O senhor Paulo Morais notabiliza-se por escrever umas coisas muito ao estilo de redacções da 4ª classe. Não existe mal nenhum nisso. O problema é a ignorância e a arrogância intelectual com que amiúde aborda os temas.
«São também prejudicados os trabalhadores em greve, que têm de abdicar de dois dias de salário, uma vez que em Portugal, contrariamente aos outros países, os sindicatos não pagam os dias de greve aos trabalhadores.»
Isto não é verdade e demonstra que nem se deu ao trabalho de procurar informação. Na CP pelo menos os sindicatos dos maquinistas e dos revisores pagam os dias de greve. O sindicato dos maquinistas paga integralmente o valor descontado pela empresa aos trabalhadores.
«São também beneficiados os sindicalistas, que assim ganham protagonismo e justificam a sua quase inútil actividade»
Importa-se de fundamentar? Atirar bacoradas destas sem o provar não passa de puro preconceito ideológico. Aliás como a quase totalidade do texto. Eu não sou sindicalista e, embora muitas vezes tenha discordâncias com as metodologias adoptadas por eles, considero-os muito úteis na defesa dos meus interesses como trabalhador. E a minha opinião é muito mais válida que a sua porque eu sou trabalhador de facto: não desempenho qualquer profissão liberal; não tenho protagonismo político e mediático que possa capitalizar; dependo do meu salário, trabalho por conta d’outrém; estou dependente das forças do mercado de trabalho no qual me encontro numa situação mais débil que o empregador: se o salário me falhar eu passo fome, se eu faltar ao empregador ele substitui-me e os danos económicos que eu lhe possa provocar são irrelevantes.
Há outra razão pelo qual os trabalhadores não perdem com a greve – preferencia revelada: o próprio facto de um trabalhador, perante a opção entre fazer ou não fazer greve, optar pela greve significa que os beneficios que ele vê em fazer greve ultrapassam o prejuizo de perder os dias de ordenado.
Julgo que a possibilidade de fazer greves sem prejuízos de maior (e provavelmente com vantagens, senão não vale a pena fazer greves) é uma das provas de que a democracia funciona em Portugal.
É um artigo lúcido. Uma democracia não funciona bem quando as greves são solução. No caso, ficam esquecidos todos os que não têm poder reivindicativo e o leque remunerativo alarga-se a limites vergonhosos, como acontece em Portugal. O cada um por si chama-se dividir para reinar e, pelos últimos resultados eleitorais, parece resultar politicamente. Quanto ao resto é a desgraça que se vê.
«porque eu sou trabalhador de facto: não desempenho qualquer profissão liberal; não tenho protagonismo político e mediático que possa capitalizar; dependo do meu salário, trabalho por conta d’outrém; estou dependente das forças do mercado de trabalho no qual me encontro numa situação mais débil que o empregador: se o salário me falhar eu passo fome, se eu faltar ao empregador ele substitui-me e os danos económicos que eu lhe possa provocar são irrelevantes».
Eu também.
Mas o que o país mais precisa agora não são comportamentos do tipo “mais do mesmo” sejam eles do governo ou dos sindicatos. Sabe que os custos unitários do trabalho na Alemanha, face a Portugal, diminuiram 20% entre 2000 e 2009 ao mesmo tempo que o crescimento do PIB, no mesmo período, foi inferior a 5% da média dos países da zona-euro?
o facto de serem pagos com dinheiros públicos não os torna trabalhadores com menos direitos que os outros. na última greve (terça-feira) até foram eles, os públicos, que menos aderiram. A carris e o metro de lisboa funcionaram em pleno; a stcp e o metro do porto funcionaram em pleno; dos públicos apenas os da CP aderiram em massa. pelo contrário, nos transportes públicos rodoviários privados nas áreas urbanas houve grande adesão. quem não sabe é como quem não vê; ou sabe mas tenta negar a realidade. e esse é um esforço verdadeiramente inútil e idiota.
Diria que mais de metade da populaça que aqui comenta, não anda de comboio, anda por certo de viatura particular, logo não pode falar dos verdadeiras “efeitos” de greve. Quando o CEO da CP tem carro luxuoso com todas as despesas pagas, está dito o que esta gente quer saber da ferrovia.
Eu como assíduo utilizador da CP já comecei a distribuir o manifesto nas estações
O senhor Paulo Morais notabiliza-se por escrever umas coisas muito ao estilo de redacções da 4ª classe. Não existe mal nenhum nisso. O problema é a ignorância e a arrogância intelectual com que amiúde aborda os temas.
«São também prejudicados os trabalhadores em greve, que têm de abdicar de dois dias de salário, uma vez que em Portugal, contrariamente aos outros países, os sindicatos não pagam os dias de greve aos trabalhadores.»
Isto não é verdade e demonstra que nem se deu ao trabalho de procurar informação. Na CP pelo menos os sindicatos dos maquinistas e dos revisores pagam os dias de greve. O sindicato dos maquinistas paga integralmente o valor descontado pela empresa aos trabalhadores.
«São também beneficiados os sindicalistas, que assim ganham protagonismo e justificam a sua quase inútil actividade»
Importa-se de fundamentar? Atirar bacoradas destas sem o provar não passa de puro preconceito ideológico. Aliás como a quase totalidade do texto. Eu não sou sindicalista e, embora muitas vezes tenha discordâncias com as metodologias adoptadas por eles, considero-os muito úteis na defesa dos meus interesses como trabalhador. E a minha opinião é muito mais válida que a sua porque eu sou trabalhador de facto: não desempenho qualquer profissão liberal; não tenho protagonismo político e mediático que possa capitalizar; dependo do meu salário, trabalho por conta d’outrém; estou dependente das forças do mercado de trabalho no qual me encontro numa situação mais débil que o empregador: se o salário me falhar eu passo fome, se eu faltar ao empregador ele substitui-me e os danos económicos que eu lhe possa provocar são irrelevantes.
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A pior de todas é a greve de fome.
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Há outra razão pelo qual os trabalhadores não perdem com a greve – preferencia revelada: o próprio facto de um trabalhador, perante a opção entre fazer ou não fazer greve, optar pela greve significa que os beneficios que ele vê em fazer greve ultrapassam o prejuizo de perder os dias de ordenado.
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Julgo que a possibilidade de fazer greves sem prejuízos de maior (e provavelmente com vantagens, senão não vale a pena fazer greves) é uma das provas de que a democracia funciona em Portugal.
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É um artigo lúcido. Uma democracia não funciona bem quando as greves são solução. No caso, ficam esquecidos todos os que não têm poder reivindicativo e o leque remunerativo alarga-se a limites vergonhosos, como acontece em Portugal. O cada um por si chama-se dividir para reinar e, pelos últimos resultados eleitorais, parece resultar politicamente. Quanto ao resto é a desgraça que se vê.
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“A pior de todas é a greve de fome.”
Já fez?
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“…optar pela greve significa que os beneficios que ele vê…”
Não será apenas miragem?
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“…é uma das provas de que a democracia funciona em Portugal.”
Pois funciona! Parece uma carroça desengonçada!…
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Artigo de raiz fascista
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Quanto é que lhe pagam para escrever estas baboseiras?
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o morais virou censor. complexos de inferioridade.
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a ranhosa é alérgica à baba. deve ser falta de minis.
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“o morais virou censor”
Censor de quê?
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do comentário que aí meti de manhã e que dizia:
ganha o estado e perde o privado. empresas públicas deficitárias perdem menos quando não trabalham e o público é que se quilha.
se não querem comentários, fechem as caixas.
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«porque eu sou trabalhador de facto: não desempenho qualquer profissão liberal; não tenho protagonismo político e mediático que possa capitalizar; dependo do meu salário, trabalho por conta d’outrém; estou dependente das forças do mercado de trabalho no qual me encontro numa situação mais débil que o empregador: se o salário me falhar eu passo fome, se eu faltar ao empregador ele substitui-me e os danos económicos que eu lhe possa provocar são irrelevantes».
Eu também.
Mas o que o país mais precisa agora não são comportamentos do tipo “mais do mesmo” sejam eles do governo ou dos sindicatos. Sabe que os custos unitários do trabalho na Alemanha, face a Portugal, diminuiram 20% entre 2000 e 2009 ao mesmo tempo que o crescimento do PIB, no mesmo período, foi inferior a 5% da média dos países da zona-euro?
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Relativamente ao comentario #15, onde está “o crescimento do PIB” devia estar “o nosso crescimento do PIB”.
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Caro Eduardo F.
Contra isso nada.
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o sr paulo morais tb deve ser daqueles que pensam que os funcionários das empresas de transportes são funcionários públicos…
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18.
No caso das`áreas metropolitanas, penso que são pagos com dinheiros públicos, sim.
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o facto de serem pagos com dinheiros públicos não os torna trabalhadores com menos direitos que os outros. na última greve (terça-feira) até foram eles, os públicos, que menos aderiram. A carris e o metro de lisboa funcionaram em pleno; a stcp e o metro do porto funcionaram em pleno; dos públicos apenas os da CP aderiram em massa. pelo contrário, nos transportes públicos rodoviários privados nas áreas urbanas houve grande adesão. quem não sabe é como quem não vê; ou sabe mas tenta negar a realidade. e esse é um esforço verdadeiramente inútil e idiota.
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Diria que mais de metade da populaça que aqui comenta, não anda de comboio, anda por certo de viatura particular, logo não pode falar dos verdadeiras “efeitos” de greve. Quando o CEO da CP tem carro luxuoso com todas as despesas pagas, está dito o que esta gente quer saber da ferrovia.
Eu como assíduo utilizador da CP já comecei a distribuir o manifesto nas estações
CP: MANIFESTO ANTI-GREVE
http://www.veraveritas.eu/2013/03/cp-manifesto-anti-greve.html
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