“Sempre-em-pé”!
Sócrates tem uma característica: vocação para ser boneco “sempre-em-pé! Parece ser um resistente. Apanha, vai apanhando, continua a apanhar, não fala, fala pouco e sempre de uma realidade imaginária (o país) como se estivesse a descrever a verdade (como se acreditasse nessa sua própria ilusão!). Enquanto não caí, vai-se preparando para voltar a correr. Tem como lema obsessivo o “daqui não saio; daqui ninguém me tira”!
Esta característica é um pressuposto fundamental para se perceber o discurso de Matosinhos: fuga para a frente.
Disse, por exemplo: “Não é tempo de brincar. Precisamos de estabilidade, propostas e medidas sérias e não de aturadas e ameaças que só pretendem esconder a ausência de ideias. Não precisamos de aventuras, radicalismos, ameaças, mas de equilíbrio e responsabilização”. E disse-o como se não fosse o principal responsável pela brincadeira em que se transformou o país; como se as propostas de revisão constitucional, a diminuição da despesa pública ou as exigências relativas ao próximo OGE, feitas pela oposição (pelo PSD), fossem radicais, irresponsáveis e desequilibradoras.
Sócrates constrói fantasmas como fim do nosso Estado Social (como se o nosso Estado Social com mais de 600.000 desempregados, com a saúde como está e com uma das velhices europeias mais desprotegidas, fosse perfeito e intocável!). Anuncia grandes linhas de progresso, retornando a “paixões” (guterristas) antigas como a educação (apesar de Rodrigues e Gagos, por exemplo, terem cultivado tal paixão com os resultados a que chegamos); denuncia uma suposta vontade malévola da oposição em querer aumentar desenfreadamente o desemprego, como se este país, este governo e a sua política fossem alheios à maior taxa de desemprego vivida, entre nós, depois do “25 de Abril”.
O que se espera da oposição? Em especial, o que se espera do PSD? Seguramente, nada de discursos redondos, propostas levamente contraditórias e conciliatórias (isso seria aceitar a “agenda” lançada por Sócrates; dançar a sua valsa).
O que se espera do PSD é que contraponha às ilusões e fantasmas fabricados por Sócrates, a crueza da realidade, o mau e descredibilizado estado da Justiça, a intensificação das exigências para a aprovação do próximo OGE, a denúncia (ilustrada e sem complexos de “irresponsabilidade”) da bricadeira em que a governação (e, por via dela, o país) se tem vindo a transformar. Espera-se que não dê a Sócrates o que ele, com a sua vocação de “sempre-em-pé”, mais quer e precisa: tempo!
Caso contrário, Passos Coelho arriscar-se-á, em breve e enquanto assitirá ao renascimento de Sócrates, a ter o mesmo destino de Marcelo Rebelo de Sousa: perder a liderança do PSD, ingloriamente e sem ter ido a eleições!
Enquanto Sócrates ficará de pé, com o país KO e no chão!

Excelente post. Parabéns.
GostarGostar
Daqui a pouco estará aqui o sobrinho das tias a fazer de Bibi dos comentários.
GostarGostar
Vejo este post como a resposta ao post “A “mesmisse” do grande centrão” do seu colega de blog, LR.
GostarGostar
Basta é pouco!
A convicção de nunca tombar
parece assaz resistente,
adiando esse desabar
de um vigor incompetente.
Esta forma de ocultar
a verdade tão tramada
aumentará o mal-estar
numa nação inflamada.
Com a bomba por explodir
em cabeças tão vazadas,
é perigoso implodir
as mentiras enfezadas.
GostarGostar
O Tiradentes anda com pesadelos do Bibi.
GostarGostar
Mas, do ponto de vista da encenação, fraquinho, muito fraquinho…
http://lishbuna.blogspot.com/2010/09/e-o-teatrinho-do-costume-e-muito.html
GostarGostar
Não fala, fala pouco, devemos estar a falar de outra pessoa, pois a que conheço fala, fala muitíssimo e mente ainda mais.
GostarGostar
Sócrates vai acabar muito mal!
GostarGostar