o despedimento no país do sindicalista lula da silva
No Brasil de Lula da Silva, do sindicalista Lula da Silva, as relações laborais regem-se por um código normativo conhecido por CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), aprovado em 1943, sob a ditadura fascisto-tropicalista de Getúlio Vargas. O documento, fortemente inspirado pela Carta del Lavoro de Mussolini, foi mantido até aos nossos dias com o beneplácito e o entusiasmo do actual Presidente da República e de todo o movimento sindical, e com a contestação das entidades patronais, que o consideram excessivamente proteccionista.
Nesta legislação, a regra sobre os vínculos laborais é a precariedade. A chamada “estabilidade”, isto é, a garantia de emprego por virtude de um vínculo contratual, é uma excepção só atendível em casos de doença grave do trabalhador, gravidez e outras – poucas – do género. Fora destas excepções, o trabalhador pode ser despedido a qualquer momento, tendo direito a indemnização calculada em função da sua antiguidade e às verbas depositadas pelo empregador no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), um fundo de contribuição obrigatória, que serve para amparar os trabalhadores despedidos enquanto não encontram novo emprego. A chamada “justa causa de despedimento” pode ser usada pelo empregador quando o alegado motivo da rescisão do contrato de trabalho for imputável ao trabalhador por eventual facto gravoso que tenha cometido. Serve, apenas, para evitar o pagamento da indemnização, e não como travão ao despedimento.
Neste momento e para quem gosta de estatísticas, o Brasil é a 5ª economia mundial, o crescimento interno do 1º semestre de 2010 foi de 8,9% do PIB do ano anterior, e nas cidades o desemprego quase não existe. Pelo contrário, o que falta – e muito – é gente qualificada. Quanto aos salários, tendo como exemplo a realidade portuguesa e a cidade de São Paulo, são em média o dobro dos aí praticados.


É como diz : falta de gente qualificada . . . para Presidente da República.
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Consta que é um bom destino para os licenciados portugueses no desemprego.
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Não é novidade nenhuma.
O sindicalismo do tempo dos fascismos europeus e sul-americanos (Péron e Getúlio Vargas) é muito semelhante ao sindicalismo controlado pelos Partidos Comunistas, ou mesmo pelos partidos socialistas ou trabalhistas.
O tronco comum a estes sindicalismos é que ambos são socialistas.
Ou vocês têm alguma dúvida que na origem do fascismo está o socialismo?
Mussolinni não era socialista?
Alguém já comparou o programa original do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães com os programas nacionais dos Partidos Comunistas?
Se virem alguma diferença, avisem-me para eu poder aproveitar os descontos da Multiópticas…
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O facto de podermos ter só uma Ordem Profissional para cada Profissão também tem origens no Fascismo.
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Se o autor deste post quiser ter a maçada de recuar até 1888, vai certamente encontrar inspiração adicional para demonstrar as vantagens da liberalização total das leis laborais.
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E, até, da escravatura.
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“E, até, da escravatura.”
Presumo, pelas suas palavres, que seja essa a condição actual dos trabalhadores brasileiros.
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Não entendo. O PIB do Brasil farta-se de crescer e o país é hoje uma das maiores economias mundiais. E no entanto tem falta de quadros especializados… As riquezas sempre lá estiveram, o potencial também, só que ao longo dos anos ,o Brasil esteve entregue à bicharada, e foi preciso vir o Lula, sindicalista não licenciado, odiado pelo patronato lá do sítio, vir pegar na riqueza existente e distribuí-la com mais justiça, ganhando a confiança popular, apesar de alguns erros cometidos. Quanto à “precaridade”, ao despedimento com justa causa, à indemnização, ao FGTS são tudo coisas que por cá existem embora algumas tenham nomes diferentes. Apenas uma diferença em relação a Portugal: aqui há grávidas que são despedidas sem levar um chavo, trabalhadores que não podem ficar doentes porque correm o risco de perder o trabalho, despedimentos ao fim de semana e por sms, etc.
De facto o que nós precisamos mais neste momento é de precaridade para pormos o PIB a crescer. Mas se entender que é assim que se ganha a confiança de um povo para dar a volta à crise, quem sou eu para o contrariar? Será que vai precisar de um Mussolini?
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A queda de um mito.
http://www.siconline.pt/online/noticias/mundo/Meio+milhao+de+funcionarios+publicos+cubanos+despedidos+nos+proximos+seis+meses.htm
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“o Brasil é a 5ª economia mundial, o crescimento interno … ”
Isso é verdade HOJE. Uma vez que o CLT foi “aprovado em 1943” e a economia brasileira ter sido até recentemente uma miséria, com elevado desemprego, o post prova que uma coisa não tem a ver com a outra.
Já foram aqui publicadas listas comparativas dos diversos paises, que mostram claramente que não há relação entre “legislação de facilidade de despedimento” e “nº de desempregados”.
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“Não entendo. O PIB do Brasil farta-se de crescer e o país é hoje uma das maiores economias mundiais. E no entanto tem falta de quadros especializados…”
Não entende? Eu explico. Numa economia a crescer como a brasileira, numa sociedade com menos de 10% da população com formação universitária (a Argentina tem 35%), é natural que a economia forme postos de trabalho para os quais há pouca formação Quer um exemplo, eu dou-lhe: a Petrobras, por exemplo. Só no Estado do Espírito Santo vai abrir, nos próximos três anos, 20.000 postos de trabalho especializado. Nos Estados e nas cidades mais desenvolvidas, São Paulo, por exemplo, não há oferta suficiente para a procura. Vá, por exemplo, contratar um mestre, já não digo um doutor, em Administração, o curso mais corriqueiro do Brasil, e verá se o encontra.
Sobre o Direito do Trabalho brasileiro, o que está em causa no post é a desnecessidade da sacrossanta «justa causa» para despedir um trabalhador. Este instrumento, considerado tão necessário à protecção do emprego, não existe no Brasil e existe em Portugal. Ainda assim, em Portugal, não foi capaz de evitar os 11% de emprego real do país e os inúmeros empregados com salários de miséria que por aí andam a compor as estatísticas. Quer comparar o que aconteceu no Brasil nos últimos anos, desde a presidência do FHC e a de Lula da Silva? Se a «justa causa» protege o emprego, porque razão o desemprego cresce estupidamente em Portugal e diminui estupidamente no Brasil?
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“a economia brasileira ter sido até recentemente uma miséria, com elevado desemprego”
Foi, por causa da inflação e da falta de ordem nas contas públicas. A construção de Brasília, por exemplo, teve aí grande responsabilidade. A falta de instituições públicas minimamente credíveis, também não ajudou. As reformas do FHC, com o Plano Real, a autonomização do Banco Central face ao governo, entre outras coisas, ajudaram bastante. A boa política económica seguida pelos governos Lula não estragou a economia e melhorou-a. O facto de haver alguma elasticidade no emprego, permite que as empresas se organizem em face das solicitações e necessidades do mercado e gerem emprego e riqueza, apesar da precariedade laboral. Que, de resto, não choca, hoje em dia, um trabalhador brasileiro razoavelmente competente. Ele sabe que se perder o seu posto de trabaho numa empresa, não terá dificuldade de encontrar outra que o contrate. No Brasil de hoje, ser despedido não é um drama, como o é no Portugal proteccionista do emprego- Paradoxos…
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ah , pois , e continuem a aumentar a idade da reforma ( é na alemanha que já vai nos 68 anos , não é? ) que vamos ver quem se atreve a contratar sem termo , com o salário dos avôzinhos de bengala sempre a aumentar. o pessoal do estado social droga-se , só pode.
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que agradecer para a recuperação do Brasil:
http://www.bloomberg.com/news/2010-08-30/pimco-lets-palocci-make-rousseff-market-favorite-to-succeed-lula-in-brazil.html
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Rui A.
Só para informar, que a legisalação brazileira que louva, é , ou era , igual à portuguesa.
Sem tirar nem pôr.
Igualzinha.
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A idade actual de reforma, de 65 anos, foi pensada tendo em conta uma esperança média de vida que rondava os 70 anos. Hoje em dia, na maioria dos países mais ricos da Europa a esperança média de vida ronda os 80 anos, e em Portugal para lá se aproxima. Tendo em conta que se perspectiva um aumento da EMV nas próximas décadas, graças aos avanços científicos no combate às doenças crónicas, e que muitos indivíduos com 70 ou 75 anos estão em condições de desempenhar várias profissões (médicos, professores universitários, empresários, etc), é sensato que se aumente gradualmente a idade da reforma para os 70 anos, e que algumas profissões possam ser exercidas até aos 75 anos (nas quais o limite legal actual é de 70 anos).
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«o Brasil é a 5ª economia mundial, o crescimento interno do 1º semestre de 2010 foi de 8,9% do PIB do ano anterior»
E quais são os índices de concentração de capital e concentração de rendimento, já agora…?
«e nas cidades o desemprego quase não existe.»
Em última análise, sob o ponto de vista formal ou material, um escravo não está desempregado. Resta saber em que condições trabalha.
«Quanto aos salários, tendo como exemplo a realidade portuguesa e a cidade de São Paulo, são em média o dobro dos aí praticados»
A frase é dúbia: em S. Paulo a média salarial é duas vezes superior à portuguesa? Não tenho dados para infirmar, mas estranho que assim seja. Em todo caso, «média salarial» é um conceito estatisticamente escorregadio, sabida que é a disparidade entre os ordenados de gestores de empresas – S. Paulo é uma capital económica – e a de um favelado. A mediana salarial é qual?
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A elasticidade laboral e tanta que no Brasil, todos os anos se detectam centenas de trabalhadores escravos, para não falar naqueles que, por via da situação geográfica e da estrutura fundiária, nem sequer existem legalmente, nem nos inventários das fazendas que os vêem nascer, crescer e morrer.
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“A idade actual de reforma, de 65 anos, foi pensada tendo em conta uma esperança média de vida que rondava os 70 anos#
Para quando uma reforma só nos casos de esperança de vida não superior a 6 meses?
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Anónimo convicto,
em Portugal também há «trabalhadores escravos». Basta ir à província.
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Então apagou o meu comentário? Só porque lhe põe em causa os dogmas?! Vá, diga lá quais são os níveis de concentração de rendimento e de concentração de capital no Brasil, diga em que condições trabalham os do tal desemprego inexistente, e não mascare números integrando na média salarial os chorudos ordenados dos gestores de empresas cotadas na BOVESPA e diga-nos qual a mediana do salário em S. Paulo. O meu texto anterior até era muito brando: se eu tivesse perguntado de que modo os dados que aventa permitiram a hamonização do nível de vida da população brasileira tinha tocado numa corda tanto mais sensível…
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só me pergunto pq razao o sonho de todos os brasileiros licenciados, mestres ou doutorados é ser funcionário público. há pessoal que se dedica a estudar durante anos para passar os testes e arranjar um emprego público. eu conheco gente que deixou os seus empregos em multinacionais para ter o conforto bem pago do trabalho no estado. é que os empregos públicos no brasil pagam muito bem. olhar para os números e ver como aumenta o número de funcionários até assusta para nao falar de como cresceu o número de empresas públicas e o peso do estado na economia durante o anos dos petralhas. é assustador. se a isso juntarmos os impostos que se pagam nesse país entao nem se fala. o país donde um corolla 2.o custa 75mil reais (42% disso sao impostos). nos EUA custa 32mil reais, na china 37mil reais, no chile 41mil reais… mas o futuro desse país vai ser bom, especialmente com o sistema educativo que tem. uma beleza.
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Caro Rui,
Cometeu uma imprecisão: a introdução do FGTS e a liberação do despedimento foram introduzidas no primeiro governo militar no pós-64, que realizou amplas reformas, e equilibrou as contas públicas, depois do descalabro do governo Goulart.
Anteriormente era proibido despedir funcionários após 10 anos de serviço numa empresa, o que ocasionava vários despedimentos aos 9 anos, que acabou por ser tb proibido e depois 8 anos e se não caio em erro o sistema de indenização era arcaico, igual ao atual português, onde as empresas eram obrigadas a pagar um salário por ano de serviço.
O sistema introduzido, com a indenização a ser recolhida numa conta em nome do trabalhador, oFGTS acabou por se revelar muito eficiente e é aceite por todos. Os empresários contestam outros aspectos da lei laboral que causa aberrações tais que o Brasil é o único país do mundo onde a justiça do trabalho é maior do que toda a restante junta: é absolutamente normal recorrer a justiça em busca de compensações nas anteriores empresas em que se trabalhou.
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“A elasticidade laboral e tanta que no Brasil, todos os anos se detectam centenas de trabalhadores escravos, para não falar naqueles que, por via da situação geográfica e da estrutura fundiária, nem sequer existem legalmente, nem nos inventários das fazendas que os vêem nascer, crescer e morrer.”
É bem verdade que existem lugares em que a clausura e a coação imperam mas a maior parte dos processos definidos como “escravidão” não refere-se a isso. O problema está na aplicação de normas trabalhistas vocacionadas para o meio urbano em rincões no interior. A lei não aceita que por exemplo um trabalhador durma numa rede, tem de ser numa cama normatizada, ainda que seja na região norte onde as pessoas em sua maioria dormem em rede. Tb há uma série de normas do tipo ASAE perfeitamente ridículas se exigidas sua aplicação no interior.
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“só que ao longo dos anos ,o Brasil esteve entregue à bicharada, e foi preciso vir o Lula, sindicalista não licenciado, odiado pelo patronato lá do sítio, vir pegar na riqueza existente e distribuí-la com mais justiça, ganhando a confiança popular, apesar de alguns erros cometidos”
Lula não teria feito nada se não tivesse como antecessor FHC.
De resto há bastante desconhecimento nos comentários: no período militar o Brasil já era a 8ª economia do mundo e cresceu há taxas muitos superiores as atuais.
Na altura tb eram desculpados alguns erros, como agora: naquela época de guerra fria eram os corpos , agora na miscelânea político/ pseudo-administradores é o roubo e o conchavo.
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Prezado Cfe,
Não encontra no post uma indicação de que o FGTS tenha sido criado pela CLT, que sei bem ter criação mais recente, na década de 60. Quanto à liberalização dos despedimentos, confesso que desconhecia a sua data precisa, agradecendo-lhe a referência. Mesmo assim, a aquisição da estabilidade ao fim de 10 anos de contrato de trabalho era já, a meu ver, uma regra mais próxima da precariedade do que da rigidez que caracteriza os modelos proteccionistas actuais (veja o caso português, com as três renovações sucessivas de contratos a termo, que não devem ultrapassar, excepto em casos especialíssimos, os 6 meses). Penso, todavia, que esse facto não invalida o essencial do post, não só por ele ter conseguido conviver com a CLT, mas sobretudo porque caracteriza, hoje e sob presidência de um antigo sindicalista, a natureza da relação laboral brasileira. Mas, ainda assim, muito obrigado.
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Caro Rui,
De fato não encontro mas parece-me subentendido, tanto que alguns comentários vão nesse sentido.
Porem no essencial está certo: o meu aparte não altera o sentido do texto, e nem tinha essa pretensão ainda que ache liberalizar o despedimento, com direito a indenização, sem assegurar seu correto financiamento não ser uma boa idéia.
Cumprimentos,
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Fico esmagado com o conhecimento de Rui A sobre este assunto. Só é pena que o artigo ponha em evidência uma série de lapsos analíticos que o transformam naquele tipo de propaganda tão cerbamente criticatad pelos blasfemos.
Se a legislação que liberaliza os despedimentos tem um papel tão fundamental na transformação deste país numa potencia mundial, podemos perguntarmo-nos porque demorou quase 70 anos a chegar a tão invejável posição. E os outros aspectos da economia brasileira (p.ex. dimensão continental do país, abundancia de matérias primas, mercado nacional altamente protegido) não têm nada a ver com esta notável progressão do PIB brasileiro?
É que, o Brasil é de facto um grande país, que está finalmente a ser capaz de aproveitar condições naturais especialmente favoráveis, mas a pretensa relação causa-efeito entre legislação laboral e desenvolvimento económico que se pretende demonstrar no artigo do Rui A é duma indigência quase insultuosa.
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“Sobre o Direito do Trabalho brasileiro, o que está em causa no post é a desnecessidade da sacrossanta «justa causa» para despedir um trabalhador. Este instrumento, considerado tão necessário à protecção do emprego, não existe no Brasil e existe em Portugal. Ainda assim, em Portugal, não foi capaz de evitar os 11% de emprego real do país e os inúmeros empregados com salários de miséria que por aí andam a compor as estatísticas”.
Mesmo assim continuo sem entender como é que uma medida tão liberalizadora pode criar desenvolvimento e progresso. Não iria antes criar ainda mais desemprego e injustiça social?
Eu entendo essa medida em países com uma economia estabilizada, geradora de emprego. Agora não posso concordar com essa política em Portugal onde as coisas são o que a gente sabe. Talvez um dia isso resulte, mas agora seria como começar a construir um prédio pelo telhado.
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“Não iria antes criar ainda mais desemprego e injustiça social?”
Muito pelo contrário, porque o sistema português favorece o despedimento coletivo e, mesmo que assim não fosse, lei alguma garante emprego se não houver viabilidade financeira da empresa para mante-lo.
—
Portugal tem 4 categorias de trabalhadores:
1º) os com contrato a termo certo: essa parte substancial dos trabalhadores portugueses, expostas a concorrência, que já trabalha menos direitos do que os do sistema brasileiro e só teriam a lucrar ao serem alçados a um sistema melhor;
2º) aqueles que trabalham em empresas em vias de fechar, bons ou maus, tb não seriam prejudicados pelo exposto no primeiro parágrafo ( atenção que a lei brasileira, através do FGTS, garante as indenizações trabalhistas muito melhor do que a atual portuguesa, por exemplo);
3º) aqueles com estabilidade que trabalham em empresas com viabilidade economica, são produtivos e empenhados e não estão ali por garantia da lei mas pela mais valia que representam para a empresa;
4º) aqueles com estabilidade que trabalham em empresas com viabilidade econômica, que não são produtivos e empenhados e estão ali unica e exclusivamente por garantia da lei e não pela mais valia que representa para a empresa
A acumulação destes ultimos no tecido produtivo português tanto nos lugares dos colarinhos azuis, como nos brancos, é que fez com que milhares de empresas portuguesas sejam inviáveis.
Tb não posso deixar de notar que há uma certa confusão na comparação entre cá e aí. Quando fizerem qualquer comparação deve-se levar em conta as profundas desigualdades regionais: o Brasil, devido a geografia e tamanho não pode ser comparado como um todo a nenhum país europeu mas em partes. Nos estados brasileiros onde os costumes são mais contemporâneos, portanto próximo aos europeus atuais ,o sistema trabalhista é bem empregue e desde há muito causa crescimento.
O problema é que os estados do Sul e Sudeste, tal qual uma Alemanha na Europa, carregam há muito uma responsabilidade de sustentar seus congeneres. Nisto o governo Lula foi bom porque ao alargar e fundir as várias bolsas, subsídios pagos pelo estado, colocou o dinheiro diretamente nas mãos dos pobres, sem intermediários, o que provocou um crescimento desemesurado na região Nordeste, a mais pobre do país e que lhe dá sustentação política.
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Portugal, no dia em que flexibilizarmos ainda mais os despedimentos, será uma super potência, já sabemos.
Temos tudo, só nos falta poder despedir ao sabor da conveniência, instrumento último para subjugar totalmente o outro à vontade do bondoso patrão que quer o bem da nação.
E tudo isto embrulhado em modernos e apelativos conceitos de «flexibilidade» e «inovadoras relações de trabalho», com os ideólogos do regime a fazerem comparações com o Brasil e a sua pujança económica (mas não com os seus problemas sociais) e a defenderem relações laborais típicas do século XVIII como se fossem a última moda .
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ah , sim , antisocialista , acho muito bem que médicos do sns ( exceptuando os cirurgiões , esses pode ser aos 55/60 anos ) , enfermeiros , profs e tal , a função pública em geral vá lá , se reforme aos 75 , até pode ser aos 80 anos . empresários e malta do privado é qiue já não concordo: nestes casos têm de render obrigatoriamente.
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Sr. CO,
Referiu que o meu post tem «uma série de lapsos analíticos». Seria capaz de enunciar, pelo menos, um?
Quanto às suas observações, o facto do Brasil, como tantos outos países, ser rico em matérias primas e recursos naturais, não o transforma num país rico. Quer exemplos de outroa países ricos que são pobres? Julgo que não será necessário, mas fique lá com alguns países africanoa, Angola e Moçambique, para não irmos longe, ou com a Rússia.
No que se refere à sua alegada inexistência de conexão entre a legislação laboral de um país e o seu desenvolvimento, só é pena que essa não seja a opinião dos empresários portugueses, tão-pouco dos empresários estrangeiros que fogem de investir em Portugal como o diabo da cruz. Mas você lá saberá mais do que eles. Somos todos umas bestas e você um tipo muito esclarecido.
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Rui A.
Só para informar, que a legisalação brazileira que louva e está no segundo parágrafo, é , ou era , igual à portuguesa.
Igual.
Desde a justa causa, as indemenizações (não diz os valores no brasil, mas em portugal é 1 mês por ano), etc.
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* correção : ” que a legislação brazileira “
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” tão-pouco dos empresários estrangeiros que fogem de investir em Portugal como o diabo da cruz. Mas você lá saberá mais do que eles. Somos todos umas bestas e você um tipo muito esclarecido. ”
Nada indica que seja pela legislação laboral que não se invista cá. É comum, sim, os portugueses dizerem isso , quando afinal é igual à do brasil , etc. Evidente, que os investidores estrangeiros quando não querem investir cá, dão como desculpa um motivo que são os próprios portugueses que dizem, para ser aceite . A legislação laboral
Ser um país periférico, ter certas àreas pouco desenvolvidas a nível de educação, um mercado pequeno com ordenados baixos (não temos mercado interno, é verdade) sem poder de compra, e tantos outros , podem ser motivos verdadeiros.
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Investem na alemanha, tem logo um mercado grande, e com ordenados altos. No brasil mta população vive mal ou de substitência, mas tem metade a viver bem (sousa cintra dixit, não é. Ele é investidor, lá sabe) , na dinamarca têm a mesma população mas poder de compra, tal como na noruega, suécia, irlanda, etc. Todos com maior poder de compra
Se eu fosse investidor, preferia investir num mercado, que pelo menos o próprio, desse para vender os próprios produtos, e a seguir pensaria em exportar.
Mas sou eu. Eles também. Até o Henry Ford, pensava assim, e aumentou ordenados para os próprios operários poderem comprar os carros que vendia. Não andava a pensar despedi-los.
Mas cá, pelos vistos, diz-se ehe, que quando se investe, é a pensar em despedir.
Não a pensar em ter mercado interno, para começar.
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Sr. Paulo Q.,
Explique-me lá, se fizer o favor, a que legislação portuguesa se refere, quando diz que a brasileira “é ou era”-lhe igual? Não sei se tem presente, mas nestas coisas do Direito, sobretudo quando se fala em legislação, há que ser preciso.
Depois, e já agora, explique-me lá em que é que era ou é igual. Na desnecessidade de justa causa para despedir? É que, pelo menos actualmente, como saberá, o despedimento só pode ter lugar, em Portugal, se houver justa causa e as causas que podem integrar essa noção rigorosamente tipificadas na lei. No Brasil, pelo contrário, o despedimento é livre e a justa causa só é utilizada para afastar a indemnização.
Outra questão que aproveito para lhe esclarecer, é a de que o “mercado português” não é pequeno. Em bom rigor, nem sequer existe, já que fazemos parte do chamado Mercado Comum, que integra mais 26 países europeus para além do nosso. O facto de ser um país, como lhe chama, periférico, também não é argumento. De resto, a alegada “periferia” portuguesa é excelente para muitas áreas de negócio, mormente aquelas que escoam os seus produtos por via marítima. Somos, nesse aspecto, tão “periféricos” quanto a “Galiza”. Quer comparar os números do investimento estrangeiro nessa região espanhola com os nossos?
Por fim, para lhe dizer que nenhum investidor investe a pensar em despedir os trabalhadores que contrata. Qualquer empresário sabe que, se tudo correr bem, a empresa crescerá e com ela os seus trabalhadores e aqueles que for necessário contratar. Garanto-lhe que é assim mesmo que o mercado e as empresas e os empresários funcionam e pensam: onde há prosperidade há crescimento de todos. Agora, o que nenhum ser humano com duas pernas, dois braços e uma cabeça está disposto é a ter que garantir emprego seja a quem for se o não tiver. Isto é, se as coisas correram mal. Ou garantir trabalho a quem o não merece, porque isto do direito ao trabalho deve ter um correspondente dever, que é cumprir aquilo para que se foi contratado. E garanto-lhe que nenhum empresário normar, tendo trabalho e um bom trabalhador se vê livre dele. pelo contrário, numa economia aberta e concorrencial, terá que lhe pagar melhor para o não ver fugir para a empresa do lado.
Cumprimentos,
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O fascismo não aconteceu por acaso.
E até teve muitas coisas positivas
“:OP
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Mas, mesmo que se ache que não teve coisas positivas, ficava por explicar o motivo pelo qual aconteceu.
E é tramado porque é um motivo que já esteve mais longe de se repetir…
Não é por nada.
zazie (a uber-fascista).
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Caro Rui A.
Obrigado pela sua resposta.
Quanto às suas duvidas, dei-lhe o exemplo real, de 1 mês por cada ano , e é possivél despedir sem justa causa, em portugal. No brasil, o Sr não diz valores ou calculos, mas afirma também se pagar uma indeminização. Eu confirmo que em portugal é ou era assim, e até lhe dei o calculo.
De resto, citei, Henry Ford, e Sousa Cintra. Não será a mim que responderá, mas a eles. Henry Ford aumentou o ordenado aos operários e todos, para poderem comprar os próprios automóveis.
Dei exemplos de paises, centrais e periféricos, que o que tem diferente, e ordenados maiores.
Por isso, penso já lhe ter respondido, mas é escusado adiantar mais dados, sem se reparar nesses.
Finalmente, quando diz que o mercado portugues, nem existe, enfim, eu digo que é pequeno, o sr diz que nem existe, portanto o sr , desculpe, desmotiva qualquer investimento
Também já tinha dito isso. Que são mtos portugueses, sem querer, que desmotivam o investimento cá.
Obrigado, Rui A , e fique bem
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Caro Rui A.
Obrigado pela sua resposta.
Quanto às suas duvidas, dei-lhe o exemplo real, de 1 mês por cada ano , e é possivél despedir sem justa causa, em portugal. No brasil, o Sr não diz valores ou calculos, mas afirma também se pagar uma indeminização. Eu confirmo que em portugal é ou era assim, e até lhe dei o calculo.
De resto, citei, Henry Ford, e Sousa Cintra. Não será a mim que responderá, mas a eles. Henry Ford aumentou o ordenado aos operários e todos, para poderem comprar os próprios automóveis.
Dei exemplos de paises, centrais e periféricos, que o que tem diferente, e ordenados maiores.
Por isso, penso já lhe ter respondido, mas é escusado adiantar mais dados, sem se reparar nesses.
Finalmente, quando diz que o mercado portugues, nem existe, enfim, eu digo que é pequeno, o sr diz que nem existe, portanto o sr , desculpe, desmotiva qualquer investimento
Também já tinha dito isso. Que são mtos portugueses, sem querer, que desmotivam o investimento cá.
Obrigado, Rui A , e fique bem
http://logicasentida.blogspot.com/
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Agora não fica o link do meu blog, porquê ?
Está escrito no nome, e vou escreve-lo em baixo
Mas quem quiser, pode fazer um search por “logica sentida”
Aqui vai por extenso, e como teste
http://logicasentida.blogspot.com/
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Não aparece o link no nome, mas deixo aqui que quem quiser, pode fazer um searh por “logica sentida”
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” isto do direito ao trabalho deve ter um correspondente dever, que é cumprir aquilo para que se foi contratado. ”
Está a ver, isso é a defesa da Justa Causa
Um abraço
.
http://logicasentida.blogspot.com/
.
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nem é preciso ir para o estrangeiro.. uma pessoa vulgar tem uma ideia de negócio , algum capital que pode investir sem problemas se a coisa der para o torto , e/ou até um sítio dele mesmo que dá para o montar. mas precisa de 2 ou 3 trabalhadores , e claro , nem se atreve só de pensar nos encargos com pessoal , que não são só salários e descontos , é formação , é seguros , é empresas a chupar por exames de caracaca para os quais o médico de família servia ,´é aumentos faça sol ou faça chuva , é indenminizações , está lixado se a coisa correr mal. nem vale a pena tentar.
algures criaram um sentimento de guerra perpétua no mundo do trabalho : 2 facções lutam uma contra a outra . e assim não dá , sempre com vencedores e vencidos.
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“é possivél despedir sem justa causa”.
Não é não, Sr. Paulo Quintela. Tenha lá paciência, mas informe-se um pouco melhor.
Cumprimentos,
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Me
Se pretende montar um negócio, e se queixa de tantas e tantas coisas, e se há mais pessoas a se queixarem, devem se queixar das coisas que não gosta.
Não, “transmitir” as culpas para os trabalhadores
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“Henry Ford aumentou o ordenado aos operários e todos, para poderem comprar os próprios automóveis.”
Mitologia. Em 1914, a Ford produzia 260.000 carros com 13.000 trabalhadores.
Os $5/dia foi a forma que Ford encontrou de assegurar uma baixa rotatividade da força de trabalho, indispensável para produzir com qualidade em grandes volumes.
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