Os figurantes
O senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça em duas horas foi a três televisões explicar o que não explicou com clareza em devido e institucional lugar aos portugueses. Ao senhor Procurador Geral da República também pareceu adequado escolher o momento em que saiu duma gala televisiva para produzir declarações sobre assuntos a propósito dos quais tem entendido que não devia dizer mais nada.
As principais figuras da Justiça passaram a ter como pública preocupação não o que fizeram e decidiram mas sim que na primeira página de um jornal se diga o que fizeram e decidiram nos casos mediáticos. Para seu azar explicam-se muito mal. Habituados à protecção institucional dos cargos que ocupam sossobram mal passam das declarações para as entrevistas. Perorando todos os dias sobre a comunicação social, alguns dos nossos mais importantes responsáveis pela Justiça não só falam obsessivamente dela como parecem viver em função dela. Algumas das mais importantes figuras do Estado confundiram os portugueses com os telespectadores, deslocalizaram do sentido do dever para os jogos do dizer e acabaram como era absolutamente previsível a reboque da comunicação social e a queixar-se do que sai nos jornais. Talvez um dia percebam que há um país para lá dos microfones e que é com esse país que têm um compromisso de lealdade. Mas por agora estão reféns dos alinhamentos noticiosos. Tal como os figurantes.

Manuel Alegre emigrou para a Argélia?
o vento cala a desgraça…
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Estes senhores deixam-me preocupado: Armando Vara, José Sócrates, Jorge Coelho, Vítor Constâncio, Noronha de Nascimento, Pinto Correia, Joaquim Oliveira e Marinho Pinto…
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Com material humano desta qualidade exercendo os cargos mais elevados do poder judicial não há “checks and balances” que resistam.
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Publicação: 12-02-2010 09:09 | Última actualização: 12-02-2010 09:44
Sondagem: PS voltava a vencer as eleições sem maioria
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4. E? O facto de um determinado partido ganhar eleições quer dizer isso mesmo: ganha-as. Não iliba os seus dirigentes nem os transforma em gente séria.
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Já é do conhecimento público que muitos dos que desempenham algumas das mais importantes funções em Portugal têm como principal preocupação tratar dos seus “interesses”, próprios e do seu “grupo”.
Alguns talvez até, por ignorancia e soberba, têm a convicção de que os seus “interesses” são os interesses do País.
Isto tem pouco ou nada a ver com partidos ou ideologias; isto tem que ver com o Carácter, com a Honestidade, com a Honra. tem que ver com a falta de civismo, com a falta de educação, com a falta sentido de comunidade de que quase toda essa gente sofre.
São gente que tendo jurado servir o Interesse Nacional, servem-se do poder que lhes é conferido por todos para, em vez disso, se servirem a si e aos seus.
São gente que não consegue por isso conquistar o nosso respeito. São gente que diáriamente nos dá razões para aumentarmos o desprezo que sentimos por eles. São gente em tudo igual aos seus congéneres dos países sub-desenvolvidos do terceiro-mundo. Curruptos, oligárcas, ladrões, … Os únicos jovens com perspectivas de futuro neste país são os seus filhos e afilhados.
Mas, por respeito pelas Instituições Nacionais, por respeito às peças de mobiliário dos gabinetes (constantemente remodelados) onde sentam aquela parte da sua anatomia onde mereciam levar de todos nós um valente pontapé, chamemos-lhes apenas Excelências.
As consequencias das acções de S. Exelências, sofremos e pagamo-las todos, independentemente do partido, ideologia ou clube de futebol de cada um. Temos que nos deixar de ir em “conversas”, por mais embrulhadas que venham em ‘marketings’ e publicidades. Sejemos os primeiros a não promover os “maus-carácter” dentro dos nossos próprios partidos. Sejemos críticos … ABRAMOS OS OLHOS!
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Só vi uma das entrevistas.
Foi desagradável a maneira como esborrachou a impreparada e arrogante jornalista Judite “de” Sousa.
O que há aqui a dizer é que pessoas naquele cargo não devem, melhor não podem, ir a televisões dar entrevistas.
Este cargo não é propriamente igual ao de seleccionador nacional do pontapé na bola.
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Explicar?! E V. percebeu? Percebeu mesmo?
É que eu não percebi.
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Curioso que o Presidente do STJ só entenda que se impõe uma explicação quando se apercebe que já não é uma questão se “se” a coisa correr mal, mas “quando” a coisa correr mal.
Por outro ladop, têm dado relevo ao facto de ter dito que mantinha os despachos, mas esquecem o mais importante o que ele disse foi:
a) que as escutas que ouviu não tinham indícios, mas que as escutas que foram publicadas nunca lhe foram apresentadas.
b) que nos despachos que foi dano ia advertindo que aqueles elementos não tinham indícios suficientes, mas até insinuava que, havendo outros, poder-se-ia investigar.
E ainda
c) que o Juiz de Aveiro houviu dezenas e dezenas de escutas e foi com base em todas elas que decidiu que havia indícios fortíssimos da prática de crime contra o Estado de Direito, ao passo que, a ele, apresentaram-lhe apenas 12.
Ou seja, a mensagem agora é “EU? Eu nunca disse que o sujeito era honesto.
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a helena é boa a adjectivar, agora falta substantivar a prosa acima. já deu para entender que não percebeu nada do que o bode disse e que não concorda com aquilo que não percebeu, mais até aí já nós sabiamos.
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5.helenafmatos disse
12 Fevereiro, 2010 às 10:09 am
4. E? O facto de um determinado partido ganhar eleições quer dizer isso mesmo: ganha-as. Não iliba os seus dirigentes nem os transforma em gente séria.
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EXATAMENTE: NÃO AS TRANSFORMA EM GENTE SÉRIA:apenas quer dizer que
o Tuga continua a achar muita piada
aos trafulhas, mentirosos, desenrascas. E que, quanto à moral ,
que não passa de uma excrescência do foro cristão/ católico,
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#9
OUVIU! Era OUVIO.
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12.Sofia Ventura disse
12 Fevereiro, 2010 às 11:46 am
Fique quieta.Cada vez que mexe faz pior.
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Sofia Ventura – # 9
E assim, podemos ainda concluir que os maiores responsáveis pela “nossa” justiça (com letra pequena intencionalmente) decidem e julgam aleatóriamente. Não sabia que os nossos magistrados emitiam juízos com base na leitura / audição / estudo de parte de processos. Tipo … por amostragem. Se o Exmo. Presidente do STJ tivesse houvido, por acaso (e por que é que não ouviu todas?), a parte das escutas que foram publicadas, então sabe-se lá o que teria decidido.
Agora torna-se legítimo qualquer um, face a uma qualquer sentença, perguntar ao Juíz se a sua decisão não se terá baseado na observação de apenas parte do processo.
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O Sr Procurador falou e falou muito bem. Quem decide é ele e é com respeito pela lei que o faz.
É claro que quem está de fora vê sempre as coisas de forma muito fácil, até lança alternativas de decisão, questiona ou acha que as decisões tomadas são más, acha que a lei está mal, cria soluções, simplesmente porque não está lá.
Aqueles que tomam decisões na justiça, assentam as suas decisões na lei, e não num conjunto de teorias que se vendem nas primeiras pa´ginas dos jornais.
Fico contente que o Sr Procurador tenha falado em nome da justiça, aliás como deve ser feito num Estado de Direito como é Portugal.
Mas lá para a frente havemos de ver a justiça a sair isenta desta história.
A crise é do regime politico e não da justiça, não se confunda a coisa, mas é sempre assim, em último caso tenta-se passar a ideia de que a justiça é que cria o “crime”.
Portugal é um Estado de Direito.
VIVA PORTUGAL
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