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Ensino público e igualdade de oportunidades

20 Outubro, 2009

Então, porque é que as escolas públicas situadas em bairros de ricos têm melhores resultados nos exames nacionais que as escolas dos bairros sociais? Algumas explicações possíveis:

1. A escola pública é muito menos importante que a família para os resultados escolares.

2. O Estado discrimina as escolas dos bairros sociais enviando para lá os piores professores.

3. A escola pública nos bairros sociais e menos exigente (uma hipótese consistente com o facto de a diferença entre nota externa e nota interna ser maior nas escolas dos bairros sociais).

4. Uma escola é tanto melhor quanto melhor for o seu corpo discente.

5. O currículo imposto pelo Ministério da Educação está cheio de disciplinas inúteis, o que prejudica a aprendizagem de quem tem mais dificuldades à partida.

Nenhuma destas hipóteses abona muito a favor da ideia de que o ensino público cria igualdade de oportunidades.

65 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    Pedro Alves permalink
    20 Outubro, 2009 12:50

    O princípio de igualdade de oportunidades é que é totalmente utópico e irrealista. Faz parte das ilusões socialistas, do mecanicismo socialista.Não há oportunidades iguais para ninguém, nem nunca habverá –

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  2. Desconhecida's avatar
    Pedro Alves permalink
    20 Outubro, 2009 12:51

    haverá

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  3. Desconhecida's avatar
    Filipe permalink
    20 Outubro, 2009 13:22

    1- Concordo. Quer a nível do envolvimento dos familiares quer devido à componente hereditária das capacidades intelectuais.
    2- O resultado acaba por ser esse mas não é intencional.
    3- Concordo.
    4- Concordo.
    5- Concordo parcialmente. Não acho que prejudique.

    “Nenhuma destas hipóteses abona muito a favor da ideia de que o ensino público cria igualdade de oportunidades.”

    Não concordo. O ensino público cria igualdades. Devemos comparar todos estes factores negativos com o simples caso de não haver nada (devido à impossibilidade dos pais de pagarem os estudos dos filhos estes ficarem simplesmente fora do ensino). É melhor algo fraco mas positivo do que nada. Claro que existiriam soluções muito melhores para criar igualdades no ensino.

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  4. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    20 Outubro, 2009 13:33

    «« Devemos comparar todos estes factores negativos com o simples caso de não haver nada »»

    A alternativa à escola pública é não haver ensino nenhum?

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  5. João Peixoto's avatar
    João Peixoto permalink
    20 Outubro, 2009 13:40

    Caro João Miranda,

    O seu discurso, neste e nos posts anteriores sobre este assunto, é desonesto, para não dizer algo mais grave.

    Quanto a esta “posta” em concreto, não me custa muito concordar com as explicações que avança, são mais ou menos verdades de La Palisse. Agora entre concordar com essas explicações e concluir que o ensino público não cria igualdade de oportunidades vai uma grande distância.

    As escolas (públicas ou privadas), como tudo neste país, têm muitos defeitos. Mas são o gérmen da igualdade. Já lixámos muito o sistema com as negociatas criminosas dos livros escolares, por exemplo, mas muito pior estaria o país se os putos dos bairros sociais não tivessem as escolas públicas, por muito más que elas sejam.

    O que é que você propõe para formar jovens de origens humildes? Prisão e porrada no lombo até “aprenderem”?

    Dá-me a impressão que para si e muito boa gente que frequenta aqui o Blasfémias era muito conveniente que os “pobres” não chateassem, que não existissem, que pudessem passar uma esponja sobre eles.

    Só se lembram deles quando são assaltados, precisam duma mulher a dias ou de um canalizador em condições.

    Olhe, o que eu lhe desejo é que a sua filha se perca de amores por um trolha de olhos azuis, assim talvez venha a aprender a ser mais tolerante com essa “gente”.

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  6. Desconhecida's avatar
    Le Piffe permalink
    20 Outubro, 2009 13:40

    1. A escola pública é muito menos importante que a família para os resultados escolares.

    Não há uma correspondência exacta entre a população que frequenta a escola e a que mora nos bairros limítrofes. Exemplo: Alm. Gago Coutinho em Sta. Joana a Princesa (Lisboa) e Marquesa de Alorna junto ao Bairo Azul (Lisboa). Mas de facto a influência do berço é para a esmagadora maioria determinante. Com a proletarização da classe média a diferença esbater-se-á. Para essa proletarização o sistema de ensino (global) é um dos vectores mais importantes. Nada acontece por acaso.

    2. O Estado discrimina as escolas dos bairros sociais enviando para lá os piores professores.

    O estado segue o sacrossanto princípio da competição e dos rankings de professores tão caros aos “liberais”. Os professores do topo tratam de salvar a vida fugindo para as escolas menos violentas. Se o estado interviesse e se substituísse à competição mandava os melhores para os piores bairros.

    3. A escola pública nos bairros sociais é menos exigente (uma hipótese consistente com o facto de a diferença entre nota externa e nota interna ser maior nas escolas dos bairros sociais).

    As prova de aferição e exames nacionais vêm sendo nivelados pela média das escolas piores. É um facto. Mas medir o sucesso pelas provas de exame nacionais não mede nada. Qualquer professor sabe a diferença entre adestrar alunos para exame e educar pessoas. Nas escolas mais exigentes (e com currículo internacional) inventaram uma área destinada a promover o convívio com os pobrezinhos. Em substituição das visitas de estudo ao Zoo. Para que o cheiro não se torne insuportável. Mas à cautela os meninos vivem em condomínios fechados.

    4. Uma escola é tanto melhor quanto melhor for o seu corpo discente.

    Uma escola é tanto melhor quanto maior for a diferença entre os níveis de competências à entrada e à saída do seu corpo discente. Uma escola com alunos fáceis tem bons resultados sem se esforçar muito. Nem precisa de ser boa.

    5. O currículo imposto pelo Ministério da Educação está cheio de disciplinas inúteis, o que prejudica a aprendizagem de quem tem mais dificuldades à partida.

    O Ministério da Educação precisa de ser descentralizado e dessacralizado. Os seus chefes andam a brincar com coisas sérias. Talvez se fodam e sejam os primeiros a provar os resultados do seu intenso labor.

    Nenhuma destas hipóteses abona muito a favor da ideia de que o ensino público cria igualdade de oportunidades.

    Não por ser público mas por ser manipulado com fins inconfessáveis. A URSS tinha um nível excelente de ensino da Matemática, da Física, da Música e da Ginástica. A Índia tem a melhor Universidade de Engenharia do Mundo. Na China de Mao alfabetizaram-se todos os camponeses. Na verdade, se aferir a qualidade do sistema fosse isso, teríamos de reconhecer que os milagres vêm todos dessas bandas.

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  7. Desconhecida's avatar
    Critico permalink
    20 Outubro, 2009 13:41

    O estado geral do ensino já por si é “merdoso” ou direi com um eufemismo “fraquinho”, com carga horária bastante acentuada (pouco tempo para os pais que passam tempo com os filhos o desfrutarem),disciplinas inúteis,facilitismo ridículo,falta de incentivo a professores e o constante braço de ferro para lhes tirar mais e mais direitos.
    Agora acumulando a tendência de os pais serem “obrigados” a colocar os filhos na escola que ficar na sua zona, se tiverem o azar de estar numa zona difícil tem o bónus de o filho ter um percurso escolar mais difícil.

    Já agora não seria lisonjeiro para quem estuda arranjar uma ocupação de cariz diferente para quem impede quem realmente quer aprender?Caso estes senhores não saibam muito ruído há nas aulas para os alunos que querem aprender.

    São estas dicotomias de critérios que me fervem o sangue, então o estado tão apologista de medidas sociais,subsídios a torto e direito sem qualquer rigor, apontilhar o argumento de racismo ou discriminação a qualquer insurgencia, e depois faz o contra censo de impedir a igualdade a todos os cidadãos na área da educação. Em que ficamos?

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  8. ,mjg's avatar
    ,mjg permalink
    20 Outubro, 2009 14:00

    A família equilibrada ou responsável é a base do sucesso escolar.
    Depois vem o aluno e sua personalidade,
    a turma,
    o docente e
    a escola.
    E a mentalidade social.
    Por esta ordem.

    Daí que os rankings devessem referir TURMAS e não escolas (que podem ter 2 ou 10 turmas).

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  9. Desconhecida's avatar
    Marafado de Buliquei-me permalink
    20 Outubro, 2009 14:11

    Que pena, o Sôr João não dar aulas numa turma de gajos da Guiné com faca na liga, com gajos da Romenia com faca na liga e outros com caçadeiras, que nem me atrevo a citar…Isso é que era ser um ganda hombre…. coño !

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  10. Piscoiso's avatar
    20 Outubro, 2009 14:30

    1. A escola pública é muito menos importante que a família para os resultados escolares.

    Com a decadência da família, pelo menos no seu conceito tradicional, falta saber como se compram os resultados escolares.
    Porque o conhecimento está na ponta dos dedos com um teclado.
    O resto são vivências e o que se aprende com elas.

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  11. Desconhecida's avatar
    20 Outubro, 2009 14:53

    A resposta pode estar aqui:

    “4. Uma escola é tanto melhor quanto melhor for o seu corpo discente.”

    Mas formulaste mal a opção 4. A opção correctamente formulada seria:
    “4. As notas nos exames nacionais dos alunos de uma escola é tanto melhor quanto melhor for o seu corpo discente.”

    Ora, quando se faz um ranking, não é isso que se quer avaliar. O que se quer é responder à seguinte pergunta:
    (a) se determinado aluno fosse para a escola A ou, em alternativa, para a escola B, em qual das duas aprenderia mais (ou seja, teria melhores notas no exame nacional)?

    Ora, esta resposta não pode ser dada, porque nenhum aluno pode, simultaneamente, frequentar as Escolas A e B e fazer os examens com os conhecimentos adquiridos numa ou noutra. Ora, como sabes muito bem, como cientista que és, o problema da autoselecção faz com que seja praticamente impossível responder à pergunta (a). Apenas se os alunos fossem aleatoriamente distribuidos pelas escolas é que poderias analisar isto, ou então, econometricamente, terias de controlar para todos os factores relevantes para o sucesso de um aluno (e penso que nunca ninguém negou a importância do ambiente familiar). Enquanto isto não for feito, não é possível excluir a opção 4 (a versão por mim reescrita) e toda a análise que fazes dos rankings é wishful thinking. Se fosses um tipo de direito, ou de letras, eu consideraria admissível explicar isto. Como és um cientista, já me custa mais, porque não acredito que não saibas estes princípios básicos.

    PS Uma aproximação razoável que se poderia fazer era com dois gémeos verdadeiros que vivem juntos. Um ia para a Escola A e outro para a B e via-se qual é que tinha melhores resultados. E mesmo assim, isto obrigava a admitir que mais do que gémeos verdadeiros, eram pessoas duplicadas uma da outra.

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  12. Desconhecida's avatar
    caramelo permalink
    20 Outubro, 2009 15:38

    O João Miranda enuncia “algumas explicações possiveis” e depois conclui qualquer coisa como se essas “algumas explicações possiveis” fossem, afinal, as únicas possiveis.

    Está um método interessante.

    O João Miranda já aqui disse por mais de uma vez que não interessa o que faz, interessa o que diz, mais ou menos isto. Nestas questões deixou à porta o rigor científico que certamente aplica na sua profissão 😉

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  13. Desconhecida's avatar
    Filipe permalink
    20 Outubro, 2009 15:59

    “A alternativa à escola pública é não haver ensino nenhum?”

    Para quem não pode pagar e no modelo actual, claro que sim. A alternativa é não haver ensino.
    Tu porventuras podes comparar com outras alternativas inexistentes, como por exemplo o cheque-ensino, mas isso não existe actualmente. A escola pública tem um papel positivo, isso não quer dizer que não possam existir alternativas muitos melhores.

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  14. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    20 Outubro, 2009 16:11

    “Nenhuma destas hipóteses abona muito a favor da ideia de que o ensino público cria igualdade de oportunidades.”

    Isso é óbvio, como é óbvio que o privado também não as criaria. Mas o meu amigo dessa parte esqueceu-se… E o meu amigo conhece as duas faces da moeda…

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  15. Erik's avatar
    Erik permalink
    20 Outubro, 2009 16:18

    1 – Concordo
    2 – Alguém tem de ir lá parar, como sugere que os bons sejam convencidos a ir para esses “centros de criação de criminosos”?
    3 – Muito menos exigente. Não vivessemos nós na sociedade dos coitadinhos.
    4 – Concordo
    5 – Não vejo ligação. Dificulta para todos. Não é uma variável, é uma constante.

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  16. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2009 16:35

    É verdade que o ensino público não está a criar igualdade de oportunidades, é mais fingimento que resultados. Para criar oportunidades verdadeiramente iguais o Estado deveria investir mais na educação das classes desprotegidas e menos nas classes favorecidas (por exemplo, cursos especializados, turmas pequenas). Isso compensaria a desigualdade inicial de um ambiente familiar menos favorável.

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  17. PMS's avatar
    20 Outubro, 2009 16:35

    Le Piffe,

    “Os professores do topo tratam de salvar a vida fugindo para as escolas menos violentas. Se o estado interviesse e se substituísse à competição mandava os melhores para os piores bairros.”

    A observação é relevante mas a proposta é coxa. Provavelmente apenas empurraria os melhores professores para o ensino privado, piorando o desempenho do ensino publico.

    Mas há algo que não deve ser descurado. Os melhores professores são aqueles que são mais adequados aos seus alunos. Não ignoremos a questão da vocação. Há professores que vivem para ajudar a integrar os alunos mais carenciados. Outros que são excelentes a ensinar mas não conseguem lidar com alunos indisciplinados.

    Os melhores professores a implementar a estratégia do Aurélia da Sousa não serão certamente os melhores aimplementar a estratégia para o Cerco…

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  18. Erik's avatar
    Erik permalink
    20 Outubro, 2009 16:40

    Tina,

    Isso é a sério ou é só medo que um dia eles cresçam e lhe roubem o carro consigo lá dentro?

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  19. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2009 16:42

    Se, por exemplo, o Estado pagasse 3 000 euros a cada aluno para se inscrever na privada (acho que muitos pais prefeririam esta opção), pouparia 2000 euros por cada aluno. Assim, sobrava-lhe mais dinheiro para resolver o problema dos alunos carenciados e ao mesmo tempo promoveria a inciativa privada no ensino.

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  20. Desconhecida's avatar
    JoãoMiranda permalink
    20 Outubro, 2009 16:45

    ««Mas formulaste mal a opção 4. A opção correctamente formulada seria:
    “4. As notas nos exames nacionais dos alunos de uma escola é tanto melhor quanto melhor for o seu corpo discente.”»»

    LA-C,

    Eu percebo o interesse em discutir outros assuntos. Mas o que eu discuto no post é mesmo a ideia que eu formulo e não essa (que é completamente diferente, e que de qualquer das formas vai ter ao ponto 1 do post).

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  21. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2009 16:47

    Erik, é uma questão puramente de matemática.

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  22. Erik's avatar
    Erik permalink
    20 Outubro, 2009 16:53

    Tina,

    Claro que sim. Trata-se da fórmula matemática pela qual passa a gastar mais dinheiro com alunos carenciados do que com os outros cujos pais pagam ensino privado. O único erro que vejo nisso é que os pais que pagam ensino privado, já são os que mais contribuem em termos de impostos. Portanto, para além de pagarem um SNS que raramente usam, passam agora a pagar ainda mais por um sistema educativo que também não usam.

    Bem, ao menos diminui a possibilidade de carjacking em 2025…

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  23. Desconhecida's avatar
    JoãoMiranda permalink
    20 Outubro, 2009 16:57

    ««não é possível excluir a opção 4 (a versão por mim reescrita)»»

    LA-C,

    Para a discussão , a sua opção 4 (que não é a minha) reduz-se à opção 1 (a não ser que se acredite que há selecção genética das pessoas dos bairros sociais). Para esta discussão, a opção 1 não abona em nada a favor da escola pública e da respectiva filosofia.

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  24. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2009 17:00

    Não Erik, o Estado gasta tanto dinheiro que há muita margem de manobra tal como a que sugeri no meu comentário 19.

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  25. Erik's avatar
    Erik permalink
    20 Outubro, 2009 17:08

    Não Tina,

    Isso seria verdade se essa medida arrastasse pessoas do público para o privado. Assim, a estrutura do público diminuiria e diminuiria o custo por aluno. O sistema de ensino tem um custo fixo, portanto depende pouco do número de alunos a menos que este varie em grande proporção.

    Com 3000 euros por ano, seriam poucos os que mudariam. Não sei se sabe, mas uma escola privada custa bem mais que isso. Custam praticamente o dobro.

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  26. Outside's avatar
    Outside permalink
    20 Outubro, 2009 17:22

    JM…A sua obcessão com a opção 1 incomoda…essa opcção é demagógica !!! Simplista e revela ou transmite incómodo com as classes desfavorecidas que lhe são incómodas e “responsáveis”…

    1. A escola pública é muito menos importante que a família para os resultados escolares. !!!

    …não simpatiza com reescrições, aqui tem uma verdadeira e justa:

    1. A escola pública é tão importante quanto a família para os resultados escolares.

    p.s: Desconhecia a sua formação na investigação, sendo que merece o título de “cientista”…os meus louvores, vou tomar em atenção nos seus próximos posts, deixando-lhe desde já (e não me recrimine por tal) o alerta de que parece faltar-lhe muita experiência empirica e análise cientifica quando solidifica os seus pensamentos e opiniões…mesmo para um não leigo como eu.

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  27. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2009 17:26

    Outside, a opção 1 está correctíssima. Está mais que provado que o ambiente familiar é a primeira condicionante do aproveitamento escolar. A opção 2 é que eu acho que não é verdadeira.

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  28. Fado Alexandrino's avatar
    20 Outubro, 2009 17:54

    A escola pública é muito menos importante que a família para os resultados escolares.

    O post podia ter terminado aqui.
    Se em casa houver educação, disciplina e algum dinheiro para compras acessórias muito necessárias isso fará, e faz, toda a diferença.
    É daquelas verdades que não necessitam de explicação, entram pelos olhos dentro.

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  29. Outside's avatar
    Outside permalink
    20 Outubro, 2009 18:14

    Tina, cruzamo-nos por aqui novamente…vou tentar manter a serenidade (se não o conseguir perdoe-me).

    A opção 1 por mais correcta que seja…É DEMAGÓGICA, mal aplicada à questão central, como os restantes pensamentos de JM, só servem para distorcer e esbaralhar…ou não percebe que se trata apenas de um ataque cerrado às esolas públicas que na opinião de JM pouco ou nada evoluiram e contribuiram para a evidente melhoria do sistema de ensino desde “há 40 anos como ele refere!!!).

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  30. Outside's avatar
    Outside permalink
    20 Outubro, 2009 18:17

    Só falta a conclusão suprema…para além do lobby evidente dos livros escolares…privatize-se o ensino !!!!!!!

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  31. Fado Alexandrino's avatar
    20 Outubro, 2009 18:34

    A opção 1 por mais correcta que seja…É DEMAGÓGICA

    Como é que uma coisa que é correcta é demagógica.
    Não acha melhor ir consultar um dicionário para descobrir o que é que cada palavra quer dizer?

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  32. CN's avatar
    20 Outubro, 2009 18:40

    Por acaso o LA-C fez uma defesa sobre porque os estudos empíricos em economia nada provam ou demonstram de leis económicas universais. Apenas descrevem e mesmo assim… 🙂

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  33. tina's avatar
    tina permalink
    20 Outubro, 2009 18:43

    Outside (nunca me cruzei consigo, a não ser que seja daqueles que muda sempre de pseudónimo),

    O que JM disse é a pura verdade. A atitude do João é perceber que as coisas estão mal, que não parece haver saída e que há alternativas. Parece preocupar-se muito mais do que você que, por razões obscuras, insiste num modelo falhado. Sim, porque não privatizar o ensino se pode dar melhor resultados? Pior do que como está agora é que não pode. Se o Outside alguma vez visitar uma escola de bairro social perceberá isso. A não ser que o Outside seja do tipo de classe média, que teve sorte de ter liceus decentes à sua volta e não se preocupa com os outros.

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  34. CN's avatar
    20 Outubro, 2009 18:48

    Por outro o LA-C demonstra bem que a tentativa de chegar a modelos com cada vez mais variáveis independentes é tal que no limite cada escola é um caso particular, o que é verdade.

    A estatistíca deveria passar então a simplesmente a descrever escola a escola sem nenhum nível de agregação. Concordo. E isso invalida a estatística como método. O que está certo.Parece-me positivo.

    Descrevendo escola a escola, as pessoas depois tiram as suas conclusões e quem puder escolher as melhores. Os estatísticos por seu lado ficam é cada vez mais confusos. Parece-me bem.

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  35. Desconhecida's avatar
    JoãoMiranda permalink
    20 Outubro, 2009 18:56

    ««A opção 1 por mais correcta que seja…É DEMAGÓGICA»»

    Correcta, mas demagógica? A alernativa é escolher uma opção incorrecta mas que não é demagógica. Faz sentido?

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  36. Desconhecida's avatar
    Amonino permalink
    20 Outubro, 2009 19:16

    .
    Uso obrigatório no Basico e no Secundário de uniforme, alem do vestuario ficar muito mais barato anualmente aos pais mudava imediatamente todo o relacionamento entre alunos e o ambiente educativo dentro de aula.
    .
    Nunca a Educação teve tanto dinheiro em Portugal. Cada aluno custa mais ao Estado no Ensino Publico que a mensalidade no Ensino Privado. Nunca as turmas tiveram tiveram tão poucos alunos (sou do tempo das turmas de 49/55 alunos nos Liceus, e aprendiam pobres, ricos, brancos, pretos etc)
    .
    Qualquer Pai pobre estar proibido de pôr o seu filho num Colégio Privado.
    .
    Os Pais que ponham os filhos Escola Privada são descriminados. Pagam o direito à Educação dos filhos dos outros na Publica mas os outros não pagam o deles. E não venham com a conversa que só andam na Privada os filhos dos ‘ricos’. É só ver as bombas de muitos paizinhos à porta das Escolas Publicas e ver tantos pais com carros modestos e velhos à porta das Privadas. Há de tudo quer nas Publicas quer nas Privadas.
    .
    Este é que são os busilis, sem teorias e ‘filosofias baratas’. Money seus senhores, enquanto se anda em discussões inocuas ele está a escorrer segundo a segundo para a Educação.
    .

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  37. Desconhecida's avatar
    Amonino permalink
    20 Outubro, 2009 19:44

    .
    Portugese MEP call for compulsory ‘EU lessons’ in schools
    MEPs are calling for school pupils to be forced to take European Union lessons to counter “lies” about Brussels
    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/eu/6338934/MEPs-call-for-compulsory-EU-lessons-in-schools.html
    .

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  38. Vasco Alves's avatar
    Vasco Alves permalink
    20 Outubro, 2009 20:11

    Os ricos têm filhos mais inteligentes. É que existe uma forte correlação positiva entre a inteligência e a riqueza. Não é por acaso que os ricos são ricos e os pobres são pobres. Eu nasci no seio de uma família pobre.

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  39. Desconhecida's avatar
    LA-C permalink
    20 Outubro, 2009 20:55

    Caro CN, mais uma vez, e como de costume quando te pões a discutir metodologia das Ciências Sociais, enganas-te. Aqui vai um link para poderes ver como se podem fazer estudos bem feitos a este respeito: http://www.tbf.org/UnderstandingBoston/PortalListingDetails.aspx?sec=Education_Education_Reports_Reports_1&id=9488&parentId=0

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  40. Desconhecida's avatar
    LA-C permalink
    20 Outubro, 2009 21:00

    Já agora, CN, este link (#39)não era para ti. Tu, como negacionista recalcitrante, recusar-te-ás sempre a perceber como se fazem estas coisas bem feitas. O link é para os assessores do Sócrates que de quando em quando pululam estas caixas de comentários para ficarem a saber como se concretizam políticas públicas a sério.

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  41. brilhante's avatar
    brilhante permalink
    20 Outubro, 2009 21:01

    Eu penso que se deve privatizar as escolas TEIP e todas as outras situadas em bairros sociais degradados. Se, por exemplo, a Opus Dei, através de subsídios estatais, gerir essas escolas, teremos alunos com excelentes resultados escolares…Pagava para ver…

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  42. brilhante's avatar
    brilhante permalink
    20 Outubro, 2009 21:12

    Uma forma de contornar os maus resultados nos exames dos meninos discriminados pela sorte, é fazer discriminação positiva, na elaboração das provas…ou nos critérios da sua correcção
    Se, à partida, se apresentam diferentes, é irrealista exigir que, à chegada, se exija o mesmo nível de competências. Será que se parte do pressuposto de que há milagres durante o percurso?

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  43. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    20 Outubro, 2009 21:33

    LA-C,

    O link que disponibilizou, levou-me por um outro caminho, a alcançar ao documento que já conhecia. E bem razão tem quando aconselha as socretinas criaturas a lerem matéria relevante sobre formas de melhorar a Educação.

    Ele confirma o ponto por que me tenho batido noutros posts abaixo sobre esta matéria. A importância da capacidade de escolher, de proporcionar autonomia dos actores, sejam pais dos alunos, sejam professores, sejam dirigentes das escolas.

    Um excerto deste documento:

    «What is it about Charter Schools that allows them to achieve such strong results, and how can their effective practices be more widely disseminated? How can Pilot Schools take better advantage of the autonomy they already have to produce improved outcomes?When is more autonomy a good solution for improving student performance, and when might other strategies make more sense?».

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  44. anónimo's avatar
    20 Outubro, 2009 21:47

    Privado pesa 13,5%
    Um dado curioso é que o ensino privado pesa mais em Portugal do que na média da OCDE em
    todos os graus de ensino. + No primeiro ciclo do ensino básico, o privado representa 8,5
    por cento (2,9 por cento na OCDE). No terceiro ciclo, o peso do privado baixa para os 5,5
    por cento (3 por cento na OCDE), voltando a subir no secundário para os 13,5 por cento
    (5,3 por cento na OCDE). Só no México e no Japão, e nalguns graus de ensino nos Estados
    Unidos, é que o sector privado tem mais peso do que em Portugal.
    http://www.economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1399604

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  45. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    20 Outubro, 2009 22:12

    Sim, porque os pobres/ricos burros têm tanto direito a passar de ano como os pobres/ricos inteligentes, que se esforçam e trabalham para realmente aprender alguma coisa. Todos têm direito ao sucesso, como diz a inestimável Lurdes Rodrigues, do alto do seu imenso gabarito intelectual.

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  46. bulimundo's avatar
  47. bulimundo's avatar
    20 Outubro, 2009 22:31

    O Rui rio fez a sua primeira medida à nortenha: acabou com os pelouros da educação e cultura…aposto que vai convidar o Quim Barreiros para o lazer e a animação…

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  48. Desconhecida's avatar
    caramelo permalink
    20 Outubro, 2009 22:33

    O João Miranda está a tentar provar que a escola pública (logo, o estado social) é um fracasso, através da demonstração de que o mesmo tem defeitos. Um dos defeitos apontados é que a familia é mais decisiva para a educação dos filhos do que a escola. A esta “descoberta”, assim como a descoberta, em geral, de que a escola pública tem defeitos e limitações, chama-se arrombar portas abertas… Mas, tendo em conta que pode haver quem ache que a escola publica pode eclipsar a familia e o meio envolvente e só por sí formar cidadãos perfeitos e completamente harmoniosos (há malucos para tudo), o JM aproveita para um efeito retorico fantástico: o truque é este, usando uma analogia: imaginemos que há um tipo que afirma que o fiat 600 dá quatrocentos km hora. Afinal, verifica-se que o carrito só dá 80 km hora. Ora, aparece logo o JM a dizer que o Fiat 600 é um total fracasso, porque não permite fazer Lisboa Porto em uma hora e meia 😉

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  49. Piscoiso's avatar
    20 Outubro, 2009 22:45

    E depois vêm logo os comentadores alinhados, insurgindo-se contra o tamanho do porta-bagagens do 600, que tem menos litros que um garrafão.

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  50. Desconhecida's avatar
    anónimo permalink
    20 Outubro, 2009 23:01

    “Menezes compara liderança de Ferreira Leite a um “Fiat 600”.

    Avaliando a “capacidade para liderar, conhecimentos, dimensão cultural e intelectual” das duas lideranças, o presidente da Câmara de Gaia disse: “É uma diferença que vai do Fiat 600 para o Ferrari”.”

    in Jornal de Notícias online, 29-8-2008

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  51. bulimundo's avatar
  52. m.'s avatar
    20 Outubro, 2009 23:48

    É uma tolice absoluta, que só passa pela cabeça de quem não tem/teve filhos no ensino público e no privado como tive, pensar que os melhores professores estão no ensino privado. Não estão, estão no público. O que os alunos do ensino privado têm mais é: 1) expectativas e modelos positivos, de vida e de empregabilidade, fornecidas pelo contexto em que vivem; 2) pais que normalmente, mas nem sempre, lhes cobram as performances escolares e pessoais; 3) dinheiro para pagar lições individuais e por medida (explicações, dadas pelos professores do ensino público que tentam, às vezes sabe Deus com que dificuldade!, colmatar os desastres que lhe ensinam no colégio privado que os pais também pagam a peso de ouro).

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  53. Eduardo F.'s avatar
    Eduardo F. permalink
    21 Outubro, 2009 00:00

    M.

    Será que tem idade suficiente para se recordar daquele anúncio onde se dizia «O que é Nacional é bom!!!»? Será que pretende agora dizer que o «que é Escola Pública é bom!»? Ou, por oposição, o que é Escola Privada é mau? Por favor, deixe os maniqueísmos de lado.

    Declaração de interesses: tenho 2 filhos já crescidotes que sempre andaram em escolas públicas. A minha mulher é professora numa escola pública.

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  54. Não Interessa's avatar
    Não Interessa permalink
    21 Outubro, 2009 01:46

    Já não chega destas dissertações ridículas que cada vez atestam mais que estamos perante alguém que não percebe NADA sobre o assunto? As escolas privadas têm melhores resultados, as escolas públicas se pudessem escolher quem as frequenta também o teriam, se os seus alunos tivessem as mesmas condições para prosperar que os alunos das privadas que, manifestamente, têm melhores “envolventes”, também teriam.

    Os meus pais tiveram dinheiro para me pagar explicações a disciplinas às quais, otheriwise, não teria passado quanto mais ter boa nota..

    Tudo o resto é mais João Miranda at his finest. Não faz a mais breve ideia sobre o que fala, e não raramente presenteia o pessoal com estes monumentais disparates.

    Quem não sabe porque o ranking se organiza desta forma (e MUITAS escolas privadas conseguiram ficar para trás ou nem incluídas o que é COMPLETAMENTE ANEDÓTICO), é porque não prima pela perspicácia.

    Uma escola privada que frequentei está no top25. É porreiro porque eu lembro-me de uma data de gente que ficava à porta todos os anos. Assim é fácil..

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  55. Pois é...'s avatar
    Pois é... permalink
    21 Outubro, 2009 06:37

    5.João Peixoto disse
    20 Outubro, 2009 às 1:40 pm

    ##Caro João Miranda

    E se em vez de um trolha de olhos azuis a sua filha, linda e prendada, e/ou o seu fiho, um futuro macho todo escorreito, lhe aparacam em casa a dizer, com ar determinado e sendo já maiores,
    que querem mudar de sexo e senão os ajudam saem de casa que já têm para onde ir?
    A conversa que se segue é quase impossível mas depois de muito tentar acabam por concluir que é resultado dos contactos na escloa e que, inclusivamento, já foram a um PSICÓLOGO e onde foram bem industriados para atingirem os fins em vista, realizar o seu (deles) desejo.
    Vão aos hospitais e ficarão a saber a quantidade de miudagem que anda nesse estado.
    Vão a uma consulta, dizem que não se sentem bem e por quê, e são logo encaminhados para um psicólogo.
    Depois dos cumprimentos e vénias o gajo pergunta:
    – Então tu não te queres que eu te chame José?…
    – Oh, Sr. Dr. (Sôtôr), não. Depois de fazer o tratamento, quero chamar-me Julieta.
    – Está bem, julirta.
    A conversa continua e, à despedida:
    – Boa tarde, Sôtôr.
    – Até à próxima, Julieta.
    Se for uma Ana, que quer ser Delfim, a conversa é a mesma e o sôtôr depede-se:
    – Até breve Delfim.
    Em ambos casos, a correspondência segue para casa dos pais com os novos nomes de Baptismo no horpital.
    Curiosamente, ninguém contacta com os pais – ou não os tendo, com os tutores -, que passam a receber cartas para os filhos queridos, mas agora tratados por nomes diferentes tendo já em vista a mudança de sexo.

    Está tudo louco.
    Agora, muda-se de sexo sem mais nem menos.
    Agora, um psicólogo – que NÃO É MÉDICO – arranja, se calhar, combinado, um endocrinologista conhecido para passar as receitas que o psicólogo está proíbido de prescrever.
    Isto passa-se. É a realidade.
    Eu posso auxiliá-los a fazer as pesquisas.
    Há neste blog uma tremenda rivalidade entre o Porto e Lisboa, Pois a merda é a mesma num lado e noutro. Os psicólogos do Porto mandam as crianças fazer tratamenros em Lisboa e os de Lisboa no Porto.
    Com a pouca vergonha que há, qualquer dia pôem anúncios nos jornais.

    Nuno

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  56. Pois é...'s avatar
    Pois é... permalink
    21 Outubro, 2009 06:48

    ´

    Erratas:
    * aparacam
    ** Julirca

    Nuno

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  57. tina's avatar
    tina permalink
    21 Outubro, 2009 09:38

    Estes defensores todos da escola pública não conhecem, ou estão-se nas tintas para o que se passa ao nível dos alunos mais desfavorecidos. Como sempre, a classe média exprime-se e rege-se pelos seus próprios padrões, que não são tão maus assim. Se tivessem que pôr os filhos em escolas de padrões muito maus, talvez já quisessem em pensar fazer alguma coisa para mudar o sistema. Por que para estes, o sistema público assim como está, não funciona. Se já não funciona tão bem para os outros, para estes é então é uma desgraça. Só que a classe média se recusa terminantemente a pôr os seus filhos nas escolas de pobres. E farão tudo para rejeitar a inclusão de uma escola má no agrupamento das suas escolas.

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  58. Desconhecida's avatar
    caramelo permalink
    21 Outubro, 2009 09:40

    43.

    Eduardo, não chegou a explicar lá em baixo como se faz essa “escolha”. O exemplo das freguesias, lembra-se? Os putos da freguesia b podem escolher ir todos para a escola da freguesia a)? Uns podem escolher e outros não? Eu queria saber como isso se faz.

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  59. Outside's avatar
    Outside permalink
    21 Outubro, 2009 09:54

    João Miranda…
    … não continue comigo o que inicia nos seus posts, parcialismos e desconversas sem conteúdo algum (Que vc BEM SABE porque de tão óbvio só pode ser intencional).

    As opções por si colocadas não se encontram na maioria erradas, estão é mal colocadas, abordadas da sua perspectiva pertinente (de ódio ao ensino público)…e esta sinceramente mata o meu discurso consigo:

    “Correcta, mas demagógica? A alernativa é escolher uma opção incorrecta mas que não é demagógica. Faz sentido?”

    Caro cientista, parece esquecido ou longe desses tempos empiricos, onde é que A implica B ? NÃO FORMULE O MEU PENSAMENTO À SUA LIVRE VONTADE SE ME PERMITE.

    Tina…
    …(sim cara adepta fanática formatada laranja que vai salvar o país- lamento os termos mas lá me consegui enervar novamente)

    1. O meu bairro da adolescência é a Damaia (não preciso de lhe exemplificar ou descrever os bairros circundantes nem as aventuras e desventuras passadas dentro e fora da escola) e não admito nem aceito por isso mesmo demagogia ou falsos/tristes entendimentos sobre um assunto que tanto a TINA como o JmIRANDA não compreendem.
    2. Privatize-se o ensino então na sua opinião ? Talvez (e espero que não) os seus netos a venham a amaldiçoar se por qq motivo “socio-económico” (o JM adora este termo) não tiverem acesso a esse ensino entretanto privatizado que há de ser PERFEITO PERFEITO PERFEITO !!!

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  60. Miguel Neto's avatar
    Miguel Neto permalink
    21 Outubro, 2009 12:40

    Concordo quase na totalidade com o que “M” no comentáriio # 52, porque identifica quase todas as razões para a diferença nos ‘rankings’ entre o ensino público e privado. Nesse comentário faltam talvez referir o número superior de alunos do público inscritos nos exames nacionais, o que se reflete na média de cada escola e ambiente mais propício à aprendizagem dentro da sala de aulas (menos indisciplina).

    Também sou da opinião de que os melhores professores não estão no privado. As razões pelas quais escolas privadas têm melhores resultados não se devem à qualidade dos seus professores. Se bem percebi, foi isso que “M” disse.

    Quanto aos professores acho que, na generalidade, os melhores estão no ensino público. E os piores também.

    Penso que quando se fala em qualidade, em pior ou melhor, temos que ter em conta os objectivos. Parece-me que logo aqui há uma diferença de opiniões. A questão prévia que se deve colocar, quando se fala em escolas melhores ou piores, deve ser “para que serve a Escola?”. Eu pessoalmente acho que a Escola devia servir para transmitir / receber conhecimentos e, em certa medida, complementar a Educação (cívica, moral, social, profissional, …) cuja principal responsabilidade não lhe deveria ser imputada.

    O que me parece que se passa realmente é que existem em Portugal dois tipos de Escola, cada uma com o seu objectivo: Uma visa o resultado, a nota, o emprego e uma outra Escola que tem como objectivo principal outras coisas. Que Escola queremos, com que objectivos? De que Escola estamos aqui a falar?

    Para mim acho que não devem e não podem ser exigidas à Escola (e, por consequencia, aos professores e restante quadro de pessoal) que desempenhe funções que competem a outras instituições do Estado e que têm (e se não têm, têm que passar a ter, se quisermos melhorar a qualidade da Escola) os meios legais, materiais e de rucursos humanos mais adequados para as desempenhar.

    Assim sendo, eu penso que as principais formas de se medir a qualidade de uma escola são as notas que os respectivos alunos têm em exames nacionais e a empregabilidade dos seus ex-alunos (este indicador mais fácil de se estabelecer e de obter no ensino universitário e técnico / tecnológico).

    Sobre o título do texto, “O ensino público e a igualdade de oportunidades”, acho, sem nenhuma certeza absoluta, que o ensino público atenua a diferença de oportunidades. Desconfio que com o passar do tempo o ensino público tem vindo a perder importancia como factor de aumento da igualdade de oportunidades. Para se saber a verdadeira dimensão dessas afirmações, era importante que houvesse um estudo independente (de uma qualquer faculdade de sociologia, p.ex.) sobre esse tema, desde que foi instituída a escolaridade obrigatória em Portugal(e talvez até antes dessa data).

    Gostava de ver, entre outras coisas, números e a caracterização da população estudantil ao longo do tempo, nomeadamente percentagens de alunos de acordo com a classe social, o tal “contexto sócio-económico”, políticas educativas e critérios de avaliação adoptadas nas diferentes épocas, em cada época qual o número de alunos com origem nos “contextos sócio-económicos” mais desfavorecidos que, pelos estudos, ascenderam de “classe social” e os que atingiram papéis relevantes na sociedade e no País.

    Gostava de ver as conclusões de um estudo desses. Talvez fosse elucidativo.

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  61. tina's avatar
    tina permalink
    21 Outubro, 2009 12:59

    Outside,

    Você insulta muito e pensa pouco.

    “2. Privatize-se o ensino então na sua opinião ? Talvez (e espero que não) os seus netos a venham a amaldiçoar se por qq motivo “socio-económico” (o JM adora este termo) não tiverem acesso a esse ensino entretanto privatizado que há de ser PERFEITO PERFEITO PERFEITO !!!”

    O que não há dúvida nenhuma é que o modelo público não funciona para aqueles que mais precisam e isto afecta a maior ou menor grau todos em geral. E neste processo todo o Estado gasta milhares de euros por criança. Isto acontece porque o Estado é uma máquina muito grande, ineficiente que trata todos por igual quando o universo das crianças é completamente diferente.

    Só se justificaria continuar com um modelo assim se fosse barato. Mas não é, É CARÍSSIMO. Por isso mais valía experimentar a solução de financiar escolas privadas (fossem colégios, profissionalização, etc) que assegurariam que as necessiades individuais seriam tidas em consideração em vez de os deixar repetir ano após ano, após ano? Porque não deixam os pais escolherem boas escolas para os filhos, através de financiamento parcial, onde o seu potencial poderia ser puxado ao máximo em vez de ficar pelo padrão mediano do liceu local?

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  62. Outside's avatar
    Outside permalink
    21 Outubro, 2009 14:32

    Tina vc é uma hipótese de…la droite la droite acéfala na qual não me revejo, respeito o seu sentir porque não sabe ver/idealizar mais além…esqueça o PSD que inconscientemente defende e rume mais ainda à direita e vá bater palminhas à Paulinha e ao seu nacionalismo brejeiro!

    Cumprimentos (não lhe vou perdoar, e sei que isso não a afecta nem tem que…os seus próximos e infalíveis pensamentos formatados sem consciência e critica própria)…seja feliz Alice no seu país das maravilhas eternamente adiado apenas por não ser da sua côr citrina.

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  63. tina's avatar
    tina permalink
    21 Outubro, 2009 15:32

    Outside,

    Você é que é acéfalo, não sabe conversar, só sabe deduzir, imaginar e fazer as suas próprias teorias. Para lhe demonstrar que não sou facciosa, já no passado votei PS. Como vê, você é tem as suas próprias verdades que nos quer impingir à força. Este blogue não é indicado para si.

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  64. Outside's avatar
    Outside permalink
    21 Outubro, 2009 15:58

    Ó Tina se este blog é ou não indicado para mim não lhe diz respeito nem lhe dá direito de fazer opinião sobre (porque VIVA ALIBERDADE DE EXPRESSÃO e a MULTIPLURALIDADE DE PENSAMENTOS)…e se votou PS antigamnente (e não me conote de esquerda ou colorido, lamento que não lhe facilite deste modo a reacção básica que costuma ter) , que grande reviravolta que se deu na sua consciência porque AÇEFALAMENTE (INGÉNUAMENTE TALVEZ IGUALMENTE) defende INCONDICIONALMENTE MFL, e inclusivé a Declaração (SUBLIMEMENTE ADJECTIVADA DE “ENSANDECIMENTO” do nosso PR)…

    E de ora em diante…POUPE-ME como eu a hei-de POUPAR A SI! (Estime e zele pela educação máxima, orgulho do seu lar, da sua cria, que, do coração, estimo e desejo que seja ser pensante e auto-consciente (não coloridamente dependente), ao contrário da mãe).

    Fique bem…sinceramente…seja feliz, é o que lhe desejo!

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  65. m.'s avatar
    21 Outubro, 2009 17:00

    # 53 & # 60 (Eduardo F. & Miguel Neto)

    Toda esta confusão nasce, antes de mais, do mais perverso dos erros habilmente propagandeado a nível de uma certa lógica política: a ideia de «igualdade». Não, não há. E deste axioma ainda mais perverso «o professor ensina, o aluno aprende» (Ferstenmacher (1986) in Handbook of research on teaching). Não, nada mais contigente que ensinar e aprender.

    # 53 (Eduardo F.)

    Sim, tenho idade para me recordar do anúncio «o que é nacional é bom». Se não me recordasse pelo antes, recordar-me-ia pelo remake a passar actualmente na tv. Tive filhos no ensino público e no privado; no ensino público andaram numa escola em que o sr possivelmente nem com guarda-costas passaria perto; no ensino privado andaram num dos mais cotados (em ranking, leia-se) colégios de Lisboa. Foram opções minhas, suicida no 1º caso, diziam-me os amigos… invejável no 2º caso, diziam-me os mesmos amigos. Voltaria a fazer tudo igual, já está a ver como sou maniqueísta.

    Que lhe hei-de dizer mais? Que ainda assim acho que o ensino público é melhor, estão lá os melhores professores que conheci. E que no ensino privado também houve muito bons professores, alguns excelentes, partilhando um «acaso»: todos em acumulação com escolas públicas. O que não lhe posso dizer é que as escolas públicas tenham condições para serem boas escolas e nos últimos anos têm claramente piorado imenso. Mas uma escola é feita de corpos diversos: professores, funcionários, alunos e encarregados de educação. Vamos trocar umas ideias sobre estes últimos?

    # 60 (Miguel Neto)

    Tem absolutamente razão quando refere o enviesamento estatístico induzido pelo reduzido número de provas. Pior do que isso é a perfeita barbaridade que se constata entre as classificações de frequência e as obtidas nos exames nacionais. Mas para falar nisso iria mexer num dos «mercados» mais rentáveis em Portugal, o dos colégios de «notas pª entrar», usando a expressão dos miúdos que para lá fogem quando estão à porta do 12º ano. Ou no facto de os exames também terem variáveis que contaminam gravemente a sua fiabilidade. Ou… ou…

    Quanto ao resto do seu comentário, subscrevo-o na totalidade e alguns elementos em que se questiona dariam excelentes teses de doutoramento. No ISCTE, por exemplo…

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