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O que vale um Nobel da Literatura

18 Junho, 2010
by

O que será que têm em comum os seguintes escritores?
Christian Matthias Theodor Mommsen; Bjørnstjerne Martinus Bjørnson; Giosuè Carducci; Rudolf Christoph Eucken; Gerhart Johann Robert Hauptmann; Jacinto Benavente; Grazia Deledda; Erik Axel Karlfeldt; Pearl Buck; Saint-John Perse; Giorgos Seferis; Eugenio Montale; Vicente Aleixandre; Derek Walcott; Odysseus Elytis; Elfriede Jelinek; Herta Müller.
Ganharam todos o Prémio Nobel.

E o que unirá estes outros escritores?
Leo Tolstoy; Fernando Pessoa; Jorge Luís Borges; Thomas Mann; Marguerite Duras; James Joyce; Iris Murdoch; Salman Rushdie; Ian McEwan; Jorge Amado; Rafael Alberti; Mario Vargas Llosa; Andrè Malraux; Marcel Proust; Ezra Pound;  Vladimir Nabokov; August Strindberg; Henrik Ibsen; Émile Zola; Mark Twain; Anton Chekhov; Eugène Ionesco.
Nenhum deles conseguiu ganhar o Prémio Nobel.

Não seria altura de olharmos com menos veneração para um Prémio que frequentemente tem passado ao lado de grandes escritores e preferido autores que os ventos da história já varreram da memória?

223 comentários leave one →
  1. Calpúrnia permalink
    18 Junho, 2010 22:03

    Claro! Quem era esse tal de jmf1957? Agora de momento não me ocorre.

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  2. floribundus permalink
    18 Junho, 2010 22:04

    espero que caronte aceite transportar o inquizidor da azinhaga

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  3. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:04

    tudo isto a propósito da morte do rushdie… oh zé manel! pareces a lara li.

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  4. Portela Menos 1 permalink
    18 Junho, 2010 22:06

    jmf teria dado um bom Subsecretário de Estado … da Cultura.

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  5. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:08

    o cavaco já apresentou condolências à família do thomas more

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  6. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:10

    dava um bom subnabo

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  7. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:14

    Normalmente são todos judeus ou fazem por isso.

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  8. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:14

    O nosso é que furou o esquema.

    Só por isso, já tinha valido a pena.

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  9. 18 Junho, 2010 22:16

    José Manuel Fernandes tem o direito, tal como qualquer pessoa, em não gostar dos livros de José Saramago.
    O que ressalta do seu post: não aceita que José Saramago é um Grande Escritor.
    Ou: JMFernandes não admite que JSaramago é um Grande Escritor.

    Provavelmente JMF estará mal informado: sobre as contingências, muitas e diversificadas para as nomeações; como elas se processsam; quantos dos Escritores, Grandes, que nota nunca nobelizados, não foram –ou nunca quiseram ser !…– candidatos ao Nobel.

    As duas listas é um péssimo, gratuito e fátuo exercício provocador. Na lista dos laureados, faltam Grandes Escritores. Na listas dos não-laureados estão escritores tão Grandes como JSaramago.

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  10. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:17

    O Ezra Pound sempre foi tão maltratado que agora, a propósito da trampa da flotilla, até já o chamam nazi e fiteiro, por ter sido metido numa jaula e depois internado num manicómio.

    Foi apenas o maior poeta de todos os tempos.

    Mas há coisas que não se perdoam.

    O mesmo se diga do Céline.

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  11. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:19

    Engraçado que o jmf se esqueceu do Louis Ferdinand Céline.

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  12. J.F.Transmontano/beirão permalink
    18 Junho, 2010 22:20

    O nobel, principalmente o da paz, não vale nada, é entregue aquem os americanos querem, basicamente é um prémio ao serviço da politica externa americana.

    O da literatura, dizem as mas linguas que é entregue a quem dá mais, no caso do espanhol da azinhaga do ribatejo, no ano em que ele o recebeu quem deu mais foi a Prisa, que lhe comprou um prémio nobel, para o usar politicamente contra Portugal, na defesa da grande espanha, e a denegrir a imagem do pais que o viu nascer, Portugal fosse nas crónicas do el pais, fosse nas palestras que punham o punham a dar pela espanha fora em que era usado como uma espécie de arma de disuasão contra os espirros independentistas principalmente dos catalães e bascos.

    O que me mete mais nojo no meio disto tudo é o tempo de antena que dão a este traidor nas televisões, a TVI não me admira, agora a Sic a falar do saramago a tarde toda, não estava à espera, a RTP foi o sócrates que deu ordem, afinal perdeu uma das suas maiores referencias, talvez sócrates vá para espanha substituir o saramago, covertido ao iberismo já ele anda à muito tempo, só lhe falta começar aescrever livros.

    Que descanse em paz, e que deus lhe perdoo se tiver por onde, porque para alem de iberista traidor também era ateu, mas que fique longe deste pais.

    O espanhol da azinhaga do ribatejo que se fique lá na sua ilha de lanzarote, nem morto faz falta em Portugal, com um jeito se o trazem para Portugal ainda transformam a campa deste traidor num mausuleu para iberistas.

    É menos um traidor iberista em Portugal.

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  13. 18 Junho, 2010 22:21

    Suponho que seja inevitável, relativamente a qualquer tipo de prémio, seja relativo à Literatura, ao Cinema, à Arquitectura ou a qualquer outra Arte ou ramo da Ciência, que um dia que se pare para fazer um balanço retrospectivo, surjam interrogações como a que JMF aqui refere e que não me parece que tenham resposta unívoca.

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  14. Portela Menos 1 permalink
    18 Junho, 2010 22:22

    este dorme com fantasmas.

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  15. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:23

    só faltava o catinga do beirão com tretas licorosas.

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  16. Portela Menos 1 permalink
    18 Junho, 2010 22:24

    este dorme com fantasmas…ibéricos.

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  17. 18 Junho, 2010 22:25

    Acho interessante é discutir o artista e o homem ou a mulher que lhe subjaz. Eu, por exemplo, não consigo contactar com o autor José Saramago porque, mesmo que muito jovem à data, não consegui ainda esquecer o homem que escrevia os editoriais no Diário de Notícias em 1975 e o que Saramago neles escreveu.

    É claro que leio Céline apesar de conhecer o que o homem Louis-Ferdinand Destouches fez, ou não fez, durante a ocupação nazi da França. É claro que tenho uma admiração extraordinária por Leni Riefenstahl nas filmagens que fez nos Jogos Olímpicos de Berlim ou, anteriormente com Triumph des Willens. Ou Sartre, etc., etc.

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  18. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:28

    Imbecil- não digas asneiras.

    Tu nem sabes ler, quanto mais entender o Céline, palhaço.

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  19. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:29

    A Leni é uma chata. Só um tosco que não percebe nada de cinema pode ficar de boca aberta com ela.

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  20. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:30

    O Sartre é o filósofo dos analfabetos. Não há analfabeto que não cite o Sartre.

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  21. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:30

    oh peluche! já que gostas, toma lá celina

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  22. 18 Junho, 2010 22:30

    A imbecilidade fica para quem a invoca.

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  23. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:33

    o peluche lava a peruca com champô-sartre anti.ácaro

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  24. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:34

    Grande cineasta foi o Eisenstein.

    Mas a grunhice com o Ezra Pound é muitíssimo mais grave. Ele nada teve a ver com o Nazismo. Apoiou o fascismo italiano, que é coisa bem diferente. Essa comunicação radiofónica que agora andam de novo a citar foi um manifesto retórico, como todas elas.

    E quem a condenou, por acaso até era inglês e comuna e ele bem que cascou forte na hipocrisia britânica.

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  25. 18 Junho, 2010 22:36

    9, MJRB

    Essa do “Grande Escritor” só contaram pra você.

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  26. J.F.Transmontano/beirão permalink
    18 Junho, 2010 22:38

    E decretar dois dias de luto nacional por um traidor iberista que apregoava aos sete ventos o desaparecimento de Portugal como estado independente, em favor de espanha, isto é um insulto aos verdadeiros Portugueses, e esta decisão só podia vir de um primeio ministro e de um governo também iberista e traidor à pátria.

    A morte deste senhor, depois do que ele disse de Portugal, não mais merecia que uma noticia nos telejornais do dia.

    Decretar 2 dias de luto nacional, é um insulto aos Portugueses, como seria por exemplo pedir aos militares que disparassem 20 salvas de canhão pela morte deste traidor iberista, vontade não faltara de certo a alguns, mas se isso não seria aceitável, e seria uma falta de respeito para com Saramago, decretar dois dias de luto nacional é na mesma medida um desrespeito por Portugal e pelos Portugueses patriotas, porque o que este senhor disse não tem desculpa nem perdão, e por isso merece figurar nos livros da história Portuguesa como um vendido a espanha.

    A familia que lhe faca o luto em paz e sossego, mas dos Portugueses em geral este senhor nem uma lágrima, quanto mais decretar dois dias de luto nacional.

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  27. smile permalink
    18 Junho, 2010 22:38

    De que vale um Nobel?
    Mostra o poder de um povo
    De exigir, de reivindicar
    E de certeza “mafiar”
    Fazendo pressão sobre o júri sueco
    Que não se vende por nenhum euro
    Mas que se deixa influenciar
    Atribuindo alguns prémios
    Que chocam os mais entendidos

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  28. 18 Junho, 2010 22:42

    Eduardo F,

    Os editoriais e a direcção de JSaramago no DN foram tidos em conta pela Academia Sueca ?

    Quanto a alguns laureados propositadamente esquecidos por JMF, e de memória: TSEliot; GHBShaw; WSoyinka; EO’Neill; TMann…

    LRiefenstahl, criou uma “bitola” estética e discursiva e dela não saíu: tipo “linha” vertical como “mira” e quase sempre igual para os lados… Reconheço: tem algumas belas imagens.

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  29. Observador da decadência permalink
    18 Junho, 2010 22:44

    Hoje em dia, não há qualquer espécie de vergonha.O autor deste post é uma pessoa mal-educada.
    Quantas das pessoas que comentam neste blog, e quantos dos donos deste blog sabem o que significa boa educação?

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  30. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:45

    És imbecil, pois. Só um tosco cita o Sartre.

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  31. Anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:46

    Thomas Mann ganhou o prémio Nobel em 1929. Poucos anos antes publicou a Montanha Mágica, em que um dos personagens principais era discípulo de Carducci…

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  32. 18 Junho, 2010 22:47

    A Pinto Sá 25,

    Eu, estou certo que JSaramago é um Grande Escritor.

    V. provavelmente não sabe o que é um Grande Escritor…

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  33. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 22:48

    porra! que a dona é entendida em rastilhos & dinamite cultural, nobéis aparte.

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  34. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:50

    O Raymond Aron é que o retratou bem.

    Mas, esta pergunta do jmf é que é mais um tiro no pé. Os prémios Nobel estão tomados pelo lobby dos pencudos.

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  35. 18 Junho, 2010 22:52

    Zazie 24,

    Eisenstein sempre !!

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  36. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:52

    E o MJBR lembrou muito bem o TS Eliot. Outro genial.

    Claro que a Leni é importante e deve-se-lhe descobertas técnicas. Mas tinha “mão pesada” e estilo cheio de grandiloquência.

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  37. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:52

    Claro! Eisnenstein, sempre!

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  38. 18 Junho, 2010 22:54

    MJRB,

    Não vou, naturalmente, discutir as minhas, exclusivamente minhas razões, para gostar ou não gostar do escritor A ou do cineasta B. Em matérias de gosto não vale a pena discutir nestas caixas de comentários. Tenho gosto em fazâ-lo em círculo de amigos, mas apenas aí.

    Não escrevi, na realidade escrevi o contrário, que os comportamentos do homem ou da mulher invalidem as qualidades artísticas do/a Artista que vive nele(a).

    Riefensthal foi alguém que foi pioneira na filmagem, nos múltiplos planos absolutamente inovadores que concebeu e construiu em Berlim em 1936 e na encenação do grande acontecimento, num magistral tratamento do preto e branco que me faz lembrar, desse ponto de vista, Fritz Lang em M.

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  39. zazie permalink
    18 Junho, 2010 22:59

    O post é tolo porque quer provar que só ganham o Nobel os escardalhos, quando o politicamente correcto do lobby é pencudo.

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  40. PORTO=MERDA permalink
    18 Junho, 2010 23:01

    “O ser humano inventou Deus e depois escravizou-se a ele”

    jmf1957 cagou, e agora delira a chafurdar na sua própria merda

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  41. 18 Junho, 2010 23:01

    E já que se aborda Eisenstein, outro grande cultivador do jogo da luz/sombra a preto e branco, também ele, Sergei, não foi propriamente um exemplo moral na perseverança dos princípios.

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  42. zazie permalink
    18 Junho, 2010 23:01

    Faz lembrar Fritz Lang, o tanas. Não digas mais disparates que o genial Lang não tem culpa.

    Ela foi uma boa propagandista e tem os deuses do Estádio onde, de facto, fez inovações técnicas.

    Mas isso não serve sequer para a poder nomear ao lado de um Lang ou de um Eisenstein.

    É chata até dizer chega.

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  43. zazie permalink
    18 Junho, 2010 23:03

    O Eisenstein era um génio e o resto, em arte não interessa.

    O problema com o Saramago é que não chega a génio e por isso o resto passa a interessar mais do que devia.

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  44. António da Costa permalink
    18 Junho, 2010 23:03

    jmf1957 vulgarmente conhecido como José Manuel Fernandes é com toda a certeza um vulgar jornalista, mas com toda a certeza muito mal formado como homem.

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  45. zazie permalink
    18 Junho, 2010 23:05

    O Ezra Pound até podia ter sido nazi que tinha direito ao Olimpo.

    Acontece é que nunca foi nazi e há anõezinhos de caca, com pancada política da guerra e de Israel, decidiram agora, andar para aí a menorizá-lo.

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  46. 18 Junho, 2010 23:05

    «Mas isso não serve sequer para a poder nomear ao lado de um Lang ou de um Eisenstein.»

    Mas quem é que o está a fazer se não V.?

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  47. 18 Junho, 2010 23:06

    Eduardo F,

    Por óbvio, aceito as suas opiniões sobre qualquer escritor ou cineasta.

    Metropolis de FLang, contém já praticamente tudo(!) o que se espera do cinema; LRiefensthal criou só algumas belas imagens, a gosto-de, e por encomenda.

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  48. anónimo permalink
    18 Junho, 2010 23:06

    ganda génio, inventou o cinema com farnel

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  49. J.F.Transmontano permalink
    18 Junho, 2010 23:06

    16.Portela Menos 1 disse
    18 Junho, 2010 às 10:24 pm
    este dorme com fantasmas…ibéricos.

    Caro Portela, quem por aqui anda há algum tempo como eu já percebeu que voce é um esquerdalha propagandista socrático, por ventura iberista.

    Por isso levo os seus comentários como um elogio, visto que estamos nas antipodas.

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  50. zazie permalink
    18 Junho, 2010 23:07

    Então estamos a nomear génios e v. lembra-se da Leni e os outros é que estão a colocá-la ao lado dos génios?

    Este Mr. Chance é sempre assim- gosta de ver…

    “:O)))))

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  51. zazie permalink
    18 Junho, 2010 23:08

    Bem, vou indo que esta mania de bater em mortos sem os deixar arrefecer também não faz o meu género.

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  52. 18 Junho, 2010 23:09

    É curioso que Ezra Pound tem uma frase que caracteriza o post:
    Podeis reconhecer um mau crítico porque ele começa por falar do poeta e não do poema.

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  53. Euro2cent permalink
    18 Junho, 2010 23:14

    Temos (os portugueses) azar com os prémios Nobel.

    Sairam-nos dois por lobotomias frontais.

    Na altura, parecia boa ideia. (No caso do segundo, já basto serôdia, mas os prémios também já passaram do prazo …)

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  54. J.F.Transmontano permalink
    18 Junho, 2010 23:14

    Caro JMF, não ligue a esquerdalhos vendidos e apátrias como Saramago, você casque forte e feio neste corja toda.

    O post nada tem de ofensivo, os méritos de Saramago como escritor não os discuto, ganhou um prémio nobel pago pela Prisa, nunca li nada dele por convicção ideológica, nem leio, como Portugues este escritor ficara para a história como um traidor, apesar da máquina propagandista sócretina querer fazer dele uma espécie de herói nacional da “ibéria” que ele tanto almejava.

    Só espero que não lhe façam um mausuleu leninista na azinhaga do ribatejo.

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  55. 18 Junho, 2010 23:18

    Parece que abriu a caça ao Saramago!

    Fazem mal, sobretudo em misturar coisas que não devem ser misturadas.

    Saramago é um grande escritor e tem na sua bibliografia pelo menos duas obras primas: “Levantado do Chão e “Memorial do Convento” e outros duas : ” O Ano da Morte de Ricardo Reis” e “Ensaio sobre a Cegueira”, que disso se aproximam.

    As ideias que defendeu fora do âmbito da criação literária são discutíveis mas na avaliação de um escritor são os livros que contam. Definitivamente!

    #28 MRJB,

    Com essa da “bitola estética”, por acaso não se esqueceu dos filmes submarinos de LR?

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  56. Anónimo permalink
    18 Junho, 2010 23:22

    Ian McEwan não vale um chavo. o Martin Amis é 10 vezes melhor. e a “montanha mágica” ? jesus , que frete.

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  57. hajapachorra permalink
    18 Junho, 2010 23:25

    O que me faz impressão, digamos assim, é ver Saramago na lista em que figura Theodor Mommsen. Os filisteus nunca ouviram falar da sua Römische Geschichte e ainda bem.

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  58. 18 Junho, 2010 23:26

    #55

    Para não falar nas décadas em que lhe foi negado o direito de filmar! Nem ao Céline tal coisa aconteceu (à parte a prisão na Dinamarca).

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  59. 18 Junho, 2010 23:27

    AB 55,

    A “bitola estética e discursiva” de LR é perceptível em todos os seus trabalhos. Dela, raramente conseguiu sair e criar algo “autónomo” e por tal, marcante.

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  60. Jack,o Tripeiro permalink
    18 Junho, 2010 23:28

    Foram decretados dois dias sem crise.
    Continua a máquina propagandística do falso diplomado,a todo o vapor.
    Para ocultação da bancarrota,até os mortos servem.
    Parece que o próximo defunto já aventou a possibilidade de colocarem o Saramago no Panteão.
    Os que lá estão,se pudessem fugiam!

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  61. Portela Menos 1 permalink
    18 Junho, 2010 23:34

    49.J.F.Transmontano disse
    18 Junho, 2010 às 11:06 pm
    um esquerdalha propagandista socrático, por ventura iberista?

    vce esqueceu-se, nessa definição, que eu fui o primeiro presidente da Câmara de OlivenZa!

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  62. LM r permalink
    18 Junho, 2010 23:36

    Esses “ventos da história” vão e vêm. Os esquecidos de hoje amanhã podem estar na moda.

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  63. jojoratazana permalink
    18 Junho, 2010 23:38

    José Manuel quê?
    Quem é este critico literário?
    Quem é este politico?
    Será jornalista?
    Ou contador de histórias.
    José Saramago faz como eu e ri com a importância destas minhocas.

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  64. Anónimo permalink
    18 Junho, 2010 23:50

    Esses famosos editoriais podem ser lidos algures na Net ?

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  65. 18 Junho, 2010 23:54

    #59 MJRB

    Claro que a estetização épica (a Zazie falou de Eisenstein bastante a propósito) do real feita por LR e uma constante do seu trabalho, quer no cinema quer na fotografia.

    Mas a referência a “bitola estética e discursiva” dá ideia de repetição e vazio, que é difícil de sustentar quando se comparam os filmes das montanhas com os dos Jogos Olímpicos.

    De qualquer maneira LR tem um percurso artístico traumático, interrompido com a queda do nazismo. Apesar disso conseguiu surpreender sempre que reapareceu.

    Como diria a M João Seixas, pode ser uma pessoa odiosa mas é uma cineasta surpreendente.

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  66. zazie permalink
    18 Junho, 2010 23:56

    O hajapachorra notou o que me tinha escapado.

    O Theodor Mommsen deixou um das maiores obras de historiografia. E ganhou o Nobel pelos volumes da História de Roma.

    Não percebo qual foi a ideia do jmf o misturar com umas nulidades para contrapor a génios esquecidos.

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  67. 18 Junho, 2010 23:59

    A aspereza com que José Saramago foi –é !– tratado por muitos portugueses radica também nisto:
    Membro do PCP; coerente, convicto; polemista; de esquerda;
    Criador nato; escrita irreverente; escrita diferente;
    Muita gente que o contesta nunca o leu; não o conseguiu entender;
    Inveja.

    Tivesse sido membro dum partido do “arco do poder” ou apartidário, e legado tal-e-qual(!) o que escreveu, polemizou, pensou, e hoje os Sousa Laras lamentariam a sua morte, enalteceriam o cidadão e rejubilariam a criatividade.
    Também, a cedência (e não doação) da Casa dos Bicos à Fundação JSaramago nunca teria sido contestada.

    (Não quero crer que parte do repúdio esteja radicado no facto das suas origens como cidadão e como não-académico…).

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  68. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:05

    O Theodor Mommsen deve ter sido escolhido para trocar pelo Ian McEwan ou pelo Rushdie…

    Só pode. Realmente, às vezes mais vale ficar-se a fazer palavras cruzadas.

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  69. 19 Junho, 2010 00:09

    AB 65,

    Obviamente aceito e entendo o que pensa de LR, mas repito: é uma esteta que raramente conseguiu sair dos seus parâmetros, da sua “bitola” e que por tal mostrou-nos…”surpresas”.
    Tem algumas belas imagens ? Tem ! — dentro desse conceito e prática, durante anos e anos.
    Não estamos, creio, a falar duma genial ou grande realizadora ou fotógrafa…

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  70. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 00:09


    Sei que um imbecil chamado Saramago deu o bafo. Bom proveito lhe faça… RIP.
    É espantoso que haja quem o compare com Céline já que o “Erva Daninha” não sabia escrever e, apesar de anti semita, o Louis-Ferdinand era um médico medíocre e prescrevia receitas.
    Mais espantoso ainda, é tal criatura ser um Nobel da Paz – e não de Literatura, está bem de ver – quando a verdade o qualifica como férreo comunista e, portanto, um prosélito dos imperialistas marxistas, um defensor de assassinos.

    Nuno

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  71. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:09

    Mas desculpem lá. V.s estão a falar da Leni Riefensthal para comparar com expressionismo ou com cinema das vanguardas?

    É que se é para isso, então mais valia nem se ter falado.

    Tinham logo o Marcel L’Herbier ou o Hans Richter e o Walter Ruttmann com que se entreterem.

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  72. ppm permalink
    19 Junho, 2010 00:11

    Lembro o passado vergonhoso do cidadão José Saramago enquanto director-adjunto do DN em 1975, as comparações absurdas que fez entre Auschwitz e Ramallah e o elogio repetido que fez da ditadura cubana.

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  73. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:14

    # 70

    Quem é que o comparou com o Céline?

    Isso nem o Peluche fez.

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  74. 19 Junho, 2010 00:16

    Zazie 71,

    Eu, não estou a comparar, nem a colocar LR ao mesmo nível de Eisenstein, de HRichter, sff…

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  75. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:16

    Médico medíocre. Ele há cada imbecil à solta.

    Agora este palerma vem para aqui avaliar os dotes de medicina do Céline.

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  76. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:18

    Estava a falar com um Nuno que apareceu aí a dizer imbecilidades e que estivemos aqui a comparar o Saramago com o Céline.

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  77. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 00:20


    É curioso haver por aí gentinha pretensiosa a falar de famílias que não conhece…

    Nuno

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  78. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:20

    A grande bacorada do post viu-a bem o hajapachorra. Essa de meter o genial historiador Theodor Mommsen no rol dos medianos.

    Só isso dá o retrato do jmf.

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  79. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:22

    Só faltava um retardado mental a dizer que se está a falar de famílias.

    ehehhe

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  80. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 00:23


    73.zazie disse
    19 Junho, 2010 às 12:14 am

    Se calhar foi você (em #11).

    Nuno

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  81. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:24

    Há-de ser à conta de critérios literários que se ficam por comparações entre “Aushwitz e Hezbollah” que muito Nobel vai para nulidades.

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  82. john permalink
    19 Junho, 2010 00:24

    Que têm em comum escritores do primeiro grupo?
    Foram todos laureados com o Prémio Nobel da Literatura, além de outros grandes que a pena, por falta de tinta ou esquecimento do posteiro não acrescentou.

    O que une os segundos?
    Di-lo jmf, não ganharam o prémio, coisa de somenos, apesar de grandes escritores, também.

    E o que os une a todos, que pelo geral prezamos, igualmente, em função da sua obra grande, se não que o Prémio Nobel falhou bem metade deles, como se dá noutros casos, da Química à Física e à Medicina, como à Economia e, além de outros, no respeitante à atribuição do Nobel da Paz?

    A dizer que somos humanos. Ou quantos e quantos óscares e quantos e quantos emys, lá que é, com mais prémios atribuídos a este e àquele, sem falta das nacionais medalhas, em dias de Portugal, quando ao pé, ao lado e mesmo a pedi-las, há alguém que as merecia tanto ou mais?

    Eu que o diga, vosso humilde servidor, por aqui há já algum tempo e, sem nota de particular inveja de alguém, merecedor, embora, de elogio e sem número de atenções, me vejo por norma esquecido, em paz comigo, porém. Que é o que se dá, convenhamos, com maioria da gente. Mas, também, se reconheça, tiramos daí que não ande atrás de nós nem à volta aquela matilha de cães, raivosos e mal-dispostos, prontos sempre a dizer mal de alguém.

    E então, parafraseando o anti-herói de “Amadeus”, daqui vos saúdo, meus irmãos, medíocres, todos, como eu, por quanto, tirante o preconceito, a inveja e maledicência, não fizemos, não fazemos nada de assinalavelmente mau ou bom.

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  83. 19 Junho, 2010 00:24

    MJRB,

    Acabei de ouvir na televisão que um tal Mário Lino foi nomeado presidente do conselho fiscal das companhias de seguros do grupo Caixa Geral de Depósitos, sucedendo ao distinto e saudoso Saldanha Sanches.

    O facto de uns nem sequer conhecerem o significado de “período de nojo” não implica que outros não o tenham bem presente, mesmo quando falamos de décadas. É o meu caso.

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  84. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 00:27


    73.zazie disse
    19 Junho, 2010 às 12:14 am

    MJRB em #67.

    Coitada… hahahahaha

    Nuno

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  85. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:27

    #

    Eu bem disse que v. é retardado mental.

    Pois fui. Porque o jmf citou uma série de autores que deviam ter ganho o Nobel e esqueceu-se do Céline.

    Daaaaaahhh!

    Percebes, mongo?

    Aposto que não percebe.

    O mongolóide nem percebe o post, quanto mais o que faz aquela gente toda ao lado do Saramago

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  86. 19 Junho, 2010 00:30

    Eduardo F 83,

    De acordo quanto aos (muitos) Linos tugas. E entendo-o, a si.
    No entanto, o que eu quis separar, foi a presença e decisões de JSaramago no DN, da sua obra literária e da decisão da Academia Sueca.

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  87. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:30

    O retardado mental faz luxo em mostrar que é estúpido e nem sabe ler.

    Olha, mongolóide- já viste a quantidade de escritores que o JMF se lembrou de colocar no post do Saramago?

    Ora insulta-o lá também- Até citou o Ezra Pound. Já viste a vergonha, palhaço.

    Mas esqueceu-se do Céline e lembrou-se do Rushdie e de mais uma treta e considerou treta um historiador que deixou o maior legado de História da Antiguidade.

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  88. 19 Junho, 2010 00:32

    Nuno 84,

    Doeu-lhe, ou é ingenuidade sua ?

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  89. 19 Junho, 2010 00:35

    #71 Zazie

    Também é Zazie, também é!

    Embora aqui esteja ao serviço da propaganda de uma causa. Já o Neo-Realismo, que também gosta de ver as pessoas de baixo para cima, é mais aceite como uma forma de expressionismo.

    O que distinguiu LR foi apresentar uma visão de acontecimentos que, sendo de massas, ninguém via daquela maneira. As suas tomadas surpreendentes e eficazmente galvanisadoras, foram uma ferramenta de propaganda nazi mas também revolucionaram o cinema.

    Muitos terão dito: ” estive lá e não vi nada disto”!

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  90. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 00:35


    73.zazie disse
    19 Junho, 2010 às 12:14 am

    Retardada és tu e eu não trato doentes. Tu precisas de psiquiatria urgente senão ainda te vão apanhar com um colete de forças.
    Vai chatear outro, Vai ler, se souberes e puderes, o tal Saramago.

    Nuno

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  91. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:39

    Pois. Portanto nem sabes dizer mais nada já que puseste a pata na poça.

    Para a próxima fica caladinho que ninguém nota que és retardado mental.

    Mas, como vieste aqui com inventonas a dizer que tínhamos estado a comparar o Saramago com o Céline, esfregaste as fuças na tua iliteracia.

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  92. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:41

    # 89

    Ao lado daqueles não considero. Mas entre as mulheres cineastas de sempre, é um facto que conta.

    “:O))))))

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  93. 19 Junho, 2010 00:43

    Porra !,

    Céline é Céline !! Enorme !!

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  94. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:44

    Mas ela é bera não é pelo facto de ter estado ao serviço de uma causa e fazer propaganda,

    Isso também o fizeram os russos vanguardistas.

    É bera por ter a mania do tom da grandiloquência, ser chata e ter mão pesada. Tudo aquilo acaba sempre por ser redundante.

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  95. 19 Junho, 2010 00:45

    «Céline é Céline !! Enorme !!»

    Absolutamente verdade! Mas não nos devemos esquecer, por exemplo, do seu lamentável “Bagatelles pour un massacre”.

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  96. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:46

    Pois é enorme, o Céline. E nem sei como há imbecis que depois dizem que foi um “médico medíocre”.

    Mas são imbecis menores. Há outros maiores que me andam a fazer fornicoques por se terem lembrado de bater no Céline por exclusiva tara nazi-sionista a propósito desta barracada que os “eleitos” deram com a flotilla.

    Isso é que até foi citado pelo Pitta e é uma vergonha para ele que é bom crítico literário e não devia ter embarcada na patranha da hiena farrusca.

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  97. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:48

    Queria dizer do Ezra Pound.

    E hoje, aquele tarado do pencudo do Cachimbo de Magritte teve de repetir a imbecilidade.

    Uma cachaporra bem dada, até enterrarem no chão era o que precisavam, esses marranos de empréstimo.

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  98. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:50

    Não bastou aos cabrões dos americanos terem-no dentro de uma jaula para espectáculo público, por o considerarem traidor por ter defendido o Mussulini, e depois ainda o internaram no manicómio, e agora estes marrecos que nunca deixarão um pintelho de legado para nada, ainda andam para aí a chamá-lo nazi, por mero tribalismo de telejornal.

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  99. 19 Junho, 2010 00:52

    E logo o Mussolini que era uma pessoa tão respeitável!

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  100. Pedrovski permalink
    19 Junho, 2010 00:52

    “Quando Saramago exigia “violência revolucionária”
    por pedro correia 26 Agosto 2005

    Foi como “jornalista revolucionário” que José Saramago se apresentou aos leitores do Diário de Notícias pouco após assumir funções de director adjunto do jornal, em Abril de 1975. E foi fiel a esta legenda que se manteve em funções durante sete meses, fazendo aqui publicar alguns dos mais incendiários textos que vieram a lume no “Verão Quente” de há 30 anos. Textos que culminaram com um apelo à insurreição militar em nome da defesa do socialismo. Ao alto da primeira página do jornal e numa data emblemática 24 de Novembro de 1975. Nessa noite, de facto, os militares “revolucionários” saíram dos quartéis. Mas, 24 horas depois, dissipava-se o sonho do futuro Nobel da Literatura: a ala “inconsequente” das Forças Armadas”, aliada aos “partidos da burguesia”, levou a melhor. O socialismo de matriz soviética não vingou em Portugal.

    nas mãos do povo. Ninguém o pode acusar de falta de clareza. Ao tomar posse como director adjunto, a 9 de Abril, o escritor não deixou lugar a dúvidas “O DN vai ser o instrumento, nas mãos do povo português, para a construção do socialismo.” Saramago, então com 52 anos, colaborara na revista Seara Nova e dirigira o suplemento literário do Diário de Lisboa, jornal de que também foi editorialista no biénio 1972/73. Já publicara alguns livros – Os Poemas Possíveis, Provavelmente Alegria, A Bagagem do Viajante -, mas o essencial da sua obra ainda estava por escrever.

    A nacionalização do DN, na sequência do 11 de Março de 1975, trouxe uma nova administração a este matutino, composta pelo coronel Marcelino Marques, o arquitecto Francisco Solano de Almeida e o crítico Correia da Fonseca. Luís de Barros, (ex-jornalista do Expresso e hoje editor-geral do Diário Económico) foi então designado director, tendo Saramago como adjunto.

    Na prática, as posições invertiam-se os textos que marcavam a posição editorial do jornal eram os do futuro autor de Levantado do Chão. Sempre na primeira página, sob o título genérico “Apontamentos”. Entre Abril e Novembro, foram publicados 95 destes textos, que funcionavam como verdadeiros editoriais do DN.

    Eram textos onde já se detectava o estilo inconfundível que o celebrizou como prosador, repletos de juízos morais sobre as figuras públicas. Alternando críticas demolidoras a Mário Soares, Freitas do Amaral e Melo Antunes com os mais rasgados elogios a “revolucionários consequentes”, como o primeiro-ministro Vasco Gonçalves.

    Eram também textos que usavam e abusavam da terminologia bélica, ao jeito da vulgata leninista. Termos como “inimigos”, “traição” e “rendição” surgem com muita frequência nestes “apontamentos”, que funcionaram como imagem de marca desse DN.
    “Não tenhamos ilusões é mesmo de guerra que se trata”, escrevia na edição de 1 de Agosto, retratando a situação da época.

    sem assinatura. Os “apontamentos” não eram assinados – talvez para acentuar o estilo “colectivista” do jornal, então muito em voga. Por uma só vez a assinatura de José Saramago – junto com a de Luís de Barros – surge nas páginas do DN num texto intitulado “Uma Direcção Nova” e publicado a 11 de Abril. “O DN é importante de mais para que os seus trabalhadores aceitem vê-lo transformar-se em feudo de alguém. Esta Casa precisa de todos e será obra de todos”, asseguram os novos responsáveis. Contrariando estas palavras, 22 jornalistas serão despedidos a 27 de Agosto por delito de opinião. “Informação revolucionária não se faz com jornalistas contra-revolucionários. Por isso, os que o eram foram afastados”, explicará o DN, a 4 de Setembro, em prosa não assinada (presumivelmente também de Saramago).

    Segundo o novo estatuto editorial, divulgado a 26 de Junho, o DN passava a ser “um jornal ao serviço do povo, das classes trabalhadoras e, especialmente, das mais desfavorcidas”. Apostava na “construção e defesa da sociedade socialista”. E jurava apoiar “as justas lutas dos povos ainda oprimidos, numa linha antifascista e anti-imperialista inquebrantável”.

    O primeiro “apontamento” do futuro Nobel da Literatura, com data de 14 de Abril, antecedeu em 11 dias a vitória do PS na eleição da Assembleia Constituinte. Mas já então ele avisava “Não perderemos por via eleitoral as conquistas da Revolução.” Estava dado o mote para o conjunto das intervenções de Saramago no DN.

    peças militantes. Eram peças militantes, na acepção mais lata do termo. O próprio director adjunto não o escondia. “Não somos independentes nem neutros nem objectivos, isto é, não publicamos em Andorra”, escreveu a 5 de Maio, em resposta aos que acusavam o DN de ser um “jornal oficioso”, em sintonia com o Executivo de Vasco Gonçalves e os desígnios do PCP.
    O “companheiro Vasco”, como lhe chamava a esquerda pró-comunista, foi brindado com muitos louvores de Saramago. Um dos maiores ditirambos ao primeiro-ministro – uma “figura histórica” – veio na edição de 21 de Agosto “Bem o ouvimos daqui, bem o vemos, bem lhe queremos.” E dois dias depois: “De todo o pessoal político-militar da primeira linha, Vasco Gonçalves foi o único capaz de compreender o que em Portugal se passou a seguir ao 25 de Abril: a súbita aceleração da luta de classes e sua extrema agudização, e também a evidência da inviabilidade da solução social-democrata.” Estava já o Executivo de Vasco à beira do fim…

    contra Soares. Um dos seus alvos de estimação, pelo contrário, era o PS de Mário Soares, que “faz da calúnia a sua grande especialização” (1 de Setembro). Sobre o CDS, Saramago escreveu “O partido do sr. Freitas do Amaral é o rosto da extrema-direita legal” (13 de Junho). Sá Carneiro era o “tipo acabado de anticomunista delirante” e o PPD um “veículo da reacção”. Nem o MRPP escapava: o director adjunto denunciou “as provocações, violências e torturas desses aprendizes de feiticeiro que se dizem movimento reorganizativo do partido do proletariado” (18 de Maio).

    Ao tomar posse o VI Governo Provisório, liderado por Pinheiro de Azevedo e com vários ministros do PS e do PPD, o DN vira baterias contra o novo Executivo, a que chama “grupo desconexo de governantes”. Com uma energia simétrica aos elogios antes dispensados a Vasco. “O Governo é já um anacronismo desta Revolução”, escreveu a 14 de Novembro. Almeida Santos, com a pasta da Comunicação Social, foi particularmente visado. Por ser um “ministro repressivo” (20 de Outubro).

    O líder comunista, Álvaro Cunhal, nunca foi mencionado nestes “apontamentos”. Mas o PCP chegou a ser alvo de uma crítica por recusar entender-se com forças de extrema-esquerda (ver caixa ao lado).

    Por essa altura, ia o DN publicando títulos como estes “O Sul paralisará se não se concretizar imediatamente o apoio à Reforma Agrária” (13 de Outubro); “Grande manifestação pelo avanço imediato das organizações populares” (23 de Outubro); “Oficiais revolucionários defendem poder popular armado” (22 de Novembro).

    A linguagem de Saramago tornava-se ainda mais sombria. “Ou esta Revolução se suicida (…) ou se recupera pela única via que lhe deixam aqueles que a querem liquidar”, assinalava a 1 de Agosto. Na sua opinião, “a violência revolucionária é uma legítima defesa quando está em causa a vida e o futuro de um povo inteiro”.

    Tudo culminou no editorial de 24 de Novembro. “O regresso aos quartéis, que alguns teimam em preconizar, nada resolveria as Forças Armadas, tendo sido MFA no seu sector progressista, não podem recuperar neutralidades utópicas: mais vale, portanto, que, mesmo em conflito, continuem no primeiro plano da acção política. Mas cuidado, o tempo não espera”, referia o “apontamento” desse dia. Parecia um apelo implícito ao golpe militar. O problema é que este golpe mergulharia o País na guerra civil.

    De facto, no dia seguinte, a esquerda fardada saiu dos quartéis – mas perdeu a parada. No DN, caía o pano para José Saramago.”

    retirado daqui ( http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=620488 )

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  101. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:54

    No caso do Ezra Pound só mesmo os anõezinhos eram capazes de ainda hoje vir buscar um génio desses para fazerem propaganda à Mossad.

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  102. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:56

    Mas ele podia ter feito tudo isso e muito mais que, se tivesse sido mesmo uma grande personagem na literatura, essa treta era mais que secundária.

    É à conta de critérios merdosos desse género que fizeram o mesmo com o Céline ou com o Ezra Pound.

    Acontece é que lhe falta o génio para redimir a vida.

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  103. 19 Junho, 2010 00:56

    Eduardo F,

    Sempre que li Céline, que me lembre, nunca consegui ‘separá-lo’ dos seus posicionamentos políticos e cívicos. Por isso mesmo, Céline é, para mim, UM TODO ! Só assim, com esse TODO, é genial. Admirável e…entendível.

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  104. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:57

    Mais nada. Se o tivesse toda essa quinquilharia ficava para o homem e não para o escritor.

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  105. zazie permalink
    19 Junho, 2010 00:58

    Mas, está ao lado de outros muito piores porque o Nobel é uma grande treta.

    E v.s é que estão a dar crédito a um prémio que o não merece.

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  106. socialista sem escroto permalink
    19 Junho, 2010 00:59

    Por falar em traidores não acham que o 1º grande traidor foi D.Afonso Henriques que traiu quem o recompensou?

    José Saramago…RIP…1922-2010..“Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.”

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  107. socialista sem escroto permalink
    19 Junho, 2010 01:00

    Tudo nesta vida é treta..pois..sejam felizes enquanto podem e vos deixam…

    léo ferré – avec le temps …todos nós estamos condenados ao esquecimento eterno…

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  108. 19 Junho, 2010 01:01

    MJRB,

    Compreendo-o, sucede o mesmo comigo. Sempre que o leio – à excepção do folheto “les Bagatelles”, fico maravilhado. Mas sabe, não “privei” com Céline. Privei, porém, com Saramago através da leitura do DN (juntamente com todos os que liam o jornal onde escrevia, e todos os outros que, não o lendo, eram influenciados por aquilo que ele escrevia: incitação ao ódio).

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  109. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:05

    ò Peluche, tu não me faças passar por causa do Ezra Pound que ainda mando o monitor para o maneta.

    ehehehe

    Palerma- o Ezra Pound era louco e nunca o que ele fez na radio deve ser lido como posições políticas.

    E entende-se o sentido da crítica para quem viveu a grande depressão e não era um burguês de caca.

    Mas a questão não foi ter tido a mesma admiração que um Marinetti. É que ele foi absolutamente contra o Hitler.

    E agora, estes marrecos ignaros como tu, que nunca leram o Ezra Pound na vida (porque nem basta ler, é preciso estudar) andam para aí a chamá-lo nazi, por causa de uma treta que o Orwell disse para o defender.

    Eles deturpam até o que o George Orwell escreveu e deram em pontapear um génio para idolatrarem uma imbecil chamado Benjamin Netanyahu.

    Percebes, Peluche- os marranos de empréstimo- os fanáticos desgraçadinhos que por aí andam- comparam o Ezra Pound com esse imbecil do primeiro ministro de Israel e ainda se lembram de lhe insultar a memória.

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  110. Paulo Portas permalink
    19 Junho, 2010 01:06

    «É menos um traidor iberista em Portugal.»
    JFTransmontan/Beirão

    Antes de o Saramago morrer, já os espanhóis nos tinham ocupado militarmente Olivença. E nunca disseste nada sobre o assunto, ó JF. E agora que homem até já morreu e é só um, estás tão preocupado com quê? Tão cioso da pátria que és, porque não vais a Espanha exigir aos ladrões a devolução do que nos foi roubado?

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  111. john permalink
    19 Junho, 2010 01:06

    Homage, a propos:
    “Um escritor é um homem como os outros,
    sonha. E o meu sonho foi o de poder
    dizer deste livro, quando o terminasse:
    «Isto é o Alentejo». Dos sonhos, porém,
    acordamos todos, e agora eis-me não
    diante do sonho realizado, mas da concreta
    e possível forma do sonho. Por isso me limitarei
    a escrever:«Isto é um livro sobre o Alentejo».
    Um livro, um simples romance, gente,
    conflitos, alguns amores, muitos sacrificios
    e grandes fomes, as vitórias e os desastres,
    a aprendizagem da transformação, e mortes.
    E portanto um livro que quis aproximar-se
    da vida, e essa seria a sua mais
    merecida explicação. Leva como título e nome,
    para procurar e ser procurado,
    estas palavras sem nenhuma glória
    – Levantado do Chão.
    Do chão sabemos que se levantam
    as searas e as árvores, levantam-se os animais
    que correm os campos ou voam por cima deles,
    levantam-se os homens e as suas esperanças.
    Também do chão pode levantar-se um livro,
    como uma espiga de trigo ou uma flor brava.
    Ou uma ave. Ou uma bandeira.
    Enfim, cá estou outra vez a sonhar.
    Como os homens a quem me dirigo.”
    José Saramago,
    na contracapa da 1ª edição
    de Levantado do Chão (1980)
    http://tempodascerejas.blogspot.com/

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  112. 19 Junho, 2010 01:11

    Eduardo F,

    Saramago, pela sua vida profissional, cívica e política, pelas suas polémicas, é também um autor que tem de ser lido preferencialmente conhecendo-lhe O TODO.
    Provavelmente, eu ou outro português, que o tivesse conhecido pessoalmente ou não, mas que saiba desse seu passado, entende e ‘entrenhamo-nos’ melhor ou mais facilmente na sua obra ou no livro A ou B, do que um nórdico ou norte-americano.

    Lembrei-me agora doutro escritor que tem de ser ‘lido’ como um TODO: GGMarquez. Ou, o aqui primeiramemnte colocado pela Zazie, EPound.
    Mas há muitos mais. E em todas as artes.

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  113. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:14

    Mas o Ezra Pound era um tipo com uma cultura fabulosa. Tudo o que ele escreveu e disse nunca é coisa de vidinha ou politiquice.

    É sempre poesia, até aquela voz era coisa do passado. Ele declamava com o ritmo da poesia medieval e do haiku.

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  114. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:18

    Até porque, se alguém tiver a triste ideia de excluir génios da humanidade por terem tido posições anti-semitas, então bem podem limpar as mãos à parede que não sobra nada.

    “:O)))))

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  115. 19 Junho, 2010 01:18

    Eduardo F,

    Outro caso: Almada Negreiros.
    Realizou obras encomendadas pelo Estado Novo, pelo seu admirador e amigo António Ferro.
    Escreveu o que escreveu, e não nos esqueçamos do período pré-1926.
    Não podemos entendê-lo como fascista, que nunca foi !! Tem de ser entendido como um TODO.

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  116. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:19

    Na verdade, só sobravam aqueles medíocres a quem dão o Nobel e mais meia dúzia que sofreu mesmo com o nazismo.

    De resto- contra onzeneiros, sempre foram todos os grandes e assim por diante.

    Qualquer dia ainda vão censurar o Gil Vicente, que até já foi excluído dos programas ministeriais.

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  117. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:22

    Mas o fascismo era isso. Era uma ideologia com coisas apelativas.

    O nazismo era menos, porque já vinha com a pancada genética racista.

    Mas chama-se nazismo e fascismo às consequências da guerra e não ao pensamento.

    O fascismo italiano, de início, nada tinha de semelhanças com a imbecilidade da recriação utópica espartana.

    Os futuristas eram todos fascistas e até os comunistas das vanguardas os receberam na URSS.

    De início ninguém sabia o que aquilo era. Até o Bergman aderiu aos ideais nazis.

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  118. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:24

    O fascismo italiano só por motivos políticos da guerra e que se aliou ao Hitler. Não tinham nada a ver. E é óbvio que os artistas futuristas ainda menos.

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  119. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:26

    E os nazis depois até lixaram aquilo com as exposições da Arte Decadente. Mas a Itália não tinha nada a ver com isso.

    E o desgraçado do Ezra Pound acabou numa jaula por ter feito programas de radio que eram manifestos de poesia.

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  120. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:29

    Eu não gosto da Leni porque ela tinha lá a mão para a cretinice galvanizadora e pesadona do discurso nazi.

    E o Eisenstein fez filmes de encomenda de uma trampa revolucionária com merdas idênticas e nunca era assim pesado e dogmático.

    Subvertia até a encomenda mais imbecil da “reforma agrária”. Até nos sonhos das camponesas conseguia lá meter a porca bíblica e o surrealismo.

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  121. ACDC permalink
    19 Junho, 2010 01:30

    Ao lado do Saramago faltam outros grandes escritores portugueses, como Sousa Tavares, Rodrigues dos Santos, Lidia Jorge e Isabel Calçada.

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  122. 19 Junho, 2010 01:34

    Zazie,

    Os Futuristas não eram menos “loucos” do que EPound…
    E, se analisarmos bem, até se manifestaram mais e veemente a favor do fascismo italiano, do que EP.
    Para uma diferença entre a liberdade e uma jaula, também contribuíu : Uns, eram ‘visuais’, menos entendidos pelas suas propostas; EP, foi lido e ouvido…
    À mistura, e para se perceber a diferença de tratamento, existiu também muita ignorância e incultura das “autoridades”…

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  123. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:36

    Temos um Nuno Bragança demasiado esquecido.

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  124. ACDC permalink
    19 Junho, 2010 01:39

    Quem anda para aí a dizer que Saramago sabia escrever devia ser obrigado a ler a Jangada de Pedra. Quem prevaricasse, então levava com O Evangelho segundo Jesus Cristo, que seria remédio santo.

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  125. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:40

    Ele foi julgado por traidor à pátria. Foi por isso. Nunca foi por ideologias.

    Estes palermas de agora é que vêem anti-semitismo em tudo. E estavam tramados porque tinham de deitar para o lixo os grandes escritores. A começar pelo Dostoievski.

    Mas eles comparam o Ezra Pound com um merdas de um primeiro ministro.

    A nojeira com que me passei foi por isso. Já não conseguem inventar mais nada para branquear as merdas de um Estado, e agora têm de ir buscar génios para defender políticos de trampa.

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  126. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:42

    Mas tem razão. Aqueles relatos radiofónicos tinham um efeito que nunca poderia ter uma pintura.

    E é claro que ele deixou um genial manifesto contra a usura.

    Já o postei e posto-o as vezes que forem precisas.

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  127. zazie permalink
    19 Junho, 2010 01:43

    Postei-o em plena crise da bolsa, só para chatear.

    ehehe

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  128. john permalink
    19 Junho, 2010 01:53

    #112 MJRB
    “Mas há muitos mais. E em todas as artes.”

    Como estou de acordo consigo, MJRB. E lembra-me Nietszche, em “Ecce Homo” e a propósito do “Anti-Cristo” e do “Super Herói”, que nem sem bem, de momento, se é título de mais uma obra sua ou apenas ideia que acerca do poeta, escritor e filósofo se teceu. Pois diziam-me que tal super-herói atinava ao maior de todos, a Rambo e a Super-Homem, quando ao ler essa pérola do “Ecce Homo”, Eis o Homem ou Este Sou Eu, se nos apresenta na sua miséria, doente, frugal, simples e atormentado como pouca gente experimenta na vida, daí partindo para se apresentar como o ser mais natural.

    Dizem que eu sou bom, que eu sou sábio, o maior, e todos me seguem… como num delírio, reminiscência, talvez, de “Assim Falou (falava) Zaratustra”, que, porém, me prendeu desde logo pela sinceridade, quando em seguida dá em retratar-se tal qual se conhece, desde a infância, franzino, doente, circunspecto e triste de quanto via os mais fazerem, coisas comezinhas, como comer carne, beber vinho, dar grandes corridas, enquanto ele aprendia a sobreviver, com a arte de se conhecer.

    De modo que, dizia ele, eu não sou o máximo, não sou o mais belo, mais sábio nem o mais forte, bem ao contrário, sou fraco, doente, etc., com o que me deu para reflectir mais e aprender.

    E ora aí está, quanto a mim, a grande razão das nossas querelas, sobre gostar, não gostar, amar e odiar alguém, que além do preconceito (é mais fácil cindir um átomo, muito mais, que vencer o preconceito, Einstein) reside na preguiça de todos quantos, não tendo o jeito ou o talento para ser grandes, através do trabalho e perseverança, como o Saramago, apesar de todos os defeitos, e mais grandes homens, filósofos, escritores ou matemáticos, nos sobra tempo para a crítica. Que ainda falando e atirando ao vento quanta sabença geral acumulamos, por quanto é sítio, a toda a hora, tal vi há pouco um JPP, sobre o Saramago, que o homem não diz mais que o que toda a gente sabe, e podia dizer-se de todos os poetas, no fundo, de todos os sábios, que o aprendem na sabedoria do povo, olhe Homero quandpo recolhe a tradição oral para a grande Ilíada, ou Cervantes, jocoso, anedótico de banalidades grandes sobre su hidalgo Quijote, dá-me a pensar que nem grandes falantes, grandes sumidades do saber geral suportam a sombra dos que na solidão, no dia-a-dia e hora-a-hora, como a formiguinha, fazem obra, ao fim.

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  129. 19 Junho, 2010 02:06

    John,

    Outro enorme e sempre presente !, Nietszche !!
    Mais Cervantes !! Mais Homero !!

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  130. john permalink
    19 Junho, 2010 02:17

    Porque, enfim, morreu José Saramago, de Levantado do Chão, do Memorial do Convento, do Ano da Morte de Ricardo Reis, do Cerco de Lisboa, de Intermitências da Morte, da Vida de S. Francisco e do Ensaio Sobre a Cegueira à Poesia Possível e Cadernos de Lazarote, até Caim, entre outras pérolas do único Evangelista livre Segundo Jesus Cristo, que se saiba, “Deus está na nossa cabeça”, sem dúvida um dos nossos maiores, de Bernardim a Gil Vicente, a Camões e Garret, Camilo, Eça de Queirós e Fernando Pessoa, sem falta de Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e do mesmo Ricardo, não Rodrigues, cruz, abrenúncio, mas inteiro, um Reis.
    E “revolvei a vossa casa, buscai a coisa mais vil de toda ela, e achareis que é a vossa própria alma, pousou o livro na mesa-de-cabeceira, aconchegou-se com um rápido arrepio, puxou a dobra do lençol até à boca, fechou os olhos”, para não mais se ocupar da azáfama breve e a todos nós passageira por igual, que ele bem viu. (“O Ano da Morte de Ricardo Reis”, pag. 186, de José Saramago)
    Viva José Saramago, entre os maiores dos primeiros. Ninguém lho tira, senhores.

    (Y me perdone Daniel, así como así)

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  131. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 03:05


    #129. O Daniel deve ser um bronco. Será mais um da laia de toda essa gentinha a armar ao pingarelho…
    Uma pena,,, É a desgraça e ignorância em que isto caiu!
    Curiosamente, nem têm consciência do seu estado…

    Nuno

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  132. 19 Junho, 2010 03:07

    Para terminar, por hoje:

    Muita gente, gentinha e gentalha que tem falado abusiva, leviana e de modo ignaro de José Saramago e da sua obra, se tivessem sido contemporâneos de Fernando Pessoa, e só pelo facto de o terem visto, conhecerem ou saberem a sua vida, “apreciariam” a sua poesia, os seus escritos, o seu pensamento, ‘conforme’ o homem esquivo, por vezes intratável, insociável, anarca…
    Ou seja, estava ‘condenado’ !
    Se ao tempo alguém o propusesse a um prémio literário europeu, por certo surgiria um Sousa Lara(*). Se houvesse internet e blogs, um qualquer JMF escreveria um post “assim”, menorizando Fernando o homem e Pessoa o criador.

    (*) Vi e ouvi, há pouco, num programa sobre JSaramago, Sousa Lara a justificar a sua decisão, na Assembleia da República. Ladeado por este maravilhante friso governamental: Santana Lopes (secretário de estado da cultura !, céus !!), Maria José Nogueira Pinto e, Luís Filipe Menezes….

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  133. john permalink
    19 Junho, 2010 03:10

    E que diz o Nuno? Que diz ele?
    Nada, falas da boca, sem base de sustentação que um recalcado despeito, e mais nada nada.

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  134. john permalink
    19 Junho, 2010 03:15

    E porém Saramago não escreveu, só, pensou como poucos, pintando a manta a dizer diferente dos outros, que foi um regalo ouvi-lo. Como desta, uma vez, em ‘democraci-i-i-a’:

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  135. 19 Junho, 2010 03:17

    Três “pecados” de José Saramago segundo o entendimento tuga normal: militar no PC; origens “humildes” e sem passado académico; criar e polemizar.

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  136. john permalink
    19 Junho, 2010 03:21

    Que nem precisava ir lá
    longe buscar os tratantes,
    se os temos aqui tão bons
    e pior do que eles, coitados.

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  137. ,,,,, permalink
    19 Junho, 2010 03:57

    .
    Back from the dead, an ancient guide to the afterlife
    Egyptian scrolls hidden in the British Museum’s vaults for two centuries are finally seeing the light of day
    http://www.independent.co.uk/news/uk/this-britain/back-from-the-dead-an-ancient-guide-to-the-afterlife-2003684.html
    .

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  138. john permalink
    19 Junho, 2010 04:33

    #136
    MJRB: 3 pecados

    E mais um ou dois, além de criar e polemizar, tem junto o pecado da sinceridade consigo e com os mais onde outros não ousam, por razão de cartilha, de seita ou outra, como a ignorância, interesse, se não conveniência, ir até onde a humildade o exige e, simples, sem mais afirmar que o que é, deus está na nossa cabeça, onde é que ele existe, qual puro conceito do ser racional.
    Pois a dúvida ainda se comporta, é que dá força à crença, já dizia Nietszhe; agora, certeza, a certeza pesa como o assumir que por nós entendemos, sim, que deus existe, e à nossa maneira, tal como o criámos, em resposta ao medo, que nem Nietszche entendeu tão profundamente, quando, lendo “A Cartuxa de Parma”, disse “mas é isso, deus não tem culpa, porque não existe, como o diz Sthendal”, por aí se ficando, temeroso, também, julgo eu.
    Ao passo que, olhando no seu coração, que é dizer no seu pensamento, o escritor viu mais largo, mais fundo e, sincero, ousou: Deus está na nossa cabeça, é verdade, como o concebemos e no-lo ensinaram, não passa é daí.
    Deus, Theos, Zeus, qual puro conceito que aprimorámos desde os hominídeos, quando à trovoada, às cheias, como aos vencedores e seus feiticeiros, depois sacerdotes, dissemos, ok, tão certo como eu tenho medo e vocês mo acirram com tanta certeza, até me queimarem, mandarem prò céu, lá tem de ser isso e também eu o sinto, tal qual, e está bem.

    O que é de grande homem, e eu mesmo diga, que o levei de meus pais, dos padres e pregadores, por medo ao inferno e a outras desgraças maiores e, em duvidando, só mui pouco a pouco, acabei a pensar algo assim.
    E a uma amiga devo a ideia de o explicitar à Santo Ireneu, Ambrósio, se não romano escritor (o medo gerou os deuses), temos medo e é essa a razão de Deus.
    Até que Saramago, não Sócrates e nem o Pitágoras, nem Nietszhe ou o Einstein, como a Madre Tereza, me abriu à razão, é claro que deus existe, que está nas nossas cabeças, na minha, na tua, à nossa maneira, hombridade e coragem de o conceber.
    Sem mais.

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  139. john permalink
    19 Junho, 2010 04:36

    “que nem Nietszche entendeu tão profundamente, quando, lendo “A Cartuxa de Parma”, disse “mas é isso, Deus não tem culpa, se não existe, como Sthendal viu”

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  140. Nuno permalink
    19 Junho, 2010 05:30


    Muita gente a qualificar-se a si própria de gentinha ignorante e amante das trotonovelas brasiletas. Uma desgraça completa…
    Coitado do pobre diabo do Saramaga, erva daninha que fez mal a muita gente e alinhou com a maior corja de assassinos. Terá sido por isso que foi Nobel por que aquela gente nordica contenta-os para não serem chateados.
    Como já disse, R.I.P. e agora não inferniza mais.
    Só me satisfazia se isto fosse o início de ums epidemia a atacar os socialistas… lá nos livrávamos do Socretino!

    hehehehe

    Nuno

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  141. 19 Junho, 2010 08:51

    Ó MJRB,

    Um Grande Escritor tem de ter quanto metros de altura?

    V., por exemplo, com 1.30 m, pode ser um Grande Escritor, mesmo separando o sujeito do predicado com uma vírgula?

    E aí no hospício deixam-no ter o computador ligado até que horas?

    Só para saber, claro.

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  142. 19 Junho, 2010 09:45

    142,

    a sua provocaçãoseca sem nível algum, é que é própria dum utente dum hospício, que só momentaneamente consegue escrever inocuidades ou…pede a alguém para as teclar a partir dum pensamento grunhido.

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  143. Anónino permalink
    19 Junho, 2010 09:52

    A falta de educação e do mais elementar respeito devido por pessoas a outras pessoas, patente, cada vez mais, neste blogue, põe-me triste.
    Quem comenta aqui de forma insuoltuosa, quer para com terceiros, quer para com colegas foristas, deveria ser posto na rua.
    Troca de ideias há aqui cada vez menos; insultos cada vez mais e mais baixos.
    Vai mal Portugal…

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  144. john permalink
    19 Junho, 2010 10:40

    Realmente, ele há cada um. Pobre Nuno, o meu nuninho…

    Lembra-me o Raul Brandão quando nas memórias, falando Camilo, conta que o pobre homem, cego, se referia ao filho, tolinho, o meu pobre Nuno, nuninho, ai, valha-me deus!…

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  145. john permalink
    19 Junho, 2010 10:45

    Eh, Nuninho,
    é ele e a virge,
    mai-lo só de pinto ou
    sá, com ponto no a.

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  146. john permalink
    19 Junho, 2010 10:49

    E a propósito de erva
    daninha, ó Nuno, modere-se,
    pá, que a inveja é feia e
    há muita inveja por cá.

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  147. anónimo permalink
    19 Junho, 2010 11:43

    a propósito da morte de um escritor comunista os comentadeiros da casa relevam o nazismo e os panasco-fachos de serviço à causa. tácticas, o zé manel tenta desvalorizar com listas manhosas e os direitolos pegam nas evidências manhosas para valorizarem as referências de direita. tudo malta culta, que conhece as marcas e os valores em bolsa, mas que nunca visitou as obras para não estragar o penteado com o capacete.

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  148. Susana permalink
    19 Junho, 2010 11:56

    Correcção – o escritor Thomas Mann venceu o prémio nobel da literatura em 1929. Está, portanto, no lado errado da barricada.

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  149. José permalink
    19 Junho, 2010 11:58

    O Público “dá” dez páginas mais a capa inteira, da edição de hoje, à figura “genial” do antigo director do DN.

    O Público de JMF daria tal destaque a uma figura menor das letras portuguesas?

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  150. anónimo permalink
    19 Junho, 2010 12:03

    oh caga! claro que não, se fosse a agustinaturnerluís, claro que sim. topa-se logo nas nóias das listas.

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  151. anónimo permalink
    19 Junho, 2010 12:20

    “escritor de projecção mundial, justamente galardoado com o prémio nobel da literatura, josé saramago será sempre uma figura de referência da nossa cultura”

    as figuras que um gajo faz para agradar. espero que seja retribuído com votos de boas festas no carnaval de 2011.

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  152. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 12:22

    …e há aqueles que da lei da morte se vão livrando, como Saramago com uma obra ímpar e o enxotado plumitivo que quase levou um jornal à falência.

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  153. Fabio Serranito permalink
    19 Junho, 2010 12:24

    Thomas Mann recebeu o Premio Nobel da Literatura em 1929.

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  154. Mr. Hyde permalink
    19 Junho, 2010 12:25

    …e há aqueles que da lei da morte se vão livrando, como Saramago, com uma obra literária ímpar e o enxotado plumitivo que quase levou um jornal à falência.

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  155. Xico das nêsperas permalink
    19 Junho, 2010 12:32

    O prémio “Nobel” tem o valor que lhe quiserem dar. Na área da literatura vale menos que o prémio que o Sr. Norberto, ardina, me dá pelos números da sorte que quase nunca acerto.

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  156. Tolstoi permalink
    19 Junho, 2010 12:33

    Não é o Nobel que define a qualidade de um escritor ou a força de uma obra literária, o Nobel é apenas um prémio, uma distinção, na minha opinião muito valorizada à escala planetária.
    A obra de Saramago tem o valor intrínseco que os leitores lhe atribuem e que o tempo ajudará a graduar. Quer se goste ou não Saramago já vivia da escrita e tinha o seu universo de leitores
    Antes de ganhar o Nobel.

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  157. Yoda permalink
    19 Junho, 2010 13:34

    Felizmente, do homem que despromoveu o Público a papel higiénico ninguém se recordará.

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  158. Lcarv permalink
    19 Junho, 2010 13:50

    Alguém sabe quem paga o avião da F.A. que transportou o raio do morto ? Se ra para queimar que o queimassem em Lanzarote, porra… escusavam de estar a gastar dinheiro dos impostos que pago!!!

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  159. 19 Junho, 2010 14:24

    158,

    O modo, a linguagem reles como v. coloca a questão não mereceriam qualquer resposta, mas não resisto: O governo, o Estado português, agiu muitíssimo bem !

    Outros ilustres portugueses teriam merecido, e mais uns quantos merecerão semelhantes honras ? Certamente que sim ! Em muitas áreas de actividade.

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  160. 19 Junho, 2010 14:32

    Yoda 157,

    Discordo deste post de José Manuel Fernandes, tal como de alguns dos seus editoriais e mais uns quantos casos não devidamente explicados aos leitores, mas reconheço que foi um bom director do Público, tal como Vicente Jorge Silva.
    Criaram (e JMF continuou) o melhor jornal diário post 25 de Abril.

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  161. Casapiano permalink
    19 Junho, 2010 15:29

    Para o alarve do comentário 158 e que me desculpe o autor do post mas a mãe do dito deve ser uma rameira que amamentou um alarve…mais um que deve ter andado na casapia e foi abusado.

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  162. António permalink
    19 Junho, 2010 15:32

    Que pena dá ler o José Manuel Fernandes entregue a estes pensamentos de tão pequena dimensão. Apesar de tudo, o antigo director do Público que dedica hoje a sua primeira a Saramago, não era este homem azedo. Tão mais azedo que o escritor que ele prefere ignorar com uma voltinha retórica da treta. Que pena. As minhas sentidas condolências pela morte da pessoa que José Manuel Fernandes trazia dentro de si antes de se tornar… isto que agora se lê.

    À vontade para não publicar este comentário que de resto me faz também a mim ter vergonha de o ter escrito. Quase tanta como a vergonha que senti ao ler o post “O que vale…”.

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  163. Roubacassettes açoriano de rabo de Peixe permalink
    19 Junho, 2010 15:41

    Não era este mesmo Fernandes que era marxista albanês…?Pois aos 3o e muitos viu a luz…+e como alguém ter casado com uma rameira e só o descobrir após 15 anos de casamento…e depois faz um ar de virgem admirada com a situação…existem muitos por aí…

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  164. 19 Junho, 2010 16:02

    MJRB,

    É engraçado, tudo isto. E, frequentemente, dúplice.

    Couto Viana faleceu recentemente. Apenas se ouviu um murmúrio condescendente e pífio. Foi um extraordinário poeta? Não me parece. Mas há outros poetas menores de quem se ouvem loas a toda a hora, um deles que editou qualquer coisa agora que envolve um rapaz, uma tábua e uns pregos.

    Muito francamente, acha adequadas as 11 (onze) páginas do Público de hoje, incluindo TODA a primeira página que o jornal destina a Saramago?

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  165. FGCosta permalink
    19 Junho, 2010 16:11

    Ainda me lembro quando o defunto foi indicado para o prémio nobel e não o recebeu, ter desdenhado a coisa com a afirmação de que era um prémio definido por lobbies. Foi uma das poucas altura em que concordei com o homem.
    Em relação ao seu propalado carácter, humanitarismo, coerência, espírito de justiça e demais elogios ao alegado incondicional apego à justiça e combate ao mal dos poderosos, é interessante notar que a UNICA vez na vida em que deteve poder (quando foi sub-director do DN), logo procedeu como o mais reles tirano e insensível ditador. Hipocrisia só igualada pela lavagem da comunicação social e bajuladores do costume.

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  166. stop permalink
    19 Junho, 2010 16:17

    é deste ultramontanismo ressabiado que nos fala o josé viegas. Literatura boa para o jmf deve ser as conversas de paroquia, o único sitio onde o caos do livre arbitrio não chega. O maior defeito de saramago é realmente ter causado urticária a tantos.

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  167. 19 Junho, 2010 16:34

    Eduardo F,

    É, de facto, (quase) “tudo isto”, “frequentemente dúplice”.

    Já folheei, mas ainda não li as páginas do Público. Por o que vi, de relance, não me pareceram desadequadas. A primeira página está conforme a grandeza de JSaramago e tem uma boa e significante foto.
    Tenho guardado os Públicos(e os DNotícias) com a notícia do nobelizado JSaramago e, do dia seguinte à cerimónia. Não foram primeiras páginas e desenvolvimentos exagerados — JMFernandes estaria “distraído” ? Não creio e editou adequadamente ao acontecimento.
    Em contrapartida, um jornal com enorme tiragem nacional, como o Correio da Manhã, noticia a morte de JS na primeira página daquele modo…

    Sobre a poesia de António Manuel Couto Viana: não a conheço suficientemente para emitir uma opinião. Sei quem foi, teve leitores devotos. Notei, isso sim (estamos de acordo) as parcas e secundárias notícias do seu falecimento.

    Quanto a Manuel Alegre-poeta: “É um poeta assim-assim” — Agustina.
    MAlegre tem alguns fogosos poemas antes e imediatamente post 25 de Abril e por aí se ficaram os fogachos.

    Sobre reacções da “esquerda”, do “centro” e da “direita” ao falecimento de JS: registei a opinião do líder do PP espanhol. Nada ouvi de PPortas nem de PPCoelho, têm direito a estarem calados.
    Não me interessa JSaramago militante do PC. Interessa-me JS-escritor, JS-pensador, JS-polemista, JS-irreverente, JS-interrogando quase tudo e quase todos, incluindo os partidos de esquerda, e o seu.

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  168. 19 Junho, 2010 16:40

    165,

    V. deve estar confundido. JSaramago foi “indicado e não recebeu” o Nobel ? Falou em lobbys ?
    A sua memória não estará baralhada com o António Lobo Antunes, arqui-‘inimigo’ de JSaramago, que desdenhou o prestígio de qualquer Nobel da Literatura, afirmou não interessar-lhe, e passados uns cinco anos começou não só a cortejá-lo, mas também a aceitar nomeações ?

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  169. 19 Junho, 2010 16:43

    Não há comuna de quem o MJRB não diga que foi amigo desde o séc. XVII.
    Era íntimo do Saramago e mais ainda do Papista-Bastos (que está na fila…).
    Lá no jazigo é assim.

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  170. 19 Junho, 2010 16:44

    Sei o caso dum livreiro que, a pedido(!) de certo escritor invejoso de JSaramago, nunca colocou em destaque e muito menos na montra, qualquer livro do admirável autor do “Ano da Morte de Ricardo Reis”…

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  171. 19 Junho, 2010 16:51

    169,

    v. é pateta, desprezível, no entanto, cá vai:
    Sim senhor : sou amigo de Baptista-Bastos — Vem algum mal ao mundo ou sobre si, por tal facto ?
    Não fui amigo íntimo de José Saramago, mas conhecemo-nos em 1977, criámos empatia e reencontrámo-nos até há cerca de quatro anos, em diversas e muitas ocasiões — molestou-o, a si ou a quem quer que seja ?

    Sou muito amigo de não-comunistas, de não-socialistas — tranquiliza-o ?

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  172. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 17:54

    oh dona! não tarda estás a revelar os e-mails ou as e-pistolas românticas trocadas com o saramago ou de como foste cernalhada pela pilar & olé.

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  173. 19 Junho, 2010 18:00

    Eu não dizia?
    Vai-se a ver e o MJRB também conseguiu abichar uma casinha da Câmara…
    Olarilas!

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  174. 19 Junho, 2010 18:03

    O Papista-Bastos, como muito bem lhe chama o prof. Pinto de Sá, abichou uma em Benfica, ao mesmo tempo que comprava outra em Constância.
    O ora defunto conseguiu a dos Bicos para a ex-freira Pilar.
    Nada mal, esta comunagem de trazer por casa.

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  175. 19 Junho, 2010 18:04

    172,

    Também o seu mundo deve ser muito tacanho, reduzidinho, imbeciloide, patético !

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  176. 19 Junho, 2010 18:08

    173,

    v. “diz” nada ! v. só emite grunhidos ! E cvom eles atinge o zénite da sua existência !

    Não se deve ter amigos que militam ou são simpatizantes de partidos de esquerda ou de direita ?

    Não preciso da câmara para nada, seu pateta !

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  177. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 18:12

    oh dona! não devias estar agora na manif do princípe royal?

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  178. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 18:16

    #176 – “Não preciso da câmara para nada, seu pateta !”

    o tubeless já chegou à literatura?

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  179. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 18:26

    oh dona! essa merda do povinho-nada faz parte dos não editados do saramago ou era mau olhado que deitavas à pilar?

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  180. 19 Junho, 2010 18:36

    jmf1957 não distingue o ressabiamento profundo da arte de escrever.
    Saramago escreveu livros magníficos, outros nem tanto e, possivelmente, alguns bem menores.
    Mas entra no campo dos justos vencedores do Nobel e não tem culpa que potenciais e justíssimos vencedores do mesmo o não tenham conseguido.
    A miopia fica para os míopes e jmf1957 bem precisa de ir ao médico.

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  181. Prof Denzil Dexter permalink
    19 Junho, 2010 18:39

    O Sofocles tambem nao ganhou o Nobel. Ja’ vistes, o’ pa’?

    (os idiotas que menorizam o Saramago estao ao mesmo nivel daqueles que menorizam o Celine, e vice-versa)

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  182. Prof Denzil Dexter permalink
    19 Junho, 2010 18:40

    o Saramago e o Celine eram alphas, enquanto que esses pobres diabos nem chegam a rhos…

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  183. Prof Denzil Dexter permalink
    19 Junho, 2010 18:42

    caramba, zazie, devemos ter um problema telepatico (ou celine-patico) 😉

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  184. 19 Junho, 2010 18:51

    O pobre do MJRB vai ao dicionário e saca um molhinho de impropérios, talvez pensando que, com isso, resolve o seu problema de iliteracia congénita.
    Quanto às amizades que alardeia, acontece que os pretensos amigos nem sequer o conhecem. Nada a fazer: a inferioridade tem destas coisas…

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  185. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 18:54

    ou são ambos panascas que gostam que admiram a arte da traição.

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  186. Portela Menos 1 permalink
    19 Junho, 2010 19:46

    chegar aos 200 comentários, eis o grande feito de jmf com este post ranhoso.

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  187. Emanuel permalink
    19 Junho, 2010 20:24

    Dia 18 de Junho de 2010, em Lanzarote, Espanha, morreu José Saramago.
    Um cidadão do Mundo.
    Um óptimo escritor.
    Um vencedor de um Prémio Nobel da Literatura.
    Que descanse em Paz.
    Eu como cidadão do mundo e apreciador de literatura, lamento este falecimento, do mesmo modo, como lamento qualquer outro falecimento de um escritor que tenha vencido um prémio Nobel da Literatura.
    Morreu um vencedor de um Nobel da Literatura. Que encontre a Paz.
    ( http://www.viverseixal.blogspot.com/ )

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  188. Anónimo permalink
    19 Junho, 2010 22:37

    Pessoalmete ainda estou meio entontecido com o infauto acontecimento, diria mesmo tolhido emocionalmete.Ainda assim não é a morte que apaga os sinais da vida , mas sim o esquecimento. Há pessoas que nunca morrem, e outras que já foram esquecidas, mesmo em vida.

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  189. 19 Junho, 2010 22:54

    Seria mais honroso afirmar que a escrita de Saramago não o seduz.
    Os princípios morais que defende deviam corresponder a princípios praticados.
    Posta de mau gosto, esta. Contudo, dito noutra altura, teria a minha deferência.

    A.F.F.

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  190. Fincapé permalink
    20 Junho, 2010 00:01

    Caraças! Porque é que quando alguém quer fazer de contas que brilha, numa crónica, num post, ou noutra coisa qualquer, tem de utilizar argumentos excêntricos, ilógicos e pouco racionais, para negar evidências?

    Basta pegar num dos argumentos de jmf, não aqui. José Saramago um escritor panfletário? Eu acho que deveria ler um livro dele antes de postar.

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  191. jojoratazana permalink
    20 Junho, 2010 00:44

    Dedicado a todos os V.M.I. que comentaram e escreveram este post.http://jojoratazana.blogs.sapo.pt/154537.html

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  192. Portela Menos 1 permalink
    20 Junho, 2010 03:01

    “Ah, e já agora é Prof. Dr. Carlos Santos. Quer uma lista das 12 publicações internacionais que fiz em 4 anos?”

    ou seja, 3 publicações internacionais por ano, é obra!
    só é pena, nos blogs, não se poder enviar um pano enxarcado à fronha de certos vultos.

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  193. 20 Junho, 2010 09:38

    Os diálogos MJRB/Zazie fazem-me lembrar a dupla Patilhas/Ventoínha.
    Sem tirar nem pôr (embora a Zazie, pelo menos, ainda tenha algum conhecimento daquilo sobre que escreve).

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  194. J. Barata de Tovar permalink
    20 Junho, 2010 09:40

    É vergonha nossa que esteja reservado para Portugal um director ou ex-director de um jornal de referência que não sabe quem é o Odysseus Elytis, o Eugenio Montale, o Theodor Mommsen, o Vicente Aleixandre, o Saint-John Perse e tantos outros dessa lista. Porque não só não leu nenhum, o que já é falta grave, como não sabe o que representam, o que é extremamente ridículo. Tudo isto é uma vergonha não só para ele, como para todos nós, porque confirma que a nossa educação e instrução é sinistra, em todos os escalões.
    Um comentador aí em cima, que assina Zazie (referÊncia à obra do Raymond Queneau?) diz que são todos judeus, o que eu acho uma afirmação extraordinária. Atrever-me-ia a pedir-lhe para explicitar essa afirmação relativamente a cada um deles, mas suponho que só posso esperar silêncio. De facto, a ignorância deste país espanta-me cada vez mais.

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  195. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 10:21

    #194 – tamém reparei nessa de serem todos judeus, mas não vale a pena argumentar com a zaida porque ele deve ter visto ou conhece alguém que viu uma cópia do recibo que o saramago passou à mossad para fazer aquela encenação pró-palestina.

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  196. augusto permalink
    20 Junho, 2010 11:37

    José Manuel Fernandes , estamos a falar de Mann grande escritor alemão que ganhou o Nobel, será que faz confusão como Cavaco Silva…..

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  197. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 12:32

    Lês pŕa chuchu jmf1350gts, especialmente os resumos que aparecem no google.
    Só é pena não teres lido o grande pensador lusófono, de origem asiática, Irteaocusaicaro.
    Passo a citar quando se referia a tipos como tu: “Um burro carregado de livros não passa de uma alimária julgando-se doutor”.

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  198. lop permalink
    20 Junho, 2010 12:53

    saramago foi um bom escritor. nada mais.

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  199. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 16:12

    Céline era um grande escritor no “Viagem ao fim da noite”. Apenas um frustrado no resto. O fantasma mental do pessimismo nietzheniano parisiens de moulin rouge apanhou-o pelo córtex e…kaputt.
    O Pound o maior poeta do mundo, em todos os tempos? O Zazie está a brincar. Um grande poeta, sem dúvida, mas dizer-se o resto é zaziezada.
    Ou eu me engano muito ou o Zazie diz estas coisas rindo-se por dentro. O que não é grande esperteza.Mas é poesia da mais pura…

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  200. zazie permalink
    20 Junho, 2010 17:09

    Mas têm dúvidas que se não são judeus fazem por isso e que de há 30 anos para cá aquilo é uma treta.

    Façam o trabalhinho de casa e contem lá os judeus e sionistas que sacam todos os prémios.

    E eu não disse que era apenas na literatura, são todos.
    Outra coisa para o Meira.

    zazie dans le metro. Se não lhe diz nada, pelo menos aprenda uma coisa- em francês, os nomes que terminam em “e” são do género feminino.

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  201. zazie permalink
    20 Junho, 2010 17:10

    E eu escrevi que se não eram judeus faziam por isso.

    Mas v.s nem sabem ler. Nem sabem quem foi o Raymond Queneau e depois querem negar o lobby mais famoso de sempre.

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  202. zazie permalink
    20 Junho, 2010 17:11

    Como é que um ignorante que nem sabe o género do meu nome e desconhece o Raymond Queneau pode ter algum critério para avaliar a poesia do Pound ou o génio do Céline.

    Vai lá para os jogos florais da Maria e cala-te.

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  203. J. Barata de Tovar permalink
    20 Junho, 2010 17:28

    Como? Mas então, se eu falei no Queneau, você diz-me que não conheço o escritor? Eu tenho a certeza que li o Queneau ainda você não era nascida.Quanto ao seu género, não faço ideia; aqui um homem pode assinar Maria, zazie, ou qualquer outra coisa. Sobre os escritores da lista serem judeus, ou filo-semitas, eu nem me vou dar ao trabalho de lhe demonstrar que alguns desses eram até, de facto, anti-semitas. Quantos da lista é que você sequer conhece? Já leu algum? Conhece as posições públicas de todos sobre o semitismo? Quantos desses eram judeus? A ignorância é atrevida.

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  204. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 18:17

    Mas eu sei quem é o Queneau, Zazie. Se fui eu que o traduzi na nova edição! E mais: digo o Zazie por simples ironia malandreca, insinuando que Você, sendo uma senhora, tem um cérebro de macho – entendendo como macho os que, com sobranceria, tentam achincalhar os outros virilmente. Como tenho notado que é o registo literário da, repito da, Zazie, dei-lhe esta pequena canelada. Fica assim, com a minha l’aveu, mais contente? Percebeu que era apenas maldade da minha parte, talvez não muito discreta mas, tem de convir, gracilmente maldosa ou maldosamente grácil?
    Olha, Zazie (sem género): o seu problema é que a frequentação, isto suponho eu, de primários a que eventualmente se dedique tirou-lhe a lucidez de perspectiva. Que digo eu? A lucidez de ler…queneaus que estarão bem acima do seu nome, minha estimada Zazie de nick esfusiante.
    Terna e respeitosamente, Meira (e não Meire ou Meiro, digo eu com um afectuoso pedacinho de sarcasmo, que como é muito inteligente não levará a mal.

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  205. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 18:26

    Esqueci-me de acrescentar, talvez perturbado pelo charme do (lá estou eu) Zazie: além de claramente inteligente a (agora acertei) Zazie é bem informada. Aquela revelação (pois trata-se de uma verdadeira revelação, que devia difundir o mais possível nos lugares cultos, onde tipos como eu não andam!)de que os judeus (não teria tentado dizer judocas?) rapam tudo, vou-lhe confessar outra que a porá em pulgas: também eu sou judeu!
    Foi assim que consegui abarbatar a tradução do Queneau, nós estamos por todo o lado!
    E, veja até que ponto vai a nossa influencia, para entrar para judeu nem tive de fazer circuncisão!
    O que, vá de revelações, me confere um ar muito mais garboso e desempoeirado, cá por coisas.
    Meiron (nome claramente semita!).

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  206. analfabeto permalink
    20 Junho, 2010 18:37

    Portanto, depreendo que, é de facto pena que o Saramago já estivesse morto quando se deu início à cremação do cadáver. Lamentavelmente o Saramago acumula ao mau gosto, o célebre e celebrado comportamento político estalinista, livros menoríssimos que os distintos comentadores desprezam, até porque entre os comentadores temos autores de relevantíssimas obras, que só por distracção tem passado ao lado dos euros das traduções e do grande público, ou mesmo do pequeno público. O Saramago mercia morrer pelo menos mais uma ou duas vezes. Resta-nos o aconchego da ideia que, a esta hora, já fará companhia às almas que pena eternamente no grande caldeirão. E, onde, é garantido não são apreciadas as suas obras porque tal como Roma não pagava a traidores, o demo também não tem pena dos seus serviçais nem moços de recados.

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  207. zazie permalink
    20 Junho, 2010 19:55

    Mas v. pensa que eu ia debater fés? É que nem pouco mais ou menos.

    Se v. tem a fé que é judeu e nem precisa de vacina ou de teste de ADN- força- avance com a penca que talvez lhe caia um Nobel no colo.

    “:OP

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  208. zazie permalink
    20 Junho, 2010 20:28

    Só uma nota para o Meira (género Kosher)

    Não os rapam; compram-nos.

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  209. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 21:15

    Compram? Mas o quê? Prémios? E mesmo Nobéis, como dizia o santo venerável? E o dito santo baixou-se a receber um Nobél, como ele dizia mas já não diz por…o Zazie sabe, das mãos dessa tropa? Há aqui qualquer coisa que me escapa. Como pode um indivíduo do alto género moral do grande escritor colaborar assim com os que vendiam tanto Nobél a judeus, que como sabe eram quase todos, mesmo a negra Morrison e o turco Pahmuk…Seria ele um mau comunista? Um oportunista que se vendia ao capital kosher? Um ávido que o que queria era massa mesmo vinda de judeus suecos, pois como sabe o Zazie ou a Zazie os suecos tb são todos israelitas?
    Isto deixa um tipo inquieto…Quem sabe se, durando mais algum tempo o Fidel, que tem romances,ups, discursos de 7 horas, e é preciso talento para aguentar um leitor(ouvinte) sete horas sem ir sequer mijar ou comprar amendoins no bar, receber também um nobélzito?
    Admira-se, Zazie? Pois olhe que é possível, também o Beria, um que decerto estima, sem ser cientista ganhou o prémio das Ciencias, sabia? na doce URSS. E nem precisou escrever o livro, a história é sabida, você que é culto, ups, culta, deve lembrar-se. Voltemos é ao que interessa: o Saramago ser um escritor menor, mas por coisas do politicamente empenhado ter apanhado um Nobél aos suecos e, a seguir, os correligionários embandeirarem e endeusarem-no. Aqui é que bate o ponto. E o resto é conversa…zaziguezazeante.
    Tenha uma boa noite com sonhos agradáveis (saramaguejantes).

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  210. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:20

    Mas então em que ficamos, rapam-nos todos ou levam abadas?

    Outra coisa: Nobel não leva acento.

    E só mais outra- fez o trabalhinho de casa como eu aconselhei? quer mesmo ver quantos filo pencas têm ganho Nobel por tretas de caca?

    Vamos a isso, começando por esta última que escreveu aqueles romances ímpares, por causa do único problema da humanidade e que até ficou famosa por ter dito que teve vergonha de não ser judia?

    hummm..?
    Ou vamos para o Pinter?

    Ou quer sair da literatura e ir para os lobbies em geral. Ou não quer nada e apenas desconversar.

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  211. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:22

    Conhece os sites sionistas que fazem até disto uma questão de troféus de guerra?

    V. é mesmo marrano ou acha que está na moda e comprou a marranice em troca de brasão de família?

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  212. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:26

    É que se quer candidatar-se à conta da penca marrana tem de ter cuidado com a gramática.

    Veja isso que está por aí acentuação com gralhas demasiado repetidas.

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  213. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 21:39

    O Zazie, ou a Zazie ou lá o que é, desculpe mas não vou perder mais tempo consigo. Eu pensava que a/o Zazie era um pouquinho patifa (isto é dito com carinho) mas que tinha nível argumentativo. Vejo agora que é apenas uma bota e sem ser da tropa. Uma bota por extenso. Assim, não lhe casco mais. É gastar cera com uma/um ruim defunto/a.
    Uma pobrezita, mas rabina, raios. Apenas.

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  214. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:41

    La connerie, c’est parfois insondable

    Espero que não se chame Vergílio.

    Dava demasiado mau aspecto todas essas gralhas e o falso conhecimento do Raymond Queneau.

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  215. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:43

    Mas sempre sabe citar o Beria. Convém. Mas convém também não confiar muito no Google se quiser entrar na patafísica.

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  216. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 21:52

    Goste-se muito , pouco ou nada da prosa do Saramago, que diabo, o homenm tinha algum merito. Outra coisa bem diferente seria indagar sobre quem comprava ou tinha acesso às suas obras ,e que em ultima análise o ajudava a viver. Não eram certamente os prosélitos do partido em que militava…

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  217. analfabeto permalink
    20 Junho, 2010 21:55

    Ashes to ashes dust to dust. E pronto, o indivíduo está reduzido a cinza. Tendo tido a sorte de ter nascido, e de ter escolhido o lado certo num golpe genial de utilitarismo garantiu um prémiozeco e agora deixa uma família multimilionária que se entreteve a exibir a fortuna como a Hilton, que não sei se sabem também pertença aos tipos com penca para utilizar uma curiosa e polida expressão de uma comentadora, quiçá o termo militante seja mais adequado, que assina cerca de um terço do azedume fermentado que por aqui se assinala.

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  218. zazie permalink
    20 Junho, 2010 22:03

    Mas eu não larguei um único comentário acerca do Saramago

    ahahahahahaha

    Vejam lá como conseguem ser ceguinhos. Nem uma palavra disse. Acho que apenas referi que só os grandes génios conseguem redimir a vida e que não era o caso dele, razão pela qual se fala mais dele à custa do que foi e não do que escreveu.

    Foi o único “azedume” que larguei, para citar mais um patego.

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  219. Portela Menos 1 permalink
    20 Junho, 2010 22:22

    Esta malta anda a beber demasiado vinagre ao pequeno almoço.

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  220. jmf FOI DIRECTOR! permalink
    21 Junho, 2010 14:34

    A lista do jmf1957 é incrivelmente estúpida. Na lista dos que não ganharam o Nobel, inclui Thomas Mann – que o ganhou – e escritores ainda vivos, que ainda o podem ganhar: como referes, Vargas Llosa e Salman Rushdie, mas também Ian McEwan. Finalmente, inclui uma mão cheia de escritores cuja morte aconteceu poucos anos depois do início da atribuição do prémio, em 1902: Chekov (morto em 1904), Ibsen (1906), Tolstoi (1910) ou Mark Twain (1910). A pérola é incluir o Zola, que faleceu em… 1902. Também discutível é incluir o Pessoa, que pouco publicou em vida.

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  221. Licas permalink
    11 Julho, 2010 18:56

    51.zazie disse
    18 Junho, 2010 às 11:08 pm
    Bem, vou indo que esta mania de bater em mortos sem os deixar arrefecer também não faz o meu género.
    ***********************

    ó Zazie, eu até soprava nas CINZAS
    para que então arrefecidas pudéssemos verberar o homem rancoroso e persecutor que José Saramago foi ( e teve muito empenho em o ser . . .)

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  222. 12 Julho, 2010 20:45

    #100
    DEPOIS DESTA BIOGRAFIA (MUITO COMPLETA E ELUCIDATIVA) DO EXECRÁVEL
    JOSÉ SARAMAGO. FICO ESPERANDO QUE OS ADORADORES DO *** GÉNIO *** REPLIQUEM COM DADOS IGUALMENTE FACTUAIS (NESTA ALTURA SENTEI-ME, NA INTENÇÃO DE RECOSTAR-ME NA CADEIRA, TALVEZ ATÉ NA CAMA).
    (ENTRETANTO AS CASAS EDITORAS/LOBIES
    CONTINUAM FABRICADO *** IMORTAIS***:
    É O SEU NEGÓCIO)

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