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Tem de se ler

4 Agosto, 2010
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As declarações do Procurador-Geral da República“, por Luís Menezes Leitão no Lei e Ordem.

11 comentários leave one →
  1. António P. Castro's avatar
    António P. Castro permalink
    4 Agosto, 2010 20:28

    Excelente. Parabéns a Menezes Leitão pela concisão e a clareza.
    Será que a AR e o PR estão a banhos (já que o País não pode contar com o Governo)?

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  2. Dazulpintado's avatar
    Dazulpintado permalink
    4 Agosto, 2010 21:08

    Tem razão, sem dúvida. A questão é que este post poderia ter sido escrito aquando da tomada de posse do PGR. Os nossos jornalistas é que se esqueceram de perguntar a Pinto Monteiro porque, razão aceitava o cargo se achava que lhe faltavam competências.

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  3. Dazulpintado's avatar
    Dazulpintado permalink
    4 Agosto, 2010 21:09

    Pinto Monteiro, porque razão…

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  4. MJRB's avatar
    4 Agosto, 2010 21:34

    Dazulpintado,

    PMonteiro aceitou o cargo por vaidade pessoal, para mais estatuto social, por maior relevância entre-pares.
    Assim, e por o que se tem notado, pelos posicionamentos e resultados, aceitou o cargo também porque é “a pessoa certa no lugar certo”, desde o momento da tomada de posse.
    Estas “matérias” não se tratam de ânimo leve e só por simpatias… Sócrates e o PS sabem ‘mexer-se’ muitíssimo bem na área da justiça.

    Um magistrado absolutamente apartidário, invulnerável a influências e a pedidos, cumpridor da Lei, defensor e promotor da Justiça, não poderia ser nomeado para PGR, por Sócrates.

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  5. MJRB's avatar
    4 Agosto, 2010 22:03

    Acresce que o Sindicato dos Magistrados já lhe respondeu e questionou adequadamente.

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  6. MJRB's avatar
    4 Agosto, 2010 22:26

    A propósito, via “Portugal dos Pequeninos”, sugiro a leitura do post de Luís MJorge no “Vida Breve”.
    Sucinto e na mouche do desespero e patetice(*) “socialista”.

    (*) Só de pensar que os eleitores elegem Galambas…

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  7. AL's avatar
    4 Agosto, 2010 22:34

    Afigura-se-nos que o grande problema está na luta que existe entre as “magistraturas”.

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  8. José's avatar
    José permalink
    4 Agosto, 2010 23:26

    Al:

    Que luta? Não vejo nenhuma luta nas magistraturas. Vejo o poder político do PS, associado a este PGR ( e com Marinho Pinto a apoiar) em luta com a magistratura do MP. Isso vejo bem e só não vê quem não quer. A outra luta não entendo onde está, mas talvez seja capaz de no-la indicar…

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  9. José's avatar
    José permalink
    5 Agosto, 2010 00:20

    Para se perceber melhor o que está em jogo, publico aqui um texto que escrevi no meu blog:

    Ministério Público em Portugal, tal como noutros países, é uma instituição muito antiga, com ecos da sua existência já na Idade Média. Fundamentalmente existe desde sempre, para defender a Sociedade contra as violações da Lei. Seja por quem for, incluindo por isso e principalmente quem tem poder para tal, ou seja o Executivo.

    O problema da autonomia do MP, foi sempre premente e no séc XIX já era uma questão premente a amovibilidade dos seus magistrados que sempre o foram. Esta particularidade em permitir a outros poderes do Estado, mormente o Executivo, a faculdade em transferir livremente dentro da mesma classe ou categoria os magistrados, constituiu sempre o nó górdio da autonomia, o que constituía uma prerrogativa do poder para controlar a magistratura.
    Em 1962, o Estatuto Judiciário ainda agravou mais essa dependência do MP face ao Executivo, ao tornar mais rígida a hierarquia que tinha no cume a imediata subordinação do PGR ao Ministro da Justiça. Este tinha a faculdade acrescida de “ditar normas de procedimento aos agentes do Ministério Público sobre o exercício das suas atribuições relativamente à prevenção e repressão criminal.”
    Nessa altura e até 1974, a magistratura do MP ainda que formalmente paralela à judicial, era apenas vestibular desta. Os magistrados do MP, nesse tempo, eram apenas aprendizes de juizes, passando o tempo de funções no MP a prepararem-se para a função judicial a que acediam por concurso.

    Pinto Monteiro é um filho deste sistema. E parece que dele não evoluiu tendo em conta as ideias expressas ultimamente sobre o MP e a característica do PGR como “rainha da Inglaterra”.

    Em 1978, o novo Estatuto do MP concedeu a esta magistratura uma carta de alforria autonómica. Logo nessa altura, o primeiro PGR da era democrática, Arala Chaves, pensava que a autonomia do MP era um “aquis” importante e por isso disse num discurso de 1984, por ocasião de uma homenagem que lhe prestaram: ” O espírito e a missão do Ministério Público não são mais os de um bloco fundado numa rígida vinculação hierárquica até ao Poder Político para levar suspeitosamente até aos Tribunais os interesses ou as opiniões deste Poder”.
    E salientava que era muito significativo que o Ministério Publico tivesse cessado de estar vinculado ao Governo, institucionalmente, e de lhe dever obediência e por isso devesse recusar instruções, quando ilegais e que pudesse recusá-las com base na grave violação da consciência jurídica. Fundamentalmente, são estes os traços da autonomia.

    Para a consagração deste quadro normativo foi essencial o papel desempenhado pelo Sindicato dos Magistrados do MP que alguns pretendem agora ilegalizar e que o procuradro-geral ontem vilipendiou, apodando os seus membros actuais de interessados em agir em nome pessoal e imitando partidos políticos. Grave, esta afirmação? Gravíssima como nenhuma outra proferida contra o sindicato. Nem Jorge Miranda o constitucionalista que sempre se opôs ao sindicalismo nas magistraturas foi alguma vez tão longe.

    Passados mais de trinta anos sobre a consagração desta autonomia do MP, continua a ser este o problema fundamental que se equaciona mais uma vez: a independência do MP face ao poder político, mormente o Executivo, do modo externo. E no modo interno, a autonomia face à hierarquia, definida com o recorte da possibilidade de recusa de instruções ilegais e/ou violadoras da consciência jurídica e a consagração de outros princípios fundamentais como a inamovibilidade dos magistrados.
    Vemos actualmente, como pontas de lança do regresso ao passado do Estado Novo, o actual PGR Pinto Monteiro e o incrível Marinho e Pinto, o antifascista que se gaba de ter sido preso pela polícia política daquele tempo, mas quer o regresso ao passado no MP…

    Antes de 25 de Abril de 1974, a autonomia do MP não existia pura e simplesmente. A partir de 1978, passou a existir com o recorte que conhecemos. A partir de 1991, a autonomia passou a consagração constitucional e é neste ponto que os partidos portugueses pretendem agora intervir: afastar a noção de autonomia do MP do texto constitucional, para mais facilmente, através de instrumentos de legalidade governamental, alterar essa característica essencial do MP.
    É isso que o Partido Socialista e o Partido Social-Democrata se preparam para fazer. Que o PS o queira, não admira perante o historial recente deste partido em conflito permanente com o MP nos últimos anos devido a problemas graves de índole criminal de alguns dos seus dirigentes, mormente no caso Casa Pia e escândalos recentes.
    Agora, o PSD…é caso para desconfiar que apenas pretendem pôr as barbas de molho. Preventivamente.

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  10. José's avatar
    José permalink
    5 Agosto, 2010 00:57

    Entretanto, Proença de Carvalho e José Miguel Júdice já apareceram na tv…o que era inevitável.

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  11. MJRB's avatar
    5 Agosto, 2010 01:10

    José 10,

    Óbvio: os pronto-socorro do ESQUEMA em acção…

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