Contradições
A coisa conta-se em poucas palavras ou mais propriamente contou-a o jornal i: “Vaias, assobios e espectadores a bater com os pés no chão. A determinada altura, os actores Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues, protagonistas da peça «O Que se Leva Desta Vida», não se conseguiam ouvir um ao outro em cima do palco. O espectáculo teve de ser interrompido a metade. «Isto é que é cultura? É mandá-los ir semear batatas». Esta é apenas uma das reacções do grupo de idosos que, a 12 de Novembro, obrigou a peça a um final abrupto. (…) O Inatel tinha comprado vários bilhetes para o espectáculo e organizou uma excursão até Lisboa. Mas a linguagem utilizada pelos actores era demasiado obscena para o público sénior.”
Um video realizado à saída e que acabou no youtube e em que o dito público dava conta da sua indignação suscitou vivas reacções, sobretudo entre os sectores que mais aplaudem os espectáculos ditos arrojados e que pretendem intervir e marcar o público. Ora o que o público fez foi muito sucintamente intervir. Simplesmente a sua intervenção não foi no sentido tido como correcto e daí até passarem a ser apresentados como uns velhos incapazes de compreenderem o espectáculo foi um passo.
Durante anos grupos de teatro vários tentaram convencer o público a participar nos espectáculos: uma pessoa sentava-se no mais discreto lugar da plateia e acabava interpelado pelos actores. Podia até acontecer que entre o palco e a plateia não existisse diferença, o que era inevitavelmente apresentado como um sinal de óbvia modernidade. Actualmente estas performances colectivas estão em desuso mas o palavreado sobre a interpelação ao público esse mantém-se. Desde que o público reaja como é suposto. Ou seja, aplaudindo reverentemente no momento certo o espectáculo tido como irreverente. E como não existe ninguém mais reaccionário que aqueles que vivem de se armar em irreverentes tudo acabou num mundo às avessas com os jovens actores a acusarem os velhos do público de não se saberem comportar. Enfim as histórias que se levam desta vida estão onde menos se espera.
*PÚBLICO

sobre a sustância sa coisa népia, se calhar era uma plateia desgraça moura.
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pois é helena, vá ver a peça e se não resultar, meta-se na droga que isso passa-lhe.
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Sobre o texto do “I”, retiro este escrito:
“…os actores Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues, protagonistas da peça «O Que se Leva Desta Vida», não se conseguiam ouvir um ao outro em cima do palco. ”
Lá que o público não os ouvisse, compreende-se, até porque não os queria ouvir, mas os actores entre si?
Então mas eles não sabem os papéis de cor, ou não têm ponto?
E como é que o jornalista sabe que os actores não se ouviam um ao outro?
É otorrinolaringologista?
Só cousas que mapoquentam.
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Adorável público! Bem hajam. Faz-me lembrar uma certa peça de teatro, um musical, que foi feito expressamente para aqueles que têm medo e vergonha de frequentar saunas…não sei se me entendem! Assim sempre podiam dizer que foram ao teatro.
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Piscoiso
Siga o link apresentado, veja e ouça o vídeo.
Mais ou menos aos 01:40 tudo se esclarece para si.
Não se apoquente mais.
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#5.
Já vi.
Quem no Inatel organizou a coisa, organizou mal.
Há melhores datas e melhores eventos, como o Salão Internacional Erótico de Lisboa.
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Mais uma para a Antologia do Absurdo, a peça não cumpriu a função que era entreter os espectadores contudo houve reacção o que também é uma forma de diversão.
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É verdade, quando nos anos 70 e 80 se ia a um espectáculo de algum grupo de teatro “independente”, era corrente pedirem-nos alguma intervenção. Os resultados eram completamente desinteressantes. Depois de umas experiências desse tipo, passei a perguntar, antes de comprar o bilhete, se alguém iria pedir-me que trabalhasse durante o espectáculo. Quando pago um bilhete, é para ver o trabalho dos actores e não o meu.
De resto, o espírito dessa pós-modernice extravasou das salas de teatro para as salas de aula, quando começou a recomendar-se que os alunos “construissem o seu próprio conhecimento” sem a intrusão do trabalho do professor. Os resultados neste contexto foram mais devastadores.
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Parabéns Helena.
O melhor post do ano.
Obrigado.
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Helena, realmente só quem é muito ignorante pode ter uma reacção como a que tiveram os tais “idosos”. Quem não gosta daquilo que está a assistir tem sempre a possibilidade de sair e procurar algo com que se identifique; não gostar não é razão para perturbar o trabalho dos outros daquela forma (ainda por cima com o tipo de argumentos que se ouvem no vídeo, no mínimo ridículos).
Outra coisa, eu conheço bem os trabalhos do Tiago Rodrigues e nunca assisti a um espectáculo dele que implicasse a interpelação directa dos actores em relação aos elementos do público. Não assisti ao espectáculo em questão, mas não me consta que contenha esse tipo de interpelação. Acho que a Helena está a falar de uma coisa que não tem nada que ver com a situação em questão.
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Como é de borla, o povo vai. Há que aproveitar. Quem afinal aplaude “o bacalhau quer alho” e outras canções populares do género?
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Há tempos houve para aí pago pela CML umas sessões de teatro na Avenida da Liberdade.
Uma delas era uma senhora (peço perdão não me lembra do nome)que recebia sentada na cama num quarto do Hotel Tivoli e trocava umas ideias.
Não vi mas deve ter sido giro.
Se disse aqui alguma coisa errada desculpem, é a liberdade teatral.
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Helena Matos é o que temos de mais próximo de Sarah Palin, tirando o facto de nunca ter sido Miss de coisa alguma.
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13.Calpúrnia disse
19 Dezembro, 2009 às 4:49 pm
HM não costume ter muitos comentários nos posts.
Novente e cinco por cento simplesmente achicalham, brincam e insultam.
Raramente aperece um comentário a desmentir ou comentar o post em si.
Você conseguiu juntar-se à maioria.
Parabéns.
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Este Piscoiso deve ser inteligente. Vê-se que pensa.
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Há gente como a Helena que só atrapalha… O Inatel paga viagens a Lisboa e paga espectáculos?! O Inatel dá emprego ao magnífico Vítor Ramalho?! O Inatel existe? Há teatro em Lisboa?! Pode haver teatro sem dramaturgos nem actores? Pode, basta juntar coloridos carecas de preto a flausinas tipo actoras. Estes artistas alternam, têm um problema sério com a literatura e com a gramática, querem transformar a realidade e merecem um subsídio. Gente como a Helena que, ao contrário de tais operadores sociais, não sabe nem um verso de ‘Eurípedes’, só atrapalha. Vivam os criadores, os aventais e ai de quem disser tira-me essa pata de cima, ó meu…
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.
O que tudo isto revela é a merda de país em que vivemos…
Levas
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A cambada de porcos progressistas que controlam a “cultura” e os €€€€ deste país, chulos que vivem por conta dos impostos, são a imagem do “fartar vilanagem” que a Abrilada despejou sobre o povo sério e trabalhador
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SR. PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA!
COMO MUITA INSISTÊNCIA VENHO PEDINDO QUE OS FACTOS GRAVES QUE DENUNCIO NO MEU LIVRO PROIBIDO CONTRA O GANG SOARES SEJAM INVESTIGADOS.
PODE-SE JUNTAR OS CRIMES ELEITORAIS QUE ESSE “DONO DA PÁTRIA” PRATICA COM TOTAL À VONTADE E IMPUNIDADE ( METE O AJJ NUM BOLSO)
MAIS AS NEGOCIATAS COM O CHÁVEZ SOB A ALÇADA DESSE MESTRE DA CORRUPÇÃO CHAMADO SÓCRATES.
PERGUNTO:
PARA QUANDO UMA INVESTIGAÇÃO?
AO MENOS ISSO, UMA INVESTIGAÇÃO.
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A inatel, com o seu presidente xuxa, tinha que dar cobertura a esse espectaculo merdoso!
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Quando quero cultura compro a TV Guia!
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NADA DISTO IMPORTA NESTE MOMENTO ..
AGORA TEMOS TODOS QUE NOS JUNTAR E EXIGIR AS ESCUTAS AGOORRRAAAAAAA
XEQUE MATE A SOCRATES ..
AS ESCUTAS NA RUA AGORA
SOCRATES PARA A RUA AGORAAA
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