Os jornalistas portugueses deviam explicar isto muito bem:
«La prensa italiana se silencia por la ley mordaza de Berlusconi
“La prensa está para controlar al Gobierno y el Gobierno no está para atacar constantemente a la prensa” (…) Los periodistas italianos se han lanzado este viernes a una huelga de silencio contra la ley mordaza, que prohíbe la publicación de las escuchas telefónicas en investigaciones oficiales.»(p.es)
sabendo-se que em Portugal vigora há anos uma lei de teor semelhante;
sabendo-se que em 2007 o actual governo aprovou alteração que estabelece direito de privilégio de o PM apenas ser escutado com autorização especial (coisa que parece Berlusconi se esqueceu….);
sabendo-se que há condenações de jornalistas, apreensão de material profissional, rusgas a redacções, ameaças e processos vários;
a sério que gostava muito de saber o que tem a dizer sobre o assunto.

Por cá? Uma apagada e vil tristeza.
Basta ver como reagem os franceses ao escândalo Bettencourt e o que se passa por cá, às escâncaras com o Freeport.
Por lá, a mera suspeita de que Sarkozy tenha recebido 150 mil euros, cash, levanta sérias questões. O modo como se soube? Escutas de conversas gravadas por um mordomo…
Por cá, esta semana soube-se que o MP apurou no caso Freeport que os ingleses deram a alguém 500 mil euros e escreveu-se no processe que há suspeitas de financiamento partidário…
O que acontece? Nada de nada. Melhor, acontece outra coisa: quem ousa denunciar estas coisas é logo apodado de difamador. E até o bastonário dos Advogados apoia a campanha de branqueamento, denunciando aquele que denunciou no início o escândalo e chama-lhe cabala.
Isto é uma apagada e vil tristeza. Não há honra para vender porque o bem nem escasso é: não existe.
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Jornalistas em Portugal?
Quem?
O cretino Ricardo Costa?
A sonsa Ana Lourenço?
O palerma José Alberto Carvalho?
Um tal Magalhães que nem sei classificar?
Todos estes jornalistas televisivos ganham demais para o que fazem. E se fizessem mais, passavam a ganhar menos. O paradoxo do jornalismo português é esse.
Uma tal Clara de Sousa, idem aspas?
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Gabriel Silva:
daí que…
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Não explicam porque os jornalistas portugueses antes de serem jornalistas são políticos e estão com os dois pés no barco que está a meter água. Foram eles que ajudarama vender o subprime político pois são eles a primeira peneira da aceitabilidade na Política. Só ainda não se aperceberam que o barco vai ao fundo.
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Como em tudo na vida e nas diferentes profissões há bons e maus jornalistas, há bons e maus patrões.
O que acontece em Portugal é que temos mau jornalismo porque temos maus patrões.
E temos maus patrões porque o patronato é controlado pela Direita.
Pra bom entendedor…
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No DN, a escrever colunas de opinião, também os há aos molhos.
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Se deixarem livres os Jornalistas (como a Constituição prescreve) já teríamos uma meia dúzia de xuxalistas hóspedes das prisões) desde o Caso Macau, os Diamentes de Angola, o Caso Casa Pia, o Freeport,
a tentativa de compra da TVI pela PT,
o ataque inconstitucional à Imprensa Livre . . .
Mas o Pinto Monteiro e o de Sousa são sócios indefectíveis . . .
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