O jornalês
22 Fevereiro, 2010
O jornalês é uma espécie de código que permite fazer notícias que ninguém critica, que parece que falam de alguma coisa e que abordam o assunto com uma mensagem de mudança necessária mas muito positiva. O jornalês tem palavras-chave e expressões idiomáticas que funcionam como muletas de linguagem. Por exemplo esta notícia do PÚBLICO é um belo exemplo do jornalês. Está cheia de expressões como
*forma mais integrada
*vertente cultural e natural”
*alternativas a este modelo que temos agora
*Há outras alternativas que é possível fazer
*uma forma global
mas chegados ao fim não se consegue perceber o que aconteceu no dito encontro e muito menos em que consiste a dita alternativa. Mas lá que é uma bela notícia, é.
9 comentários
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Se na primeira frase do post substituir notícias por opiniões, está a fazer um auto-retrato.
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O Sócrates tem de certeza solução para o problema da neve.O gajo é do melhor.E sabe como são os negócios da zona.Depois das casas e das lixeiras a neve!Tudo muito renovável!E com garantia Piscoisa”
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Por momentos, antes de seguir a ligação, até suspeitei que fosse um texto assinado por Jaime Quesado
.
ccz
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o pacheco tem um programa parecido com este poste. para dizer mal do público é porque foi corrida, só pode né?
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Pelo que percebi as citações apresentadas são de responsáveis do tal seminário e não do jornalista.
Próprio de jornalista é confundir hectares com campos de futebol, chamar pássaros às galinhas ou às avestruzes, julgar que sabem inglês e traduzir indiferentemente silicon e silicone para silicone como se fosse a mesma coisa ou fazer perguntas parvas a transeuntes, convencidos de estar a fazer uma reportagem.
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O que acontece é que a neve está é a ser instrumentalizada pelos partidos da oposição que, como não conseguiram ganhar as eleições nas urnas, andam, de forma assaz integrada, a criar alternativas a este modelo que temos agora, em vez de aceitar de forma global outras alternativas que é possível fazer.
Sócrates não se cansa de o repetir, sempre acompanhado pela coisa piscante, para além dos ex-ministros Pinho & Lino que, ainda que substituídos nos seus cargos, ainda não interromperam a sua militância.
Quando o principal partido da oposição não se entende numa questão tão simples, como pode aspirar ele a ser alguma vez alternativa válida a tão sublime solução?
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Não é jornalês, é consultês. Essas expressões estão entre aspas, atribuídas a “um elemento da organização”.
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A Helena Matos sabe muito bem do que se fala, quando se fala em alternativas ao “turismo comercial” e à exploração desregulada dos espaços naturais, culturais, etc. Mas lá que é uma bela ironia, lá isso é.
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lápis azul?
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