Grande Ministra
26 Outubro, 2009
No “Eixo do Mal”, alguém dizia que a ministra Ana Jorge se tinha revelado uma boa ministra, graças à capacidade política revelada ao lidar com a Gripe A. O brilhantismo político de Ana Jorge está no facto de ter abdicado de resolver os problemas de fundo da saúde, que são sobretudo financeiros, e ter passado a dedicar-se a problemas de gestão corrente próprios de um director geral de saúde. Não resolve nada, mas não cria conflitos e cai bem na opinião pública. Que existam analistas,igualmente brilhantes, que considerem que a função do Ministro da Saúde é dar uma conferência de imprensa diária sobre uma doença vulgaríssima, diz muito sobre a qualidade da vida pública portuguesa.
35 comentários
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Com este post tenho que concordar. O João Miranda nem sempre diz asneiras.
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Haja Gripe.
(no “emiciclo, claro)
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Concordo em absoluto. Não deveria ser o responsável do Hospital a contar o sucedido? Ana Jorge lia o documento da direcção clínica!
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Pior, está focada na resolução de um vírus que já se revelou pouco importante.
E muito pior, perante uma vacina pouco testada e sobre as quais existem fortes suspeitas de criar doença nervosa fatal, é responsável por uma pressão inacreditável e salazarenta, e sobretudo criminosa) sobre a classe médica para que se vacinem (praticamente é compulsiva, senão “há problemas”).
A meu ver, ela não só é má ministra por se dedicar a problemas menores. É também por fazê-lo mal, de forma muito perigosa para a saúde dos portugueses, e de forma não compatível com uma democracia.
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O ritmo das privatizações diminuiu? Os patronos do blasfemias já devem estar a pressionar os autores para insistirem no tema…
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Mas ela é mesmo ministra? Sempre pensei que fosse apenas porta-voz do ministério.
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A meu ver somos um país de doentinhos. Uns, e bastantes, imaginários, outros bem reais, e desdentados, além de abençoados com uma série de males dignas dos Meus Infernos.
Por isso quem demonstre carinho e interesse não por nós, mas pelas nossas doenças, e mostre preocupação com a saúde é bem vindo.
Mais de 90 % por cento das nossas conversas cairiam se não tivéssemos os nossos estimados males crónicos.
O conceito de doença, de resto, é lato. A política é uma doença, os políticos são uns doentes (atingidos por formas minor e major de demência) Cada novo governo, além de adoecer os que não votaram nele, adoece todos – porque a lei do Pepino Progressivo ( os governos progridem na razão inversa da felicidade dos povos) – é imutável. Não sei se fui eu, ou o meu clássico partner, JC-Javé-Alá-Brahma-Júpiter, que a fez. Não importa. Adelante.
Ana Jorge, mesmo com aquela borbulha na cara, e voz axanaxada, e uma maneira de vestir que a aproxima perigosamente de uma testemunha de Jeová, satisfaz o doentariado nacional. Comparecendo pontualmente nos media passa a mão pelo lombo do doentariado, oferece ombro amigo, a sua voz neutra encaixa em qualquer ouvido partidário, podia ser a (voz e figura)da porteira – figura vital – ou a da sua parente próxima farmacèutica – ou a da profe de província.
Que faríamos nós se tivéssemos saúde? Emudecíamos. Por isso louvada seja Ana Jorge.Desculpa-se-lhe até que não seja mais bonita que o Correia de Campos, que ao pé dela era uma ganda loira.
A grande gripe ceifadeira que vem aí felizmente tem uma vacina à altura. Tão assanhada como a gripe, e tção ineficaz. Quer dizer a gripe mata pouco, a vacina muito. Ambas são ineficazes. Gostaremos ´de ver Ana Jorge em público a fazer voodoo com a agulhinha nela própria, para tranquilizar os enfermeiros das 24 horas, e já agora, os do Correio da Manhã que fornece, prestimoso órgão, opinativos com gripe intelectual em barda por estes lados e por outras fontes
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No Eixo do mal são pouco maldosos. É o que dá serem pré-nietzcheanos. A decadência do mal, nos nossos dias, faz com que uns satanazins de terceira sejam mais parecidos com um escuteiro do que com uma mandrágora.
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O problema está bem visto, mas esquecem-sde de que Sócrates governa para a televisão e a mensaqgem chega a quem ele quer, os votantes.
Se de fora ficam os analistas e os blogistas, paciência.
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O ministério da dra desde que trate os sidosos dos outros a 2000 euros por mês, as tuberculoses resistentes e mande carrinhas à procura de ilegais para os tratar é e será sempre eficiente.Mesmo que encerre maternidades, não haja médicos no interior, importe cubanos e não reforme a estrutura que é um sorvedouro de dinheiro de impostos para pagar “chefes” e chefias” que crescem como cogumelos no sistema.Um SNS formado por médicos-generais como se vê em http://www.cga.pt
Sem garantias nenhumas para cidadão pagante
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relembro que a afirmação de que a Dr.ª Ana Jorge tenha sido uma boa Ministro da Saúde, no programa Eixo do Mal, foi rebatida de imediato, por Clara Ferreira Alves, com clara, alva e oportuna presença de espírito. Nem todos anuem e seguem o rebanho.
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O que vale é que a saúde não é um negócio e ninguém tem interesses na coisa… Só cidadãos preocupados, tocante.
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“O problema está bem visto, mas esquecem-sde de que Sócrates governa para a televisão e a mensaqgem chega a quem ele quer, os votantes.
Se de fora ficam os analistas e os blogistas, paciência.”
É exactamente isto, o que se passa. E Ana Jorge tem sido eficassíssima nesta estratégia.
Não esqueçamos que somos um país de analfabetos e semi-analfabetos, como aliás se demonstra amplamente por estes blogs e caixas de comentários.
O Eixo do Mal é uma peça desse xadrez de arranjo da opinião pública. Lembro-me de ter sido em tempos um programa tipo má-língua. Actualemtne é mais um da língua de gato: docinhos para o governo.
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adenda: sim a ministra é uma personagem quase inexistente mas daí não tiro conclusões sobre o SNS, apenas sobre os nomeados políticos do PS, PSD e PP.
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Comentários certos em hora adiantada…
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Para demonstrar a inércia de Ana Jorge e o sucesso da política do medicamento de Correia de Campos:
«Os gastos do Estado com os medicamentos vendidos nas farmácias subiram 7,6 por cento em Setembro, face ao mesmo mês de 2008, para 138 milhões de euros, referem os dados do Infarmed.»
«O presidente do Infarmed, Vasco Maria, admitiu à Lusa ter “grandes dúvidas” sobre os gastos dos hospitais com medicamentos, uma vez que os dados enviados ao Infarmed chegam atrasados e representam menos de 50 por cento do total.»
«Os gastos dos hospitais com medicamentos subiram 7,4 por cento nos primeiros oito meses do ano, face ao período homólogo, para 304 milhões de euros, referem os dados publicados pelo Infarmed sobre Agosto.»
Como bónus a este meu comentário ainda levam com três excelentes joguinhos online sobre a gripe suína:
http://www.swinefighter.com/
http://www.thegreatflu.com/
http://www.awfulgames.com/games/pandemic/
PS – O João Miranda gostava mais do Correia de Campos o tal que ia liberalizar a abertura de Farmácias… 😉
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Sem referenciar o número de tratamentos ou intervenções bom proveito me façam esses números – não sei se alguém quer admitir mas em ano de eleições o número sobe sempre. Nos privados tem o risco acrescido de eles operarem ao que lhes é lucrativo e não necessariamente ao que o paciente precisa – como aliás os milhares de queixas no ministério da saúde atestam (a independência do aparelhos político é de tal ordem que ainda nãou houve qualquer averiguação).
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As criancinhas continuam a nascer nas ambulâncias, mas ninguém fala disso.
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É curioso ler alguns destes comentários, pois fazem-me lembrar tudo quanto li e ouvi acerca do ex-ministro (e, claro, da guerra que lhe moveram), e que agora se consubstancia no seguinte: o outro fazia de mais, esta faz de menos. Não resisto a dizer que algumas das pessoas que falavam mal do ex-ministro são as mesmas que agora dizem que esta ministra pouco ou nada faz! De uma coisa tenho a certeza: mudar incomoda muito, reformar incomoda muito mais, revolucionar então…
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«…mudar incomoda muito, reformar incomoda muito mais, revolucionar então…»
E vender?? Isso então é que deixa o pessoal de bem completamente louco…
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Tal como tem sido tradição no governo, os problemas de fundo ficam, os supérfluos(ou menos importantes) esses atacam-se.
Como esta na moda mobilizar o cabo e a Trindade para a gripe A, cá o governo não é excepção.
De contornos interessantes é o aparato que se gerou em torno de tal assunto, já explanado o propósito de que as vacinas apresentam efeitos secundários bem como mercúrio (mercúrio???Pois).
Na Suécia já morreram pelo menos 4 pessoas após terem tomado a gripe e sem precisar mortos em outros países, mas isso não interessa, agora os problemas de raiz da saúde, esses são ignorados e encostados no arquivo, portanto condições miseras em hospitais, numero de efectivos,escassos meios, falta de materiais essenciais, bem como as listas de espera isso que espere, naturalmente.
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# erro meu crasso. Peço perdão
…”Na Suécia já morreram pelo menos 4 pessoas após terem tomado a vacina”…
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Eu já não me admiro de ouvir dizer mal dos ministros de Sócrates, pois isso já passou a ser rotina. O que me faria admirarar era ouvir dizer bem.
Como diz o ditado: Os cães ladram e a caravana passa!
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Critico
Ninguém é obrigado a tomar a vacina! Só toma quem quer!
De certeza que haverá muita gente a querer tomá-lar mas não terá hipótese. É a vida, como diria o outro.
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As criancinhas continuam a nascer nas ambulâncias, mas ninguém fala disso.
Claro.
Quem podia falar, os jornalistas e os locutores de televisão estão caladinhos a bem ou a mal.
Quem é que fica a saber?
Os pais e alguns vizinhos e já se sabe olhos que não vêm coração que não sofre.
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Uma incompetente, disfarçada de ministra!
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24#
Caro Arreporra, vamos ver se assim permanece,ou se mantém como a democracia, uma mãozinha atrás das costas.
Eu na minha ingénua opinião digo, sortudos os que não a poderão tomar como afirma.
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A classe político-jornalista é assim, de esquerda, vaidosa e frívola e preguiçosa. Não há nada a fazer a não ser esperar que esta geração desapareça.
O sistema de saúde é um buraco desconhecido em Portugal e os jornalistas estão-se nas tintas para descobrir o que lá se passa, preferem fait-divers. Como não há mercado não há informação.
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A classe político-jornalista é assim, de esquerda,…
A direita é uma cambada de burros que não consegue ter uma classe político-jornalista…
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“A direita é uma cambada de burros que não consegue ter uma classe político-jornalista…”
Verdade.
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É o que diziam no Gato Fedorento noutro dia. O primeiro-ministro, na próxima legislatura, vai tentar não fazer nada – assim não arranja inimigos e talvez até ganhe o prémio Nobel da Paz. Mas a verdade é que, por não ter feito nada, Ana Jorge foi mesmo das ministras mais competentes. Mais vale não fazer do que fazer mal.
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Em Portugal não há que ser, basta parecer. Dá menos trabalho e o povo gosta mais.
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http://www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com/
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http://www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com/2009/10/ate-na-vacinacao-da-gripe-dos-porcos-ha.html
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É muito interessante descobrir que a probabilidade de João Miranda escrever algo de substantivo pode ser escassa mas não necessariamente nula, como se comprova com este poste.
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