A loucura suicidária do “mais Europa”*
Está neste momento em curso na União Europeia um golpe de Estado antidemocrático e, aparentemente, ninguém se incomoda com isso. Em Portugal e na quase totalidade dos países europeus. Só no Reino Unido, cuja democracia é a mais antiga e a mais enraizada, há quem proteste e resista.
Exagero? Não creio. O que designo, sem medo das palavras, como golpe de Estado transeuropeu é uma tentativa de violação da soberania nacional que violará os equilíbrios do Tratado de Lisboa e humilhará os parlamentos nacionais. As medidas estão a ser apresentadas às opiniões públicas como importantes avanços no sentido de “mais Europa” e uma primeira concretização de um “governo económico” pan-europeu, mas que em nenhuma altura os eleitorados sufragaram ou deram sequer sinais de querer sufragar.
Com a ideia de que não se pode nunca parar de seguir em frente, prepara-se um passo maior do que as pernas e que pode levar a Europa a estatelar-se, minada pelo irremediável divórcio entre as elites federalistas e eleitores que apenas se reconhecem no espaço e nas regras das diferentes democracias nacionais.
Na verdade, quando Jürgen Habermas escreve que “a crise financeira amplificada pela crise de Estado traz-nos a recordação dos erros originais de uma União Política incompleta, que ficou a meio caminho”, não explica como prosseguir nesse caminho sem uma real “cidadania europeia” ou, para utilizar o seu próprio conceito, um patriotismo constitucional europeu. Sem a existência dessa cidadania, a transferência de poderes dos Estados nacionais para o nível europeu não só reforçará o peso das instâncias não democráticas na tomada de decisões como agravará o divórcio entre os eleitores e os eurocratas de todos os matizes.
Alguns, como fez Guilherme d”Oliveira Martins neste jornal, procuram superar a dificuldade que levanta a necessidade de os cidadãos terem representação e voz activa falando de um “consentimento complexo” que os actuais tratados permitiriam conseguir. É uma ilusão. Primeiro, porque não existe coincidência entre o espaço em que os cidadãos sentem que têm alguma coisa a dizer – que, goste-se ou não, ainda é e será o espaço dos Estados nacionais – e o espaço onde se tomam cada vez mais decisões e decisões mais impopulares.
Depois, porque não será dando mais protagonismo aos actores europeus que se criará essa identidade, já que a União Europeia falha o mais importante dos testes de qualquer democracia: não se sabe como substituir de forma pacífica o seu governo. Pode-se demitir a Comissão no Parlamento, mas não só não se pode demitir o Conselho, como nenhum eleitor europeu elege o PE a pensar em quem será o próximo presidente da Comissão. Aos que duvidam da importância deste critério para dizer se um determinado espaço de soberania é ou não governado de forma democrática apenas nos resta sugerir que releiam Karl Popper ou Ralf Dahrendorf.
E não se pense que este é um problema menor, ultrapassável com “audácia”, “coragem” e “visão” dos tais líderes europeus que se diz não existirem. Este é um problema central porque não há mais união política sem mais transferências de soberania nem haverá “governo económico” digno desse nome sem um verdadeiro orçamento europeu. Ora se ainda podemos hesitar sobre o peso simbólico de, como se pretendia, obrigar todos os Estados a mostrarem primeiro os seus orçamentos a Bruxelas (sem se saber sequer a quem em Bruxelas) do que aos parlamentos nacionais, se ainda podemos viver na ilusão de que quem manda na União Europeia são os órgãos comunitários e não os seus Estados mais fortes, com a Alemanha à cabeça, se queremos ignorar o risco de a preponderância dos grandes Estados poder provocar reacções nacionalistas, o que não podemos mesmo ignorar é a impossibilidade de aumentar o orçamento europeu. A maior parte, senão a totalidade dos Estados, e dos povos, nunca o aceitará no curto prazo.
Ora o problema de fundo que esta crise revelou é que quando os Estados perdem a política monetária ficam sem forma de recuperar rapidamente qualquer perda de competitividade das suas economias. Nas uniões monetárias isso só pode ser compensado através de transferências internas de recursos a favor das regiões ou países afectados pelos chamados “choques assimétricos”. Ora para haver transferências internas capazes de ajudar uma região ou um país que entrou em crise a recuperar tem de haver um orçamento bem superior aos actuais 1,23 por cento do PIB europeu.
Como se sabe, o poder que realmente conta é o que envolve recursos financeiros, bastando pois pensar que, não havendo disposição para colocar mais dinheiro no bolo comum, toda a restante retórica é inconsequente e perigosa, pois coloca mais ónus nas instâncias europeias – transformadas em polícias dos Estados – sem lhes dar reais instrumentos de acção pela positiva.
Será então que, face ao beco sem saída que é o da democracia europeia, teremos de desistir do euro ou habituar-nos à crise permanente? Não. Há uma solução que segue um princípio recordado esta semana por Jacob Funk Kirkegaard, um economista do Peterson Institute for International Economics (Washington DC): para os governantes, o melhor caminho nem sempre é serem amados, é serem temidos. Ou, como escreveu Maquiavel, “há amizades que só se mantêm com apoios financeiros, e estes não estão garantidos para sempre”, enquanto “o medo preserva o príncipe, pois o receio de um castigo nunca falha”.
Para a União Europeia é melhor, neste tempo em que a cenoura mirrou porque os fluxos financeiros estão a secar e fazer parte da Europa já não é garantia de prosperidade eterna, que o bastão fique na mão de uma entidade financeira externa – o FMI ou um improvável equivalente europeu. Se os líderes europeus estivessem dispostos a engolir o seu deslocado orgulho veriam que recorrer ao FMI (ou a um equivalente) tem ainda uma vantagem para a saúde das democracias europeias: a limitação de soberania nacional que a intervenção de um fundo desse tipo implica será sempre temporária, ao contrário de transferências definitivas de soberania como as que estão a ser estudadas.
É certo que alguns países – como a Grécia, como Portugal, como Espanha – se deixaram colocar na situação em que hoje estão por erros próprios. Poderíamos mesmo dizer que merecem ter um polícia (e não só) nos respectivos ministérios das Finanças (no caso português até seria melhor colocá-lo directamente na residência de São Bento…). Mas a aflição causada pela crise das dívidas soberanas não devia permitir que se reagisse precipitando medidas que, ao contrário do que dizem pretender os que as defendem, poderão mais depressa afastar ainda mais os cidadãos da União Europeia do que contribuir para a consolidação deste espaço. Um espaço cujos grandes sucessos sempre foram os conseguidos na frente da integração das suas diferentes economias e os maiores fracassos os seus sonhos de se transformar numa nova potência política.
As crises, é bom lembrá-lo, não são só oportunidades para andar mais depressa pelo caminho que se está a percorrer – são também oportunidades para mudar de trajectória.
José Manuel Fernandes
*Público, 19 de Junho de 2010

O futuro da Europa é não ter futuro algum…
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Mas a Europa tem outro futuro que não passe pela edificação da Eurábia?
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Excelente visão da actualidade!
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O Cameron vai dinamitar por compelto esta união europeia, esperem para ver.
Portugal vai ser novam,ente cortejado pelos beef’s, não fossemos o seu mais natigo aliado, ainda bem para Portugal.
O sócrates que se cuide, os serviços secretos ingleses ainda lhe limpam o cebo.
Lá já chegou a noticia que ele tem como melhor amigo o Zapatero.
E os ingleses não podem com os spanhis.
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Esta união europeia maçónica e judaica, disprovida de valores e da fé cristã devia passar á história já amanha.
Estão a seguir o mesmo caminho de outros que tanto criticam, no fundo estão a seguir os passos de hitler.
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Mais um excelente e oportuno artigo de José Manuel Fernandes.
Esta patetice de “Mais Europa”, leia-se, fuga em frente a toda a velocidade, ainda irá dar muito que falar. Os ventos de guerra não andarão longe.
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em altura de fome
«quem dá pão, é pai»
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Faltam só mais dois anos para que tudo o que é europeu, se decida: sente-se, ou não, sinais de recuperação; estabilizam ou não, os mercados, as economias e os investimentos; serenam, ou não, os mais atingidos, aflitos e contestatários.
Os bancos, as mega-empresas, os políticos em Bruxelas que se cuidem !
Inglaterra-França-Alemanha decidirão.
A outra Europa, a da não UE, também terá um posicionamento dependente do que a UE conseguir solucionar, fazer cumprir, propôr e…progredir.
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Errata a #7:
Esta patetice de “Mais Europa”, leia-se, fuga em frente a toda a velocidade, ainda irá dar muito que falar. Os ventos de guerra não andarão longe caso essa fuga em frente se concretize.
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Hoje, no Plano Inclinado, Filomena Mónica, a propósito da efectiva perda de soberania que atravessamos pelo facto de ser a Senhora Merkel quem manda no nosso orçamento, lembrava o provérbio “Quem dá o pão dá o pau”.
Ventos de guerra, não tenho dúvidas.
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Eduardo F,
Presumo que os (muito) próximos “ventos de guerra” soprarão nas zonas Irão-Israel e, por arrasto, outros países limítrofes.
Inevitavelmente o “Ocidente” (Europa/NATO/UE incluída) intervirá. Depois, os “deuses” que se entendam e p+osicionem até à III GGuerra Mundial.
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Pensar que algo de bom, para as populações da Europa (e de Portugal), pode provir do exercício do poder político, por umas dezenas de homens -sequiosos e corrompidos pelo poder- reunidos em Bruxelas (ou em S. Bento), é pura ingenuidade.
Aquilo é apenas uma “luta” entre eles. Um espetáculo triste.
A única produção que está a sair, e sairá dali, é o confrangedor espetáculo da demagogia, vaidade, uns delírios narcísicos de uns fulanos bêbados de poder em plena “ego-trip”, a milhas da “nossa” realiade. O Povão que se lixe. Boa sorte Europa (e Portugal).
PS. “Tratados porreiros” que não duram (no pun intended) e não valem o papel em que são impressos? já chega. Tenham juízo.
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JS,
Exactamente também “isso” !
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Primeiro o FMI não tem dinheiro para tapar o buraco. Segundo não é transferência de fundos que corrige ou trás alguma competitividade.
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MJRB,
O casus belli que refere paira, evidentemente, sobre nós. E, à semelhança de todas as outras guerras que aconteceram no pós-CEE, estará longe de ser unânime a posição dos seus membros sobre essa guerra se ela, hipoteticamente, vier a eclodir (como ocorreu com todas e cada uma das anteriores). Nesse sentido, a emergência de um conflito israelo-iraniano, será mais um facto de tensão no seio da União Europeia.
Mas não era nisso que estava a pensar quando falei em “ventos de guerra” na hipótese de uma (provável?) fuga em frente a que JMF alude em que há um país que manda (e um outro que quer também mandar associando-se com o primeiro).
Como “quem dá o pão dá o pau”, os interesses dos vários estados membros, especialmente os limítrofes, entrarão cada vez mais em choque com o “Império” e os seus agentes e instrumentos como aliás já está a suceder quando se ouve que Berlim não está a fazer “aquilo que se impõe” (leia-se, emprestar mais dinheiro a quem não consegue viver com os recursos que gera). Com o poder orçamental a residir em Bruxelas/berlim, e com o passar do tempo, os riscos de secessão não amigável aumentarão exponencialmente porque os interesses individuais dos estados sobrevirão sempre à disciplina de um processo decisório que (lembram-se?) deixou de ser unânime.
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O mais Europa é o federalismo europeu defendido pelo maçónico do luís amadao, o tal que teve o despudor de dizer que o futuro de Portugal passa pela ibéria, sem no mínimo ter sido demitido, e defendido por Mário soares, e José sócrates, todos uma cambada de traidores iberistas.
Também neste blog vi recentemente o senhor CAA defender o federalismo europeu, que por sinal é regionalista, estranho para um comentador de direita.
Também o senhor zapatero de fende o federalismo europeu, bem como Filipe gonzalez, ou seja, o mais Europa é o federalismo europeu a todo o vapor.
Ele e o traidor do Mário soares que nos meteu neste barco, sem nunca nos perguntar por contas, fazendo questão de nos meter lá no mesmo dia dos espanhóis, ou seja, para dar uma ideia de unidade, já nessa altura ele era um iberista traidor como hoje, o Saramago já foi, ele também podia ir, não faz cá falta nenhuma.
Era ver o Mário soares e o Felipe Gonzalez em madrid a defender mais Europa, na “comemoração” dos 25 anos da entrada de Portugal para a CEE, eles não querem mais Europa, eles querem ibéria, é isso que o traidor iberista do Mário Soares quer.
Fica aqui um excerto do texto em que o Felipe gonzalez apela a mais Europa para uma nova ordem mundial:
Numa intervenção em que apelou ao fortalecimento a UE, Felipe Gonzalez insistiu que se não houver mais união não é possível ter uma Europa “mais relevante para os cidadãos e para a conformação de uma nova ordem mundial”.
Podem ver a noticia completa neste link:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Em+plena+crise+a+solucao+e+mais+Europa+defende+Felipe+Gonzalez.htm
Neste mais Europa e nesta nova ordem mundial não há espaço para Portugal, a espanha esta numa corrida contra o tempo, a única solução de parar o processo de independência da Catalunha e do pais basco é empacotar os portugueses numa federação com sede em madrid, aumentando as autonomias do catalães e bascos para assim os calar, contrapondo que não faz sentido eles saírem se os portugueses vão entrar, ou seja, Portugal é aquilo que a esquerda espanhola tem para oferecer à direita.
Para que isto seja possível, e deste plano fazem parte os TVG’s madridocentricos, o fecho de serviços de saúde em zona de fronteira, os mundial dito ibérico pata lavar a cabeça ao portuga que só vê bola, de modo a que este se considere ibérico, no dia que isso acontecer esta pura e simplesmente castelhanizado e por fim a regionalização do pais no mapa iberista das 5 regiões, de modo a coser Portugal à espanha, criar grandes regiões com muito poder e lançar o caos e a balcanização em Portugal de modo a destruir o pais em 20 a 30 anos.
Finalmente a espanha, ou melhor a ibéria será apresentada como a única solução para Portugal, pais endividado de propósito com isto em mente.
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Esta Europa apesar daquilo que se tenta fazer crer não esta ao serviço dos pequenos, nem haverá facilmente partição de países, se não onde já estava a Bélgica e a espanha, para não falar noutros.
O embaixador espanhol dizia no sociedade das nações quando entalado e bem pelo Nuno Rogeiro quanto à independência da Catalunha, que a Europa nunca ia aceitar a independência da catalunha, mas este pérfido senhor com ar de carneiro mal morto sempre a olhar por baixo da pestana para sa pessoas, é um iberista empedernido e no programa em causa fartou-se de dizer que os ibéricos estavam na moda, referindo-se ao Durão e ao Felipe gonzalez, que os ibérixcos são os melhores no futebol, nisto ou naquilo, ou seja, não utilizava a paplavra portugueses e espanhóis, era só ibéricos.
Esta Europa esta ao serviço dos grandes da europa, e estamos a assistir à construção de um 4 reich assente no eixo Berlim-Paris-Madrid.
Por mim isto dava o estoira já hoje, amanha já é tarde, e quem vai rebentar com isto vai ser a Inglaterra, o cameron disse para quem quis ouvir que nem mais um pingo de soberania para a EU, e ainda bem para Portugal, não tenho duvidas que a politica externa inglesa vai mudar muito, e Portugal como antigo aliado dos ingleses tem que voltar a alinhar com a Inglaterra, de certeza que o embaixador inglês em Portugal anda atarefado, e os ingleses já devem estar a estudar forma nos ajudar a correr com o traidor iberista do sócrates, visto que o actual PM como se sabe abomina os ingleses, prefere espanhóis e franceses, por sinal os nossos maiores inimigos de sempre, não passa de um iberista traidor.
Depois sigo a linha de pensamento, os ventos de guerra vão soprar novamente, sem dúvida, isto vai ser tudo resolvido à velha moda europeia.
Há imagem do que se passou nos EUA, havia unionistas(federalistas) e confederados, a coisa resolveu-se à lei da bala, aqui e face á cobiça e ganância dos grandes da Europa infelizmente podemos para lá caminhar.
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Grande texto, José Manuel Fernandes.
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Eduardo F,
Entendi esses “ventos de guerra”, aos quais ‘juntei’ as já abertas ‘trincheiras’ naquela área do planeta.
Quase tudo está “aperaltado” (na UE, no Irão, em Israel, nos USA, nas expectantes China e Rússia) para a III festança económica e bélica.
A Coreia do Norte vs Coreia do Sul, são peanuts se comparados com o Médio Oriente e com a explosiva situação social na Europa, se não fôr (tudo indica que não será) resolvida, e por tal se agravará em 2011. Eminentes conflitos eclodirão, inicialmente protagonizados por jovens desesperados e ávidos por uma vida digna. Tal como em França, em 1968, jovens e trabalhadores espoliados, desempregados, ultrajados, sem futuro, devastarão o que puderem. Com um reforço de peso: os agregados familiares também nas ruas.
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http://www.asianews.it/news-en/UN-appeal-for-Kyrgyzstan:-over-71-million-dollars-needed-18724.html
Que é feito dos betinhos(as)-cócós neo-nazis que vomitaram insultos contra os judeus por causa de GAZA?
Se no Quirguistão há MESMO UMA CATÁSTROFE humanitária?
O silêncio caviar é a prova da seiva neo-nazi dessa cambada!
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É normal os membros de uma união reforçarem os laços que os unem em caso da grave perigo para todos. E é a situação actual. É preciso que todo tenham uma disciplina germânica, já que é a parte do todo que funciona melhor. No interesse de todos e sem prejuizo das especificidades culturais nacionais. Avante Europa.
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Esteve em curso e foi conseguido a loucura suicidária da liquidação de um jornal de referência por um ressabiado mediocre de nome Fernandes. A sua mediocridade intectual deveria levá-lo a estar caladinho e não emitir opiniões. Mas há sempre uns ceguinhos que lhe dão guarida.
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Uns pequenos detalhes,
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“É certo que alguns países – como a Grécia, como Portugal, como Espanha – se deixaram colocar na situação em que hoje estão por erros próprios.” ou “quem dá o pão dá o pau”.
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Nem foi(é) por erros próprios nem ninguém deu pão a ninguém. Pelo contrário trata-se de sustentar a grande industria europeia, ‘o pão’, que abre falência sem consumo (comprar) obrigando-os para sobreviverem a fabricar mais consumidores mesmo artificialmente emprestandp-lhes dinheiro para comprarem o que vendem. A União Europeia nunca foi uma entidade benemerita. Quase tudo o que ‘deu’ pediu de volta para pagamento do que vende e produz. Nem é uma ‘sopa dos pobres’. Resolve o pão dos grandes exportadores empenhando os grandes importadores europeus. A tal interdependencia.
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No meio disto tudo, verdade verdade é que nenhum País está a pensar pagar as suas dividas ou empréstimos externos. Os pequenos Países, Portugal-Grecia-Irlanda-Balticos etc são os bodes expiatórios. A grande divida externa não mora neles. São os ‘canários da mina do carvão’, a carne para canhão para proteger que o ‘metano’ não mate os ‘mineiros’.
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‘Nova Ordem Mundial’ tem a inevitabilidade do reverso ‘Nova Desordem Mundial’.
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Está escrito nas estrelas que a União Europeia é uma torre em queda. O Euro é uma questão diferente umbilicalmente ligado à ‘overproduction’ dos grandes países europeus.
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Não é de Portugal, Grecia, Irlanda ou outros pequenos paises europeus que virão os problemas da União Europeia. Eles são a Escandinavia, Inglaterra, Alemanha, França, Russia, EUA, China, Medio Oriente, Estados entre o Reno e os Urais, Balticos e de certa forma Espanha e Italia. É neste ‘ninho’ habitual que está a implosão do que se projecta como União Europeia. Pacifica ou não é a ‘million dollars question’
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As Finanças Privadas e as Publicas nem de longe estão neste momento receptivas ou preparadas para as grandes soluções pacificas como por exemplo:
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There you see the easy, simple solution to every economic problem we have today as published by those who feared its honesty would destroy their dishonest scam.
Step 1. Repudiate this lie of a debt.
Step 2. Quit selling interest bearing government bonds on the people’s credit.
Step 3. Print bills on that credit and spend or give them into circulation in the proper amount (Edison again) “to move trade enough to prevent stagnation but not enough to permit speculation.”
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Ou seja, quem tem o Poder hoje não compreende nem sabe bem o que é Poder hoje. Está a falhar irremediavelmente em toda a linha.
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“… – são também oportunidades para mudar de trajectória.”
E mudar de trajectória, ao contrário desta louca corrida para unir o imiscível, será um … “pedimos desculpa pela interrupção desta União”.
Uma maça (com uma economia) podre, Portugal, não faz boa compota. Se se juntarem mais 3 ou 4 maças (com economias) podres, Espanha, Grécia .., não é com isso que se salva a compota. Portugal (e os outros Países) com as respectivas economias desbaratadas, vão ter que voltar à estaca zero “… and clean your act”.
Sair desta … “União”.
Organizar/limpar/desenvolver a economia e depois se verá. Aliás era este o plano dos pais da Europa. Só que com os fundos europeus, para fomento interno, usados para “cursos sindicalistas” e para criar milhares de empregos no estado, “non- produtive jobs”, monstros, deu no que deu.
Agora a palavra de ordem terá que ser separação, e não união.
Claro que com esta classe política, ou ignorante ou corrompida, em fuga precipitada para a frente, só vamos caindo nos buracos…
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O problema da Europa é sempre o mesmo, desde o tempo do império romano.
A luta entre um centro político – Roma, Aix-la-Chapelle, Madrid, Paris, Berlim, São Petersburgo ou Moscovo (os imperadores da Rússia, denominavam-se Césares – Czars!) Bruxelas – e os países marítimos, que sempre pretenderam escapar ao domínio do centro político; fosse ele qual fosse: Portugal; Reino Unido; Países-Baixos; Suécia, etc.
Recordo-me da minha oral de Direito Comunitário, em 1994. Referi-me, perante a surpresa do Prof., à seguinte questão: «O défice democrático na construção europeia». Fi-lo, nessa altura, como o posso fazer agora, por uma razão básica: nunca as tentativas de «construir» a Europa, desde 476, puderam escapar a uma dura realidade: basearam-se, sempre, na força.
Se a força militar ou económica é de: Carlos Magno; Filipe II; Napoleão; Hitler ou Merkel, pouco interessa.
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A-Team, você ainda não percebeu a extraordinária especificidade da UE ? É que ela é um seguro de vida para todos os europeus, porque acabou definitivamente com a guerra civil de mil anos na Europa. Substituindo de vez a cooperação e solidariedade à hegemonia militar unilateral e à politica das alianças. Quem não percebe isto não percebeu nada. O que é que você estudou durante o curso ?
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#26, muito bom. #27, indica exactamente o que consubstanciou o que #26 tão bem relata. A cobra a morder o rabo. O cenário de #27 é passadista (dito em ‘politicamente correcto’ um reaccionario), bebe ainda do tempo em que mundo era Europa o resto era paisagem descrito tão bem por #26.
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Há uma mentira; HOJE a paz dentro da Europa depende dos outros continentes. O Tempo que a Europa decidia se dentro de Europa haveria Paz ou Guerra MORREU. Tal não significa que a Europa não se tente aproximar mais de si própria.
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Mas não vai lá escrava do que 26 excepcionalmente descreve. Nem com o que #27 brilhantemente sonha.
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O Futuro, mesmo o mais proximo envolvendo Bildebergs-Trilaterais-Internacionais disto e daquilo está nas mãos dos descomprometidos. A opção é missil que desarada a muitos descomprometidos que conhecem a uerra como as palmas das mãos. E pior o superpower do missil conjugado com o gajo que sozinho morre mas faz tanta merda como a explosão do missil. A contradição obscurantista.
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O Poder tem de ser oferecido de bandeja aos descomprometidos com ideologias fés. Os unicos que salvam (prefiro, desenrascam) o resto.
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Reproduzindo para o meu Portualzinho, os de agora nem conseguiram ser, não são nem conseguiram ser. Mantenham o estertor do ‘chico-espertismo academico’: entreuem o Poder aos descomprometidos de Fés e Ideologias. Resolvem isto com uma perna às costas assegurando a DEMOCRACIA e a LIBERDADE contra os Obscurantismo. E eles há cá. Mas por formação não correm atrás da taça nem de taças. Chega ?
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Para quem advoga, na senda dos radicais marxistas dos anos 70 e 80, que se repudiem as dívidas contraídas, ou seja, que não se pague o que se deve, com base no “raciocícnio” que a dívida é culpa dos credores e não dos que pediram dinheiro emprestado(*), recordo um episódio com quase 91 anos (completam-se no próximo dia 28):
O Marechal Foch, na sequência da assinatura do Tratado de Versalhes, que impôs à Alemanha derrotada um tributo formidável aos vencedores da I Grande Guerra a título de compensações de guerra, terá observado o seguinte: «Isto [o Tratado] não representa a paz. É [apenas] um armistício por 20 anos». Profético, como se viu.
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(*) – Esta linha de “pensamento” é a mesma que, nos dias de hoje, imputa à Alemanha o “pecado” de não gastar tudo o que pode pois comete o “crime” de exportar muito mais do que importa obtendo excedentes sistematicamente.
Um outro dos “crimes” que os alemães cometem é o de trabalhar mais (e melhor) que os seus pares europeus e de ter uma idade de reforma de 67 anos enquanto os Grecos, alegremente, se reformavam, em média, abaixo dos 55 anos e os portugueses, em média, abaixo dos 60. Até os franceses descobriram agora que os 60 anos de idade de reforma eram insustentáveis (e em breve descobrirão o mesmo quanto aos 62).
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Caro Euroliberal,
Pretender que pouco mais de 50 anos resolveram «definitivamente (…) a guerra civil de mil anos na Europa» «Substituindo de vez a cooperação e solidariedade à hegemonia militar unilateral e à politica das alianças» é um mero acto de fé. Corresponde a dizer que «a História acabou». Deverei concluir que é um adepto de Fukuyama?
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Como se a crise não tivesse sido fabricada,como se o troço da U.E. não tivesse sido previamente planeado,como o contexto gerado não fosse analisado previamente e como a táctica problema-reacção-solução não fosse empregue pela classe politica e quem de facto a gere.
A realidade de facto é bem mais estranha que a ficção.
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Caro Eduardo F.
É um facto. Lembre-se que só a Alemanha e a França tiveram 3 guerras devastadoras no espaço de 70 anos (1870, 1914, 1939). Dezenas de milhões norreram e a Europa ficou em ruinas. Portugal é excepção, por isso há tantos inconscientes. Se fossem ver Verdun, Estalinegrado, Leninegrado, Berlim, Auschwitz, Buchenwald falavam diferentemente. A Europa pré-UE era como se viu na Jugoslávia (porque ainda fora dela)..vizinhos que de repente se assassinam selvaticamente, além de que hoje há armas nuclearaes… Seria o fim da humanidade. O centro da Europa lembra-se bem do apocalipse e por isso tem um apego tão grande à UE. Nos últimos 70 anos todos são irmãos, não há fronteiras internas, o exército alemão e outros desfilam pacificamente com o francês nos Campos Elíseos no 14 de Julho. Nunca pode mais haver guerras internas na Europa com a UE. A cooperação substituiu a hegemonia e o jus bellum ilimitado dos antigos estados nações de soberania ilimitada.
Se não houvesse UE alguém pensa que não teriamos já tido outra guerra apocalíptica ? Que a Alemanha, de novo a maior potência continental, não tentaria de novo, por ultimatos ou pela guerra, reaver a Alsácia, a Pomerânia, a Silésia, a Prússia oriental, os Sudetas, a Austria, etc. ? Se pensam, são criminosos irresponsáveis que mereciam levar dois estalos e ser corridos a pontapé de novo para a escola para aprenderem história europeia. Andam a brincar com o fogo todos aqueles que querem destruir a UE.. só porque são caniches dos EUA e dos indecisos ingleses que não sabem o que é a guerra total, porque nunca a tiveram dentro deles, os últimos apenas porque são uma ilha…
Há agora que exportar o modelo europeu para todo o mundo para afastar definitivamente o flagelo das grandes guerras. Para isso, o regime racista de Israel, que rejeita o modelo europeu e constitui a ameaça maior à paz mundial deverá desaparecer. Respeito pelo direito internacional, proibição da guerra preventiva, resolução multilateral dos conflitos, é a única solução. Porque se falharmos a próxima guerra não matará 50 milhões, mas 10 ou 100 vezes mais. Há bombas nucleares para não deixar pedra sobre pedra…
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«Que a Alemanha, de novo a maior potência continental, não tentaria de novo, por ultimatos ou pela guerra, reaver a Alsácia, a Pomerânia, a Silésia, a Prússia oriental, os Sudetas, a Austria, etc.»
Então, para isso agora existem os gasodutos da Bismerkel.
“:OP
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#32
Caro Euroliberal,
Admiro, sem ironia, o seu optimismo. Mas perdoar-me-á que o ache perigoso.
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Está perdoado, caro Eduardo.
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Perigoso seria se a construção europeia falhasse, catastrófico, mesmo. Por isso a UE é tão forte. Ninguém, a começar pela Alemanha, quer acordar os velhos demónios…Com a UE, um poderoso narcótico, jamais acordarão do sono profundo, mas se a UE desaparecesse, cada um pensaria na sua segurança nacional em termos estritamente nacionais, como antes de 1945… Repito, há tantos idiotas em Portugal (que ainda para mais mama, mas não dá nada para a caixa comum…) porque não sabem o que é a guerra total…Os povos da Europa, quase todos, excepto 4 ou 5 que eram neutrais na última guerra, sabem-no bem e não querem o regresso da velha ordem. É esse o cimento indestrutível da UE…
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A UE é a negação, é o escape, é a negação da humanidade. É chutar o problema para cima.
É dizer que a violação não existe no casamento. É dizer que só se formos todos iguais não há guerra, ou seja se deixarmos de ser humanos.
Só com políticos fracos a Europa pode ter sucesso e paz, o caminho que tomamos é cada vez mais poder=leia-se dinheiro, clientelas nas mãos dos políticos e a negação da diferença ou humanidade.
Tal como na Jugoslávia Teremos guerra.
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Lembrem-se que a União Europeia o falhanço começou com a negação da economia. O Euro com o “escudo” invisível AAA alemão tudo permitia, a Portugal bastava entrar para um clube de ricos para enriquecer. Défices? Dívida ? que raio é que isso interessava, um incompetente Presidente até desprezou o combate ao défice em plena assembleia da Republica, Economistas e Políticos protestavam contra um défice insustentável de 3%, achavam pouco 3%!!
Na Europa os níveis de competência em vez de serem cada vez mais distribuído passou a ser cada vez mais concentrado – a imagem do que se passa em Portugal. Um polo diminuindo a redundância. No futuro só os tipos do BCE precisam de saber fazer contas. Ora quando falharem, e todos falham irá tudo ao fundo.
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Fala-se nos idiotas e eles aparecem logo…
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A união europeia tem que voltar ao que era no inicio, tem que voltar a ser a CEE, apenas e só um espaço de livre circulação de pessoas e bens, mais nada do que isso, com isso garantiu-se a paz na Europa durante 50 anos.
A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço foi formada em 1951 por obra e graça principalmente de schuman, neste modelo e como CEE foi benéfica para todos os povos da Europa, funcionou muito bem, garantiu e facilitou o comércio entre as nações, e manteve a paz, pelo contrário a ganância de alguns estados europeus é que nós pode levar á guerra novamente, com federalismos europeus e esta palhaçada do Mais Europa.
Finalmente para os que dizem que a união europeia é garante de paz e terminou com 1000 anos de guerra civil, o garante da paz foi a CECA e a CEE, esta união europeia e as ganância de alguns estados europeus, bem como estas politicas do mais Europa e os federalismos, isso é que pode por fim à paz que a CEEe o comércio livre trouxe, e não contrário.
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The horror! the horror! temos cada vez mais dinheiro e poder na mão de políticos!
Até os desgraçados dos banqueiros não passam de uns joguetes nas mãos deles.
Vêm aí os russos e os nazis atrás!
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Só com políticos fracos a Europa pode ter sucesso e paz, o caminho que tomamos é cada vez mais poder=leia-se dinheiro, clientelas nas mãos dos políticos e a negação da diferença ou humanidade.
Por favor, elejam-me se não querem o nazismo!!!!
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para JFTRANSMONTANO
ESTA TUDO DITO !
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Nacionalismozinhos de casa de banho é o que se vê por aqui. Qual a diferença entre estar subjugado ao governo de um país ou ao de uma federação europeia? O importante não é, porventura, que haja um governo a manter a ordem? Se ele está em Lisboa ou em Bruxelas é-me igual ao litro. Minto! Prefiro que esteja em Bruxelas, que é de onde me veio o pouco de bom que tenho em Portugal. Os portugueses nem servem para se governarem a si próprios. Morra o nacionalismo, morra! Pim!
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