a hierarquia das prioridades
19 Outubro, 2010
Em vez de se preocuparem com um estado que lhes vai cada vez mais aos bolsos, obviamente sempre com os mais elevados sentimentos e fins altruístas, um bom número de portugueses preocupa-se seriamente com a “desumanidade” do capitalismo e com o “egoísmo” da Rand. É sempre necessário não perder de vista a hierarquia das prioridades.
41 comentários
leave one →

Hum… Talvez os portugueses precisem de um discurso de 3 horas. Será que assim abriam os olhos?
GostarGostar
O do John Galt parecia-me bem…
GostarGostar
“I swear by my Life and my love of it that I will never live for the sake of another man, nor ask another man to live for the sake of mine.”
Será que é inteligível para a nossa sociedade?
GostarGostar
Quer impor liberalmente esse modo de vida? Acha que é uma questão de entender? Precisamente por entender, é que pouca gente adere a essas ideias.
GostarGostar
acho que são os profs universitários , a nata da função pública , que militam no BE , que dizem esses disparatares. pudera , convém-lhes que o seu patrão seja cada vez mais forte e eles os seus “aperfeiçoadores sábios” , ganhando em conformidade , claro.
GostarGostar
Talvez tenha razão. Compreendem. E preferem viver num paradigma orientado à fraqueza do homem. É mais confortável. É bem mais fácil dizer que errei porque errar é humano, do que dizer que errei porque fui incapaz de fazer melhor, reconhecer esse erro e aprender com ele. É bem mais fácil estar quieto, do que arriscar, evoluir, melhorar.
Mas… se o compreendem, porque vêm exigir evolução, melhoria das condições de vida, etc? Penso que precisam disso. Precisam do “progresso”. Mas… então defendem um paradigma que condena a exigência, quando é ela que alimenta a evolução? E querem evoluir…
Ah, espere. Estamos na República das Bananas. Ah, sim, faz todo o sentido.
GostarGostar
O futuro é este??
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/fundo-para-rescisoes-amigaveis-na-funcao-publica.
GostarGostar
Não vejo por que rechaçar, tanto quanto se possa, a iniquidade do Estado e rir, tanto quanto se possa, da Paulo Coelho dos liberais não serão actividades perfeitamente compatíveis; diria até que complementares.
GostarGostar
Quem é defende um paradigma que condena a exigência? Que tem a ver a exigência com a despesa social?
GostarGostar
“Que tem a ver a exigência com a despesa social?”
Penso que a pergunta se responde a si mesma.
GostarGostar
«o “egoísmo” da Rand»
Está-se a referir à Rand Corporation? A esse «prestigiado» think tank do complexo militar-industrial americano? Que tanto tem sugado à população americana?
GostarGostar
Não responde.
GostarGostar
“Que tem a ver a exigência com a despesa social?”
Deduzo então que, na sua opinião, são conceitos ortogonais. Pois bem: estamos de acordo.
GostarGostar
Nem ortogonais. São independentes.
GostarGostar
É mais claro independente.
GostarGostar
Nem mais. A despesa social não depende em nada da exigência. Vê como estamos de acordo?
GostarGostar
Diogo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayn_Rand
GostarGostar
Então, não escreva que quem defende a despesa social, defende um paradigma que condena a exigência.
GostarGostar
Escrevo, sim. Aliás, o Arnaldo escreveu-o também:
“Que tem a ver a exigência com a despesa social?”
GostarGostar
E acha que isso significa que quem defende a despesa social condena a exigência?
GostarGostar
Loop infinito.
GostarGostar
Caro Rui A.,
Uma dúvida constrange a conclusão de uma hipótese aqui na minha caixa de pirulitos.
Permiti minha pergunta.
Houve algum plano governamental de desarmamento da população portuguesa?
Se sim, eu creio que, então, se explica a desfaçatez desse governo em ameaçar: ou aprovação desse “orçamento” ou o fmi, e sem mais conversa.
GostarGostar
“A exigência” de quem? Dos directórios partidários – do PS, do PSD e do CDS – que nomeiam os seus boys gestores públicos de empresas que nem sabem onde é que ficam? Já se interrogou porque é que os partidos se portam todos assim, à esquerda e à direita, mal chegam ao poder? Ñão haverá para isto uma explicação que se não esgota nas boas e nas más intenções de quem governa?
GostarGostar
Sem dúvida que não se esgota aí. É um cliché dizê-lo, mas os políticos são a imagem do povo que governam. E quando não há exigência entre a sociedade, como poderemos esperar que ela exista na política?
GostarGostar
Loop infinito, de maneira nenhuma. A defesa da despesa social é tão independente da exigência, quanto da transigência.
GostarGostar
NEWSFLASH!!
Nem de propósito. Soube agora, via rádio, de mais um “pesadelo” para este blogue: a União Europeia tem a intenção de avançar com impostos para os 27.
Et voilá, impostos europeus.
Há dias foi a ideia já avançada de existir uma entidade supervisora que tenha a palavra FINAL sobre os orçamentos dos diferentes Estados.
O que estava há muito implícito torna-se, cada vez mais, explícito: uma crescente organização federal e a transferência de competências e soberania para a UE.
E aqui discutem-se os partidozecos da terreola (como se estivéssemos em 1900 e troca-o-passo) quando (na prática) já alienamos muita do nossa soberania.
Continuem, depois “engolem” quando vêm o “estrangeiro” a dar ordens.
É a vida!
GostarGostar
Caro Arnaldo, insisto que estamos de acordo. A defesa da despesa social é claramente independente da exigência. Por isso, chegamos a este estado de “graça”.
GostarGostar
IVA Europeu!!!
BRUTAL!
ahahahahah
GostarGostar
Claro que existe uma explicação para isso: o governo é mau ™. O governo é mau, e deve-se impedir que ele exista a qualquer dimensão. É uma explicação tão extraordinária quanto imbecil.
É como dizer que o raio das articulações estão sempre com artrite, pelo que mais vale cortar as pernas e os braços e assim tá tudo resolvido.
Quer dizer, não percebe o Rui que soluções como essas não são “soluções”, são saltos para o vazio mascarados de soluções? Por mim, que hajam movimentos que pretendam diminuir ao máximo a corrupção e a “institucionalização” de empresas público-privadas, etc., agora desviar a conversa para a propaganda de máximas imbecis como as Libertárias de Ayn Rand, é estúpido e só serve para que o pessoal do outro lado diga “estão a ver? a direita não é de confiar, só querem destruir qualquer apoio social, toda a estrutura de sistemas de saúde e educação”. Se pensam que vão conseguir o apoio de alguém que não seja uma minoria bem diminuta (que recebe BEM mensalmente, claro) para esse tipo de ideias obsoletas e absurdas (mas há alguém que ensine esta gente que não, o laissez faire morreu no séc XIX e a referência do ouro é um anacronismo maior do que o Criacionismo?).
GostarGostar
“Quer impor liberalmente esse modo de vida?”
Agradeço a leitura disto, se quiser saber a minha opinião:
http://www.ordemlivre.org/textos/1084/
GostarGostar
Caro Luís,
É curioso como apelida de imbecil ideias “libertárias”. Utópicas, até que concordo. Agora, o conceito de liberdade ser imbecil… Adiante.
Depois, a justificação de que o Governo é mau. Bem, é, de facto. Tal como o de Durão. Tal como o de Guterres. E por aí fora. Nota aqui algum padrão?
Soluções? Ok, vejamos a sua: correr com o actual Governo e meter lá outro. Segundo os dados históricos, sabe como vai ser esse Governo? Mau também. Ainda continua a achar que o problema central do nosso país está no Governo actual? Não se preocupe: em poucos anos terá a sua resposta.
E já agora, você defende que eu contenha os meus ideais porque dão uma má imagem social da direita? Prefere que minta? Prefere que venda os meus valores em troca de votos? Pois, nunca serei um bom politico, tem razão…
GostarGostar
“O que estava há muito implícito torna-se, cada vez mais, explícito: uma crescente organização federal e a transferência de competências e soberania para a UE.”
Nada contra, pelo contrário, desde que seja, efectivamente, uma transferência e não uma duplicação de competências e soberania. Considero o modelo federal o melhor para a organização política de qualquer estado, sobretudo dos estados, como Portugal, que, quando sózinhos, comprovadamente não se sabem governar. E desde que, obviamente, se trate de um verdadeiro federalismo, com todos os princípios devidamente acautelados, desde logo o da subsidariedade, e com as garantias constitucionais necessárias do Estado de Direito. Sobre o processo de preempção comunitário escrevi longamente na minha tese de doutoramento, vão para aí uns 7, 8 anos.
GostarGostar
Uma das coisas mais espantosas deste país, de há 35 anos para cá (e já uns antes, se calhar) é esta mania da esquerda em querer explicar o que deve ser a direita. Defender o liberalismo!?, mas nem pensar! E mais espantoso ainda é a direita amochar a estes analfabetos da esquerda e descaracterizar-se completamente, como o tem feito desde então, e acabar por repetir os valores da esquerda, do estatismo e do estado social, como se fossem os dela, e perdendo os seus. É uma coisa admirável!
GostarGostar
está bem. a pergunta não era para si. a si perguntaria: quer impor esse modo de vida? Acha que é uma questão de entender? Precisamente por entender, é que pouca gente adere a essas ideias.
GostarGostar
a direita é incompatível com um estado social?
GostarGostar
Caro Arnaldo,
A resposta do Rui A. a isso foi bem clara.
GostarGostar
Arnaldo Madureira,
Lamento dizer-lhe, mas você, que julgo ser um homem de direita, é uma vítima da chantagem, dita, cultural da esquerda, ao longo destes últimos 35 anos. Os valores que vosê defende não são os de uma direita liberal e democrática, mas sim da esquerda social-democrata e socialista democrática (a mesma coisa, como sabe). Se você se considera um homem de esquerda, então, as minhas desculpas e já cá não está quem falou. Mas, nesse caso, peço-lhe que não venha aqui explicar o que a direita – a que você não pertence – deve ser.
GostarGostar
Já agora, Arnaldo, reparou como entramos mesmo em loop? 😀
GostarGostar
1º
deve estar enganado. onde é que expliquei o que a direita deve ser?
2º
dizem-me que não sou da direita, porque defendo um estado social
3º
dizem-me que não sou da esquerda, porque não chega defender um estado social.
4º
não tenho qualquer necessidade de encaixar-me numa classificação esquerda-direita
GostarGostar
A resposta do rui a. foi bem clara? Mas é a opinião do rui a. ou toda a gente concorda?
GostarGostar
É a opinião do Rui A., subscrita aqui pelo Rui C.
GostarGostar