Público (not P)
Leio desde o primeiro dia. Tenho o hábito e o gosto de ler o jornal quanto tomo café pela manhã e o Público é, por essa razão, a única publicação periódica que compro. Parabéns a toda a equipa que lhe deu origem e em especial aos dois directores que lhe deram a forma e justa fama: Vicente Jorge Silva e José Manuel Fernandes.
Podia ser melhor, ah pois podia. Já foi melhor, ah, pois foi. Está em perigo, ah, pois está (como estão todos). Tem coisas que detesto, ah pois tem. É muito fraquinho no Local, é vesgo e militarista no Internacional, ah pois é. Mas ainda assim, e comparativamente, é o melhorzinho que existe. Ontem tinha lá um (excepcionalmente) bom artigo de José Vitor Milheiros sobre o futuro da imprensa (mas que, contraditoriamente, só é possível ler noutro local!!!). Do it! Gostava de acreditar que se alguma publicação conseguirá adaptar-se e transformar seja o Público. Mas tem de fazer alguma coisa, rapidamente, não pode continuar com um online a reboque e preso à lógica papel. Libertem-se!

“…gosto de ler o jornal quanto tomo café pela manhã…”
ganda emprego, 1 hora pró galheiro
“…aos dois directores que lhe deram a forma e justa fama: Vicente Jorge Silva e José Manuel Fernandes.”
um fez o jornal e o outro tornou-o na horta de belém, chiqueiro e pasquim.com.
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Só compro jornais gratuitos..
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A perda de qualidade do Público tem sido constante e a recente mudança de director só acentuou um cinzentismo que já ameaçava o jornal, mesmo quando JMF – que fez um bom trabalho, diga-se o que se disser – ainda era director. Hoje em dia, o Público é incapaz de ter um exclusivo com o mínimo de significado político; a secção nacional é de um cinzentismo desencorajante e mesmo os suplementos – em particular, o Y que em tempos foi brilhante – se estão a tornar cada vez mais baços e desinteressantes.
Hesito entre Público e o “I”. Umas vezes compro um, outras o outro. Não tenho jornal ao qual possa ser fiel, porque não há hoje em dia um bom diário produzido em Portugal. Dito isto, os meus parabéns são dirigidos ao passado: ao Vicente Jorge Silva e ao JMF que, embora sendo colunista, já não é director.
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ilha da utopia
http://viticodevagamundo.blogspot.com/
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A Grécia está na mira: o país estaria à beira da falência e seriam precisas medidas drásticas. Os portugueses reconhecerão a conversa de José Sócrates que abriu caminho à terrível ofensiva anti-social do Governo PS, de braço dado com o grande capital e com a Comissão Europeia. Mas este novo episódio revela profundas clivagens entre os EUA e a UE, e no seio desta. Está por explicar a decisão de Obama em não vir à prevista (e depois cancelada) Cimeira EUA-UE. Especula-se abertamente sobre uma eventual saída da Grécia do Euro ou até dum colapso da moeda europeia (Samuel Brittan, FT, 19.2.10), o que alivia a pressão sobre um acossado dólar. Zangam-se as comadres e descobre-se que o cumprimento dos famigerados critérios de adesão ao Euro foi, em muitos países (incluindo o nosso, segundo o FT, 16.2.10), uma fraude. A Grécia «basicamente hipotecou os aeroportos e auto-estradas do país» para cumprir os critérios, e os bancos dos EUA desempenharam um papel fulcral nisso (New York Times, 14.2.10). Agora, sectores da UE (comandados pela Alemanha) decidiram optar por uma «linha dura» com a Grécia. Deitando fora um primeiro acordo, subiram a parada, exigindo medidas mais drásticas. A UE retirou o direito de voto à Grécia na próxima reunião sobre a sua situação e ameaça aplicar poderes especiais de gestão directa, ao abrigo do novo e antidemocrático Tratado de Lisboa (Telegraph, 18.2.10). O vice-primeiro ministro grego responde dizendo que a Itália ainda fez mais falcatruas nas suas contas públicas e acusando a Alemanha de «ter levado o ouro que estava no Banco da Grécia [durante a II Guerra Mundial] e nunca o ter devolvido» (BBC, 24.2.10). São assim, os «governos amigos» da UE. Mas numa coisa parece haver acordo, nos estados-maiores de Washington e Bruxelas: está na hora de impôr cortes salariais aos trabalhadores. Mais exploração e pobreza são as receitas do costume para alimentar este monstro em fase de decadência. Receitas que já receberam como resposta a luta dos trabalhadores.
Jorge cadima
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O Público está pela hora da morte, eu que cresci com ele já não o reconheço, é só “coisas bonitas” que por lá se lê. A saída do JMF foi o FIM. Por agora só leio o Jornal de Negócios que cada vez mais tira o lugar dos generalistas e é muito bem feito.
ps: o Daniel Oliveira censurou-me uma ideia minha lá na propaganda dele, eu dei asas à imaginação pois cheguei a propor um debate entre o Medina Carreira vs Louçã. O medo…=censura.
O Louçã também apoia estes investimentos “keynesianos tugas” e um debate entre 2 conhecidos sábios era Serviço Público.
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O apelo à lusa inveja: o segredo da governança de Sócrates.
Em reacção ao seu postal de ontem, Não nos insultem.
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“Le Monde”
Mélancolie générale, par Sophia Z.
J’ai 29 ans, j’habite encore chez mes parents, comme la plupart des jeunes de mon âge, et je suis très inquiète pour l’avenir. Je ne crois pas que l’obtention d’un doctorat en histoire de l’art va m’aider à trouver un boulot. La diminution des salaires et les mesures d’austérité ont un impact direct sur notre quotidien, mais la chose la plus dure est la mélancolie générale de la société. L’espoir est totalement perdu, surtout parmi les jeunes.
Je ne vois pas comment on sortira de la crise si les salaires diminuent, le chômage augmente et le pouvoir d’achat est toujours en baisse… Les Grecs ont vraiment peur de la situation financière et je ne pense pas que les manifestations seront très grandes car, malheureusement, la société est déprimée.
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“a reboque e preso à lógica papel. Libertem-se!”
Segundo Pinto Balsemão é:”a reboque e preso à lógica papel. Afundem-se!”
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“Tenho o hábito e o gosto de ler o jornal quanto tomo café pela manhã”
Já fui assim com esse prazer, que deu lugar à irritação. Depois de muitos anos com as mentiras cada vez maiores do DN, Expresso, foi a vez do Público e com ele vieram também as mentiras. Jornais acabaram para mim. Enquanto a cultura dominante do jornalismo não acabar e não prevejo que acabe, assim será.
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(not P) ? O que é isso?
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Parabéns ao melhor jornal português !
Que venham mais vinte !
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É um bom jornal para ler enquanto se caga.
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o zé manel entrou em greve e deixou de pastar aqui.
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Segundo sei, os tempos de José Manuel Fernandes foram aqueles em que Belmiro mais perdeu com o jornal.
Até a Helena Matos contratou.
Mas ela retribuiu, trazendo-o para um blog.
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Há dias em que só leio o Miguel Esteves Cardoso e o Bartoon, que mora ao lado.
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CONTINUO SEM PERCEBER!!!
Porque raio é que temos de pagar?!
Primeiro nacionalizaram as dívidas dos bancos. Nacionalizaram o BPN, ajudaram o BPP e emprestaram (avalizaram) as dívidas dos outros bancos. Agora, por causa dessas dívidas, pedem-lhes dinheiro emprestado e com juros! Mas, não devia acontecer como nos Estados Unidos, em vez de emprestar, não deviam de estar a devolver? Que raio de governo é este?
E nós aceitamos tudo?!
O governo e o Sócrates não passam de meros lacaios daqueles que realmente conduzem a nossa vida em seu proveito!
Temos que exigir o que nos roubaram!
http://www.soucontraacorrente.blogspot.com/2010/03/continuo-ser-perceber.html
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Nunca gostei do Público: destestava a forma e o grafismo e sempre me irritou o “tendencionalismo” dos jornalistas.
Sorry Público, mas não fazem o meu tipo
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Também o comprava diariamente e já deixei de o fazer, só de vez em quanto. O futuro dos jornais é onlile e gratuitos.
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Bom post em substância Gabriel…subscrevo-o exceptuando o papel do anterior director incomparável com VJS.
Parabéns P.
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A opinião mais ou menos consensual de que “leio este porque é o menos mau e tal” mostra qualquer coisa, não mostra? Não sei o que seja…
Mas há esperança! Há falta da qualidade do público podemos sempre mudar para o jornal de negócios.
É por estas e por outras que às vezes desanimo.
Eu para me inteirar dos meandros da pesca também compro o “caça e pesca”, e fico a par dos últimos impermeáveis e dos roletos de cana de pesca com medidor de tensão de linha.
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Por aqui se vê como a cultura da classe piora:
http://marsalgado.blogspot.com/2010/03/grandeza-do-entrevistado-perante.html
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