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Como multiplicar a pobreza…

5 Agosto, 2010

…somando incompetência, subtraindo as bases e dividindo… o mal pelas aldeias.
“O mau ensino da Matemática nas escolas portuguesas constitui umas das principais causas da nossa pobreza crónica. (…)Neste sistema absurdo, os alunos são afinal os menos culpados, os últimos dos responsáveis.”
Ontem, no Jornal de Notícias.

42 comentários leave one →
  1. MJRB's avatar
    5 Agosto, 2010 01:36

    Surgirá uma geração que comprometerá pontualmente o desenvolvimento do país.
    E se as propostas da actual ministra vingarem, surgirá outra geração inócua, inculta, impreparada.

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  2. nonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 02:39

    Será Que Com Um Gráfico Dá Para Perceber Melhor?

    Há estudos sobre a evolução da literacia na Europa. Este nem é muito novo, pois já o comprei há coisa de uma década. Mas tem diversos quadros muito interessantes. O que se segue é um deles (p. 20 do livrinho cuja capa inclui no fim do post, só para quem quiser confirmar). Como se sabe, em Portugal por esta altura, a alfabetização era inferior a 25%. Tomem lá atenção aos valores da literacia (que não corresponde bem ao mesmo de alfabetização, mas antes correspondesse, pois para Portugal nem há números fiáveis) e vejam lá se entendem a ligeiríssima diferença sobre o estado de desenvolvimento educacional de alguns países há 120 anos:
    http://www.educar.wordpress.com/2010/08/04/sera-que-com-um-graifico-da-para-perceber-melhor-assim/
    Da esquerda para a direita, estão destacados a Grã-Bretanha, a Dinamarca, a Suécia e Portugal (com a seta inferior). Dá para encaixar que em 1890 aqueles países já tinham ultrapassado os 90% de literacia, quando nós mal descolávamos dos 20%?

    Acham que esses países atingiram esses níveis dizendo aos alunos ide à escola que todos passam e daqui a 100 anos fazemos um brilharete nos testes PISA?

    Haja paciência.

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  3. nonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 02:43

    ERRADO. Há excelentes professores e excelentes alunos (brinlhantíssimos)a Matemática. Gerações de brilhantes investigadores, engenheiros, físicos e informáticos saídos das escolas portuguesas que dão “cartas” no estrangeiro, como sabemos.

    AH. A base da aprendizagem da Matemática é o domínio da LÍNGUA PORTUGUESA. E a MÚSICA. – Retirem-se as devidas conclusões.

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  4. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 02:51

    As boas práticas médicas são determinadas por médicos, as jurídicas por juristas, as musicais por músicos e assim sucessivamente; mas as dos professores são determinadas por economistas, sociólogos, psicólogos, gestores e até (ou sobretudo) por motoristas de táxi: por toda a gente excepto por professores.

    Por que é que o Paulo Morais não escreve sobre o seu sector de actividade? O Ensino Superior? E vai ter opinião sobre um sector e actividade que desconhece totalmente? Admita. É leigo na matéria. Sabe menos que um taxista. Verdade?

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  5. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 03:14

    A música, essa aliada esquecida da matemática

    A pretexto de uma conferência com especialistas internacionais para debater o insucesso na disciplinade Matemática em Portugal, a Ministra da Educação veio chamar a atenção para o “passivo
    enorme” nesta área. Atribuídas (mais uma vez) as culpas aos professores, estando presentemente alguns milhares a receber formação contínua nesta matéria; lançado um Plano de Acção para a
    Matemática,aumentando a carga horária na disciplina, resta‐nos prever quais serão as recomendações que resultarão de mais esta conferência.
    Porventura os sucessivos responsáveis pela pasta da educação em Portugal – eles próprios fruto de uma sociedade com fraquíssima cultura musical – não têm sido sensíveis ao papel fundamental
    que a música pode e deve ter na formação integral do indivíduo, não só ao nível da sensibilidade estética e dodesenvolvimento emocional mas também ao nível da estruturação do pensamento lógico e do raciocínio matemático/geométrico, estimulando a concentração, disciplinando a actividade de grupo, favorecendo
    a comunicação, a cooperação e a entreajuda – tudo isto num clima de grande criatividade e franco prazer.
    No entanto, desde Pitágoras – que para além de um contributo fundamental para a Matemática e a Geometria, também estabeleceu as bases da Teoria Musical – têm vindo a comprovar‐se as muito
    estreitas relações entre a Música e a Matemática.
    Na verdade, vários estudos revelam que a maioria dos jovens que aprendem música, para além de serem alunos mais criativos em todas as áreas, também obtêm bons resultados em Matemática, sendo
    certo que, para alem de um papel muito positivo no ensino de crianças disléxicas e autistas, a Música é,
    de facto, aquela aliada que, como por encanto, leva qualquer criança a fazer a ponte entre o concreto e o abstracto, levando‐a a descobrir novas formas de comunicação e linguagem e ajudando‐a assim a apreender a lógica e a simbólica da Matemática.
    A Educação Musical consta, de facto, do currículo da escola em Portugal desde 1971, ano da reforma de Veiga Simão que introduziu alterações significativas neste campo. No entanto, ao contrário do que sucede em muitos outros países, para lá de se iniciar já numa idade tardia, a Educação Musical tem estado confinada ao 2º Ciclo do ensino básico – no 3º Ciclo tem expressão muitíssimo
    limitada – e, a partir da última reforma curricular, a sua carga horária sofreu mesmo uma redução substancial de 45 m,passando a dispor apenas de 90 m semanais.
    Foi feita alguma avaliação destas reformas?
    Ainda a este propósito, é importante também referir que uma manifesta falta de instrumentos disponíveis nas salas de aula – e o facto de muitos dos que existem já estarem danificados – o que
    limita, muitas vezes, os professores a um ensino elementar da prática de flauta, impedindo, dessa forma, os alunos de adquirirem as “competências” (irrealistas) previstas para a
    disciplina pelo próprio Ministério da Educação.

    Como se tudo isto não bastasse, mais recentemente ainda, sob a capa de uma alegada “Democratização do Ensino Artístico” o Governo decidiu acabar com o chamado regime de ensino supletivo,
    que permitia a frequência de disciplinas de formação especializada nos Conservatórios, a par das de formação geral numa escola à sua escolha.
    Promovida pela Unesco, teve lugar em Lisboa, em 2006, a 1ªConferência Mundial de Educação Artística,da qual resultaram orientações importantes no domínio da educação artística. A sua
    aplicabilidade foi debatida no ano seguinte na Conferência Nacional de Educação Artística. Que repercussões
    têm tido eventos como estes no ensino da Música em Portugal?
    O Ministério da Educação insiste agora na avaliação dos professores mas não deveria ser o próprio Ministério a ser objecto de avaliação, entre outras coisas, pela sua manifesta desatenção relativamente ao ensino da Música?
    Ainda vamos a tempo de investir numa formação musical de qualidade desde o jardim de infância, da qual a Matemática, bem como as outras áreas possam vir a beneficiar e de que possa
    resultar um maior equilíbrio emocional dos jovens.
    Sigamos então as tão apregoadas “boas práticas”: sigamos o exemplo da Finlândia onde os pais podem mandar os filhos para escolas de música patrocinadas pelo estado desde tenra idade;
    sigamos o exemplo da própria Venezuela (retratado numa reportagem transmitida na televisão há dias), onde a fundação «El Sistema» recorre à música para reabilitar, ensinar e proteger crianças de
    meios desfavorecidos, prevenindo comportamentos criminosos…!
    Leibniz (filósofo e matemático alemão) afirmou: Musica est exercitium arithmeticae occultum nescientis se numerare animi (A música é o exercício oculto de matemática do espírito que não se
    apercebe que calcula).
    Os fracos resultados dos estudantes portugueses na disciplina de matemática estarão, seguramente, na proporção exacta do desprezo que tem sido dado ao ensino da Música na Escola Pública.
    Isabel Guerreiro
    Professora de Educação Musical do Ensino Público
    Monte Estoril

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  6. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 03:51

    Os números do PISA. Quem é quem com melhores resultados a Matemática, Ciências e Leitura?
    21 Fevereiro de 2009

    O Estudo Internacional que avalia as competências dos alunos até aos 15 anos, através de exames de matemática, Ciências e Leitura, vulgarmente conhecido por PISA, dá-nos a seguinte resposta:
    Finlândia: 1º em Ciências; 2º em Matemática; 2º em Leitura. Canadá: 3º em Ciências; 4º em Leitura; 4º em Matemática. Coreia do Sul: 11º em Ciências; 1º em Leitura; 4º em Matemática. Japão: 6º em Ciências; 15º em Leitura; 10º em Matemática. Noruega: 33º em Ciências; 25º em leitura; 29º em Matemática. Espanha: 31º em Ciências; 35º em Leitura; 32º em Matemática. França: 25º em Ciências; 23º em Leitura; 23º em Matemática.
    Portugal está à frente da Espanha, com resultados muito semelhantes aos de França. Os países mediterrânicos, Portugal, Espanha, França, Grécia, Turquia e Itália, têm resultados semelhantes. Encontram-se a meio da tabela ou um pouco mais para trás. Ao contrário do que o Governo de Sócrates quis fazer crer, os alunos portugueses tiveram, em 2006, um desempenho muito razoável nos testes do PISA.
    http://www.profblog.org/2009/02/os-numeros-do-pisa-quem-e-quem-com.html

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  7. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    5 Agosto, 2010 09:25

    #6 ERRADO
    Essa coisa de confiar em “números” fornecidos por países costumeiramente aldrabões e no nosso caso super-aldrabões só ilude quem quer.

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  8. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    5 Agosto, 2010 09:38

    “As boas práticas médicas são determinadas por médicos, as jurídicas por juristas, as musicais por músicos e assim sucessivamente; mas as dos professores são determinadas por economistas, sociólogos, psicólogos, gestores e até (ou sobretudo) por motoristas de táxi: por toda a gente excepto por professores.”

    Os professores demitiram-se, deram todo o poder ao Ministério e aos Sindicatos por troca de um prato de lentilhas.

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  9. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    5 Agosto, 2010 11:51

    Até agora ninguém deu um parecer válido ao papel da Escola na sociedade. Para que serve a escola? Certamente não é para ensinar a pensar. É para preparar profissionais para as diversas tarefas do trabalho humano. Pode-se detestar, pode-se até chamar isto injustamente de neoliberalismo, mas não deixa de ser verdade.

    O grande problema é que ainda não sabemos o que queremos do nosso profissional; ou se o sabemos, e a escola o prepara intencionalmente, então é de assustar a opção de tipologia profissional. Um bom profissional é especialista no seu ramo (não se o pode ser em todos). Um bom profissional é autónomo, e tem capacidade de sair do âmbito específico dos seus conhecimentos profissionais e buscar soluções e melhorias transversalmente aos diversos campos do conhecimento.

    Como é que se busca essa autonomia? Na minha opinião, exigindo dos alunos. Fui, por quatro anos, professor no ensino superior, e sei que eles dão o que se lhes exige, desde que o professor saiba ensinar.

    A filosofia é importante para um engenheiro? Certamente. A música para um torneiro? Claro que sim. A matemática para um professor de língua portuguesa? Sim. Aprende-se a pensar autonomamente com um grande acervo de conhecimentos que não se limite ao de cariz estritamente prático. Um profissional que pensa autonomamente é um profissional que resolve problemas mais depressa, para seu benefício e da sociedade. E um profissional que se adapta mais facilmente, caso as mudanças sociais exijam a sua requalificação.

    Que profissionais temos hoje? A julgar pelos nossos funcionários públicos (os que mais barulho fazem), temos funcionários obtusos, mecânicos e inadaptáveis; almejando manter os seus privilégios enquanto puderem em vez de proactivamente(*) procurarem mudar a situação em que se encontram, requalificando-se e obtendo novas competências.

    A escola pública que temos, mau grado o desperdício de dinheiros públicos que tem sido, não prepara profissionais para o mercado de trabalho. Limita-se a passar os alunos, sem critérios de aprendizagem ou real avaliação dos docentes e dos discentes. Qual foi o último professor despedido por pura incompetência? Se casos houve de professores a quem fosse aconselhado que procurassem uma nova profissão porque não serviam para o ensino, não os conheço.

    Assim sendo, fosse eu ministro da educação, teria o cuidado de tomar algumas medidas:

    1) Os livros são nacionais, não resuráveis, propriedade da escola e emprestados aos pais mediante uma caução, recuperável em 80%. Os livros de matemática e de física são baseados em livros soviéticos (que são excelentes textos, muito claros). Custo para a escola: 0. Após seis anos, o livro está pago com uma taxa de 3% ao ano em capitalização composta. Custo para os pais: 20% do que tem sido até hoje em livros escolares.

    2) Os programas são exigentes. As derivadas podem bem ser ensinadas no 10.º ano (foram-no já em outros tempos). A máquina de calcular em aulas *de matemática* é proibida, e aconselhada em disciplinas de aplicação (física, estatística, disciplinas técnicas).

    3) Reintroduzir filosofia, em pleno direito. Alargar música até ao 9.º ano. Fazer depender a avaliação dos professores de música a constituição de bandas/orquestras escolares. Fazer depender a avaliação dos professores de português a animação de grupos de escrita ou teatro. Fazer depender a avaliação dos professores de física da organização de «mostras de ciência» pelos alunos. Se os professores não quiserem alinhar, dizer-lhes claramente que há quem esteja desempregado e queira alinhar. Se fizerem barulho, cumprir a ameaça.

    4) Acabar com PNL, área projecto. PNL deve ser dado nas aulas de português (resumos de leitura de livros elaborados pelos alunos podem ajudar). Área projecto é um aborto em si, provindo das mentes fantásticas dos funcionários do Ministério, quase todos sem filhos.

    5) Acabar com as TIC. O pouco que se ensina nas TIC pode ser introduzido através de trabalhos. Aliás, até ao 9.º ano desencoraja-se ou proíbe-se trabalhos dactilografados. Escrito à mão, não há hipótese de o texto ter sido copiado de um sítio qualquer, sem pelo menos uma leitura.

    6) Acabar com as novas oportunidades. Ninguém reclama mais nem faz menos do que aqueles que recebem algo de graça. E sinceramente, para gastar EUR 300.000 (o custo de um curso EFA) para não formar pessoas que no fim do curso não se querem dedicar à profissão, é mesmo dinheiro deitado à rua, e desmoraliza os que se esforçam para fazer algo de si próprios.

    Medidas adicionais são exercício para o leitor. Eu seria assassinado pelos editores por 1), pelos professores por quase todas as outras e pelas empresas de formação pela última.

    Francisco Colaço

    (*) Já tentei, mas ainda não consigo adoptar a nova grafia, embora concorde plenamente com ela.

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  10. LMR's avatar
    5 Agosto, 2010 11:58

    Ainda por cima, os números PISA prejudicam-nos, dada a nossa elevada taxa de retenção e o facto de os testes serem escalonados por idade. E a aldrabice tem pouco a ver com isto; não é o ministro que manda lá para fora uns números a gosto.

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  11. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 12:31

    Caro Paulo Morais:
    Tens a certeza que…
    a) … no ensino secundário há muito mais alunos a fugir da Matemática do que a optar pela Matemática?
    b) … no ensino superior são diplomados descomunalmente muito mais alunos em humanísticas do que em ciências?
    c) … em comparações honestas internacionalmente credíveis os alunos portugueses sabem muito menos Matemática do que os alunos de outros países com a mesma idade?

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  12. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 12:45

    Diplomados do ensino superior em 2008
    http://www.gpeari.mctes.pt/archive/doc/Tabelas_e_Anexos_diplomados2000_2008WEB.xls
    Tabela 2

    Educação_________________________________________________5398

    Artes e Humanidades______________________________________7474
    Ciências Sociais, Comércio e Direito____________________23525

    Ciências, Matemática e Informática_______________________6294
    Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção_____17037
    Agricultura______________________________________________2046
    Saúde e Protecção Social________________________________17398

    Serviços_________________________________________________4837

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  13. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 13:01

    Diplomados em Ciência e Tecnologia por 1000 habitantes em 2007 com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos

    http://www.gpeari.mctes.pt/archive/doc/Tabelas_e_Anexos_diplomados2000_2008WEB.xls
    Tabela 3

    Países 2006-07
    Alemanha 11.4
    Áustria 11.0
    Bélgica 14.0
    Bulgária 8.4
    Chipre 4.2
    Croácia 6.8
    Dinamarca 16.4
    Eslováquia 11.9
    Eslovénia 9.8
    Espanha 11.2
    Estados Unidos 10.1
    Estónia 13.3
    Finlândia 18.8
    França 20.5
    Grécia 8.5
    Holanda 8.9
    Hungria 6.4
    Irlanda 18.7
    Islândia 10.2
    Itália 8.2
    Japão 14.4
    Letónia 9.2
    Liechtenstein 10.5
    Lituânia 18.1
    Macedónia (Antiga República Jugoslava da) 4.6
    Malta 7.1
    Noruega 9.3
    Polónia 13.9
    Portugal 18.1
    Reino Unido 17.5
    República Checa 12.0
    Roménia 11.9
    Suécia 13.6
    Suiça 17.9
    Turquia 6.7
    União Europeia (27 países) 13.4

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  14. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 13:23

    Alunos que realizaram exames do 12º ano 1ª fase

    Click to access np3content

    Português e Literatura Portuguesa (Obrigatória uma ou outra) 69000
    Matemática A, Matemática B e Matemática Aplicada âs Ciências Sociais (Opções em qualquer dos casos) 53000

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  15. LMR's avatar
    5 Agosto, 2010 13:33

    Contra factos, não há argumentos, só lugares-comuns.

    http://viasfacto.blogspot.com/2010/08/elevar-ignorancia-ponto-de-vista-velha.html

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  16. LMR's avatar
    5 Agosto, 2010 13:37

    #7

    Já agora, veja como são obtidos os números do PISA:

    http://www.oecd.org/document/29/0,3343,en_32252351_32235918_33641501_1_1_1_1,00.html

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  17. tictac's avatar
    tictac permalink
    5 Agosto, 2010 13:59

    Em resposta ao senhor Francisco Colaço:

    “5) Acabar com as TIC. O pouco que se ensina nas TIC pode ser introduzido através de trabalhos. Aliás, até ao 9.º ano desencoraja-se ou proíbe-se trabalhos dactilografados. Escrito à mão, não há hipótese de o texto ter sido copiado de um sítio qualquer, sem pelo menos uma leitura.”

    “O pouco que se ensina” – fale por si e pelos prof de ITIC que conhece. Nas minhas aulas de ITIC ensina-se muito mais do que dactilografia e apresentações electrónicas (aliás isto tudo é mesmo relegado para o último período lectivo). Conceitos básicos sobre Internet, sistemas operativos e funcionamento básico dum computador pessoal, é o que realmente importa nesta disciplina. Sou ainda totalmente a favor de eliminar o processamento de texto e apresentações electrónicas, em benefício de algo do género “introdução à algoritmia”.

    Já agora, aconselho-o a ler o programa da disciplina ITIC, quanto mais não seja para aprender o nome correcto da disciplina.

    Mas mesmo que a disciplina ITIC seja inútil, o que o senhor Francisco Colaço ignora é que os prof de ITIC têm sido usados como técnicos/formadores de Informática não remunerados, muitas vezes a corrigir as asneiras das empresas de Informática avençadas compostas por incompetentes que fizeram o curso nos CEF.

    Treinador de bancada também eu sou se quiser…

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  18. Me's avatar
    5 Agosto, 2010 14:52

    também acho. a mat é fundamental para se organizar e planear tarefas. dá um esquema mental que conduz naturalmente à produtividade. mais produção com menos horas de trabalho e menor gasto de recursos.

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  19. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    5 Agosto, 2010 15:01

    Arnaldo,

    Esses números cingem-se, pela sua dimensão, ao ensino público. Há a componente privada e cooperativa, que desequilibra a balança para as humanidades. Atenção que o item Saúde e Protecção Social tanto engloba medicina e enfermagem como serviço social, a última das quais um curso de papel e lápis (contudo necessário, embora com licenciados excessivos).

    Negar que um licenciado pelo ensino privado e cooperativo existe é negar a autoridade do Estado, que anteriormente havia aprovado a existência desses cursos. Tanto estão nas caixas do Continente licenciadas pela Universidade de Coimbra como pela Universidade Moderna, podendo nós ter opinião diversa sobre a qualidade dos cursos das diferentes universidades. Se é certo que o ensino particular e cooperativo, com uma ou duas honrosas excepções, tem-se dedicado a formar licenciados em condições duvidosas (por FAX e ao Domingo, ao que se crê), o facto é que 1) existe, 2) foi reconhecido pelo Estado Português e 3) o Paulo Morais tem, ao mencionar a disparidade, carradas de razão.

    Não acreditando, Arnaldo, que tenha manipulado maliciosamente a verdade, peço que aceite este pequeno averbamento. De qualquer modo, posso asserverar-lhe que, quando eu andava a ensinar no ensino superior, os departamentos de engenharia nas universidades públicas, como o meu, definhavam à míngua de candidatos enquanto as ciências humanas estavam sempre cheias. É bom ver que as estatísticas mostram agora algum equilíbrio.

    Francisco Colaço

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  20. proftic's avatar
    proftic permalink
    5 Agosto, 2010 17:18

    Já que me apagaram o comentário que tinha enviado, repito-o:

    “5) Acabar com as TIC. O pouco que se ensina nas TIC pode ser introduzido através de trabalhos. Aliás, até ao 9.º ano desencoraja-se ou proíbe-se trabalhos dactilografados. Escrito à mão, não há hipótese de o texto ter sido copiado de um sítio qualquer, sem pelo menos uma leitura.”

    O senhor Francisco Colaço deve ter um problema qualquer com as TIC para tratar ao mesmo nível do PNL e da Filosofia uma disciplina com 90 minutos semanais no último ano de TODA a (antiga) escolaridade obrigatória! É estranho que não tenha referido Área Projecto, que é leccionada desde o 5º Ano!

    Se se ensina pouco nas TIC, fale por si e pelos prof de TIC que conhece. Na minha disciplina – que se chama ITIC, como deve saber da leitura pormenorizada do respectivo programa que, decerto, fez – ensina-se muito (e seriamente) sobre os conceitos básicos de Informática, sistemas operativos e Internet; e, apenas no último período, funções básicas de processamento de texto e apresentações electrónicas (que eu substituiria alegremente por um capítulo de algoritmia).

    Na minha disciplina não há trabalhos mas sim testes sumativos individuais em TODAS as unidades. E quem não sabe o mínimo, não transita. Trabalhos trazidos de casa não valem nada. Menos para o senhor Francisco Colaço, claro, que de bom grado os aceitaria para avaliar a proficiência dos alunos na utilização de programas informáticos. Gostava que me explicasse como avaliaria se os alunos sabem a diferença entre uma memória RAM e uma ROM – ou se calhar isso não é importante…

    Acabar com as TIC teria outro problema: o trabalho técnico/formativo, não remunerado, que actualmente muitos prof de TIC desenvolvem nas escolas, teria de ser entregue a empresas de Informática. Por acaso o senhor Francisco Colaço não andará à procura duma avençazita?

    Espero que não me apaguem o comentário.

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  21. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 17:35

    # 7

    Neste caso, está você errado.
    Trata-se do PISA. Aqui não não existe “conluios” políticos. Eles testam tudo directamente por meios de total fiabilidade técnica.

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  22. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 17:37

    # 8

    Verdade? Não me diga. Foi o único grupo profissional que se opôs totalmente a este desgoverno e ás suas políticas e você tem a “lata” de dizer o contrário.

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  23. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 17:43

    # 8

    É capaz de nomear algum professor que foi chamado a pronunciar-se nos meios de comunicação social sobre o que se estava a passar no sector? Somente, ultimamente, um ou outro professor consegue ter um “pequenito tempo de antena”.

    O povinho e as patéticas “elites” cairam em cima dos professores como uma matilha de cães esfaimados sem se darem ao trabalho básico de se questionar quem teria razão -e bastava consultar alguns documentos fidedignos …

    Nos regimes autoritários, as pessoas ficam todas totós – deixam-se manipular. Salvam-se os lúcidos!

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  24. LMR's avatar
    5 Agosto, 2010 17:52

    Francisco Colaço,

    Olhe que pelo menos os dados do comentário #13 são universais.

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  25. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 18:00

    O PISA é o único Estudo Internacional com total credibilidade em que Portugal participa, pois a metodologia é padronizada e a Equipa de Técnicos que o compõem controla todos os procedimentos nas Escolas dos países. Compete ainda aos Técnicos do Estudo a realização dos relatórios finais.

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  26. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 18:03

    # 13

    Já sabia que estamos muito bem cotados nos rankings internacionais. O Paulo Morais não sabe, de facto, do que escreve, nem se deu ao trabalho de pesquisar (…)

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  27. gigi's avatar
    5 Agosto, 2010 18:11

    Ministra não quer chumbos nas Escolas

    Sistema ensino-aprendizagem substituído pelo sistema de entrega e recolha de jovens
    Mas esta ministra deve andar muito distraída…
    Porque chumbos, nas escolas básicas, já só os há residualmente.
    Quem não leva um papel e um lápis para as aulas, não faz um único teste – nem sequer os lê – não faz absolutamente nada durante todo o ano, acaba quase sempre por passar.
    Quando os professores os não passam, passa-os o “conselho pedagógico” – maravilhoso órgão com um ainda mais maravilhoso nome, que invariavelmente trata de tudo menos de pedagogia.

    Mas afinal quem é que chumba hoje em dia?
    Só pode ser distracção, mesmo…

    De qualquer modo aplaude-se a falta de hipocrisia da ministra.
    Diz logo ao que vem. Sem rodeios.
    Passa tudo. Mesmo aqueles que não vão às aulas, não fazem testes nem exames.
    Ok.
    Menos uma chatice para os professores…

    Mas espera lá: se assim for também não são precisos professores, pois não?
    E também não são necessários serviços administrativos nem directores nas escolas.
    Bastam os auxiliares de acção educativa para andarem atrás dos meninos nos corredores. E o chefe desses funcionários para distribuir o serviço, ou seja: destinar qual o funcionário que vai atrás de cada jovem (deixa de fazer sentido a denominação “aluno”) para o impedir de destruir os equipamentos.

    Os pais, de manhã, mandam os alunos para os autocarros que os conduzem aos armazéns de crianças – a que chamam escolas – e os mesmos transportes devolvem-nos às suas casas no fim do dia.
    Assim se actualiza o sistema ensino – aprendizagem, que deveria porventura passar a denominar-se sistema de entrega e recolha de jovens

    Diz-se que é cópia do sistema dos países ricos do norte…

    “Mais velho que a guerra do 25 de Abril!”

    Mas uma criança escandinava sabe mais – tem um património cultural, artístico e científico com 13 anos de idade – que a média os alunos portugueses quando entram para as Universidades.
    Aqui, os alunos finalistas dos cursos das escolas profissionais desdenham dos telemóveis dos colegas porque “são mais velhos que a guerra do 25 de Abril”!

    O que querem fazer a um país destes?
    Sempre a copiar – e mal – o que os outros fazem naturalmente bem.
    http://www.joaotilly.weblog.com.pt/arquivo/277073.html

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  28. gigi's avatar
    5 Agosto, 2010 18:12

    Vídeo da Intervenção Do Professor Manuel Cardoso, no programa da RTP 1 Prós e Contras

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  29. gigi's avatar
    5 Agosto, 2010 18:15

    O que “aconteceu” ao Professor Manuel Cardoso, após o programa da RTP 1 Prós e Contras??? Foi perseguido …

    AQUI (para ler, clicar no documento de 3 páginas)

    http://www.queixasdeprofessores.blogspot.com/2008/06/queixa-1.html

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  30. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 19:08

    #18

    Os números referem-se a todo o ensino superior.

    Click to access Diplomados_Versaotrabalhada18112009.pdf

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  31. Trinta e três's avatar
    5 Agosto, 2010 19:09

    Vejam no link que deixo as notas de acesso aso diversos cursos e digam se o problema está na Matemática. Isto de ter que escrever com prazos rígidos, dá origem a muito disparate.

    Click to access media_2009_1.pdf

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  32. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 19:16

    #18

    84000 é a sopma dos números transpostos em #12

    Pode ler na pág. 9:
    “Quanto à distribuição dos 84 009 diplomados no ensino superior em 2007-2008, refira-se que:
    • 77% (64 469) estão em instituições de ensino superior público, dos quais 44% (37 366) pertencem ao
    ensino universitário e 32% (27 103) ao ensino politécnico em relação ao total dos diplomados;
    • 23% (19 540) estão em instituições de ensino superior privado, dos quais 12% (10 458) pertencem ao
    ensino universitário e 11% (9 082) ao ensino politécnico em relação ao total dos diplomados.”

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  33. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 19:19

    #18

    Quanto à manipulação maliciosa da verdade, enfim…

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  34. piscoiso's avatar
    piscoiso permalink
    5 Agosto, 2010 19:31

    A Matemática tem as costas largas.

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  35. Arnaldo Madureira's avatar
    Arnaldo Madureira permalink
    5 Agosto, 2010 19:33

    #18

    Os departamentos de engenharia das universidades públicas? Todos, não. Quais?

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  36. anonimo's avatar
  37. anonimo's avatar
    5 Agosto, 2010 21:01

    Cinco pérolas que mostram bem onde estão e quem são os verdadeiros inimigos da Escola PÚBLICA:

    1 -O Fim dos Exames: “A Confap defende o fim dos exames nacionais como trampolim decisivo para entrada na universidade”, afirma Albino Almeida,
    2 – Não há provas com carácter eliminatório.”O presidente da maior confederação representativa dos pais admite que no final do Secundário sejam feitas “provas globais a todas as disciplinas, mas sem a carga eliminatória do exame”.
    3 – Os alunos ficam nervosos: “há alunos de 18 valores que ficam de fora porque naquele dia estavam nervosos ou porque o enunciado não era claro”
    4 – O Método Champanhês, digo Finlandês: “As notas do Secundário servem de referência. As notas são transformadas em créditos e, consoante os créditos que têm, os alunos ficam a saber a que cursos e universidades se podem candidatar. Mas depois têm de provar à universidade que possuem as competências necessárias
    5 – O Portafólio : o exame pode ser substituído por uma oral, uma prova ou um trabalho: “as universidades “elaboram provas de aptidão, que podem passar pela apresentação de um portfólio, um trabalho de investigação ou uma comunicação”.

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  38. limpa's avatar
    limpa permalink
    6 Agosto, 2010 00:05

    como a esquerda vive tradicionalmente dos mais pobres ..para a cupula da esquerda o raciocinio é :

    Quantos mais pobres mais votos !!..

    e para fazer mais pobres é megafácil..basta ter um primeiro ministro mega estupido.O vosso atual é ultra mega estupido e ainda por cima é rabo.. assim os pobres multiplicam-se como cogumelos e eternizam os ultra mega estupidos no poder .. que estratégia ..Maquiavel é uma criança de leite próximo desta gente ..

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  39. Eduardo F.'s avatar
    6 Agosto, 2010 00:36

    Gostava muito de perceber, na estatística indicada, quais as razões para que, em Portugal, o índice referente a “Diplomados em Ciência e Tecnologia por 1000 habitantes com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos”, entre 2005-06 e 2006-07, tenha evoluído de 12.6 para 18.1 (+ 43,6% !!!). Que milagre(s) se terá(ão) verificado?

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  40. Mauro_G's avatar
    6 Agosto, 2010 05:31

    “Anonimo disse

    5 Agosto, 2010 às 2:51 am
    As boas práticas médicas são determinadas por médicos, as jurídicas por juristas, as musicais por músicos e assim sucessivamente; mas as dos professores são determinadas por economistas, sociólogos, psicólogos, gestores e até (ou sobretudo) por motoristas de táxi: por toda a gente excepto por professores.

    Por que é que o Paulo Morais não escreve sobre o seu sector de actividade? O Ensino Superior? E vai ter opinião sobre um sector e actividade que desconhece totalmente? Admita. É leigo na matéria. Sabe menos que um taxista. Verdade?”

    Os professores ensinam o quê? “Professorismo?”

    Se me falar na Pedagogia aí sim a primazia deve ser dada aos professores mas relativamente às matérias específicas é de todo o interesse deles, dos alunos, do país de que isso seja debatido por cada sector… afinal serão os alunos os futuros profissionais dessas diferentes áreas e digamos que um professor do ensino secundário ou básico não dominará Economia, Matemática, Enfermagem ou Física como cada profissional dessa área daí que a Educação deva ser um ninho de discussão interprofissional…

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  41. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    6 Agosto, 2010 12:32

    #33, Arnaldo,

    Tendo lido o documento anexo, e estando esclarecido, dou-lhe razão.

    Em 2000, 2001, 2002, o ensino da engenharia definhava por falta de alunos na maior parte das universidades públicas. Disseram-me em conversa de almoço, que naturalmente não me dei ao trabalho de verificar, que o até o IST tinha deixado vagas por preencher por falta de candidatos.

    No mesmo momento, havia candidatos que ficavam de fora das já largas vagas dos cursos de comunicação social, cinema, línguas, direito. Basta ver os numerii clausus desses cursos.

    Entretanto, como deixei o ensino universitário, e estive mesmo fora do país, não acompanhei a situação senão em conversas esporádicas com antigos colegas. Disseram-me que a situação havia melhorado, mas nunca soube do âmbito ou da extensão da dita melhoria. Folgo ver que há um movimento de equalidade, embora isso seja para mim uma completa surpresa.

    Obrigado pelo esclarecimento.

    Francisco Colaço

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  42. ferreira's avatar
    ferreira permalink
    20 Setembro, 2010 16:42

    O MEDO DE INVESTIGAR O DESPEDIMENTO COLECTIVO DE 112 PESSOAS DO CASINO ESTORIL COM MILHÕES DE LUCROS QUEM ESTÁ POR DETRÁS DESTE DESPEDIMENTO QUE GABINETE DE ADVOGADOS FOI ESCOLHIDO PARA MONTAR ESTE DESPEDIMENTO QUEM ESTÁ NO CORPO ADMINISTRATIVO DA ESTORIL SOL QUEM INVESTIGA O TRAFICO DE INFLUENCIAS.

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