A sério?
14 Julho, 2010
«Ana Vidigal é pintora e nunca lhe passou pela cabeça ter filhos» – este título é a coisa mais parva que li nos últimos tempos. É certo que esta sina do “tem filhos e concilia” e do “não quer ter filhos” é um item quase obrigatório nas entrevistas às mulheres. Mas puxar isso para título numa entrevista suscitada por uma exposição é um exercício rebuscadíssimo.
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20 comentários
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BLASFÉMIAS 
Além disso, ter filhos é uma coisa que não passa pela cabeça, acho eu, mas por outro lado, não?
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Palavras para quê? São duas artistas portuguesas.
Apenas um aparte: eu fui para a guerra, não morri, e a minha familia não se desfez. Convem não generalizar certas coisas, só porque parecem politicamente correctas.
2º aparte: conheço muitas meninas que andaram nas Doroteias, e até me casei com uma que teve 5 filhos, e tem uma bem sucedida carreira profissional. Há opções na vida, como ter ou não filhos, que são respeitaveis; e não é preciso arranjar desculpas parvas como a sra pintora arranjou para as justificar.
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Who cares ?
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Segundo entendo, o “problema” não é a afirmação da pintora. Será o facto dessa afirmação ter sido escolhida para título.
A afirmação não me surpreende. É a afirmação que qualquer freira fará e ela foi educada nas Doroteias.
Quanto ao título, pretenderá sublinhar essa característica, porventura marcante do trabalho da pintora.
A Helena não gosta do título.
Ponto final.
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Fóra de tema mas interessante:
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É este tratamento do tempo da i GUerra Mundial mais eficaz que a quimioterapia na luta contra o cancro e não só actualmente usado em vários Países Europeus ?
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The Real Scoop On Ozone Therapy
http://www.healthiertalk.com/real-scoop-ozone-therapy-2072
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Antes isso do que “tenho um filho e tal… mas é só meu e o resto não interessa”…
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A menina limpa corresponde ao modelo de uma família conservadora. Uma família de mulheres que estudaram, mas não trabalharam. Todas as minhas amigas de infância e adolescência casaram e tiveram filhos. Sou a única que exerço uma profissão que não me dá disponibilidade para mais nada. Sou uma menina de colégio de freiras. Andei até aos 15 anos, até 1976, nas Doroteias.
(…)
Com dez, 12 anos, eram referências clássicas. Como a Vieira da Silva, que não teve filhos.
Tem uma profissão que a impede de ter filhos (?)
Nunca os quis ter porque os seus ídolos também os não tinham tido.
Palavras para quê? Fica aqui o resumo do que sai daquele cerebelo.
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Não será tudo apenas uma questão de pincéis?
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Muito francamente não me interessam as razões que levaram a artista a ter ou não ter filhos. O que não entendo é a construção gramatical presente na frase “Ana Vidigal é pintora e nunca lhe passou pela cabeça ter filhos”
Aquela conjunção coordenada – e – não faz ali qualquer sentido
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Naturalmente que não faz qualquer sentido.
Mas achei também fantástica a pergunta da entrevistadora: «Essa cama é o lugar da ausência do pai, é o lugar do amor, do sexo. A peça representa também a filha que se mete na cama dos pais?»
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Uma entrevista banal, entediante, ‘redonda’, que em nada ajuda a “compreender” a sua produção — também é certo que pouco há de excepcional para perceber…
Entrevistadora e entrevistada “ambas as duas” do regime.
O título é de facto aparvalhado.
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Adenda:
ao segundo parágrafo, “ambas as duas” mexem-se muito bem no regime.
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Talves o título não provocasse tantos pruridos se fosse:
“Ana Vidigal é pintora e tem três filhos, seis netos e doze bisnetos”
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ops
TALVEZ
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à atenção de médicos, familiares de doentes em coma e defensores da eutanásia:
http://www.sabado.pt/Multimedia/Videos/Mundo/homem-em-coma-pisca-os-olhos.aspx
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#10:
prepara caminho para a legalização do incesto, mais um passa gigante para a “civilização”?
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Por que razão é que uma boa parte das entrevistas a pseudo-intelectuais têm sempre uma pergunta referente ao 25 de Abril de 1974, mesmo àqueles que na altura nem espermatozóides eram?
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Eu vou mais longe, o título não é só a coisa mais parva, é profundamente estúpido.
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Outro descarrilamento da sociedade actual:
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Nos ultimos 20/30 anos tem diminuido substancialmente a natalidade e aumentado o desemprego !
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ó helena matos não perca tempo com a ana vidigal, o jugular incomoda… temos pena!
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