O défice e a dívida são coisas de somenos importância
28 Abril, 2010
Reacção mais pacóvia – socretina até – de Pedro Passos Coelho:
As nossas diferenças, entre o PSD e o Governo, não nos impedem de fazer a defesa do país, que está sob ataque especulativo desde sexta-feira, o que está a por em causa a nossa soberania nacional.

Sim, a menos pacóvia (socretina até), seria dizer que não tinha nada com isso.
Que tinha razão há já uns tempos, etc.
E ter de ouvir dia sim, dia não, que o PSD estava neste momento muito ocupado nas comissões parlamentares da TVI – esparrela já utilizada anteriormente com muito êxito pelo camarada Sócrates.
Se o PS quer ajuda que o diga e que o discuta (PPC/Sócrates: 1-0)
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Então Passos Coelho é um pacóvio?
Não sabia, mas vou informar a minha tia Zarzuela.
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A tinta de interiores, cor de rosa, inebriou a parolândia e, mesmo esbatida, ainda garantiu maioria relativa. Mas a tinta de exterior, a que se vê desse lá fora para onde o melhor do nosso país voltou a emigrar, essa tinta não engana ninguém, incluindo as tais agências de rating que são uma gota no oceano. Ou pensam que ninguém sabe da profundadidade do descalabro, das mentiras persistentes, das megalomanias faraónicas, dos estádios às moscas, das auto-estradas do lá vem um? Julgam que lá fora não fazem projecções, que desconhecem os custos brutais a prazo curto das tais parcerias público-privadas? Julgam que estamos no tempo de D. Manuel, o Venturoso, com sua embaixada ao papa? Embaixada ridícula e que ficou na memória dos romanos que, nos tempos actuais e para significar alguém que entra num sítio sem pagar ou sem ser convidado, dizem que resolveu «fare alla portoghese». Lá fora conhecem as piadas e estão fartos de anedotas. Sobretudo dessas que se armam em sérias, como o raio da embaixada do Venturoso. Este circo, com esta trupe, não vai a lado nenhum.
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Como se esperava, Passos Coelho não desiludiu… É que ninguém foge à sua natureza.
Estavam, portanto, errados os que sempre acharam que o sujeito não passa de um Sócrates II…
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Essa é boa! Alguma vez o PPC disse que “o défice e a dívida são coisas de somenos importância” ou algo de semelhante?!
Que está a haver um ataque especulativo é evidente. Não se trata de culpar os especuladores, mas de tomar medidas para combater o ataque, até porque essas medidas são as mesmas para combater o défice e a dívida… 😉
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TAF,
O meu ponto é que não é o “ataque especulativo” – os especuladores estão a ser iguais a si próprios – que está a pôr em causa a soberania nacional, mas sim a nossa irresponsabilidade financeira.
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Mas estava à espera de quê? Quem tem responsabilidades na situação criada, não gosta que outros metam o nariz no que anda ou andou a fazer.
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Passos é um mero Sócrates de algibeira, a anos luz da cópia. Muitos o disseram, mas alguns seus companheiros de blogue fizeram forte campanha por ele. No fundo, parasitas do sistema, como quase todos os outros. O senhor Carlos Amorim então, é inacreditável terem tal personagem entre vós. Tão obsceno como um blogue de comida vegetariana ter um autor a escrever receitas de linguiças e chouriços de sangue.
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Mas que esperava você de um tipo que trabalhava na Fomentinvest do Ângelo Correia, uma empresa que basicamente só tem feito projectos na área das energias subsidiadas a preços escandalosos ? O PSD elegeu a mesma máfia que corroí o país, o sistema corrupto nacional elege ou deixa eleger apenas o que selecciona. O actual líder do PSD é apenas mais um sinal inequívoco da decadência definitiva do país.
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Sr. Professor Pardal
Seria melhor documentar-se antes de a depressão o levar a falar do que não sabe…
Wiki italiana: “No uso comum, a expressão “fare il portoghese” é utilizada para dizer “usufruir de um serviço sem o pagar”, por exemplo esgueirar-se entre o público de um espectáculo sem pagar o bilhete.
Apesar das aparências, a expressão não se refere às pessoas de Portugal. O seu aparecimento ocorreu num evento histórico que teve lugar em Roma no século XVIII: O Embaixador de Portugal para os Estados Pontifícios convidou os moradores portugueses em Roma para assistir de graça a uma sessão teatral no Teatro Argentina. Para os portugueses acederem a esse espectáculo não havia necessidade de um convite formal pois seria suficiente declarar a sua nacionalidade portuguesa.
Muitos romanos, no entanto, procuraram tirar proveito da oportunidade, ali aparecendo como o Portugueses.”
Parabéns pelo conteúdo e pelo belo estilo colorido (sem ironia…) da 1ª parte da sua intervenção.
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Ao ouvir Sócrates e Coelho, após a reunião “urgente” (pensava-se, por garantias do PM e de TSantos que tudo estava “controlado”…), ocorreu-me a imagem de estarem “irmanados” de tal modo perante este descalabro TORNADO PÚBLICO, da situação económica e financeira, que “ambos os dois” não se importariam de governar em coligação.
E por que não um partido nacional ? Um partido único formado pelas “tendências” socialista e social-democrata destes dois yuppies na política ?
Sócrates foi chorar no ombro de Coelho; este, limpou-lhe as lágrimas.
Para Sócrates & Coelho, os culpados são “as agências”… Não será assim que motivarão os mercados, as bolsas, os investidores, a UE….
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# 9,
Subscrevo !
A manjedoura para certo tipo de “socialistas” e de “social-democratas” é a mesma…
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O que temos em Portugal não é evidentemente um problema de partido nem de Governo: é um problema de regime, pois o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Isto só vai com uma IV República que encontre o seu Salazar financeiro e estadista, desta vez necessariamente democrático… graças a Deus.
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Caro Lampadinha
Grato pela correcção ao meu «fare alla portoghese» reportado ao Venturoso. Tinha disso a convicção, pois a embaixada de então, com o seu elefante branco Hanno, deu muito que falar. Sempre achei que essa expressão era uma forma elegante de assinalar o idiossincrático e tão alastrado uso da aldrabice, em voga naqueles remotos, como nos nossos actualíssimos tempos. Houve episódios nas negociações para a adesão de Portugal à CEE que foram um rodopio de aldrabices numéricas, nomeadamente com as quotras de produção de tomate. Um «fare alla portoghese» nada comparável às patacoadas com o défice público que agora nos colocam nas alamedas mundiais da amargura.
Só mais uma nota, para o seu comentário 13, que subscrevo, até na subtileza final do «necessariamente democrático». Na verdade, este regime aberto e arejado que dá pelo nome de democracia, chegou-nos bem tarde na história. E sem livro de instruções… Mas, quem sabe, pode ser que Deus nos ajude.
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