soares
fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a
usar os fundos financeiros remanescentes da campanha. Que a esse grupo
competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais
que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vítor Constâncio (um
anti-soarista), e procurava uma dócil alternativa a essa liderança.
Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a
reeleição de Soares. Que, não podendo presidir ao grupo por razões
óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse
amiúde com eles para orientar a estratégia das empresas, tanto em
Belém como nas suas residências particulares. Que, no exercício do seu
«magistério de influência» (palavras suas, noutro contexto), convocou
alguns magnatas internacionais – Rupert Murdoch, Silvio Berlusconi,
Robert Maxwell e Stanley Ho – para o visitarem na Presidência da
República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que
pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal. Note-se
que o «Presidente de todos os portugueses» não convidou os empresários
a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo, apesar de os
contribuintes suportarem despesas da estada. Que moral tem um país
para criticar Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim
Loureiro ou Fátima Felgueiras se acha normal uma candidatura
presidencial manchada por estas revelações? E que foi feito dos
negócios do Presidente Soares? Pela relevância do tema, ficará para
próximo desenvolvimento.
A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sedeada
na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais
António Almeida Santos, eterna ponte entre política e vida económica,
Carlos Melancia, seu ex-ministro, e o próprio filho, João.
A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação
de Relações Internacionais (subtraída por Soares à influência do PS
após abandonar a sua liderança), as quais eram do Presidente mas de
que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém –
relata Mateus em Contos Proibidos.
Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro
no grupo empresarial.
Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite
inicial para Sílvio Berlusconi (o grande senhor da TV italiana, mas
ainda longe de conquistar o governo) visitar Belém.
Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares
reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento.
Soares tentou então a sorte com Rupert Murdoch, que chegou a Lisboa
munido de um memorando interno sobre a associação a “amigos íntimos e
apoiantes do Presidente Soares”, com vista a “garantir o controlo de
interesses nos média favoráveis ao Presidente Soares e, assumimos,
apoiar a sua reeleição”.
Interpôs-se porém outro magnata, Robert Maxwell, arqui-rival de
Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas.
Soares daria ordem para se fazer o negócio com este.
O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais.
Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu
“mensalão”.
Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em
Portugal, com a adesão à Convenção Penal Europeia contra a Corrupção.
Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não
prescrevem.
Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.
O então Presidente ficaria aliás nervoso com a entrada em cena das
autoridades judiciais – episódio a merecer análise própria.
A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou
pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos,
contava “com muitas dezenas de milhares de contos “oferecidos” por
(Robert) Maxwell (…), consideráveis valores oriundos do “ex-MASP” e
uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos.”
Ao nomear governador de Macau um homem da Emaudio, Carlos Melancia,
Soares permite juntar no território administração pública e negócios
privados.
Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a
promessa de fabulosas receitas publicitárias.
Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como “um
dos grandes vigaristas internacionais”, recua.
O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe
causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e
exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a
empresa.
O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado – tal como há semanas
sucedeu noutro contexto a Manuel Alegre.
Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a
reformulação do negócio.
E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil
contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do
novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia
exigindo a devolução da verba.
O Governador cala-se.
Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala.
Então Mateus dá o documento a ‘O Independente’, daqui nascendo o
“escândalo do fax de Macau”.
Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério
Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de
urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para
minimizar os estragos.
Mas o processo é inevitável.
Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores.
Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o
eufemismo de “dádiva pública”) não se destinou de facto a Melancia mas
“à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse”.
Quem afinal devia ser réu?
Os factos nem parecem muito difíceis de confirmar, ou desmentir, e no
entanto é mais fácil – mais confortável – ignorá-los, não se confia na
justiça ou porque não se acredita que funcione em tempo útil, ou por
que se tem medo que funcione, em vida, e as dúvidas, os boatos, os
rumores, a ‘fama’ persistem.
E é assim, passo a passo, que lentamente se vai destruíndo de vez a
confiança dos portugueses nas instituições.
Por incúria, por medo, por desleixo, até por arrogância, porventura de
fantasmas e até… da própria sombra.
Ao investigar o caso de corrupção na base do “fax de Macau”, o
Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então
dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi
encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto
da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de
inquirir o próprio Soares.
Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então
Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse
passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao
financiamento dos partidos políticos, não só do PS mas também do PSD –
há quase uma década repartindo os governos entre si. A previsão era
catastrófica: operação “mãos limpas” à italiana, colapso do regime,
república dos Juízes.
Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou
pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a
apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno
de 250 mil euros.
Entretanto, já Robert Maxwel abandonara a parceria com o grupo
empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio
Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao
grupo soarista, intenção que segundo relata Rui Mateus em Contos
Proibidos, o magnata dos casinos de Macau lhe comunica “após consulta
ao Presidente da República, que ele sintomaticamente apelida de boss.
Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o
próprio Soares, durante uma “presidência aberta” que este efectua na
Guarda. Acrescenta Mateus no livro que o grupo de Soares queria
ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por
Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e
desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau, lançado
ainda por Melancia, e onde estavam “previstos lucros de milhões de
contos”.
Com estas operações, esclarece ainda Mateus, o Presidente fortalecia
uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi
desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.
As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em
Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em
vez de investigar práticas porventura ilícitas de um Chefe de Estado,
os jornalistas preferiram crucificar o autor pela “traição” a Soares
(uma tese académica elaborada por Estrela Serrano, ex-assessora de
imprensa em Belém, revelou as estratégias de sedução do Presidente
sobre uma comunicação social que sempre o tratou com indulgência.)
Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio: comentar o tema era
dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a
RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus – todos
recusaram. A omertá mantém-se: o desejo dos apoiantes de Soares é
varrer para debaixo do tapete esta história (i)moral da III República,
e o próprio, se interrogado sobre o assunto, dirá que não fala sobre
minudências, mas sobre os grandes problemas da Nação.
Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica
carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar
velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor
do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis,
viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos
ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell. Dos notáveis
próximos da candidatura do “pai da pátria”, há também homens da
administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e
Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino,
conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma
fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.
Outros ex-“macaenses” influentes são o ministro da Justiça Alberto
Costa, que, como director do Gabinete da Justiça do território,
interveio para minorar os estragos entre o soarismo e a Emaudio, ou o
presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia
pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.
Será o Polvo apenas uma teoria de conspiração?
E depois, Macau, sempre Macau.»
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O POLVO,
po Joaquim Vieira
«Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta
distingue esta candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores:
surge após a edição de Contos Proibidos – Memórias de Um PS
Desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus. O livro,
que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial,
veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de
Soares e foi ignorado pelos poderes da República. Em síntese, que diz
Mateus? Que, após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, Soares
fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a
usar os fundos financeiros remanescentes da campanha. Que a esse grupo
competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais
que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vítor Constâncio (um
anti-soarista), e procurava uma dócil alternativa a essa liderança.
Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a
reeleição de Soares. Que, não podendo presidir ao grupo por razões
óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse
amiúde com eles para orientar a estratégia das empresas, tanto em
Belém como nas suas residências particulares. Que, no exercício do seu
«magistério de influência» (palavras suas, noutro contexto), convocou
alguns magnatas internacionais – Rupert Murdoch, Silvio Berlusconi,
Robert Maxwell e Stanley Ho – para o visitarem na Presidência da
República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que
pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal. Note-se
que o «Presidente de todos os portugueses» não convidou os empresários
a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo, apesar de os
contribuintes suportarem despesas da estada. Que moral tem um país
para criticar Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim
Loureiro ou Fátima Felgueiras se acha normal uma candidatura
presidencial manchada por estas revelações? E que foi feito dos
negócios do Presidente Soares? Pela relevância do tema, ficará para
próximo desenvolvimento.
A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sedeada
na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais
António Almeida Santos, eterna ponte entre política e vida económica,
Carlos Melancia, seu ex-ministro, e o próprio filho, João.
A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação
de Relações Internacionais (subtraída por Soares à influência do PS
após abandonar a sua liderança), as quais eram do Presidente mas de
que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém –
relata Mateus em Contos Proibidos.
Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro
no grupo empresarial.
Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite
inicial para Sílvio Berlusconi (o grande senhor da TV italiana, mas
ainda longe de conquistar o governo) visitar Belém.
Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares
reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento.
Soares tentou então a sorte com Rupert Murdoch, que chegou a Lisboa
munido de um memorando interno sobre a associação a “amigos íntimos e
apoiantes do Presidente Soares”, com vista a “garantir o controlo de
interesses nos média favoráveis ao Presidente Soares e, assumimos,
apoiar a sua reeleição”.
Interpôs-se porém outro magnata, Robert Maxwell, arqui-rival de
Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas.
Soares daria ordem para se fazer o negócio com este.
O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais.
Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu
“mensalão”.
Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em
Portugal, com a adesão à Convenção Penal Europeia contra a Corrupção.
Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não
prescrevem.
Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.
O então Presidente ficaria aliás nervoso com a entrada em cena das
autoridades judiciais – episódio a merecer análise própria.
A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou
pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos,
contava “com muitas dezenas de milhares de contos “oferecidos” por
(Robert) Maxwell (…), consideráveis valores oriundos do “ex-MASP” e
uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos.”
Ao nomear governador de Macau um homem da Emaudio, Carlos Melancia,
Soares permite juntar no território administração pública e negócios
privados.
Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a
promessa de fabulosas receitas publicitárias.
Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como “um
dos grandes vigaristas internacionais”, recua.
O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe
causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e
exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a
empresa.
O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado – tal como há semanas
sucedeu noutro contexto a Manuel Alegre.
Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a
reformulação do negócio.
E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil
contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do
novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia
exigindo a devolução da verba.
O Governador cala-se.
Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala.
Então Mateus dá o documento a ‘O Independente’, daqui nascendo o
“escândalo do fax de Macau”.
Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério
Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de
urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para
minimizar os estragos.
Mas o processo é inevitável.
Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores.
Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o
eufemismo de “dádiva pública”) não se destinou de facto a Melancia mas
“à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse”.
Quem afinal devia ser réu?
Os factos nem parecem muito difíceis de confirmar, ou desmentir, e no
entanto é mais fácil – mais confortável – ignorá-los, não se confia na
justiça ou porque não se acredita que funcione em tempo útil, ou por
que se tem medo que funcione, em vida, e as dúvidas, os boatos, os
rumores, a ‘fama’ persistem.
E é assim, passo a passo, que lentamente se vai destruíndo de vez a
confiança dos portugueses nas instituições.
Por incúria, por medo, por desleixo, até por arrogância, porventura de
fantasmas e até… da própria sombra.
Ao investigar o caso de corrupção na base do “fax de Macau”, o
Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então
dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi
encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto
da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de
inquirir o próprio Soares.
Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então
Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse
passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao
financiamento dos partidos políticos, não só do PS mas também do PSD –
há quase uma década repartindo os governos entre si. A previsão era
catastrófica: operação “mãos limpas” à italiana, colapso do regime,
república dos Juízes.
Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou
pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a
apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno
de 250 mil euros.
Entretanto, já Robert Maxwel abandonara a parceria com o grupo
empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio
Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao
grupo soarista, intenção que segundo relata Rui Mateus em Contos
Proibidos, o magnata dos casinos de Macau lhe comunica “após consulta
ao Presidente da República, que ele sintomaticamente apelida de boss.
Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o
próprio Soares, durante uma “presidência aberta” que este efectua na
Guarda. Acrescenta Mateus no livro que o grupo de Soares queria
ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por
Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e
desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau, lançado
ainda por Melancia, e onde estavam “previstos lucros de milhões de
contos”.
Com estas operações, esclarece ainda Mateus, o Presidente fortalecia
uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi
desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.
As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em
Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em
vez de investigar práticas porventura ilícitas de um Chefe de Estado,
os jornalistas preferiram crucificar o autor pela “traição” a Soares
(uma tese académica elaborada por Estrela Serrano, ex-assessora de
imprensa em Belém, revelou as estratégias de sedução do Presidente
sobre uma comunicação social que sempre o tratou com indulgência.)
Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio: comentar o tema era
dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a
RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus – todos
recusaram. A omertá mantém-se: o desejo dos apoiantes de Soares é
varrer para debaixo do tapete esta história (i)moral da III República,
e o próprio, se interrogado sobre o assunto, dirá que não fala sobre
minudências, mas sobre os grandes problemas da Nação.
Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica
carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar
velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor
do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis,
viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos
ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell. Dos notáveis
próximos da candidatura do “pai da pátria”, há também homens da
administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e
Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino,
conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma
fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.
Outros ex-“macaenses” influentes são o ministro da Justiça Alberto
Costa, que, como director do Gabinete da Justiça do território,
interveio para minorar os estragos entre o soarismo e a Emaudio, ou o
presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia
pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.
Será o Polvo apenas uma teoria de conspiração?
E depois, Macau, sempre Macau.»
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Afinal, conclui-se, que o sistema nacional de Ensino era bom!
Desde a tomada de posse do actual Governo, que questiono, como é possível os anteriores responsáveis pela política educativa dos sucessivos governos, não virem defender-se dos golpes proferidos pelos actuais responsáveis políticos, sobre a incompetência de que deram provas durante os respectivos mandatos.
Se o sistema nacional de ensino foi e é hiper centrado na 5 de Outubro. Se cada nova equipa governativa escolheu e escolhe todos os responsáveis dos serviços centrais e regionais, que ordenam toda a política educativa às escolas e aos professores, desde as habilitações para a docência até aos procedimentos em face de comportamentos de indisciplina dos alunos, sendo os professores meros executores dessas políticas. Se em 34 anos de Democracia, não existe um único professor chamado à responsabilidade pelo sector…
Seria de esperar que o actual primeiro ministro e a actual ministra da Educação fizessem pesar sobre os responsáveis dessas políticas aquilo que designaram e designam de “maus resultados” do sistema e que os motivou a uma reforma. Puro engano. Os responsáveis, afinal, que impuseram às escolas e aos professores os seus normativos, regulamentos e programas (as “suas” reformas) não são responsáveis por, segundo os actuais governantes, os tais “maus resultados”. São os executores, os professores, os que não foram tidos nem achados no assunto! Paradoxal!
Vários dos anteriores governantes aplaudiram, na praça pública, o embuste, participando na farsa nacional dos actuais. Fazem parte do museu da 5 de Outubro! Duplo paradoxo!
Os opinadores, jornalistas, comentadores e todas as “espécies” que pululam pelos órgãos de comunicação social , seria suposto levantarem a questão básica da responsabilidade. Puro engano. Triplo paradoxo!
Os anteriores responsáveis pela política educativa nacional foram exaltados pelos feitos, reconhecidos publicamente pelos actuais governantes, ocupam lugares de destaque no actual governo pátrio, em empresas, instituições e programas e até são conselheiros do actual Presidente da República. Quarto paradoxo!
Afinal, o Sistema Nacional de Ensino era bom ou muito bom.
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http://1.bp.blogspot.com/_LC72LdzQi4w/SrUovkbDQUI/AAAAAAAAAi8/-xkZ9WfzLGk/s320/untitled.bmp
O que foi efectivamente descoberto é uma incógnita que fonte oficial do Presidente da República não quer confirmar. Apenas refere que não foram encontrados quaisquer dispositivos de escuta.
retirei do CCorporativa
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Escola Pública ou Escola Republicana?
Foi com enorme satisfação que vi, nas manifestações e nas greves dos professores, a
profusão de cartazes reivindicando a defesa da Escola Pública. E foi com igual satisfação
que vi alguns analistas políticos mais perspicazes começarem a aperceber-se que o
conflito entre os professores e o Ministério é cada vez menos de ordem laboral e cada vez
mais de ordem política.
Nos próximos meses assistiremos a negociações entre o Ministério e os Sindicatos. O que
vai estar em cima da mesa vai ser o Estatuto da Carreira Docente, o Modelo de Avaliação e
mais um ou outro afloramento do iceberg que calhe estar na ordem do dia. Sobre estes
assuntos, cada uma das partes fará muitas cedências, poucas cedências ou nenhumas
cedências conforme o poder negocial que tenha na altura. Nada disto é importante.
O que não estará em cima da mesa é a parte submersa do iceberg. E os professores sabem
disso. E porque os professores sabem disso, tanto o Ministério, como os sindicatos estão
em pânico. Sentados à volta da mesa, não se ouvirão uns aos outros: terão os ouvidos
apurados só para os primeiros sinais de que o Comendador de Pedra se prepara para entrar
na sala.
Os gatos saíram do saco e ninguém os vai conseguir meter lá outra vez. Os professores
portugueses politizaram-se e ninguém os vai despolitizar. Perceberam que estão frente a
frente duas concepções de escolas incompatíveis nos seus pressupostos, na sua concepção
do humano e acima de tudo nos interesses que servem. De um lado, aquilo que apareceu
referido nos cartazes como a Escola Pública e a que os nossos colegas franceses chamam,
talvez com mais propriedade, a Escola Republicana, que se define pelo acesso de todos ao
melhor que a nossa civilização oferece. Do outro lado, o inimigo: a escola
tecno-burocrata, para a qual não há «civilizações», mas sim «economias», e cujo projecto
consiste em ensinar uma pequena elite económica, ficando reservado a todos os outros
aquilo a que Maria de Lurdes Rodrigues chama «qualificação».
A luta entre os professores o Ministério da Educação é um conflito de culturas e
civilizações. Se permitirmos que o Ministério vença, os nossos netos serão selvagens.
legoergosum.blogspot.com/2008/12/escola-pblica-ou-escola-republicana.html
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Os números do PISA. Quem é quem com melhores resultados a Matemática, Ciências e Leitura?
O Estudo Internacional que avalia as competências dos alunos até aos 15 anos, através de
exames de matemática, Ciências e Leitura, vulgarmente conhecido por PISA, dá-nos a
seguinte resposta:
Finlândia: 1º em Ciências; 2º em Matemática; 2º em Leitura. Canadá: 3º em Ciências; 4º em
Leitura; 4º em Matemática. Coreia do Sul: 11º em Ciências; 1º em Leitura; 4º em
Matemática. Japão: 6º em Ciências; 15º em Leitura; 10º em Matemática. Noruega: 33º em
Ciências; 25º em leitura; 29º em Matemática. Espanha: 31º em Ciências; 35º em Leitura;
32º em Matemática. França: 25º em Ciências; 23º em Leitura; 23º em Matemática.
Portugal está à frente da Espanha, com resultados muito semelhantes aos de França. Os
países mediterrânicos, Portugal, Espanha, França, Grécia, Turquia e Itália, têm
resultados semelhantes. Encontram-se a meio da tabela ou um pouco mais para trás. Ao
contrário do que o Governo de Sócrates quis fazer crer, os alunos portugueses tiveram, em
2006, um desempenho muito razoável nos testes do PISA.
http://www.profblog.org/2009/02/os-numeros-do-pisa-quem-e-quem-com.html
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A questão do Ensino é esta! … Alguém está para pagar o ónus político da definição clara do modelo de Ensino em Portugal?
“Poucas estatísticas são mais falíveis que as do sucesso escolar, antes de mais porque é um conceito impossível de quantificar. O primeiro impulso é para se associar a noção de sucesso escolar às classificações dos alunos. Contudo, estas assentam num equívoco que até agora não foi resolvido por nenhum governo e que o actual veio agravar. Até há 20 anos, as classificações estavam directamente relacionadas com as aprendizagens. Contudo, com o advento da escola inclusiva, o paradigma tem vindo a alterar-se progressivamente. Actualmente, as classificações, sobretudo, até ao 3º ciclo e nos cursos profissionalizantes, não reflectem apenas as aprendizagens dos alunos, centrando-se também na sua progressão, de acordo com as suas possibilidades e capacidades.
Ora, entre estas duas realidades vai um abismo e não pode haver estatísticas sérias se não sabemos o que estamos a medir. O conceito de escola inclusiva é incompatível com a existência de exames, sobretudo, nacionais. Por sua vez, os exames nacionais constituem um instrumento independente de avaliação dos alunos e é hoje consensual que devem existir. Há aqui uma contradição que não pode deixar de ser urgentemente resolvida.
O mundo empresarial exige uma escola onde haja aprendizagens efectivas e padronizadas, de forma a que os futuros trabalhadores ou empresários possam competir num mercado cada vez mais globalizado. Neste paradigma, os exames são a cereja em cima do bolo, permitindo aferir de forma padronizada essas aprendizagens.
Contudo, o País também exige que não haja exclusão e abandono escolar, o que só é possível numa escola onde cada um possa aprender ao seu ritmo, tendo em atenção o contexto, social, cultural e familiar do aluno. Ora, se cada um aprende ao seu ritmo, as aprendizagens não podem ser padronizadas e, portanto, também não pode haver exames, que, por definição, avaliam conhecimentos-padrão.
O actual sistema de ensino vive nesta ambiguidade, o que lhe vale a acusação, merecida, de facilitista. A culpa não é dos alunos nem dos professores, mas da indefinição do modelo de sistema de ensino. Se um professor privilegia os alunos com mais dificuldades, terá necessariamente de diminuir o grau de exigência das matérias a leccionar. Consegue assim combater o abandono escolar e obter sucesso estatístico, mas as aprendizagens, com o nível e profundidade desejadas, não são realizadas. O nívelamento por baixo prejudica os alunos com maiores capacidades, que se queixam e com razão.
Ao invés, se um professor tenta nivelar o nível de ensino por cima, de forma a garantir um ensino de qualidade, privilegia os melhores alunos e conduz os piores alunos a maus resultados estatísticos (embora o ensino ministrado possa ser de qualidade). Consegue assim dar uma boa preparação a uma parte dos alunos que conseguem acompanhar o ritmo da formação, mas obtém insucesso estatístico, porque alguns alunos não corresponderam à exigência das aprendizagens. Queixam-se os alunos com mais dificuldades e com razão.
Como se vê, a coexistência do ensino inclusivo, centrado no aluno, com o ensino padronizado, centrado nos conteúdos programáticos, na mesma turma, não produz resultados optimizados e a sua manutenção pressupõe um preço a pagar pela sociedade, que terá sempre de ser tolerante com os resultados estatísticos. Contudo, o que vimos nestes últimos três anos é que o País está sujeito ao primado das estatísticas, numa obcesão, nem sempre salutar, de ficar a par dos valores médios da União Europeia.
Sendo assim, há que tirar ilacções: se o País quer resultados maximizados, terá de separar os dois tipos de ensino, seja a nível de escola ou de turma. A indefinição do actual sistema não satisfaz nem governos, nem alunos, nem professores, acabando estes por ser injustamente responsabilizados por resultados que são uma consequência do próprio sistema. Criar escolas de nível não me parece possível em termos de aceitação social, restando assim a hipótese de formação de turmas de nível dentro da mesma escola.
A ideia igualitarista de que todos os alunos têm capacidade para aprender as mesmas matérias durante um ano lectivo é uma ficção. Não há estratégias, professores ou políticas educativas que consigam contornar esta impossibilidade. E quando, por vezes, nalgumas escolas ditas modelo se fala em grande sucesso, estamos a falar de sucesso estatístico conseguido com medidas paleativas. Em Educação, não há milagres.
Queixa-se o Ministério da Educação de que os resultados escolares dos alunos são muito inferiores à média europeia. Em primeiro lugar, porquê tanta estranheza e incomodidade? Por acaso, a economia portuguesa está ao nível da União Europeia? A indústria? A agricultura? A Justiça? O sistema de saúde? Ora, se todos os sectores do País têm índices abaixo da média da União Europeia, porque carga de água a Educação haveria de ter índices iguais ou melhores?
Naturalmente, os níveis de desenvolvimento são sempre condicionados pelo contexto e pela herança do passado. Os pais dos nossos alunos têm habilitações médias iguais aos do resto da União Europeia? Portugal continua com 9% de analfabetismo, flagelo que nos países do Norte da Europa foi erradicado há 100 anos! As condições de vida dos alunos portugueses são iguais às dos alunos da União Europeia? A verdade é que muitos alunos portugueses continuam a vir para a escola mal alimentados, mal vestidos e a viver em casas abarracadas, sem qualquer dignidade e conforto. A assistência na saúde dos alunos portugueses é igual à da média da União Europeia? Ora, Portugal não tem sequer uma rede de saúde mental a nível nacional. As crianças e jovens portugueses com problemas comportamentais e de saúde mental, e muitos são, ou não fossem também os mais maltratados da Europa, esperam meses por uma consulta que, geralmente, nem sequer tem continuidade. Ou, pura e simplesmente, nem sequer têm assistência.
Quem conhece a realidade educativa em Portugal sabe que estas são as reais causas do insucesso escolar. É raríssimo um aluno de classe média, com uma família equilibrada e pais que lhe dêem a devida atenção, ter maus resultados escolares. Se dúvidas houvesse de que o problema do ensino não passa pela qualidade do corpo docente, esta simples constatação desmontaria tal tese.
Mário Lopes (In http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=3b1be272-e05b-4e57-ae03-7719058cb703&edition=89)
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A Politica da asfixia dos desconfiados
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A Presidência da República desconfiava mesmo de que estava a ser vigiada por membros do Governo e chegou a pedir aos serviços de informação de carácter militar (que não o SIS) para que fosse feita uma ‘limpeza’ aos gabinetes no Palácio de Belém. Procuravam aparelhos de escutas que pudessem sustentar as suspeitas de Cavaco Silva e dos que lhes são próximos. O que foi efectivamente descoberto é uma incógnita que fonte oficial do Presidente da República não quer confirmar. Apenas refere que não foram encontrados quaisquer dispositivos de escuta.
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Quantos professores, os únicos agentes do Ensino, foram chamados a discutir o Ensino nos meios de comunicação social? Quantos, Helena?????????!
Qualquer badameco fala de Educação. Menos os especialistas. Os que trabalham no sector!
Quantos professores assumiram responsabilidades na política educativa nacional? Quantos? Quantos ministros, secretários de Estado durante 35 anos? Quantos?
Nenhum.
Qualquer um serve para ministro da educação. Qualquer.
Mas, um professor, não serve.
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#34 – ” O que foi efectivamente descoberto é uma incógnita que fonte oficial do Presidente da República não quer confirmar. Apenas refere que não foram encontrados quaisquer dispositivos de escuta.”
devem ter encontrado caricas sagres e ossos de frango assado do tempo do prec que foram varridos para debaixo dos tapetes. vão analisar o adn da saliva nos restos de frango para determinar quem anda a roer a corda.
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Sobre o Português e a Matemática, o Inglês e a História só se fala a propósito dos resultados nos exames nacionais.
Portanto a inclusão do inglês no ensino básico foi noutro país que aconteceu. Quando se lê o primeiro parágrafo e se depara com tanto “rigor”, só dá vontade de rir perante a bonacheirice da autora, que já irrita de tanto snobismo sem qualquer conhecimento de causa. Pior do que isto, só os treinadores paneleiros de bancada que insistiam que o Porto tinha o Braga no bolso porque o Domingos Paciência era da casa. De facto, estamos dentro de uma idiocracia brutal.
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Aconselho ao “auditório” a leitura de um livro dum Professor. Sobre o Ensino. E, especialmente, à Helena Matos, embora entenda que o seu objectivo é outro. Defende que em Portugal deva somente existir ensino privado pago por todos nós. Pois, eu não concordo. Águas separadas. Público, Privado e Cooperativo. Em concorrência salutar.
A EDUCAÇÃO DO MEU UMBIGO
Quando a história da governação do sr. Sócrates na instrução e educação em Portugal se fizer (com rigor, seriedade e modernidade), o estudioso terá de consultar o excelente blog de Paulo Guinote. Os textos aí produzidos, as notas valiosas de investigação, as ideias e propostas enunciadas – em defesa da Escola e da Instrução Pública – constituem um contributo insubstituível para entender o sistema educativo, a dimensão “político-pedagógica do profissional da educação”, a profissão docente e a sua autonomia face ao Estado e às corporações de interesses, nesse período.
Contra a demanda irresponsável e a hostilidade reaccionária dos sábios da 5 de Outubro (e dos seus patrulheiros), o acervo documental que nos facultou Paulo Guinote (e um extraordinário grupo de docentes, que aí se reagruparam) é uma fonte imprescindível para entender os jogos do poder político, os (des)propósitos sindicais e revela o espírito que “exalta a vida” (Vaneigen), nessa afronta que a memória não esquecerá. O aprofundamento com que todas as questões foram analisadas e contraditadas, à revelia daqueles que venderam a alma (pedagogos e especialistas em eduquês), aliada à participação colectiva de vasto número de profissionais livres e libertos, estabeleceu uma rede de histórias notáveis e de respeito. O campo educativo, que as cabeças intelectivas à ordem do sr. Sócrates formatou, deixou marcas profundas e irreparáveis.
A Educação do Meu Umbigo saiu em suporte de papel. Auspiciosamente! Para facultar os espíritos deformados, para reclamar o exercício da liberdade e ridicularizar grotescos experts, para manter a memória. Como tal, indispensável.
http://www.almocrevedaspetas.blogspot.com/search/label/Blogosfera
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a que horas é que passa a recolha de lixo?
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já agora podiam fazer copia & pasta do eça, sempre se lia melhor que os lençóis que aqui largam
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Ai o FCPorto… O CAA nunca mais liga os comentários nos posts dele? Que aziado.
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Este post é da mais básica desonestidade intelectual “E é muito preocupante que as lideranças partidárias estejam elas mesmas reféns dessa perversão que reduziu o ensino aos problemas laborais dos professores.”
Não o esperava. Vindo de si.
Após o óbvio ter sido totalmente mostrado e demonstrado.
O problema em Portugal, de facto, são as elites intelectuais que não temos.
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Já sabemos que para a sra. Matos o cheque-ensino e a escolha da escola são remédio santo. Mas, convém que esteja informada relativamente ao que se passa no ensino e não entre em argumentos falaciosos. Que os manuais são, em grande parte, de uma inutilidade gritante, é bem verdade, ou não fossem eles moldados pela visão esquerdista que há 35 anos domina o ensino. Agora, em relação a disciplinas em si, não é verdade que a Filosofia e a Física, que citou, tenham ou venham a ter tantos linces como a Serra da Malcata. Não têm praticamente alunos no 12ºano, tal como o latim, o grego ou outras disciplinas (este ano foi colocado um professor de grego nos concursos), mas são obrigatórias em outros anos: Filosofia nos 10º/11º dos cursos gerais e Física no 10º/11º dos cursos gerais na área científica. O porquê de o serem e os respectivos programas são outros quinhentos, mas convém não desvirtuar o debate de início apresentando dados que são falsos. Há outros pontos, se quiser debatê-los esteja á vontade.
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Excesso de oferta? Ou falta de procura?
Hoje na entrevista de António Borges ao i.
– Aparece pouco para falar em nome da política económica do PSD. Porquê?
(…) porque não me pedem. (…) Pergunte aos seus colegas porque não me convidam. Jornais, Televisões… Já tenho feito essa pergunta a mim mesmo. Antes de me tornar vice-presidente do PSD recebia constantemente convites para comentários. Já não recebo. Vocês convidaram-me, aceitei. Agora tirem as vossas conclusões.
http://www.cachimbodemagritte.blogspot.com/2009/09/excesso-de-oferta-ou-falta-de-procura.html
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As suas análises são de quem não sai da secretária e que dá mais valor a ler e a escrever meros raciocínio intuitivos e tendenciosos do que “perder” 1 hora da sua vida a falar com os professores.
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O Publico está á venda, segundo diz o Azevedo da sonae.
Mas é quem da dinheiro por o jornal? depois de descredibilizado e dividas ate dizer chega, que é que vai pegar no perdedor?
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#46 – “O Publico está á venda, segundo diz o Azevedo da sonae”
e o resto está a saldo, é aproveitar e comprar agora enquanto não entra em insolvência. grande oportunidade de ser a maior falência portuguesa do século xxi.
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“””Joaquim Vieira questiona também se existirá uma agenda política oculta na actuação do jornal e exige sinais de isenção, que devem ser demostrados com actos e não apenas por eloquentes declarações.”””
A isto, o JMFernandes, disse “passo”
Incompetencia, leva a reboca do provedor
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38. Eu digo o que defendo. Não invente. Eu defendo que tendo nós escolaridade obrigatória o Estado deve pagá-la. Como? Entregando às famílias o montante que afecta por aluno. as famílias entregam essa verba à escola que preferirem. O que o leva a supor que todos escolheriam o privado?
Helena Matos
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a sra jornalista deveria fazer uma autocritica,visto que a vejo sempre a descutir os professores e pouco a educação.Portanto o seu poste assenta-lhe que nem uma luva.
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#49.
Quando HM for ministra da educação, vai ter oportunidade de pôr a sua demagogia em prática.
Enquanto isso não acontece, vamo-nos divertindo com as suas boutades sobre educação.
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Bom post, premente do maior interesse e acuidade.
E há muito se interessará por verdadeiros problemas do Ensino, como por certo muita mais gente, o caso é que os governos que lá temos tido, aexemplo do presente, dispensam quem saiba e se interesse do assunto, por dar tacho aos remendões que lhes amparam os caprichos.
“Da reforma gramatical iniciada com extraordinária leviandade e assinalável ignorância há cinco anos não se sabe onde pára…”
Contudo, a reforma lá anda, como é visível, anuamente, em duas tiras ou três de tlebs (lá que é isso), de uma arbitrariedade gratuita e ridícula, por altura dos exames, qual machadada na Língua Pátria, bem ao jeito dessa ministra teimosa, como do vaidoso tiranete que a manda.
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ATÉ HOJE NÃO VI NENHUM SINDICATO OU QUALQUER OUTRA ORGANIZAÇÃO DE PROFESSORES DEFENDER O ENSINO. NEM QUEREM SABER DOS ALUNOS, A NÃO SER QUE SEJAM OS PRÓPRIOS FILHOS. DESDE QUE NÃO SEJAM AVALIADOS E SEJAM, COMO PEDEM ACIMA, “MODERADAMENTE BEM REMUNERADOS” NÃO QUEREM SABER DE MAIS NADA. FALO COM 30 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO. AO LONGO DESTES ANOS TENHO CONHECIDO MUITOS. SALVO HONROSAS EXCEPÇÕES, SÃO TODOS FARINHA DO MESMO SACO. AINDA AGORA COM AS COLOCAÇÕES POR 4 ANOS TEM SIDO A MESMA ESTÓRIA: RECLAMAVAM POR SEREM COLOCADOS POR 1 ANO LONGE DE CASA AGORA QUE SÃO COLOCADOS POR 4 ANOS E MUITO MAIS PERTO DE CASA ACHAM QUE O MINISTÉRIO DEVERIA DEPOSITAR O SALÁRIO AO DIA 20 SEM LHES PEDIR QUE FOSSEM À ESCOLA.
ATÉ PARAECE QUE OS “CLIENTES” DO ENSINO SÃO OS PROFESSORES E NÃO OS ALUNOS. QUEREM A ESCOLA À FEIÇÃO DOS PROFESSORES SEM TEREM EM CONTA O QUE É NECESSÁRIO PARA SERVIR OS ALUNOS. MUITOS, SE PUDESSSEM SERIAM PROFESSORES SEM ALUNOS. NESSA ALTURA ESTARIAM SATISFEITOS SEM NINGUÉM PARA OS “CHATEAR”.
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Mariana, dos governos que lá temos tido, já esteve como Ministra da Educação, Manuela Ferreira Leite.
Só mesmo quando o Ministro da Educação for Guinote.
Sem umbigo.
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Querem saber como se faz gestão de pessoal e recursos humanos, neste chiqueiro?
Aprendam que eu não duro sempre:
Querem saber mais? Vão à Loja do José e medite-se no assunto.
anti-comuna
PM Mas “eles” gostam.
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agora temos vendedores da loja buliqueimiana
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Resposta ao “post” anterior de CAA:
A Direita Portuguesa encontra-se numa encruzilhada desde, pelo menos, 1974.
A pergunta a que não são capazes de responder há 35 anos é esta: porque razão não se filiam no PSD e tentam substituir a líder (esta ou outro (a) qualquer), por outra pessoa mais do seu agrado?
Não o fazem nem farão; estão, na prática, a colaborar com os socialistas.
Mesmo assim, acredito plenamente que no dia 27 o PSD irá vencer as eleições. A Direita Portuguesa faz o que sempre fez: Nada! E isso não é surpresa alguma para um Social-Democrata.
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Desde quando é que o PSD é direita? Realmente, uma cadeira de filosofia política ou ciência política faz falta no ensino.
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Quem faz gestão dos militantes ? e o psd
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http://jn.sapo.pt/eleicoes/legislativas2009/Interior.aspx?content_id=1366760
É uma quadrilha dentro do psd.
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Louçã referiu assessor como fonte da notícia
por Catarina Guerreiro, Graça Henriques e Nuno SaraivaOntem
O líder do Bloco de Esquerda já tinha revelado no dia 9 de Setembro que quem levantou as suspeitas sobre as escutas do Governo à Presidência da República foi Fernando Lima, assessor de imprensa de Cavaco Silva.
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Naquele dia, no programa da SIC “Os candidatos como nunca os viu”, Francisco Louçã disse: “Um dos entretenimentos deste verão foi esta história do Presidente: faz saber por via do Dr Fernando Lima, que é uma fonte anónima da Presidência da República, que achava que tinha sido escutado em Belém”. Isto, comentando a notícia publicada a 9 de Agosto no Jornal Público, onde uma fonte anónima afirmava que na presidência existiam suspeitas de que o gabinete de José Sócrates estava a vigiar os assessores de Cavaco Silva
Afinal foi o loucã que meteu a boca no trombene
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59:
É evidente que o PSD não é um Partido de Direita. Nunca o poderia dizer.
O problema é que a pseudo-Direita, de tanto atacar o PSD, colabora objectivamente com o PS.
Talvez porque, no fundo, percebam qe os «socialistas» estão mais próximos deles do que o PSD.
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“Mas antes de passarmos o cheque seja como contribuintes ou compradores cabe perguntar: para quê tanto manual? Muitos deles na verdade não fazem falta alguma.”
Toda a razão. No ano passado, quando levei a lista dos manuais escolares à livraria, o senhor aconselhou-me a não comprar alguns porque nunca seriam usados. E realmente nunca foram.
Está tudo tão bem analisado neste artigo. Parabéns!
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Bom post D. Helena.
Peço-lhe que o repita, aqui, nos jornais, nas TV’s em qualquer lugar.
Em nome do futuro do nosso país.
Este assunto, de importância vital para Portugal, não é debatido nem discutido em NENHUM partido político, pelo menos de forma a que se possa apresentar uma proposta política.
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Direcção do Público abre inquérito para averiguar quem divulgou e-mail 18 SET 09 às 19:08 A Direcção do Público decidiu abrir um inquérito para averiguar quem divulgou um e-mail interno ao Expresso e ao Diário de Notícias que sustenta hoje a manchete do diário, num artigo que os responsáveis do jornal da Sonae condenam. Imediatamente após o primeiro contacto para o PÚBLICO foi aberto um inquérito interno para tentar perceber como pode ter sido desviado um documento que apenas circulara por e-mail, no interior do domínio do PÚBLICO e entre um grupo muito pequeno de pessoas», refere um comunicado hoje divulgado pela Direcção Editorial do jornal do grupo Sonae
“””Afinal não meteu o SIS, foram eles proprios
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Esta ministra fez isto :
– Acabou práticamente com o escândalo de faltas que os professores davam.
– Alargou o horário escolar até às 17 horas.
– Introduziu as aulas de substituição.
– Introduziu disciplinas extra-curriculares no tempo alargado.
– Introduziu o Inglês nas camadas mais novas.
– Fechou escolas degradadas e sem alunos susbstituindo-as progressivamente por escolas tecnologicamente equipadas e com todas as condições.
– Introduziu um novo modelo de gestão das escolas, substituindo o modelo “em que todos mandavam mas ninguém tinha responsabilidade”, por um modelo em que há um rosto e uma pessoa
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Esta ministra fez isto :
– Acabou práticamente com o escândalo de faltas que os professores davam.
– Alargou o horário escolar até às 17 horas.
– Introduziu as aulas de substituição.
– Introduziu disciplinas extra-curriculares no tempo alargado.
– Introduziu o Inglês nas camadas mais novas.
– Fechou escolas degradadas e sem alunos susbstituindo-as progressivamente por escolas tecnologicamente equipadas e com todas as condições.
– Introduziu um novo modelo de gestão das escolas, substituindo o modelo “em que todos mandavam mas ninguém tinha responsabilidade”, por um modelo em que há um rosto e uma pessoa responsável perante os pais e a sociedade, por tudo o que se passa na escola.
– Introduziu a avaliação dos professores, com consequências na carreira, para separar o trigo do joio e premiar os melhores.
– Aumentou o rigor e a exigência no acesso à carreira de professor, fazendo com que só os melhores dos melhores entrem.
– Equipou ou está a equipar as salas de aula e os alunos com as melhores teconologias.
– Aumentou o período de colocação dos professores para 4 anos, dando estabilidade ao sistema.
– Implementou um novo Estatuto da Carreira de Professor que, a par com a avaliação, aumenta o grau de exigência.
– Deu estabilidade e normalidade ao final e ao inicio dos anos escolares, que agora decorrem, em ambos os casos, com toda a normalidade.
Foi uma excelente ministra, uma mulher com coragem e determinação, é com muita pena que a vejo partir, se tal acontecer.
Houve guerra com os professores ? Pois houve, mas não foi ela que a iniciou. Alás, basta ver algumas das medidas que ela tomou, e conhecer o carácter Corporativo da classe dos professores, para compreender as causas dessa guerra.
A classe corporativa dos professores tem, desde o 25 de abril, comandado todos os ministros, mandando neles, e levado à demissão da maior parte, numa constante pressão para manterem e/ou aumentarem os seus privilégios de classe.
De tal forma tem sido assim que o Sistema de Ensino se transformou em algo que não tem servido os alunos, não tem servido os pais dos alunos, não tem servido país, mas tem servido os professores, sem darem nada em troca, que são hoje em dia dos trabalhadores mais bem pagos… da europa !
O eufemismo que os professores usam nas manifs, a par dos insultos, aliás pouco próprios de uma classe que é suposto dar educaçãio aos cidadãos, de “defesa da escola pública”, é isso mesmo um eufemismo porque o que eles verdadeiramente pretendem é a defesa dos seus interesses.
Os professores, assim como outras classes profissionais do estado, têm de se convencer do seguinte :
– não estão mandatados pelo povo para serem eles a decidir que medidas e que politicas há-de um governo tomar.
– têm todo o direito a não concordar com essas medidas, mas como assalariados que são, pagos por nós, só têm de obedecer, ou demitirem-se e irem tratar da vidinha para outro lado. Ou seja, o que eu ouvi da boca de alguns professores durante esta guerra da avaliação, de que não obedeceriam às determinações do Ministério e não entregavam o que a lei mandava que deveriam de entregar, não pode ficar assim, na total impunidade. Desobedecem levam com um processo disciplinar. É assim que se passa com os restante trabalhadores, em qualquer empresa.
Que se avalie todo o sistema, o conhecimento dos alunos, ouçam-se os professores, os pais, ouça-se toda a gente mas uma coisa é certa : quem tem legitimidade, dada pelo povo, para no final decidir, é o Governo e o Ministro da Educação. E é o Povo que no final avalia os resultados, não é a classe A ou B.
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Lisboeta esqueceu-se de dizer que até os professores passaram a DAR assistência EM CASA AOS PAIS SE FOSSE NECESSÁRIO..ESSA LENGA LENGA JÁ ENJOA…MAS DAQUI A UNS ANOS VAMOS VER QUE TUDO ISSO NÃO PASSOU DE POEIRA PARA OS OLHOS..A PRISÃO ATEMPO Inteiro VAI TER CUSTOS MUITO CAROS… por exemplo qual a infância de uma criança que passa desde as 9 horas até ás 18 gotas na escola com apenas 5 anos…?Responda quem souber…
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18 horas….
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OS JUDEUS TAMBÉM IAM DE MANSINHO PARA O FORNO….OBEDECER ..NÃO PENSAR….UM BOM FUNCIONÁRIO NÃO PENSA EXECUTA…
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Bulimunda
não lhe sei responder a isso porque não percebo nada de educação.
O que eu sei é o seguinte : eu vou contribuir para eleger um governo. Esse governo vai ter ministros que irão avaliar as questões, ouvir quem sabe e tomar decisões, porque foi para isso que eu, que não percebo nada dessas e de outras matérias, votei e pago impostos.
É assim que funciona a democracia.
Portanto, não aceito que o meu voto seja mandado às malvas e que quem acabe a tomar decisões em causa própria, e em seu favor, seja a Classe Corporativa do sector a que pertence o ministro, a partir da rua, da gritaria e do insulto, e que não foi escolhida por ninguém para o fazer nem presta contas a quem quer que seja.
Senão não vale a pena gastar dinheiro em eleições e estarem a incomodar as pessoas para irem votar, uma vez que o Ministro da Educação acaba por ser, não em quem as pessoas votaram, mas o Mário Nogueira da Fenprof.
Portanto, você vá votar, espere pelo governo que sair dos votos e mande essa mensagem ao/à ministro/a que fôr escolhido.
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Bulimunda
se quem manda são os funcionários, para que servem as chefias e os ministros ?
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O sistema educativo português sofre duma burocracia bizantina que quase não deixa margem ao ensino. Atacou MLR alguma vez esta burocracia? Não, antes a favoreceu, porque para a atacar teria que desmantelar uma grande parte do seu próprio ministério e tirar assim poder a muitos bonzos em relação aos quais se pela de medo.
O sistema educativo português sofre dum incivismo endémico que quase não deixa margem à aprendizagem. Atacou MLR alguma vez este incivismo? Não, antes o ampliou, ao desautorizar os professores e ao elaborar legislação como o aberrante Estatuto do Aluno que está pronto para entrar em vigor.
O sistema educativo português sofre duma ideologia pedagógica delirante que despreza o conhecimento e o pensamento racional. Atacou MLR alguma vez esta ideologia? Nunca. Pelo contrário, move-se nela como peixe na água porque é ela o seu habitat natural.
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UM ESTADO SINO-SOVIÉTICO NA WEST COAST
A administração pública está praticamente paralisada por causa do
SIADAP, o novo regime sino-soviético de “avaliação” dos funcionários
públicos. Dirigentes máximos e dirigentes intermédios, passando por
batalhões de “especialistas” à força, espremem-se para aplicar a
maravilhosa invenção do governo do admirável líder, o mesmo que ainda
há dois dias, na televisão e com ar amargurado, se lamentava do torpor
burocrático do processo de avaliação dos professores. Mais tarde ou
mais cedo estes regimes de avaliação perecerão às mãos da sua própria
ineficácia e ineficiência. O texto que se segue foi escrito há mais de
três anos. Nada mais há a acrescentar.
«O PS aprovou a proposta de lei do governo que fixa a aplicação do
Sistema Integrado da Avaliação de Desempenho na Administração Pública
(SIADAP). Entre outras coisas, e com a desculpa de que não se “mexia”
nisto há décadas, o governo introduz um regime de quotas onde há lugar
para os “menos bons” – por exclusão de partes -, para os “muito bons”
– não podem exceder os 20% – e para os “excelentes”, sempre menos de
5%. Só a ingenuidade ou o estado de beatitude é que podem levar alguém
a acreditar nisto e a imaginar que tudo irá ser conduzido dentros dos
parâmetros da isenção e da boa-fé. Não vai. Em primeiro lugar, este
“sistema” é posto em prática, não pela sua validade ou bondade
intrínsecas (que não são nenhumas), mas porque é necessário reduzir a
despesa em promoções e em progressões “automáticas”. Em segundo lugar,
o “sistema” não tem nenhum tipo de coerência interna, nem podia ter,
já que, dentro da chamada “função pública”, coexistem vários registos
diferenciados que o “sistema” pretende tratar da mesma maneira.
Depois, o “sistema” destina-se a facilitar o nepotismo hierárquico e o
caprichismo dos dirigentes que, assim, podem à vontade exprimir os
seus pequenos ódios e as suas pequenas preferências. Até dispôem de
“quotas” para o fazer. Finalmente as próprias “quotas” são um perfeito
disparate e um convite à bufaria, à discricionariedade e ao
carreirismo mais despudorado. Mesmo que existam mais de cinco por
cento de “excelentes” ou de vinte por cento de “muito bons”, o
“sistema” obriga a “comprimir” artificialmente a “dotação” para
cumprir a regra. Por detrás deste aparente lance de “modernização” e
de “moralização” dos costumes administrativos, apenas espreitam o
amiguismo e as práticas de “sovietização” dos serviços públicos. Nada
mais.»
http://www.portugaldospequeninos.blogspot.com/2009/06/um-estado-sino-sovietico-na-west-coast.html
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# 74
Chefias ou caciques ?
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Novo Assalto Pela DRELVT
Confirmou-se hoje no Agrupamento de Escolas da Freixianda a nomeação de uma CAP. A DRELVT
não encontrou dentro do Agrupamento ninguém suficientemente competente para a função e
convidou gente de fora, todos devidamente habilitados. São duas senhoras e um senhor,
todos de 1.º Ciclo e todos com públicas ligações ao Partido Socialista a nível concelhio.
Com destaque para um certo Hugo Cristóvão, presidente da Concelhia do PS em Tomar,
candidato suplente a deputado, um jovem de 31 anos que sendo de QZP tem pouca experiência
a dar aulas. Uma figura em tempos ligada ao SPLIU, antes de andar a saltar por cargos
políticos, nomeadamente no IPJ de Santarém. Com uma ingenuidade que confrange,
apresentaram-se na escola para “trabalhar em equipa e pôr a escola a funcionar”!!! eu
diria que o que não está a funcionar é a cabeça delas.
Veremos então a habilidade para “pôr a escola a funcionar” e a capacidade de entrar para
a nossa equipa de “incapazes”. Seja como for, o que importa é mesmo o suplementozito de
remuneração e um poleiro perto de casa.
Está por isso definido o retrato-tipo das direcções ideais das escolas: falta de
experiência, falta de noção da realidade e ligação ao partido.
Um(a) professor(a) do Agrupamento
http://www.educar.wordpress.com/
FANTÁSTICO! Olhem o Hugo!
PROF. HUGO CRISTÓVÃO INTEGRA LISTA DE DEPUTADOS
O Prof. Hugo Cristóvão, dirigente do PS de Tomar e Vice-Presidente da JS Ribatejo,
integra a Lista de candidatos a Deputados pelo Distrito de Santarém.
Resultante de um processo amplamente participado, com mais de vinte candidaturas, por
voto secreto, foi escolhida a Lista de candidatos a Deputados, onde Hugo Cristóvão,
consta em 13º lugar.
A posição, não sendo a desejável para a ambição da Concelhia, é no entanto melhor que a
alcançada há três anos, quando Ana Cristina Silva ocupou o 14º lugar, imposta sem o
acordo da Concelhia.
Desta vez o processo resultou do voto directo de seis dezenas de dirigentes, onde Tomar
tem seis votos, pelo que a aposta que foi realizada num promissor quadro político de 27
anos, augura boas perspectivas para o futuro de Tomar e do PS neste Concelho.
O trabalho político não se esgota porém nos candidatos a Deputados, sendo certo que a
influência, alicerçada na renovação da credibilidade que Tomar já teve, após atravessar
um difícil período nos últimos anos, virá a dar os seus frutos a médio prazo.
Para o PS de Tomar importa afirmar que o balanço só se faz , a nivel de vantagens para o
Concelho, seus agentes económicos e associativos, no final da legislatura que começará em
Março de 2005.
Lamenta o PS que alguns dos responsáveis pelo descrédito distrital se coloquem agora em
bicos de pés, “avençados” que estão pelo PSD para fazerem o trabalho sujo que estes não
têm a coragen para fazer. Apelar ao voto nas listas do PSD, num Governo de trapalhadas e
que prejudicou claramente o Concelho de Tomar, é um acto de franco oportunismo e que não
servindo os interesses de Tomar, a ser seguido, colocaria Tomar ainda menos no Mapa.
Informação da responsabilidade do Secretariado da Concelhia do PS de Tomar
http://www.pstomar.blogspot.com/2005/01/prof-hugo-cristvo-integra-lista-de.html
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Novo Assalto Pela DRELVT
Confirmou-se hoje no Agrupamento de Escolas da Freixianda a nomeação de uma CAP. A DRELVT
não encontrou dentro do Agrupamento ninguém suficientemente competente para a função e
convidou gente de fora, todos devidamente habilitados. São duas senhoras e um senhor,
todos de 1.º Ciclo e todos com públicas ligações ao Partido Socialista a nível concelhio.
Com destaque para um certo Hugo Cristóvão, presidente da Concelhia do PS em Tomar,
candidato suplente a deputado, um jovem de 31 anos que sendo de QZP tem pouca experiência
a dar aulas. Uma figura em tempos ligada ao SPLIU, antes de andar a saltar por cargos
políticos, nomeadamente no IPJ de Santarém. Com uma ingenuidade que confrange,
apresentaram-se na escola para “trabalhar em equipa e pôr a escola a funcionar”!!! eu
diria que o que não está a funcionar é a cabeça delas.
Veremos então a habilidade para “pôr a escola a funcionar” e a capacidade de entrar para
a nossa equipa de “incapazes”. Seja como for, o que importa é mesmo o suplementozito de
remuneração e um poleiro perto de casa.
Está por isso definido o retrato-tipo das direcções ideais das escolas: falta de
experiência, falta de noção da realidade e ligação ao partido.
Um(a) professor(a) do Agrupamento
http://www.educar.wordpress.com/
FANTÁSTICO! Olhem o Hugo!
PROF. HUGO CRISTÓVÃO INTEGRA LISTA DE DEPUTADOS
O Prof. Hugo Cristóvão, dirigente do PS de Tomar e Vice-Presidente da JS Ribatejo,
integra a Lista de candidatos a Deputados pelo Distrito de Santarém.
Resultante de um processo amplamente participado, com mais de vinte candidaturas, por
voto secreto, foi escolhida a Lista de candidatos a Deputados, onde Hugo Cristóvão,
consta em 13º lugar.
A posição, não sendo a desejável para a ambição da Concelhia, é no entanto melhor que a
alcançada há três anos, quando Ana Cristina Silva ocupou o 14º lugar, imposta sem o
acordo da Concelhia.
Desta vez o processo resultou do voto directo de seis dezenas de dirigentes, onde Tomar
tem seis votos, pelo que a aposta que foi realizada num promissor quadro político de 27
anos, augura boas perspectivas para o futuro de Tomar e do PS neste Concelho.
O trabalho político não se esgota porém nos candidatos a Deputados, sendo certo que a
influência, alicerçada na renovação da credibilidade que Tomar já teve, após atravessar
um difícil período nos últimos anos, virá a dar os seus frutos a médio prazo.
Para o PS de Tomar importa afirmar que o balanço só se faz , a nivel de vantagens para o
Concelho, seus agentes económicos e associativos, no final da legislatura que começará em
Março de 2005.
Lamenta o PS que alguns dos responsáveis pelo descrédito distrital se coloquem agora em
bicos de pés, “avençados” que estão pelo PSD para fazerem o trabalho sujo que estes não
têm a coragen para fazer. Apelar ao voto nas listas do PSD, num Governo de trapalhadas e
que prejudicou claramente o Concelho de Tomar, é um acto de franco oportunismo e que não
servindo os interesses de Tomar, a ser seguido, colocaria Tomar ainda menos no Mapa.
Secretariado da Concelhia do PS de Tomar
http://www.pstomar.blogspot.com/2005/01/prof-hugo-cristvo-integra-lista-de.html
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Jorge Pedreira confessa que a treta da avaliação dos professores não tem como objectivo a melhoria da qualidade do ensino, mas apenas a contenção salarial dos profs
Jorge Pedreira desvenda mistério da avaliação dos professores.
Jorge Pedreira admitiu, hoje, o óbvio: a Avaliação do Desempenho não tem por objectivo cimeiro aumentar a qualidade da oferta educativa das escolas e, muito menos, promover o desenvolvimento profissional dos docentes. Nas palavras do Secretário de Estado, essa “avaliação” apenas visa contribuir para a redução do défice público.
O enigma da má-fé ministerial fica finalmente revelado.
No fórum da ‘TSF’ da manhã de hoje, Pedreira justificou os motivos pelos quais o ME discorda da proposta de António Vitorino em adiar a avaliação e testar-se o modelo preconizado pelo M.E. em escolas piloto durante um ou dois anos.
Pedreira confessou o politicamente inconfessável: ‘*Terá de haver avaliação para que os professores possam progredir na carreira e assim possam vir beneficiar de acréscimos salariais*’ (sic).
Ou seja, aquilo que hoje se discute no mundo ocidental gira em torno da dicotomia de se saber se a avaliação do desempenho docente serve propósitos de requalificação educativa ou se visa simplesmente constituir-se em mais um instrumento de redução do défice público.
Nesta matéria, Pedreira foi claro: *Importa conter a despesa do Estado com a massa salarial dos docentes *;
o resto – a qualidade das escolas e do desempenho dos professores – é simplesmente tanga.
Percebe-se, assim, por que motivo este modelo de avaliação plagia aquele que singra na Roménia, no Chile ou na Colômbia. Países aos quais a OCDE, o FMI, o *New Public Management* americano, impôs: *a desqualificação da escola pública em nome da contenção da despesa pública*;
Percebe-se, assim, por que razão a ministra Maria de Lurdes invoque a Finlândia para revelar dados estatísticos de sucesso escolar e a ignore em matéria de avaliação do desempenho docente.
Percebe-se a ministra do Pedreira: não se pode referenciar aquilo que não existe.
A Finlândia, com efeito, não tem em vigor qualquer sistema ou modelo formal e oficial de avaliação do desempenho dos professores!
Agradece-se à pedreira intelectual que grassa no governo de Sócrates (que por acaso não é pedreiro, até é engenheiro), por finalmente nos ter brindado com tão eloquente esclarecimento. Cito-os:
*A avaliação dos Docentes é mais um adicional instrumento legislativo para combater o défice público (!).
Obrigado, Srs. Pedreiras, pela clarificação do óbvio.
http://www.joaotilly.weblog.com.pt/arquivo/271145.html
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Também gostava de ser jornalista para ter o direito de sobre tudo opinar.
Quem avalia os jornalistas? Como será que são penalizados pelas bacoradas que escrevem?
Como é que se sabe que o que escrevem é lido? Será que os jornalistas são promovidos pela sua competência? Ou pela sua capacidade de engraxar chefes, políticos e patrocinadores?
Numa altura em que não existem reportagens nos jornais mas apenas anúncios disfarçados, que nota teriam a maioria dos jornalistas se realmente fossem avaliados?
Mas relativamente à educação. O preço dos manuais. Cada manual não possui maior quantidade de papel que o semanário de referência: Expresso. Este jornal custa dois euros e noventa e cinco cêntimos. Ora como até final do terceiro ciclo o ensino é idêntico para aproximadamente 100.000 alunos. (100.000 alunos com Português 9ºano, Inglês 8ºano, etc.) Valores idênticos ao valor da tiragem do Expresso, seria de prever, que caso o Ministério da Educação, negociasse bem os manuais, estes poderiam ser fornecidos aos alunos a menos de cinco euros. Com manuais a estes preços nenhum aluno teria necessidade de adoptar a moda miserabilista e salazarenta de andar com manuais emprestados.
Se os manuais chegam a 20 ou a trinta euros é porque alguém a ganhar com………………..
A despropósito, a nível ambiental! A edição do jornal Expresso gasta mais papel do que a edição de todos os manuais escolares. O jornal é lido, ou passeado ostensivamente nos cafés e passado um ou dois dias vai para o lixo. Os miúdos carregam o seu manual durante dez longos meses.
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#69 Lisboeta
O Sr. sabe se aquilo que escreve tem alguma ligação com a realidade?
#73 Lisboeta
O Sr. acredita realmente no que escreve neste seu comentário?
Os ministros vão avaliar as questões ??!
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Questão para a blogosfera.
O VOTO
Devo votar em quem promete defender os meus interesses, ou em quem defende os interesses do bem comum?
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“Também gostava de ser jornalista para ter o direito de sobre tudo opinar.
Quem avalia os jornalistas? Como será que são penalizados pelas bacoradas que escrevem?”
Quem avalaia são os consumidores. Por isso a RTP não deve levar um tostão dos Portugueses que não queiram
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oops avalia.
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A actual ministra fez coisas boas na áreas mais fáceis porque só implicou gastar mais dinheiro, por exemplo, contratar professores de inglês e áreas extracurriculares. Bem, acabar com a falta dos professores foi uma obra extraordinária que não acarretou custos maiores. As áreas mais difíceis, em que o desempenho dos alunos da escola pública é muito inferior ao da escola privada apesar dos custos semelhantes, aí não se registou nenhum passo na direcção certa. De toda a maneira, temos de reconhecer que esta ministra foi a primeira que trouxe a público a área problemática da educação.
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Este assunto é recorrente. Em Portugal é muito fácil tecer comentários sem conhecerem os assuntos em questão. É incrível como tantos dos opinantes,muitos deles encarregados de educação, desconhecem as leis criadas por esta ministra, nomeadamente no que concerne à avaliação. Basta ir ao site do ministério da educação, parece que dá muito trabalho …. o link é este
http://www.min-edu.pt/np3/133
Relativamente ao ensino particular e publico, uma das medidas positivas da ministra foi impor a vontade dos encarregados de educação no acesso a colégios com contracto de associação com o estado. Só que, após um caso publico de recusa de um colégio de braga de um aluno com sidrome de down, nada mais se passou. Estes, continuam a discriminar o acesso de todos os casos problemáticos que o ensino publico tem de aceitar.
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Para responder ao “posti”. Chega … ?
“Sócrates considera que programa Novas Oportunidades pode tirar Portugal da crise
O primeiro-ministro entende que o programa Novas Oportunidades pode contribuir para
retirar Portugal da crise. Ao entregar 84 diplomas deste programa, em Penafiel, José
Sócrates disse que este alunos deram um «contributo para que o país tenha melhores
qualificações».
O primeiro-ministro considerou, este sábado, que o programa Novas Oportunidades poderá
contribuir para retirar Portugal da crise e garantiu que este se irá manter para a
próxima legislatura.
Ao entregar 84 diplomas do programa Novas Oportunidades, na Associação Empresarial de
Penafiel, José Sócrates realçou o trabalho feito por estes alunos e disse que a dedicação
destes estudantes estava a ser acompanhada.
http://www.tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1234957
IHIHIHIIHIHIHhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
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A ignorância certificada
O país encontra‐se com uma taxa muito baixa de escolaridade em relação aos países da EU
(União Europeia). Logo há necessidade de colmatar esta situação e, para isso foram criadas
“As Novas Oportunidades”, uns cursinhos intensivos de três meses, no fim dos quais os
“estudantes”(agora com o nome pomposo de formandos) obtêm o certificado de
equivalência ao 9º ou 12º anos. Fantástico, se os cursinhos fossem a sério! …
Perante a publicidade aos referidos cursos, aqueles que abandonaram a escola ou, por
qualquer razão não concluíram um dos ciclos de escolaridade, esfregaram as mãos de
contentes, uma vez que agora se lhes oferece a oportunidade de obterem um certificado de
habilitações que lhes poderá vir a ser útil. E como diz o ditado”mais vale tarde do que
nunca”, eles lá se inscreveram. Por outro lado, três meses das 7.00 às 10.00 horas, horário
pós‐laboral, uma vez por semana, era coisa fácil de realizar. Coitados daqueles que andam 3
anos (7º, 8º e 9º anos) para concluírem o 3º ciclo!!! Isso é que é difícil!
Na rua, no café, nos locais públicos em geral ouve‐se: “Ah! Agora, ando a estudar! Ando a
fazer o 9º ou 12º ano! Aquilo é porreiro, pá!”
Entretanto, há pessoas com quem contactamos no dia‐a‐dia, mais próximos de nós, o
cabeleireiro, o sapateiro, a empregada doméstica, etc. que também nos confidenciam com
ar feliz: “Agora, com esta idade, ando a estudar! Ando a fazer o 9º!” E nós, simpaticamente,
sorrimos, abanamos a cabeça e dizemos que fazem bem, sempre é uma mais valia…
contudo, numa dessas conversas, tentei descobrir que disciplinas constavam do curso,
ficando a saber que eram Português, Matemática, Informática e Cidadania para o 9º ano; e
indaguei ainda como eram as aulas e a avaliação final.
E fiquei atónita. Em Português o formando teria que escrever a história da sua vida e a
razão por que se inscreveu no curso, sendo o texto corrigido aula a aula pela respectiva
formadora; Matemática consistia em efectuar cálculos básicos e apresentar, por exemplo, a
receita de um bolo e duplicá‐la; para Informática apercebi‐me que seria a apresentação do
trabalho escrito e, posteriormente, quem quisesse apresentá‐lo‐ia em “powerpoint”; em
Cidadania, os formandos apresentavam os diferentes resíduos e diziam em que contentor
os deveriam colocar. A nível de Português ainda foi pedida a leitura de um livro e seu
comentário, sendo a selecção ao critério do formando o que deu origem a autores “light”,
nada de autores portugueses de renome; a acrescer a este comentário teriam também de
fazer a apresentação crítica a um filme e a uma reportagem. Todos estes elementos seriam
entregues num dossier, cuja capa ficaria ao critério de cada formando.
Três meses passaram num abrir e fechar de olhos, por isso um destes dias, enquanto
aguardava a minha vez para ser atendida no consultório médico, fui brindada com o
dossier do curso da recepcionista e respectivo certificado de 9º ano. Engoli em seco aquelas
páginas recheadas de erros ortográficos e de construção frásica, desencadeamento de
ideias e falta de coesão, (…), entremeados por bonitas fotografias; na II parte, umas contitas
simples e duas tábuas de multiplicação; e em Cidadania, os contentores do lixo coloridos
com a indicação dos resíduos que se põem lá dentro.
Em seguida, com um sorriso muito branco (nem o amarelo consegui!) e, como bemeducada
que sou, felicitei a dona do dossier cuja capa estava realmente bonita, original,
revelando bastante criatividade e ouvi‐a alegre dizer: “A formadora disse‐me que tinha
hipóteses de fazer o 12º ano. Logo que possa, vou fazer a minha inscrição!”
Fiquei estarrecida, sem palavras para lhe dizer o que quer que fosse. “As Novas
Oportunidades” são isto? Está a gastar‐se tanto dinheiro para passar certificados de
ignorância? Será que todos os formadores serão iguais a estes? E o 9º ano é escrever umas
tretas e ler um Nicholas Sparks e um artigo da revista “Simplesmente Maria”? E o 12º ano
será a mesma coisa (queria dizer chachada) acrescida de uma língua?
Continuando assim o país a tapar o sol com a peneira, teremos em poucos anos a ignorância
certificada!
1 Marta Oliveira Santos – Licenciatura em Filologia Românica; colaboradora de várias publicações.
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D. Helena Matos,
Após leitura deste seu artigo, e tendo em conta que exprimiu que “acompanho este assunto com alguma regularidade”, questiono-me se não terá tido problemas na escola do tipo chamarem-lhe burrinha.
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O comentário 90 deixa uma pessoa estarrecida. É mais uma constatação dos níveis de mediocridade deste governo que se espalham a todas as áreas em que se envolve. Pensar que o PS ainda pode ganhar é deprimente para além do imaginável.
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Tudo o que diz aqui é só conversa.
Nada é rigorosamente fundamentado .
Para atirar poeira aos olhos das pessoas , já temos muitos policos bastante eficazes.
Pense noutra profissão.
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