A atonia e o tema
Esta notícia do PÚBLICO obedece ao guião habitual das notícias feitas em Portugal sobre o PSOE e o PP espanhol: PSOE é bom e moderno. PP é mau e muito atrasado. A partir daí as coisas têm de encaixar mesmo que se tornem ridículas ou inverosímeis. Comecemos então pelo tema ou mais propriamente por aquilo qe é definido como posição ambígua do PP sobre aborto já que no governo de Aznar o aborto não teria sido tema, segundo o PÚBLICO. Exactamente não foi nem tinha de ser. Tinham os espanhóis uma lei que em Portugal nos fartámos de sublinhar ser muito semelhante à nossa e que ao ao contrário do que sucedia em Portugal era tranquilamente interpretada. Como se sabe várias mulheres portuguesas iam a ESpanha abortar ao abrigo da interpretação que os espanhóis faziam dessa mesma lei e nunca tiveram qualquer problema. O que está a acontecer agora em Espanha não tem nada a ver com qualquer necessidade de alterar a lei. Simplesmente há que criar factores de diversão na sociedade para que esta ande entretida com causas por mais artificiais que estas sejam de modo a que não se lembrem os desastrosos factos imputáveis às lideranças políticas.
Quanto à “atonia do protesto sindical” não é atonia. É mesmo hipoteca. As manifestações em que so sindicatos espanhóis mais se envolveram nestes tempos de crise em Espanha tiveram lugar na comunidade de Madrid e visaram Esperanza Aguirre, sobretudo as alterações feitas por esta comunidade nos serviços de saúde. Só por grande bondade se pode designar como atonia o comportamento dos sindicatos espanhóis nos tempos de Zapatero sobretudo quando se compara a forma como agiram nos tempos de Aznar.

A posição do PP é deliberadamente ambígua, até porque, nos governos de José Maria Aznar (1986 -2004) – que participou na manifestação -, o aborto nunca foi tema e foram praticadas cerca de 500 mil interrupções voluntárias de gravidez.
Isto não é notícia. É opinião pessoal do jornalista.
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Mas há uma “notícia” do Correio da Manhã, mais escandalosa que esta. No dia 14 de Setembro deste ano – poucos dias antes das eleições legislativas, portanto – o “jornalista” Manuel Catarino apresentou assim a notícia da visita de Paulo Portas a Mirandela:
Campanha na TV
E os submarinos, Dr. Portas?
Paulo Portas é o melhor político de comícios. Nem Mário Soares, quando tinha pedalada para correr o País em campanha, era tão bom como ele. Mas o chefe do PP é mais um animador do que um tribuno com ideias sensatas. Tudo em Portas cheira a postiço – o sorriso branqueado, a face retocada, a voz ensaiada. De vez em quando, é traído pela garganta: saem-lhe sem querer uns agudos esganiçados e fora de tom. Nada, porém, que o embarace. O pior de tudo é a falta de ideias – daquelas ideias que são exigidas a um político competente.
Em Trás-os-Montes, Paulo Portas, entusiasmado, fez uma primeira pergunta à assistência: ‘A construção do novo aeroporto traz quantos empregos a Mirandela?’ O povo presente respondeu em coro. Portas, em delírio com a resposta, fez uma segunda pergunta: ‘E a construção da terceira travessia do Tejo, quantos empregos cria em Mirandela?’ Não há maneira mais rasca de fazer política.
Irá ele perguntar em Alcochete quantos empregos foram criados com a compra de três submarinos (negócio que o ministro da Defesa, Paulo Portas, promoveu e a ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, aprovou)? Tirando os dois voluntários que se alistaram na Armada, a compra dos submarinos não trouxe grandes vantagens a Alcochete.
REFORMA AGRÁRIA TROTSQUISTA
Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa falaram de agricultura. Mas foi o coordenador do Bloco quem defendeu uma nova reforma agrária. Tem razão. O PCP não tem autoridades moral para falar do assunto. Louçã recuperou velhos temas que nos tempos de brasa da revolução foram caros aos comunistas: a terra a quem a trabalha; batalha da produção.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=CACDA762-11EF-48BC-8885-06FAAF38586F&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090
Isto, teoricamente, não é um artigo de opinião – há um espaço próprio para artigos de opinião, no site do Correio da Manhã, onde Moita Flores, entre outros, escreve semanalmente.
Isto é, ou pretende ser, uma notícia. Notícia escrita por um “jornalista” do CM. Mas exceptuando o facto de Paulo Portas ter ido a Mirandela, não há mais notícia. Tudo o resto é opinião pessoal o dito “jornalista”.
Querem um exemplo mais flagrante da falta de isenção jornalística? Ou não vale a pena?
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Diz o Zequinha depois de ter espreitado a mamã e o papá na ” palhaçada “:
– Porra, se eu fui ao psicólogo por chupar no dedo, a mamã vai ser internada …..!!!
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As folhas-de-couve do “torrãozinho de açúcar” reproduzem, servil e obedientemente, as redacçõezinhas do pasquim espanhol da IS, simultâneamente mentor e diário oficioso do governo presidido pelo “Bambi”.
Como do lado de cá, infelizmente,continuamos a ter uma certa visão da Espanha “de charanga y pandereta”,esta propaganda passa por noticiário isento e devidamente comprovado
Totalmente oposto ao que se passa aquém Badajoz, claro…
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O Público já era.
Depois de ter conseguido domesticar a TVI, o falso engenheiro “normaliza” agora o Público (correndo com José Manuel Fernandes), a bem das “boas relações” com Paulo Azevedo, que até já aparece a propagandear as Novas Oportunidades…
Paulatinamente, uma nova ditadura, agora chucho-socretina, instala-se em Portugal. Pelo voto? Com certeza. Também Hitler chegou ao poder por aí…
Não se ponham a pau, não! Depois queixem-se, daqui a 48 anos, da “longa noite socialista”…
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Essa coisa parola que em Espanha se chama “sói” (é assim mesmo que eles chamam à coisa porque não lêem o “p”, é como o horripilante pê-ésse) só é governo porque se amergunça com independentistas na Catalunha e no País Basco, e é muito “dialogante” com esses, coisa que o PP não faz. Daí resulam resultados ridículos para o PP nessas regiões, cujos habitantes deviam vir aqui a este cantinho “independente” ver o que é ser um pequeno país periférico… e irrelevante.
O grande partido espanhol é, de facto, o PP.
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artigos de opinião? é o parto do dia sempre a questionar governo ou o que seja. As noticias já não saõ noticias. A chatice é que as pessoas só criticam aquelas que não estão de acordo com a sua opinião. Cada um quer moldar as noticas à sua opinião pessoal.. assim o melhor que tiver a fazer é não chatear ninguém e comprar o jornal com as noticias que lhe agradam. Não precisam de querer impor o seu pensamento aos outros. Os outros não são menos inteligentes que não tenham opinião propria. Não precisam dos policias dos jornais sempre a dizer que determinada noticia é da esquerda ou da direita. Tratem-se e deixem a imprensa em paz e sossego.
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Helena Matos concorre com Pacheco Pereira no policiamento das noticias. As que não vaõ com os seus guiões levam logo nota má. Abaixo a policia das noticias. Basta! lol
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Se a notícia já não é notícia, mas opinião,
então…
mais vale comprar um catecismo,
em segunda mão.
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Pelos vistos, está tudo em ordem cá no nosso cantinho.
O que é que essa noticia contribui para a felicidade nacional?
Ó D. Helena, então agora não há tema nacional que lhe inspire a escrita?
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Desculpe este aparte Helena, mas está mesmo muito cómico:
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A UGT e o CCOO são financiados com muitas dezenas de milhões pelo governo de Zapatero que assim os compra e os cala com facilidade. Estes estupradores do dinheiro do contribuinte vivem na ociosidade e cagam-se para quem não tem emprego. Nem uma manifestação contra as políticas de banca rota e do desemprego. Andam em negociatas de imobiliário e são mais malcriados que peixeiras além de ameaçar com dinamite as instituições da comunidade de Madrid. Margareth Tatcher sabia lidar com estes parasitas marxistas.
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Isto pode parecer despropositado, mas não é. Tem tudo a ver. A ministra da saúde da FInlândia não é uma irresponsável à solta e tem razão quando alude aod bilderbeguianos e ao plano Kissinger de redução da população mundial feito nos anos 70 (aborto, contracepção e esterelização em massa).
Ver http://www.youtube.com/watch?v=nTgyakGAddM
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esterilização, porra.
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Não fosse o atentado de Madrid e o PP continuaria a governar aquele País durante mais uma década. Quem nos dera ter tido um Primeiro-Ministro como o Aznar. Por aqui se vê que a esquerda retrógrada e pseudo progressista nunca soube governar. E quando querem governar ligeiramente à Direita fazem-no de uma forma rasca e amadora que levam aos resultados que estão à vista. Só ganham mesmo por causa da boyada que vão gerando durante vários anos. Os Gamela Boys.
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“E quando querem governar ligeiramente à Direita fazem-no de uma forma rasca e amadora que levam aos resultados que estão à vista.”
Bem observado.
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Se não fosse trem azneirado com o atentado e ainda hoje continuariam a azneirar. assim têm que aturar um sapateiro remendão. tanto faz.
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A senhora nâo se sente incomodada de colaborar num blog onde um dos fulanos não autoriza comentários e outro censura todos aqueles que não lhe dizem sim?
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António Vitorino do PS abdicou do lugar de deputado.
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“Ed disse
18 Outubro, 2009 às 2:26 pm
Essa coisa parola que em Espanha se chama “sói” (é assim mesmo que eles chamam à coisa porque não lêem o “p”, é como o horripilante pê-ésse) só é governo porque se amergunça com independentistas na Catalunha e no País Basco, e é muito “dialogante” com esses, coisa que o PP não faz. Daí resulam resultados ridículos para o PP nessas regiões, cujos habitantes deviam vir aqui a este cantinho “independente” ver o que é ser um pequeno país periférico… e irrelevante.”
que ganhou as eleicoes nessas comunidades autónomas foi o psoe. no caso do país basco governa em coligacao com o pp. o partido catalao CiU por exemplo votou contra a nova lei do aborto e nem todos os socialistas a aprovam (http://www.lavanguardia.es/politica/noticias/20091018/53805852568/el-texto-critico-con-la-nueva-ley-del-aborto-suscrito-por-cristianos-socialistas-y-que-el-psoe-bloqu.html). já percebemos que anda muito bem informado sobre a política espanhola.
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