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Em que ficamos?

12 Abril, 2010

João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, deu uma  entrevista ao Correio da Manhã finda a qual concluí que se deve ir processar a si mesmo.  João Palma começa por explicar que o sindicato vai processsar Emídio Rangel por tal como António Barreto ter dito “barbaridades” sobre as magistraturas e fundamenta esta sua posição avisando “As pessoas quando falam têm de ter sentido de responsabilidade. Não podem abrir a boca e dizer as asneiras que lhes apetece. As pessoas ofendem-se. Num País em que os políticos dizem tudo uns aos outros e ninguém se ofende os magistrados ainda se ofendem. E desta vez decidimos acabar com os níveis de tolerância que temos tido até agora.”

Em seguida é o mesmo João Palma que diz “Eu sei que sou escutado no meu telemóvel, Se me disser para o provar eu também não o posso provar. (…) Essas escutas são escutas que não são feitas pelo sistema legal, pelo sistema processual, são feitas por pessoas e entidades fora do sistema legal, sem qualquer crivo, sem qualquer fiscalização. São perigosas, porque são arbitrárias, feitas em função de interesses inconfessáveis e que são usadas para fazerem chantagens pessoas e políticas. É preciso que os cidadãos tenham essa noção.”

Francamente fiquei sem perceber em que diferem ao  declarações do jornalista  Emídio Rangel,   do sociólogo António Barreto e as  do presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Deve ser ignorância minha mas parece-me que João Palma tem uns critérios muito elásticos sobre o conceito de barbaridade

55 comentários leave one →
  1. Desconhecida's avatar
    estadodedireito permalink
    12 Abril, 2010 09:41

    helena
    não concordo normalmente com o smmp, mas esta sua comparação não tem sentido, pois o que o sr do smmp faz é dizer q não sabe em concreto quem o escuta, ao passo que o sr emidio acusou alguem em concreto, o smmp e a asjp.

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  2. Joaquim Mota's avatar
    Joaquim Mota permalink
    12 Abril, 2010 10:17

    Parece-me que o sr. Palma tem realmente ideias confusas e uma forma de se expressar um bocadinho de «faca na liga». Mas, quanto à substância do «post» acho que, desta vez a Helena Matos não tem razão, pois o sr. Palma apenas apresentou queixa contra o sr. Emídio Rangel que disse expressamente que os dirigentes da organização presidida pelo sr. Palma e os dirigentes do sindicato dos juízes entregavam documentos judiciais em segredo de justiça a jornalistas. Ou seja o sr. Emídio Rangel disse o sr. Palam e outros dirigentes (um universo clarmaente recortado) cometiam crimes e até inidicou o local da sua execução e não foi numa crónica ou conversa de café mas na leitura de uma declaração escita perante uma comissão parlamentar.
    O sr. Palma, ao que sei, não apresentou queixa contra o sociólogo Barreto que, tal como o sr. Palma, diz inanidades genéricas sobre assuntos da justiça e sobre crimes (que deviam sobretudo servir para o leitor mediano inferir a qualidade das reflexões dos seus autores).

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  3. manuel azinhal's avatar
    12 Abril, 2010 10:18

    Nas espantosas declarações de Rangel há a imputação de factos concretos (que são crimes) a pessoas jurídicas determinadas.
    Afirma-se que o SMMP e a ASJP fornecem documentação em segredo de justiça aos jornalistas, e até “em cafés, às escâncaras”…
    Ou isso é verdade, ou é difamação/ofensa a pessoa colectiva. Há fundamento para inquérito crime. Faça-se a prova.
    Nas declarações de João Palma deparamos com a afirmação de que em Portugal são feitas escutas à margem das legalmente efectuadas. Essas escutas ilegais obviamente que serão crime, mas nada no discurso de Palma nos permite concluir quem são os responsáveis, e nem sequer que ele os conheça (como aliás julgo que nos acontece mais ou menos a todos, acrescente-se).
    Não se compreende a equiparação feita por Helena Matos.

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  4. helenafmatos's avatar
    helenafmatos permalink
    12 Abril, 2010 10:29

    Se não é uma barbaridade o presidente dum sindicato de magistrados do ministério público dizer que existe num estado um sisntema de escutas que não é legal e que serve para chantagear as pessoas o que será uma barbaridade?

    “nada no discurso de Palma nos permite concluir quem são os responsáveis, e nem sequer que ele os conheça” – tal como acontece com o Emídio rangel há coisas que ou se provam ou não se dizem. E o E Rangel é só jornalista. Palma é presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público o que lhe traz responsabilidades acrescidas no que diz ou não diz.

    Não discuto que Palma, Rangel ou Barreto falem verdade. Mas não me parece razoável que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público faça este tipo de declarações em que lança um manto de suspeitas gravíssimas

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  5. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 10:31

    Há uma ofensa a pessoa colectiva, nas declarações de E. Rangel. Pelos vistos, o presidente do Sindicato do MP ( e também o dos juizes) achou por bem desta vez, accionar judicialmente o boquejão. Quanto a mim, fez ( fizeram) mal. Pela simples razão de que a ofensa seria melhor desmontada com um comunicado de têmpera e oportuno, ou seja, logo a seguir ao depoimento do boquejão. Ir agora para os tribunais defender a honra do convento dos sindicatos é algo que não me parece muito apropriado.

    Quanto à declaração sobre as escutas feitas por bandidos, na margem da legalidade, poderia ser feita se houvesse um caso concreto de chantagem que tivesse surgido desse tipo de actuação. Acontece que não há- que se saiba. E por isso, João Palma perdeu uma belíssima ocasião de estar calado nesse aspecto, porque afinal, fez o mesmo papel de António Barreto e Marinho e Pinto: acusar genericamente, sem concretizar coisa nenhuma.

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  6. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 10:35

    “Se não é uma barbaridade o presidente dum sindicato de magistrados do ministério público dizer que existe num estado um sisntema de escutas que não é legal e que serve para chantagear as pessoas o que será uma barbaridade?”

    Não foi isso que ele disse. O que disse foi que não o preocupavam as escutas legais, feitas com o controlo jurisdicional. Mas que estava preocupado com as escutas à margem de qualquer legalidade, feitas por não se sabe quem e com interesses inconfessáveis e com o objectivo de chantagear os alvos.
    Ora esse tipo de actividade não pode passar pelo Estado de modo algum. Mesmo que fosse alguém do Estado a fazer qualquer coisa do género, no que não acredito minimamente, ( mesmo o SIS ou as secretas ou quejandos), seriam sempre bandidos que se fossem descobertos seriam postos na rua do desemprego com justa causa. Não me parece que haja vontade prática de alguém no poder político correr esse risco. Por uma razão: teria que haver sempre pelo menos duas pessoas a saber isso. E seria o bastante para deixar de haver segurança de parte a parte. Uma delas ficaria sempre com trunfos na manga.

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  7. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 10:38

    Por outro lado, o Palma com estas declarações volta a dar trunfos aos inimigos dos sindicatos da magistratura que se servirão das mesmas para o acusar de protagonismo, como já o fazem e agora no mesmo registo dos outros boquejões do costume ( Proença de Carvalho, Marinho e Pinto, o tal Rangel, José Miguel Júdice, etc, incluindo aqui pessoas que parece não matarem uma mosca mas têm o insecticida pronto para o efeito).

    Esta imagem negativa dos sindicatos prejudica a magistratura.

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  8. Joaquim Mota's avatar
    Joaquim Mota permalink
    12 Abril, 2010 10:41

    Em relação ao comentário de Helena Matos (4) estou totalmente de acordo (aliás de acordo com o que tinha dito antes), mas tal não dilui que, ao contrário do «post», me continue a parecer que existe a tal diferença de relevo jurídico entre as várias «barbaridades» expelidas pelos três opinadores / narradores citados (que justfica a queixa apenas num caso). Aliás a imputação do sr. Rangel não é apenas contra pessoa colectiva mas contra pessoas concretas, um universo específico e limitado dos dirigentes dos dois sindicatos. Se estes não reagissem desta forma seria legítimo concluir que os factos contados pelo sr. Rangel eram verdadeiros, por outro dada a segurança e concretização do sr. Rangel caso os mesmos sejam verdadeiros este também os pode provar no processo, dessa forma afastando a sua responsabilidade.

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  9. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 10:51

    Or bem. O que disse exactamente Rangel? Isto:

    “Nesta roda entraram há pouco tempo a Associação Sindical dos Juízes e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: obtêm processos para os jornalistas publicarem, trocam esses documentos nos cafés, às escâncaras”, acusou Rangel.

    Isto é um crime de ofensa a pessoa colectiva que carece de queixa dos representantes dos visados.
    Portanto, pode haver processo crime e provavelmente condenação que nem o TEDH irá absolver. Mas ainda assim, não me parece curial uma queixa contra o boquejão, pelas razões apontadas: não é a melhor forma de combater a atoarda e a ofensa, neste caso.
    Tal como a greve não é a melhor maneira de a magistratura mostrar o descontentamento.

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  10. Desconhecida's avatar
    Ponto Final Parágrafo permalink
    12 Abril, 2010 11:02

    ” Essas escutas…São perigosas, porque são arbitrárias, feitas em função de interesses inconfessáveis e que são usadas para fazerem chantagens pessoas e políticas. É preciso que os cidadãos tenham essa noção.”

    Não sei se as escutas existem ou não. Se existem, são muito graves. Também não seria de admirar que o sr. Palma estivesse a atirar mais gasolina para a fogueira como é seu hábito. Acontece porém que o sr Palma não se tem preocupado( pelo menos a comunicação social não reza sobre este assunto) com as constantes fugas de informação sobre assuntos em segredo de justiça. Por acaso a divulgação do segredo de justiça não é feito “em função de interesses inconfessáveis”? Ou não?
    Cada um chora por onde mais lhe doí não é verdade?

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  11. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 11:25

    “Acontece porém que o sr Palma não se tem preocupado( pelo menos a comunicação social não reza sobre este assunto) com as constantes fugas de informação sobre assuntos em segredo de justiça.”

    Isto parece-me falso. Aliás, que “fugas de informação” devem preocupar um investigador? As que estragam a investigação como aconteceu no caso Face Oculta em que os suspeitos foram avisados depois de o PGR saber o que se passava ou aquelas que ocorreram logo que os suspeitos foram ouvidos como arguidos e deixou de haver segredo de justiça enquanto tal e que protegesse a investigação?

    Qual é mais importante: o segredo que protege o sucesso da investigação ou aquele que protege a identidade e a natureza dos factos que estão em causa no Face Oculta?

    Será de defender um segredo de justiça que impeça que as pessoas em geral saibam o que se passou com os suspeitos do Face Oculta Será de defender que não se deveria saber o papel de A. Vara na moscambilhice da sucata?

    É que me parece que é este segredo que agora incomoda tanta gente.

    Mas não se incomodam quando esse segredo atinge criminosos como o violador de Telheiras que viu todo o seu passado, incluindo o psiquiátrico vasculhado pelos media, sem qualquer preocupação dos que agora se preocupam que se saiba que o A: Vara é o que é…

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  12. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 11:26

    Dá para entender que para algumas pessoas seria bom que nada se soubesse sempre que estão na berlinda os seus correligionários políticos.

    Sobre o caso dos submarinos, esses que se preocupam como o Face OCulta não tiveram a mesma atitude e já julgaram sumariamente.

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  13. Desconhecida's avatar
    Ponto Final Parágrafo permalink
    12 Abril, 2010 11:46

    Não sou advogado de defesa de nenhum dos visados. SEGREDO DE JUSTIÇA É SEGREDO DE JUSTIÇA! Não interessa se é por roubar batatas no supermercado ou se é por assalto a um banco! Se é segredo, este não deve ser selectivo!

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  14. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 11:51

    Segredo de justiça o qué é, exactamente?

    Nada se saber, nunca, de um processo? É isso?

    É que se for, é um engano porque nem é isso que a lei diz, nem podia dizer.

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  15. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 11:54

    A noção que tem de segredo de justiça é a noção de completo secretismo?

    Está errado porque numa democracia isso não existe. Nem nos princípios do processo penal nem sequer no senso comum.

    Numa democracia, o segredo de justiça é sempre relativo, porque o que incomoda a comunidade não pode ficar em segredo. Não deve sequer ficar.

    No entanto, parece-me que o que incomoda os defensores do segredo absoluto é que se venha a saber o que determinados indivíduos com poderes públicos andam a fazer nas costas de quem os elegeu.
    Parece que é isso que incomoda certas pessoas: que afinal se venha a saber os trastes que foram eleitos.

    Sinceramente não entendo esta preocupação em esconder do público o que devia ser do conhecimento geral.

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  16. Desconhecida's avatar
    Ponto Final Parágrafo permalink
    12 Abril, 2010 11:59

    O SENHOR ESTÁ EQUIVOCADO. CONFUNDE SEGREDO COM COSCUVILHICE. O SEGREDO A SEU TEMPO VEM Á LUZ DO DIA. O QUE ESTÁ EM CAUSA NÃO É MANTER EM SEGREDO O NOME DAS PESSOAS ENVOLVIDAS MAS SIM MUITAS DAS CONVERSAS QUE MUITAS DAS VEZES SÃO PESSOAIS E SEM INTERESSE PARA O CASO EM QUESTÃO.

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  17. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 12:08

    Artigo 12.
    Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação.

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  18. Desconhecida's avatar
    anonimo permalink
    12 Abril, 2010 12:27

    o caga está hiperactivo, cheirou-lhe a julgamentos sumarinos feitos pelo sherife da república. também não vejo motivo para tanta excitação com as declarações do palma, o cavaco disse o mesmo há uns meses atrás e a unicas consequências que se conheceram foram perdas de popularidade e eleições, enxerto do citrino plantador e uma audiência ao palma.

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  19. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Abril, 2010 12:54

    Relembrando

    O ex-director da Sabrico Camiões, empresa brasileira do grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN) comparou a actuação do grupo português à de uma quadrilha, pela forma «suspeita e irregular» como vendeu as operações da Sabrico, acusações que a SLN nega.

    «É uma ilegítima operação de transferência de responsabilidades, de maneira muito suspeita e muito irregular. Quando isso é patrocinado por alguma quadrilha, é normal. Agora quando é patrocinado por um conglomerado de empresas como a SLN, cheira muito a estranho», afirmou o ex-director superintendente da Sabrico Camiões, Luiz Carlos Paraguassu, em declarações à agência Lusa.

    Paraguassu contesta a venda da Sabrico ao que diz ser uma «empresa sem rastro», que até agora só se fez representar na gestão através de procuradores, que despediram todos os 500 funcionários e começaram a vender os activos.

    «Ninguém recebeu os seus direitos trabalhistas, porque os novos controladores têm um flagrante posicionamento, que é usufruir do que sobra e não pagar o que devem. Nem fornecedores nem funcionários estão sendo pagos. É muito estranho que uma empresa que compra não tenha dinheiro para pagar. Então porque é que comprou?», disse Luiz Carlos Paraguassu.

    A SLN disse à Lusa que o novo proprietário é «um grupo brasileiro conhecido» e que só este grupo, o único que terá apresentado uma proposta de compra firme e concreta, pode, «querendo, fornecer mais informação relevante sobre a empresa e a sua compra».

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  20. Romao's avatar
    Romao permalink
    12 Abril, 2010 12:55

    Se havia dúvidas da pertinência das preocupações da HM é só dar um pulo à central de desinformação corporativa: as declarações do Palma são como a ferida por onde entram as bactérias. E como diz a Helena, e bem, ele pôs-se muito a jeito.

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  21. Desconhecida's avatar
    Pernes permalink
    12 Abril, 2010 12:57

    A Helena está preocupada?
    Não sabia.

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  22. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Abril, 2010 13:00

    para vossa informação

    “Nesta roda entraram há pouco tempo a Associação Sindical dos Juízes e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: obtêm processos para os jornalistas publicarem, trocam esses documentos nos cafés, às escâncaras”, acusou Rangel.

    O Rangel, irmão do juíz Rangel, tem provas. Alguém tem dúvidas disso? E vai por a boca no trombone!

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  23. Desconhecida's avatar
    anonimo permalink
    12 Abril, 2010 13:02

    as declarações do palma devem ter sido feitas para disfarçar o que deve estar para rebentar, afinal as escutas eram particulares e o ministério do palma não tem nada a ver com isso.

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  24. Desconhecida's avatar
    Oliveira-Pinto permalink
    12 Abril, 2010 13:04

    A cobertura televisiva concedida semana após semana aos congressos do PSD é uma coisa verdadeiramente venezuelana

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  25. Desconhecida's avatar
    Mafalda Sofia permalink
    12 Abril, 2010 13:09

    Basta o Emidio Rangel provar, que há um juiz, ja falecido, que tenha metido o pé na argola, para por tudo as escancaras

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  26. Desconhecida's avatar
    Mafalda Sofia permalink
    12 Abril, 2010 13:15

    Um período de desemprego e fome, venha o novo líder, dizer que o problema é da constituição, lembra a fantochada

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  27. JB's avatar
    12 Abril, 2010 13:54

    Parece-me haver uma diferença evidente, já apontada nos comentários anteriores, entre as declarações do Emídio Rangel e do João Palma: o primeiro indica concretamente duas entidades como responsáveis por aquilo que constitui um crime (violação do segredo de justiça); o segundo não concretiza minimamente as acusações relativamente a algo que também constitui crime (de gravações ilícitas). A diferença está então no seguinte: o primeiro, não sabe, mas não se importa de correr o risco de difamar; o segundo, também não sabe, mas não corre esse risco, sabendo que não poderia provar as acusações. Dentro da irrazoabilidade, o João Palma foi, apesar de tudo, um bocado menos irresponsável.

    Em todo o caso, concordo com o José: o sindicato esteve mal e deu razão aos seus críticos, sem qualquer necessidade. E quanto a processar o Rangel, embora me pareça justo, não constitui um meio eficaz de resolver o assunto.

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  28. Desconhecida's avatar
    O coiso diz que permalink
    12 Abril, 2010 13:54

    #22
    “O Rangel, irmão do juíz Rangel, tem provas. Alguém tem dúvidas disso? E vai por a boca no trombone”

    Lá porque tu estás habituado a que te metam o trombone na boca, não acredites que este desclassificado pindérico ponha a boca noutro lado que não seja a merda por onde a tem tido. Dos trombones sai música, desta boca só sai merda mesmo.

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  29. Desconhecida's avatar
    anonimo permalink
    12 Abril, 2010 14:02

    parecem baratas tontas. adivinha-se borrasca.

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  30. luikki's avatar
    luikki permalink
    12 Abril, 2010 14:03

    os “sindicalistas” são sempre os maus da fita…
    e para os lerdinhos/ imbecis/coitados que não sabem que “escutas” nãp precisam de decisão judicial para serem feitas (e utilizadas), as melhoras…

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  31. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Abril, 2010 14:05

    Tanto o caga como o cagajb acham que pois, mas talvez antes pelo contrário, assim assim, ou seja, gostam de águas mornas.
    Não foi Jesus Cristo que disse algo como “quem não é quente nem frio, mas morno, vomito-o da minha boca”?

    Então perante um verdadeiro ataque à sua honra e reputação o Presidente do Sindicato devia ter feito um comunicado de têmpera e oportuno(…) e depois passava a mão pela cabecinha do Rangel e dizia-lhe “olha que para a próxima vai ser pior… talvez dois comunicados de têmpera e oportunos…

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  32. Desconhecida's avatar
    anonimo permalink
    12 Abril, 2010 14:14

    oh catinga! toma lá notícias do teu amigo boer

    http://www.ionline.pt/conteudo/54901-assassinato-eugene-terreblanche-pode-ter-tido-motivacao-sexual

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  33. Pensador's avatar
    12 Abril, 2010 14:17

    4,

    “Rangel é só jornalista”.

    Não me ria assim desde o discurso do Vasco Gonçalves no Samouco.

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  34. Desconhecida's avatar
    anonimo permalink
    12 Abril, 2010 14:22

    descobriram-lhes a careca e agora chutam para canto. próximos episódios, as escutas reveladas pela comunicação social foram feitas por particulares para denegrir a justiça e chantagear o mistério público na sua patriótica missão de esmiuçar governantes socialistas.

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  35. Romão's avatar
    Romão permalink
    12 Abril, 2010 14:31

    #32.

    É hoje que o Lusitânea faz tilt.

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  36. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 15:12

    “intromissões arbitrárias”…é esta dificuldade que os ferreiras têm em interpretar e perceber o sentido das leis que os tornam os bacocos de sempre.

    E não se importam nada de tomar os nomes dos outros para se fazerem passar por eles. Mas bacoco que se preze assina sempre ferreira, mesmo em modo anónimo.

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  37. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 15:14

    Quem diz bacoco pode dizer abécula. É tudo do mesmo género e concentra-se sempre na mesma persona.

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  38. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Abril, 2010 15:16

    Qualquer um vê quem é aqui o bacoco. O caga acha que não é ele.

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  39. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Abril, 2010 15:21

    Estás enganado, cagasentensas. Não é tudo do mesmo género.
    O meu género é masculino.

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  40. Desconhecida's avatar
    Manuel do Carmo permalink
    12 Abril, 2010 15:42

    Lá vem o «José» defender a desacreditada e pindérica (in)justiça portuguesa….

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  41. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 15:44

    Este abécula passa o tempo todo aqui a insultar ad hominem e ad personam, a tergiversar, a incomodar quem gostaria de ler algo mais que simples bacoquices, ainda por cima mal escritas e com erros de palmatória.

    E tem a lata de desviar para canto tudo o que não entende e que é quase tudo.

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  42. Desconhecida's avatar
    José permalink
    12 Abril, 2010 15:47

    #40:

    Tem razão: dizer que o Palma fez mal, agora, pode muito bem ser a defesa da justiça portuguesa. Mostrar o que significa o segredo de justiça também me parece que assim pode ser entendido.

    Obrigado pelo elogio.

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  43. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    12 Abril, 2010 16:04

    O Palma fez mal. Devia ter engolido o veneno que o Rangel cuspiu enquanto redigia “um comunicado de têmpera e oportuno”.
    O único com direito a indignar-se, e por razões de lana caprina, é só mesmo o cagasentensas

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  44. Desconhecida's avatar
    12 Abril, 2010 16:47

    não percebo como é q se pode equiparar uma acusação concreta e grave que o sr rangel fez á asjp e ao smmp com a acusação contra desconhecidos feito pelo sr palma.
    uma acusação concreta contra desconhecidos como a feita pelo sr palma não é uma acusação generalizante, pelo q não é uma barbaridade.
    o que o sr rangel disse é grave, é uma acusação conceta contra conhecidos e não é uma acusação generalizante.
    as acusações generalizantes contra conhecidos são as feitas pelo sr b.o.a., barbaridades.

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  45. Desconhecida's avatar
    iop permalink
    12 Abril, 2010 16:50

    eficaz mesmo é uma acção cível de indemnização contra o sr rangel, q não tem provas de nada, como é evidente.

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  46. Desconhecida's avatar
    Almerindo Ximenes permalink
    12 Abril, 2010 16:58

    É necessário suspender a Constituição e fazer uma nova Constituição e onde os srs magistrados e todos os orgãos de justiça respondam democraticamente perante o povo, como é timbre nos Estados Unidos.

    Lá a justiça pertence ao povo e não a uma casta em auto-gestão e que produz «justiça» de classe conforme a cara do freguês…

    Lá não é o Ministério disto ou daquilo que acusa; nos EStados Unidos (a nação mais democrática, livre e justa do Mundo!) a justiça começa assim «People versus fulano tal ou empresa tal…».

    Aqui a justiça está a bem dizer «privatizada»; há que a devolvê-la ao povo, que a sustenta com o seu suor!

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  47. lili's avatar
    lili permalink
    12 Abril, 2010 17:26

    17,
    Daí que J Palma lhes chame “criminosos” e digo eu, tal como as bruxas, que os há, há!…
    Que terá para confessar um tal Gigi?!…

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  48. Nuno C.'s avatar
    Nuno C. permalink
    12 Abril, 2010 18:44

    Barbaridades à parte, muito grave é o facto dos magistrados (incluindo o PR que é o 1º) saberem que andam a ser escutados e eles, ou seja o Estado ser impotente para acabar com este assalto ao Estado feito pelo PS de Sócrates. O testemunho de Balbino Caldeira é mais um exemplo desta prática e os magistrados e investigadores de Aveiro chamaram “os bois pelo nome”, Atentado contra o Estado de Direito.

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  49. silenteduck's avatar
    12 Abril, 2010 18:47

    O fim do Mito do Norte trabalhador e industrial…como explicar isto?
    http://www.jornaiserevistas.com/all/Jornal-de-Noticias

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  50. silenteduck's avatar
    12 Abril, 2010 19:08

    A explicação do nosso eterno atraso…

    Assim, dando corpo a este pensamento, por exemplo, em 1850, Castilho publicava a sua Leitura Repentina. Método para em poucas lições se ensinar a ler com recreação de mestres e discípulos (1), Adolfo Coelho, em 1872, publicaria o texto da sua Conferência “A Questão do Ensino”, Eça de Queirós, nesse mesmo ano, dedicar-lhe-ia várias das suas Farpas e, em 1876, publicava João de Deus a Cartilha Maternal ou Arte de Leitura.
    Para realizarem os fins que tinham em vista, as coordenadas do pensamento pedagógico oitocentista tinham em conta, por um lado, a formação moral e cívica, por outro, a formação profissional, num programa bastante bem pensado. No entanto, apesar dos esforços empreendidos, tão nobre desiderato não se cumpria. Várias causas podem ser apontadas para este estado de coisas, mas elas devem-se, sobretudo, à falta de recursos financeiros, à instabilidade política e à falta de interesse dos políticos. Antero diria então, no mesmo artigo atrás citado: «Remissa e vagarosa, porém, vai a instrução nesta boa terra de Portugal» (1982: 116). Deste modo, as taxas de analfabetismo eram enormes, sobretudo entre as mulheres: em 1878, 64% dos homens e 90% das mulheres eram analfabetos. Bem se pode sintetizar na frase de Ramalho Ortigão o pouco esforço que os governos faziam em prol da educação: «Temos um exército de 42 mil homens, que custa 4 a 5 mil contos de réis, e uma instrução
    pública que custa 799 contos, sobre um orçamento de 23 mil contos» (1992: 25; vol. XV). Apesar do reconhecimento, por parte dos intelectuais liberais, do direito à instrução, a verdade é que, por volta de 1900 a percentagem de total de analfabetos andaria pelos 73%. Não admira, pois, que este avanço tão lento tivesse merecido a Eça, em 1872, uma das suas Farpas: «A instrução em Portugal é uma canalhice pública»

    Finalizando…impressionante a actualidade destes textos..
    Efectivamente, as escolas portuguesas, além de escassas (em 1872, deixavam fora da escolaridade mais de 600 000 crianças, segundo uma das Farpas de Eça de Queirós – s.d.: 287) não eram propriamente locais aprazíveis para o ensino. No mesmo texto, afirmava-se que: «Os edifícios (a não ser os legados pelo conde de Ferreira, que ainda quase não funcionam) são na sua maior parte uma variante torpe entre o celeiro e o curral. Nem espaço, nem asseio, nem arranjo, nem luz, nem ar. Nada torna o estudo tão penoso como a fealdade da aula» (s.d.: 290). Guerra Junqueiro (3) haveria de condenar a escola num poema da Musa em Férias, intitulado precisamente “Escola Portuguesa”:
    Isto escolas!… que indecência!
    Escolas, essa farsada!
    São açougues de inocência,
    São talhos d’anjos, mais nada.
    Manuel Ferreira Patrício, ao analisar este poema, salienta o facto de que para Junqueiro, a escola, «é de sua natureza inadequada à infância, porque impede a natural expansão da sua alegria e da sua espontânea liberdade. É uma prisão hedionda.» (1998: 313), mas vê neste poema não a condenação da escola em geral, mas a da escola portuguesa, mostrando assim o seu desejo de «uma sociedade com outra escola» (1998: 315)

    Tirado daqui..interessante..assim se compreende como se chegou aos dias de hoje…

    Click to access O%20PENSAMENTO%20PEDAGOGICO%20DE%20ANTERO%20DE%20QUENTAL.PDF

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  51. silenteduck's avatar
    12 Abril, 2010 19:10

    Isto explica além de tudo que existe uma correlação entre populações evoluídas e pedofilia…logo nós analfabetos por excelência pouco temos a temer dos pedófilos..até porque nós os portugas nem sabemos o significado da palavra…

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  52. Desconhecida's avatar
    jmlm permalink
    13 Abril, 2010 11:00

    Isto de os magistrados terem sindicatos, é um espanto…
    Portanto está tudo dito.
    VIVA PORTUGAL

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  53. AL's avatar
    13 Abril, 2010 11:56

    Escutas ?
    Sempre houve.
    Hoje, já não se tratam assuntos “importantes” através do telefone.

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  54. Nuno Pina's avatar
    Nuno Pina permalink
    13 Abril, 2010 16:47

    Enquanto uns dizem o que lhes vai na Alma,o Sr.João Palma afirma que anda a ser escutado.Concerteza não tem a consciência tranquila.Há um ditado antigo que diz: quem não deve não teme.

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  55. Desconhecida's avatar
    juizes dos tribunais de recurso permalink
    13 Abril, 2010 18:45

    Almerindo Ximenes
    -você nao sabe o q diz. santa ignorancia.
    -nos e.u.a., os juizes dos tribunais de recurso, os mais importantes, não são nunca eleitos pelo povo. felizmente. e nos tribunais de recurso não há júri.felizmente.
    -nos e.u.a., nem em todos os estados os juizes de primeira instancia são eleitos. há-os nomeados pelo presidente da camara.
    -como vê, nem tudo o q parece brilhar é luz.

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