A avaliação dos professores
5 Novembro, 2009
Já fez correr rios de tinta e com certeza também de dinheiro. Foi motivo de greves e de mega-manifestações. Foi objecto de agenda permanente em grande parte da anterior legislatura e sê-lo-á também na actual, a aferir pelo destaque que tem tido na discussão do programa do governo.
Constitui o exemplo mais gritante do privilegiar do acessório, da inversão de prioridades e da postura hiper-centralista dos responsáveis políticos. Não é suposto que questões de pura intendência e de gestão administrativa quase monopolizem a actividade de um ministério.
26 comentários
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Não à avaliação maoista e estalinista da Ministra Lurdes Rodrigues.
Sim a uma avaliação como existe nos países civilizados, e que é muito transversal a outras profissões, quer no sectror públici, quer no sectot privado.
Os professores (alguns nem para ensinarem burros servem!) têm que baixar a bola e não refugiarem-se nos sindicatos.
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registe-se a prestação de Manuel Ferreira Leite no Parlamento – põs na ordem o histérico cão de fila Franciso Assis. Foi sóbria, incisiva, straight to the point.
O PSD tem um lider. Anda a procura de quê?
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De facto MFL foi sublime, concisa, directa e demolidora.
Desmontou a grande farsa das contas públicas e o desempenho do governo socretino que nos vai levar à bancarrota.
Os socretinos que andam aqui e noutros meios de comunicação queriam eram que o idiota do Passos Coelho fosse líder…
Claro, o gago ia atrás do Sócrates com a pasta do Orçamento…
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“Foi sóbria…”
como é que sabes? soprou o balão, só p’ra ti.
“Anda a procura de quê?”
de coisas para gamar, oxi é pouco, falta-lhe o génio.
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Total acordo com este post
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pois é, auto avaliavam-se e promoviam-se à semelhança da justiça.
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É incrível como toda uma classe política se mobiliza em redor de um assunto a que tem vivido alheia há décadas: os professores. Incrível também como os mais altos responsáveis da Nação falam dos professores sem uma única palavra para a escola, para os alunos, para o ensino! Cheira mais a oportunismo político do que a preocupação com o estado lastimável a que chegou a Educação em Portugal.
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É vergonhoso para qualquer país ter de se falar do “Estatuto da carreira docente”, durante 5 ou 6 anos. Qualquer domador de burros já teria resolvido o problema a contento de todos…
Será que vai demorar 10 anos como a “Guerra de Tróia”?
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A “velha” cilindrou o parvalhão.
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“O Conde d’Abranhos” – Eça de Queiroz
“A nomeação vem no Diário do Governo, amanhã. Pois, meus senhores e minhas senhoras, eu vou mandar encaixilhar o Diário do Governo” – amigo de Alípio Abranhos (nada sabia do mar e acabara de ser convidado para ministro da Marinha)
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#9 – deve ter sido com o fio dental
#10 – isso foi há dois governos atrás
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Como o “processo” voltou à estaca zero convém recordar às mentes negociadoras que :
-Deve haver avaliação
-Que a avaliação deve ser feita com base em exames NACIONAIS aos alunos…
Respeitando estes 2 princípios amanhem-se…
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AVALIAÇÃO EM PAÍSES CIVILIZADOS COM PAIS CIVILIZADOS…LEIAM E BABEM-SE…
Avaliação de Professores em Portugal
Onde se inspirou o governo português para conceber um modelo de avaliação tão burocrático? Em declarações ao orgão de propaganda do PS a ministra da educação afirma que se inspirou em modelos de avaliação existentes na Inglaterra, Espanha, Holanda e Suécia (Março de 2008). Os professores destes países negam tal afirmação. O modelo que maiores semelhanças tem com o português é o chileno, embora este último seja incomparavelmente menos burocrático.
Estamos pois perante o sistema de avaliação mais burocrático do mundo, e que fomenta o fim do trabalho cooperativo. Não admira que ao aperceber-se da gravidade do problema, o próprio ME tenha vindo a apelar para que cada escola simplifique o sistema, criando desta forma uma disparidade de modelos e de critérios de avaliação no país. Consultar
Avaliação de Professores na Alemanha*
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola, tal como existia em Portugal.
2. Aulas Assistidas: Acontecem durante o período de formação e depois de 6 em 6 anos. A aula tem a duração de 45 minutos e é assistida pelo chefe da Direcção escolar. Essa assistência tem como objectivo a subida de escalão. Depois de atingido o topo da carreira, acabaram-se as aulas assistidas e não existe mais nenhuma avaliação.
3. Horários dos Professores. Não existe diferença entre horas lectivas e não lectivas. Os horários completos variam entre 25 e 28 horas semanais.
4. Avaliação de Alunos. As reuniões para efeito de avaliação dos alunos têm lugar durante o tempo de funcionamento escolar normal, nunca durante o período de férias. Tanto na Alemanha como na Suíça, França e Luxemburgo, durante os períodos de férias as escolas encontram-se encerradas. Encerradas para todos, alunos, pais, professores e pessoal de Secretaria. Os alunos e os professores têm exactamente o mesmo tempo de férias. Não existe essa dicotomia idiota entre interrupções lectivas, férias, etc.
5. Horários escolares: Nas escolas de Ensino Primário as aulas vão das 8.00 às 13 ou 14 horas. Nos outros níveis começam às 8 .00 ou 8.30 e terminam às 16.00 ou, a partir do 10° ano, às 17.00.
6. Férias: cerca de 80 dias por ano, embora possa haver ligeiras diferenças de Estado para Estado.
7. Máximo de alunos por turma: 22
Avaliação de Professores na Suíça*
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).
2. Aulas Assistidas: Estas aulas só ocorrem durante a formação e para a subida de escalão.
3. Férias. As escolas durante o período de férias estão encerradas. Total de dias de férias: cerca de 72 (pode haver diferenças de cantão para cantão) .
4. Os horários escolares: Idênticos aos da Alemanha. Até ao 4° ano de escolaridade, inclusive, não há aulas de tarde às quartas-feiras, e terminam cerca das 11.30.
5. Máxima de alunos por turma: 22.
Avaliação de Professores na Bélgica
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).
2. Aulas Assistidas. As aulas Assistidas só ocorrem quando são solicitadas pela direcção da escola, mas não contam para efeitos de progressão dos docentes.
3. Avaliação das Escolas. A avaliação dos professores está englobada na avaliação das escolas. Avalia-se o trabalho da escolas, e desta forma o trabalho dos professores que nelas exercem a sua actividade.
Avaliação de Professores na Inglaterra e País de Gales**
1. Categorias. Os professores do ensino público estão divididos em função de duas categorias salariais: A Tabela Salarial Principal (dividida em 6 níveis) e a Tabela Salarial Alta (dividida em 3 níveis).
2. Avaliação. A progressão nas tabelas depende dos resultados da avaliação contínua e que envolve o director da escola, o conselho directivo e os “avaliadores de “perfomance”.
Avaliação de Professores na França
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular.
2. Aulas assistidas. As aulas assistidas só ocorrem no mínimo de 4 em 4 anos, a regra é de 6 em 6 anos, e são observadas por um inspector com formação na área do professsor. O objectivo destas aulas é essencialmente formativo, tendo em vista ajudar os professores a melhorar as suas práticas lectivas.
3. Progressão na carreira. Para além da antiguidade, são tidos em conta os resultados da observação das aulas e as acções de formação frequentadas pelos professores.
Avaliação dos Professores em Espanha
1.Descentralização. A única legislação nacional que existe sobre avaliação dos professores e sistemas de promoção contemplam apenas o ensino básico. Cada “Comunidade Autonómica” estabelece os seus próprios critérios para a progressão dos professores.
2. Categorias: Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular.
3. Avaliação. Embora não existam progressões automáticas, na maioria dos casos as mesmas são feitas com base na antiguidade.
Avaliação dos Professores em Itália
1. Categorias: Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular.
2. Avaliação. A avaliação dos professores é feita em duas situações particulares: a) Na sequência de queixas ou maus resultados sistemáticos dos professores; b) quando o professor pede uma avaliação para efeitos de progressão na carreira. Na sua escola é nomeada uma comissão de avaliação presidida pelo director da escola.
Avaliação dos Professores na Islândia, Dinamarca, Finlândia e Luxemburgo
Não existe qualquer modelo de avaliação dos professores, nem de divisão das suas carreiras profissionais. No caso da Islândia, as escolas por vezes organizam grupos de reflexão para avaliarem as práticas que estão a ser seguidas tendo em vista a sua melhoria.
Avaliação de Professores nos EUA**
1. Descentralização. . Cada um dos 13 mil distritos escolares tem os seus próprios critérios de recrutamento, de carreira, avaliação de desempenho, promoção ou de pagamento.
2. Avaliação. Não existe um sistema único de avaliação. Nos distritos onde existe avaliação, esta pode ser feita pelo director da escola ou entre os próprios professores.
3. Progressão. Em geral os aumentos salariais são feitos em função do tempo de serviço.
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De acordo.
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Bulimunda e depois ?
Cada país tem o seu sistema de avaliação e de gestão do ensino definidos pelos respectivos governos, como cada empresa tem a sua metodologia de gestão.
O que acontece, é que enquanto nas empresas os funcionários são obrigados a acatar as decisões hierarquicas, sob pena de processos disciplinares e de despedimento, no caso dos professores, como no dos juizes, e dos FPs em geral, existe neste país o assentimento de que quem manda são os próprios, ou seja as corporações e os sindicatos, e que todos eles, profs e sindicatos estão acima da lei e de qualquer governo democráticamente eleito, e até acima dos restantes cidadãos, em tremos de responsabilidades e muito mais acime em termos de direitos.
Eu não aceito, não aceitarei nunca, que perante uma lei de avaliação determinada por um governo e um parlamento eleitos, haja professores que se dêem ao luxo de frontalmente não a acatarem, e nada acontecer, nem um unico processo disciplinar nem um unico despedimento por justa causa.
Isso faz-me sentir um reles tugazeco de 6ª categoria, um cagador de impostos compulviso que é obrigado a trabalhar e a cagar impostos para sustentar esta chusma denominada de Corporações do Estado.
E mais revoltado me sinto quando ouço partidos total e absolutamente miseráveis, como o PSD, que tomam o partido desta gentalha, quando sabe que cá fora, são essas as regras que vigoram para a generalidade dos trabalhadores : a da obediência às hierarquias, sob pena de despedimento.
Se os professores não estão bem e não concordam com as regras definidas pela entidade patronal, o Ministerio da Educação, que se mudem.
Não pode ser um sindicato e muito menos uma puta de uma Corporação de Chulos e de Mal Empregados a dizer que leis e decisões é que um governo há-de ou não tomar.
Se as regras são estas, então eu digo : Metam as eleições e o Estado de “Direito” pelo cú acima. Recuso-me a ser um português escravo de outros portugueses com estatuto de privilegiados.
Volta Maria de Lurdes Rodrigues !!!!!!!!
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O essencial de qualquer actividade é o grau de satisfação daqueles a quem serve e que a pagam.
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Esse grau de satisfação é que mede/avalia a qualidade. De contrário a avaliação não serve para nada.
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Ora, estamos perante sistemas de avaliação internos da propria corporação, avaliam-se uns aos outros, naturalmente defendem os seus interesses de grupo, lobby, corporação.
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Onde está a avaliação, ou onde conta, dos Cidadãos que são servidos e pagam o Funcionalismo Publico para os servir ? Onde está na Educação e na Saude a avaliação dos Pais e Doentes ? ZERO.
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E não venham com essa que era muito confuso, antidemocràtico ou que os Cidadãos são ‘broncos’. Qualquer meio informático do mais simples que há, resolve esta questão à porta de cada Repartição, Serviço etc.
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Afinal de que avaliação estamos a falar ? ESTATISTA isoladando-a a inter-pares apenas para efeitos de regalias, subidas de carreira, aumentos de vencimentos ou DEMOCRATICA alargando-a a quem são obrigados a servir e lhes paga forçando a QUALIDADE e o ESFORÇO PROFISSIONAL donde se extrairiam a seguir os ditos interesses de classe dos servidores ?
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É que parece surgir é que isso das ‘avaliações à tuga’ é mais uma farsa burocratica de corporação, ou outro ‘faz de conta’ ‘elitista’.
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Estudo de professor da Universidade de Londres prova que o novo ECD e
o modelo de avaliação de desempenho prejudicam o desempenho dos alunos
e inflaccionam as notas
É um estudo académico realizado por um professor de Economia Aplicada
da School of Business and Management da Universidade de Londres. O
estudo tem o título de Individual Teacher Incentives, Student
Achievement and Grade Inflaction. O autor é português: Prof. Pedro
Martins. Para além de ser professor na Universidade de Londres, Pedro
Martins é “fellow researcher” no Instituto Superior Técnico e no
Institute of the Study of Labour, em Bona.
O estudo investigou o impacto das reformas educativas, realizadas, em
Portugal, nos últimos 3 anos, no desempenho dos alunos do ensino
secundário. O novo ECD, imposto pelo decreto-lei 15/2007, foi incluído
no leque de reformas educativas. O estudo baseia-se na informação
individual dos resultados dos exames em todas as escolas secundárias
portuguesas desde o ano lectivo 2001-02 até ao último ano lectivo
completo (2007-08). Utiliza informação disponibilizada pelo Júri
Nacional de Exames e que tem sido utilizada para a construção de
rankings (por exemplo, aqui e aqui).
Em termos específicos, compara a evolução dos resultados internos e
externos (exames nacionais) nas escolas públicas do continente com as
escolas privadas e também com as escolas públicas das regiões
autónomas. A motivação para esta escolha está no facto de os dois
últimos tipos de escolas não terem sido afectadas – pelo menos não com
a mesma intensidade – pelas várias alterações introduzidas no estatuto
da carreira docente e avaliação de desempenho dos professores. Nessa
medida, tanto as escolas privadas como as escolas públicas das regiões
autónomas podem servir como contrafactual ou grupo de controlo.
Os resultados indicam uma deterioração relativa de cerca de 5% em
termos dos resultados dos alunos das escolas públicas do continente em
relação tanto às escolas públicas da Madeira e Açores como às escolas
privadas. A explicação dada pelo autor do estudo para este resultado
prende-se com os efeitos negativos em termos da colaboração entre
professores a partir do momento em que a avaliação de desempenho
surgiu associada aos resultados escolares dos alunos (taxas de
insucesso e de abandono). Ou seja, os professores começaram a
colaborar menos uns com os outros e a partilharem menos os materiais e
os conhecimentos. Por outro lado, o aumento da carga burocrática
associada à avaliação também poderá ter tido custos em termos da
qualidade da preparação das aulas.
Por outro lado, o estudo conclui que a variação em termos dos
resultados internos destes mesmos alunos é menor, embora também
negativa – cerca de 2% (em contraponto a 5% nos exames nacionais). A
diferença entre os dois resultados, que sugere aumento da inflacção
das notas, pode explicar-se pela ênfase colocada pelo ECD (decreto-lei
15/2007) e pelo modelo de avaliação de desempenho (decreto
regulamentar 2/2008), pelo menos na sua primeira versão (antes da
avaliação simplificada) – nos resultados dos alunos (taxas de
insucesso e de abandono) como item a ser considerado na avaliação dos
professores.
Este estudo é de enorme importância. As conclusões arrasam o novo ECD,
o novo modelo de avaliação de desempenho de professores e as restantes
reformas educativas introduzidas no ensino secundário. Espero que os
jornais e as televisões peguem nos resultados deste estudo. Está tudo
neste post, incluindo a versão completa do estudo do Prof. Pedro
Martins.
Para saber mais:
O estudo “Individual Teacher Incentives, Student Achievement and Grade
Inflaction” versão completa
O estudo – versão abreviada (resumo)
http://www.profblog.org/2009/03/estudo-de-professor-da-universidade-de.html
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“Lisboeta”, perdão, Piscoiso (15)
Uma Escola é uma empresa?
Uma fábrica?
Uma unidade de gestão?
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Lisboeta,
Obrigado por sintetizar tão bem aquilo que também penso.
Efectivamente, não temos hipótese nenhuma contra esta Camorra que é o funcionalismo público. As leis são feitas para nós cumprirmos e os impostos para nós pagarmos. Pagamos-lhes tudo, até a merda da saúde.
Na sociedade de merda em que vivemos, de gente mal formada, custa-me que até hoje nem um único professor tenha vindo admitir a sua incompetência no que á mudança de mentalidades diz respeito. Limitam-se a existir nas escolas, jogando com todos os buraquinhos da lei para estender a sua carpete de direitos e cumprir com o mínimo possível de obrigações. Os professores existem muito. Existem demais.
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“Constitui o exemplo mais gritante do privilegiar do acessório, da inversão de prioridades e da postura hiper-centralista dos responsáveis políticos. Não é suposto que questões de pura intendência e de gestão administrativa quase monopolizem a actividade de um ministério.” – LR
Discordo. Nos regimes autoritários o ataque ao Ensino – à Cultura é uma das suas grandes marcas.
Em sociedades civis avançadas, a defesa do Conhecimento´está garantida pelos próprios cidadãos decerto lideradas pelos suas elites intelectuais.
Que assistimos em Portugal? Excatamente o contrário – a defesa do Conhecimento não está garantida pelos cidadãos e as supostas elites não o são – alinham pela destruição do Conhecimento de que supostamente deveriam ser um baluarte na sua defesa.
É bom de tirar conclusões. Um percentagem elevada da elite intelectual em Portugal encontra-se nas Escolas, no Ensino. Nesse aspecto é um ganho, uma mais valia social.
Contudo, no jogo perverso do poder com vista à manipulação das pessoas, pode ser percepcionada como simples defesa laboral (com todo o direito, aliás) ou defesa corporativa (como se corporação significasse algo de preverso ou negativo).
Num país civilizado, com uma sociedade civil forte e fortes elites intelectuais, caso existisse um porventura um forte ataque ao Ensino, inevitavelmente, a sua defesa seria feita pelas elites e pelos cidadãos.
Isto dá-nos a medida do nosso “genético” atraso cultural, cívico. Estrutural. É um círculo vicioso com 9 séculos.
Aliás, este post, é disso um bom exemplo.
Disse.
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“Constitui o exemplo mais gritante do privilegiar do acessório, da inversão de prioridades e da postura hiper-centralista dos responsáveis políticos. Não é suposto que questões de pura intendência e de gestão administrativa quase monopolizem a actividade de um ministério.” – LR
Assim seria se, de há cinco anos a esta parte, JS não tivesse eleito o confronto com o professorado como uma táctica/estratégia política decisiva para lhe dar “votos” e ocultar os problemas muito graves com que o país está confrontado.
O confronto com o professorado tem o objectivo último oculto (dissimulado) de espatifar o Ensino que, como se sabe, é uma instituição da sociedade civil e não de um qualquer governo ou partido.
A malta gosta e aplaude.
As “inlites” prescrevem a perseguição política aos portadores do conhecimento a seres em formação que não sabem ainda defender-se.
Estima-se que o SNE seja frequentado diariamente por mais de 1 milhão e 600 000 crianças e jovens, cerca de 1/5 do total da população portuguesa. Eles AINDA não se podem nem sabem defender. Contam com os seus professores. Os pais, maioritariamente, estão muito entretidos com as viditas próprias e somente conhecem o ensino que tiveram. A maioria, em ditadura. Com feridas por sarar.
Triste país. Pobre povo.
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Outro sebastianismo nevoeirento:
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Como é que há uma ‘uma sociedade civil forte’ se as auto-proclamadas “fortes elites” a inibem, dão a volta e proibem a participação efectiva duma sociedade civil forte Portuguesa copiando milimétricamente e sem qualquer inovação politica a Ditadura de antes do 25 de Abril ? A arrogância emocional do medo ?
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Como se consegue uma sociedade civil forte ? À cigano, à navalhada, à porrada ou à pistoleta ? O bom senso e a inteligência têm de comandar o nosso destino colectivo em Democracia e Pacifismo.
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Metam a viola ao saco com mais Demagogias e Irresponsabilidades colectivas para bem da continuação da Democracia e da Liberdade em Portugal.
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No caso do conflito ‘avaliação’ são apenas guerras intestinas de versões diferentes para o mesmo. Os Cidadãos, Familias e Empresas são arrogantemente marginalizados, enxotados e descriminados. Chamados só para pagar.
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Relatório da OCDE
As boas práticas médicas são determinadas por médicos, as jurídicas por juristas, as musicais por músicos e assim sucessivamente; mas as dos professores são determinadas por economistas, sociólogos, psicólogos, gestores e até (ou sobretudo) por motoristas de táxi: por toda a gente excepto por professores. Fará isto algum sentido?
O exemplo mais recente desta tendência é o último relatório da OCDE sobre a política educativa portuguesa. Digamos OCDE por extenso: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Sublinho: económico.
O governo, ao encomendar este relatório, e a OCDE, ao aceitar fazê-lo, laboram no mesmo erro: o de que a política educativa é uma subsecção da política económica.
Donde se vê que o delírios educativo deste governo começa logo na abordagem; e se vê também que o governo português não está sozinho neste delírio.
http://www.legoergosum.blogspot.com/2009/07/relatorio-da-ocde.html
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“Constitui o exemplo mais gritante do privilegiar do acessório, da inversão de prioridades…”
Estou de acordo com LR: prioridade não é criar um bom clima de trabalho nas escolas…prioridade é legislar, de imediato, para se legalizar o casamento gay!
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Olá, invejosos!
Como vai a vossa vida? Como está o vosso cotovelo? Não conseguem entrar na porta de casa?
Tenham calma, caros invejosos, graças à vossa forma de estar na vida os melhores abandonaram o ensino público e mudaram-se para os poucos colégios privados de qualidade onde futuramente os caros invejosos pagarão propinas se entenderem querer oferecer um ensino de qualidade para os vossos filhos!
Portanto, graças à vossa inveja, de zero euros de propinas mensais por filho, passar-se-à a pagar 1000 euros por filho!
Parabéns, invejosos! Só tenho pena de todos aqueles que não sendo invejosos vão ter que aturar com este sistema devido aos invejosos!
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intrigante professores de aex são criados de professores que não são de ax,
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