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O contribuinte alemão que pague a crise

30 Novembro, 2010

Aqueles rapazes que há 1 ano diziam que tinhamos de gastar dinheiro para sair da crise têm novas ideias. Todas elas baseiam-se no lema “o contribuinte alemão que pague a crise”:

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Keynesianismo a nivel europeu: Como a longo e a curto prazo os estados europeus estão todos endividados, o melhor é fazer o keynesianismo  a nível europeu. É preciso um orçamento europeu  para relançar a economia. é uma espécie de fuga para a frente do keynesianismo. Como já chegamos ao momento em que estamos todos endividados à escala nacional (mas ainda não estamos mortos) torna-se necessário fazer o mesmo à escala continental. Já falimos os Estados nacionais, agora é necessário aplicar a mesma receita ao estado federal.  Os Estados Unidos são o modelo desta ideia. Há apenas um pequeno problema: os estados americanos não têm tantas competências nem têm o mesmo peso no PIB que os estados europeus. O Estado europeu não pode crescer sem que os nacionais se esvaziem.

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Federalização das dívidas nacionais: As dívidas nacionais seriam englobadas numa pool comum. Haveria um único emissor de dívida. A vantagem para Portugal é que teria acesso a dinheiro com juros mais baixos. A vantagem para a Alemanha é que teria juros mais altos. Esta solução é excelente, mas só funciona se os alemães forem parvos.

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Eurobonds: Emissão de dívida a nível europeu para fazer políticas keynesianas. Não se percebe ao certo o que daria garantiais aos investidores de que a dívida seria paga. A União Europeia depende dos estados para cobrar impostos e são os impostos que garantem que as dívidas públicas serão pagas. Também não se percebe ao certo como serão distribuídas as receitas, mas imagina-se que Portugal não terá grande influência na forma como serão distribuídas.

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Política monetária mais flexível: Numa palavra, inflação. Quem tanto se opõe à descida de salários defende políticas inflacionistas a nível europeu. Como todas as medidas anteriores, esta baseia-se na ideia de que os alemães são estúpidos e sobrestima a capacidade de um país pequeno como Portugal influenciar políticas para que estas lhe sejam favoráveis. Se o BCE inflacionar, vai inflacionar na forma e na medida que convier à Alemanha.

61 comentários leave one →
  1. lica's avatar
    lica permalink
    30 Novembro, 2010 10:39

    Governo cria nova empresa pública para gerir PPP e grandes obras

    Agência para o Investimento Público e Parcerias é uma EPE com três administradores nomeados por três anos.
    Numa altura em que Governo e PSD estão a constituir uma equipa conjunta para reavaliar a pertinência das parcerias publico-privadas (PPP) e das grandes obras públicas planeadas, José Sócrates avança com uma nova empresa pública para gerir este tipo de projectos no futuro.

    Chama-se Agência para o Investimento Público e Parcerias e, segundo o decreto-lei que está a ser ultimado, funcionará como uma entidade de coordenação de cúpula, agregando os projectos que estão a ser desenvolvidos por cada um dos ministérios.

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  2. A. Silva's avatar
    A. Silva permalink
    30 Novembro, 2010 10:39

    O espantoso é haver tantas “santas” almas portuguesas preocupadas com os pobres alemães…
    Mas que defenderão elas???

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  3. lucklucky's avatar
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    30 Novembro, 2010 10:42

    Andam simplesmente à procura de um palerma que lhes pague as contas.
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    O jugular deputado do PS Galamba até fala de um orçamento “trágico”. Pedir “só” emprestados 11 mil milhões de Euros é trágico pelos vistos…
    O que seria então ter défice o(zero) ?

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  4. Trinta e três's avatar
    30 Novembro, 2010 12:09

    Seria honesto recordarem aqui, um senhor chamado Paul Krugman que disse que o euro não tinha pernas para andar. Na altura, alguns dos articulistas deste blogue atiraram-se-lhe às canelas e até o citaram- digamos- mais ou menos. Parece que agora, com a excepção alemã, a conclusão é quase unânime. Os meus cumprimentos aos “bons alunos”.

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  5. JCA's avatar
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    30 Novembro, 2010 13:46

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    Perto de 50% da produção alemã, suporte do Emprego, é sustentada (exportada) para um ‘País’ chamado ‘União Europeia’. De longe o seu maior importador. Para sustentar o aparelho produtivo e o emprego é preciso criar consumidores. Para terem poder de compra habilitam-lhes empréstimos bancários, fundos europeus etc.
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    ‘Quadro de Honra’ dos PIIGS:
    http://www.spiegel.de/international/europe/bild-731689-156219.html
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    ‘Are You Still Loyal to Europe?’
    Euro Crisis Damages Germany’s Reputation
    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,731689,00.html
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    Fears of a Euro Demise
    The Disastrous Consequences of a Return to the Deutsche Mark
    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,731798,00.html
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    “El ex presidente de la Comisión Europea Jacques Delors y uno de los grandes constructores de la Unión manifestaba el miércoles que “la Unión Económica y Monetaria ha sido víctima del capitalismo financiero y de un fallo provocado por la irresponsabilidad de nuestros dirigentes”. En su opinión, “el fallo ha sido querer hacer la Unión Monetaria sin la Unión Económica”.
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    Delors ironizó sobre el absurdo del mundo en que vivimos. “Ahora los mercados te advierten de que si no reduces el déficit te van a atacar. Pero como las políticas de reducir el déficit provocan una caída del crecimiento, entonces te dicen: ‘Te atacaremos por no crecer lo suficiente”. Y sentenciaba: “[Vamos a asistir] a una vuelta del populismo”.
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    Un renacimiento preocupante porque, a juicio de Delors, el populismo no se aprecia solo en las elecciones nacionales, sino también en el Consejo Europeo”
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  6. lucklucky's avatar
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    30 Novembro, 2010 14:44

    Delors também está muito burrinho e bem Populista.
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    Se não houver défice o “malvado” “terrível” lobo mau do “mercado” não pode fazer nada não é?
    Há dezenas de países sem problemas com o lobo mau.
    Então que está à espera o senhor Delors para dizer que os Estados Europeus não podem ter défice?
    Ahhh pois é, os Governos Europeus sempre viciados no dinheiro das populações com a bolha ficaram em transe a ver as receitas a subir e gastaram, gastaram.
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    Enquanto nos anos 60 vários Estado Europeus tinham superavites habitualmente agora a classe política-jornalística perdeu essa cultura e é incapaz de pensar em tal coisa.
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    Finanças sãs ficam para Países como o Chile, Brasil com a Lei da Responsabilidade Fiscal e outros…

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  7. anti-comuna's avatar
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    30 Novembro, 2010 14:56

    “Se não houver défice o “malvado” “terrível” lobo mau do “mercado” não pode fazer nada não é?”
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    Ele está a dizer, por outras palavras, que não é a favor do “mercantilismo”. Como Vc.
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    Vc. ainda vai-me explicar essa coisa do “mercantilismo”. Aposto que leu na propaganda americana e ainda não sabe bem o que isso é. ahahahahahahahh
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    Ás vezes Vc. espanta-me. Como a de criticar o “mercantilismo” europeu. lololololololol

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  8. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 15:40

    As crenças na religião neo-liberal vão criar uma recessão em quase toda a europa.
    A ideia que todos os países podem ter saldo externo positivo só pode ser defendido por ignorantes ou por quem gosta de ver o desemprego e a probreza a aumentar.
    Basta que o BCE compre divida até regularizar os juros e ninguem perde nada. Não vai existir mais inflação porque o desemprego é muito elevado e a capacidade produtiva está muito sub-utilizada.
    A Alemanha está beneficiar das exportações para a Europa, mas em poucos meses isso pode acabar.

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  9. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 15:44

    Que raio você está para aí a dizer anti-comuna. Não se enganou no tópico ou o que as mãos escrevem já não está bem ligado com o que vai na sua cabeça :)))

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  10. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 15:48

    “a capacidade produtiva está muito sub-utilizada.”
    .
    Ora aí está uma de nível Comuna. Top Down…
    Os Soviéticos também pensavam que bastava produzir. Os clientes esses…
    .
    A Dívida tem dados grandes resultados nesta última década não é PMP.

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  11. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 16:00

    “Seria honesto recordarem aqui, um senhor chamado Paul Krugman que disse que o euro não tinha pernas para andar. Na altura, alguns dos articulistas deste blogue atiraram-se-lhe às canelas e até o citaram- digamos- mais ou menos.”
    .
    99% dos economistas Americanos duvidaram do Euro. Na Europa só a senhora Thatcher e pouco mais. E Euro é um projecto político e agora vê-se anos depois o que é que acontece quando a política tenta dobrar a economia.

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  12. anti-comuna's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:05

    “Que raio você está para aí a dizer anti-comuna. Não se enganou no tópico ou o que as mãos escrevem já não está bem ligado com o que vai na sua cabeça :)))”
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    Eu não. Só me rio das suas contradições frequentes. Ora acusa a europa de tentar mercantilismo (lembra-se da Rússia dizer que poderia aderir ao Euro e se calhar à própria UE?) ora defende teorias que são um subproduto do mercantilismo (em especial a sub escola Rothbard, dos ditos “autriacos”), como pensa que a simples compra de obrigações soberana é QE sem atender à esterilização pelo próprio BCE dessas compras, etc.
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    Vc. está é confuso. Aliás, eu estou a ler cada vez mais gente confusa sobre o problema europeu. lolololololololol
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    A religião económica é complicada… ;))
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    PM – Caro PMP, Vc. até determinado ponto tem razão. O problema é que Vc. vê a coisa só pela rama. Que tem a ver com a própria alavancagem do sistema, que gera ainda piores perspectivas futuras no crescimento económico. Aconselho-o a ler um bocado o Minsky, para começar. Vai ver onde quero chegar. ;))

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  13. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 16:07

    LL,
    Já lhe disse várias vezes que é preciso estudar antes de escrever : a inflação (subida continuada de preços durante vários anos) só surge quando a procura excede muito a capacidade instalada para produzir a generalidade dos bens e serviços consumidos.
    A utilização da capacidade instalada na industria europeia e mundial e o nivel de desemprego não fazem prever um nivel de inflação preocupante. O elevado desemprego pelo contrário faz concluir que a procura total é baixa.
    Por isso o BCE pode comprar divida publica sem levantar problemas a ninguém excepto aos crentes na religião neo-liberal, religião que até o FMI já abandonou.
    Vir com espantalhos comunistas só revela ignorância.

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  14. PMP's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:14

    Caro Anti-Comuna (que raio de nick, peço desculpa),
    Eu já li Minsky e o que ele diz é exactamente o que eu digo : as recessões são inevitáveis, mas quanto mais curtas melhor.
    O problema do Euro é a estupidez dos crentes nos deuses dos mercados perfeitos ou eficientes (os neo-liberais) que não entendem que os mercados são essencialmente imperfeitos e estão sempre em desiquilibrio, e têm realimentação positiva (não é fácil um economista perceber o que é um sistema complexo com ciclos com realimentação positiva !).
    Bastaria o BCE começar a comprar divida em grande escala para a situação normalizar e dar tempo aos países diminuirem o défice gradualmente.

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  15. anti-comuna's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:20

    “a inflação (subida continuada de preços durante vários anos) só surge quando a procura excede muito a capacidade instalada para produzir a generalidade dos bens e serviços consumidos.”
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    Não é bem assim, caro PMP. Tem que rever a teoria da inflação.
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    “Por isso o BCE pode comprar divida publica sem levantar problemas a ninguém excepto aos crentes na religião neo-liberal, religião que até o FMI já abandonou.”
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    Mas isso contradiz o que postulou anteriormente. O BCE ao comprar dívida soberana sem a “esterilizar” está no fundo a aumentar a tal dita procura sem o respectivo aumento na capacidade de produção. Leia-se, está a aumentar a inflação, nas suas próprias palavras. ehehheheheh
    .
    .
    Claro que as coisas não são bem assim. Vc. tem razão num ponto. O BCE pode comprar dívida soberana e esterilizar essas compras, como o tem feito. Mas isso só funciona se os seus leilões para secar liquidez têm procura. Se não houver procura, está a lançar mais dinheiro no sistema e a aumentar as pressões inflacionistas. Já reparou que a inflação europeu está nos 1,9%?
    .
    .
    A questão é também e sobretudo política. E Vc. entra em contradição nisto. Se a Alemanha quer finanças públicas sãs nos demais países está a baixar a procura externa dentro da própria UE. Ou seja, no fundo a Alemanha até está a prejudicar-se sob o ponto de vista. A questão é outra. A questão é que os Estados nacionais sob fogo, se tiverem sempre a ajuda do BCE, nunca farão as reformas económicas necessárias. Como o caso português bem o atesta. E os alemães não estão para alimentar parasitas. ;))

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  16. anti-comuna's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:25

    “Eu já li Minsky e o que ele diz é exactamente o que eu digo : as recessões são inevitáveis, mas quanto mais curtas melhor.”
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    Pois. Mas ele não disse apenas isso. Ele chamou à atenção para o fenómeno da monetarização da economia. E isso ´o que Vc. pede que o BCE faça.
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    O problema hoje exige que se tenha cuidado. Porque, por um lado as crises são bem-vindas (e o Minsky nas as nega) por outro, como andamos muitos anos a esconder os problemas para debaixo do tapete, a monetarização aconteceu e agora é sobretudo um problema monetário e menos económico. Tirando alguns países de rastos (Portugal, Espanha, etc) os demais países estão a sair da crise relativamente bem. A Alemanha está aí a carburar como nunca. Só que, os alemães não querem pagar para meia dúzia de gatos pingados. Quanto vale a economia portuguesa na Europa? ehhehhehheehh
    .
    .
    PMP, olhe primeiro para o seguinte. O BCE é um banco central para a Zona €uro, não apenas para Portugal, Espanha, etc. Tem que ter em conta a dimensão dos países em dificuldades para perceber o BCE.

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  17. PMP's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:30

    Caro anti-comuna,
    Você e muitos outros ainda acreditam no mito de que o aumento da base monetária por si só aumenta a inflação. Veja o caso dos EUA e do Japão que são um contra-exemplo poderoso.
    Mas pense lá numa coisa : quando o BCE (ou qualquer banco central) compra euros , o que acontece ? Tente reconstruir o mecanismo por si passo a passo.
    A minha proposta é apenas que o BCE compre titulos até normalizar os juros nos 4 ou 5% que é o juro que o FMI normalmente empresta. Se os estados continuarem com déficits muito elvados então a UE poderá suspender os fundos comunitários até que eles cumprar. Desta forma evita-se um recessão generalizada, sem precisar de complicações.
    Mas como é simples e vai contra a mitologia neo-liberal enraizada nos brilhantes macro-economistas que nunca criaram empresas e muito menos empresas exportadoras, não vai ser implementado e a recessão e o aumento da probreza estão aí.
    Os EUA que foram a origem do neo-liberalismo é que só propõe a receita aos outros, eles continuam a aplicar a teoria inventada no Reagan que os deficits resolvem.se por eles.

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  18. lucklucky's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:46

    “Eu não. Só me rio das suas contradições frequentes. ”
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    Quais. Cite-as. Não se esconda fazendo toca e foge. Eu também lhe posso chamar todos os nomes nah anha nah! Looooool (à anti-comuna…:))))
    Exemplo de Mercantilismo 1: TAP com rotas sem concorrência.
    Exemplo de Mercantilismo 2: Capitalismo Russo- empresas ligadas ao Poder.(você falou dos russos…)
    .
    “simples compra de obrigações soberana é QE sem atender à esterilização pelo próprio BCE dessas compras”
    O BCE não consegue esterilizar os valores anunciados.
    Explique como raio você espera que a Europa e os EUA mantenham dívidas publicas de mais de 100%. Se ter défice zero(0) é impossível a bolha nunca acaba até acabar a confiança total.
    A Europa e os EUA serão a América Latina dos anos 70 e 80.
    .
    “a inflação (subida continuada de preços durante vários anos) só surge quando a procura excede muito a capacidade instalada para produzir a generalidade dos bens e serviços consumidos.”
    .
    O que é que tem acontecido ao preço do petróleo ou do ouro?
    A moeda vai ao ar com a falta de confiança no sistema. Não é preciso contas de produção para nada. Será tarde demais para reagir. Dilúvio.

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  19. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 16:46

    “Você e muitos outros ainda acreditam no mito de que o aumento da base monetária por si só aumenta a inflação. Veja o caso dos EUA e do Japão que são um contra-exemplo poderoso.”
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    E a velocidade dessa base? Aumentou?
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    E só outra coisa. Não se esqueça que as economias não são fechadas. Uma base monetária pode aumentar e a velocidade de circulação aumentar mas não no interior dessa economia. Por isso é que o Japão teve estabilidade de preços e havia o famoso carry-trade. Exportando inflação.
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    “A minha proposta é apenas que o BCE compre titulos até normalizar os juros nos 4 ou 5% que é o juro que o FMI normalmente empresta. Se os estados continuarem com déficits muito elvados então a UE poderá suspender os fundos comunitários até que eles cumprar. Desta forma evita-se um recessão generalizada, sem precisar de complicações.”
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    E acha que os países farão reformas se não tiverem os fundos comunitários? Sabe qual a execução de 2010 desses tais maravilhosos fundos. Parece que anda pelos 10%. Ou seja, como exigem a contrapartida nacional e ela não há, leia-se, estamos tesos, não há programas a funcionar.
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    “Mas como é simples e vai contra a mitologia neo-liberal enraizada nos brilhantes macro-economistas que nunca criaram empresas e muito menos empresas exportadoras, não vai ser implementado e a recessão e o aumento da probreza estão aí.”
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    Aqui, em termos puramente teóricos, a pobreza nunca deixou de existir. Apenas monetarização. Leia de novo o Misnky para perceber a lógica. É que Vc. confunde consumo com riqueza. Uma pessoa pode consumir muito e ser pobre. Basta pedir dinheiro emprestado e tem a sensação de ser mais rico mas é mentira. O pobre apenas teve um excesso de liquidez que o consumiu à conta de rendimentos esperados futuros. Mas em termos financeiros, não deixou de ser pobre. Pelo contrário, acorrentou-se a ainda mais pobreza.
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    PMP, não confunda consumo com riqueza. Esse é um erro comum e báscico que eu vejo amíude por aí. Mas é fatal. Glup!

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  20. anti-comuna's avatar
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    30 Novembro, 2010 16:54

    Lucklucky, Vc. não defende o ouro como suporte das nossas moedas? Mas isso é uma forma de mercantilismo. lolololololol
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    Vc. não defende a baixa salarial para atender à produtividade? Mas isso é uma forma de mercantilismo.
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    Por outro lado, tem razão nas críticas que faz à Rússia. Mas eles querem mudar o seu sistema económico para modernizar a sua economia. Vc. é contra porque são russos. Se fossem americanos… lololololololol
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    “O BCE não consegue esterilizar os valores anunciados.”
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    Como é que é? lolololololol Salvo um ou outro leilão, o BCE sempre conseguiu esterilizar. Se estou errado, prove que estou errado. lolololololol
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    “Explique como raio você espera que a Europa e os EUA mantenham dívidas publicas de mais de 100%. Se ter défice zero(0) é impossível a bolha nunca acaba até acabar a confiança total.”
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    Aqui não tenho que explicar nada. Eu sou a favor do défice zero. Mas Vc. chama a isso mercantilismo, que é agora a moda dos americanos para criticar a Alemanha. lolololololol
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    “A moeda vai ao ar com a falta de confiança no sistema. Não é preciso contas de produção para nada. Será tarde demais para reagir. Dilúvio.”
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    .
    Foi ao ar? Vc. pensa que dinheiro é apenas aquelas coisinhas que andam nos nossos bolsos? ahahhaahahhahahah
    .
    .
    Faça assim. Comece a trocar os seus euros (ou dolares, etc) por bens tangíveis. Muitos já o fazem. Se acredita nos mercados livres, já o pode fazer. ahahahahhahahh

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  21. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 16:56

    “as recessões são inevitáveis, mas quanto mais curtas melhor.”
    .
    Curioso…Não parece, noutros comentários passa a vida a falar contra a recessão sem se aperceber que a Dívida – espécie de quantitative easing feito pelos mercados- mascarou a nossa recessão que já está cá há muito.
    E quanto maior a dívida mais longas/profundas serão as recessões. E mais incontrolável será o inesperado. Como há em média uma recessão quasi mundial por década não haverá tempo de sair de uma recuperar e depois aguentar a próxima.
    Enquanto isso os outros prosperam.

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  22. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 17:01

    LL,
    A subida do ouro não tem consequência a nivel da inflação (o que fazem os que vendem o ouro ?). A subida do preço do petróleo é devida a um aumento do consumo na Ásia. É uma estupidez subir os juros e aumentar o desemprego para niveis altissimos na europa porque o petróleo sobe.

    AC,
    Deixe lá a palavra monetização porque não tem significado prático na economia, é um mito. Pense lá o que acontece : BCE compra titulos a um investidor A que pretende ter um rendimento fixo da sua poupança, A recebe o dinheiro e vai manter a intenção de poupar, mas agora vai procurar outros activos financeiros para aplicar as suas poupanças ou faz um depósito a prazo, nada mais acontece.
    É a baixa dos juros que pode ter algum efeito inflacionista, muito reduzido, pois o desemprego é muito elevado, os salários não crescem, o rendimento disponivel até está a baixar por via dos aumentos de impostos.
    A pobreza só diminui se os salários crescerem e o desemprego diminuir. Mas é impossivel sermos todos exportadores, por isso a procura interna tem de ser mantida, se não a recessão torna-se crónica.
    Olhe que eu estudo os assuntos, até já acreditei nesses mitos.

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  23. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 17:05

    “Deixe lá a palavra monetização porque não tem significado prático na economia, é um mito. Pense lá o que acontece : BCE compra titulos a um investidor A que pretende ter um rendimento fixo da sua poupança, A recebe o dinheiro e vai manter a intenção de poupar, mas agora vai procurar outros activos financeiros para aplicar as suas poupanças ou faz um depósito a prazo, nada mais acontece.”
    .
    .
    E se o investidor B o emprestar para compra de carros, casas, etc?
    .
    .
    Vá lá. O fenómeno monetário é muito mais complexo do que Vc. simplisticamente diz aí. Claro que devemos simplificar mas não omitir os demais processos que dominam o circuito monetário. ;))

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  24. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 17:07

    Olhe, Lucklucky, li-o a si como a supostos “experts” da matéria noutros blogues a escreverem muitos disparates porque leram também nos blogues da moda americanos. Mas enfim, a realidade nem sempre é aquele que perpecionamos:
    .
    “Tuesday, November 30, 2010 – 07:23
    ECB Drains E67.0 Bn In 1-Week Term Deposit Tender,As Intended
    .
    FRANKFURT (MNI) – The European Central Bank Tuesday drained E67.0 billion from the banking system in a one-week liquidity-absorbing operation intended to sterilize the ECB’s purchases of Eurozone government bonds.

    The amount drained matched the total accumlated volume of government bonds purchased and settled by the ECB since the start of its bond buying program in May. That amount includes the E1.348 billion in bond purchases made and settled in the week ending November 26. That is nearly double the E713 million purchased in the previous week.”
    .
    In http://imarketnews.com/node/23153
    .
    .
    Sabe qual o seu problema, Lucklucky? Só vêm a realidade que agrade as suas ideologias e formas de ver o mundo.
    .
    .
    Enfim, o mundo é assim mesmo, não é?

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  25. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 17:10

    LL,
    Tente perceber de onde vem o dinheiro, ou seja a Base Monetária = moeda + reservas no BCE.
    Esse dinheiro é criado através da despesa pública e é destruido através dos impostos, num ciclo infinito. Num sistema normal de moeda própria, o estado gasta e no dia seguinte emite titulos, que são comprados com o mesmo dinheiro gasto no dia anterior (é estranho não é). Depois o Banco Central compra alguns titulos (5% do stock) por exemplo de forma a gerir as reservas de forma a manter os juros num nivel pré-fixado, que depende da sua politica em relação à inflação e ao emprego (duplo mandato como no FED, UK, Austrália, etc.).
    No euro, a estupidez e ignorância dos economistas neo-liberais que o criaram, já não é assim e os estado têm de comprar moeda antes de a gastarem, o que aumenta os juros, criando um ciclo vicioso, pois mais juros aumentam o risco, o que aumenta os juros, etc.

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  26. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 17:18

    PMP, isso não é moeda nem dinheiro, caro amigo. Isso é apenas uma visão parcial da coisa:
    .
    .
    http://economics.about.com/cs/studentresources/f/money.htm
    .
    .
    Dou-lhe um exemplo comezinho para perceber que todos podemos criar dinheiro. Imagine que Vc. cultiva batatas e eu vendo batatas no mercado municipal. E imagine que eu acordo consigo comprar as batatas a pagar a 30 dias. E aí está. Este crédito acordado entre nós os dois é dinheiro. ;))
    .
    .
    Aliás, é aí falham bastante os maluquinhos do ouro. Tal como no mercantilismo, confundem ouro com dinheiro. Confundem os bens com dinheiro. Neste caso, o ouro. O dinheiro não é apenas uma coisa. É sobretudo uma relação entre duas ou mais entidades. ;))

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  27. Bei Laute da Silva's avatar
    Bei Laute da Silva permalink
    30 Novembro, 2010 17:18

    “…Governos Europeus sempre viciados no dinheiro das populações…”

    Lucklucky, bem sei da sua obsessão (monomania!?) mas você está errado.
    Quem está «viciado» no «dinheiro das populações» são um tipo muito peculiar de empresas na sua maioria PRIVADAS….pois é….mas isso não convém dizer, pois não?

    Quanto à sacrossanta «mão invisível» e à «divina desregulação» tem resultado às mil maravilhas como se viu (e vê) no sistema bancário irlandês.

    «Só que, os alemães não querem pagar para meia dúzia de gatos pingados.»

    Como se fossem uns bons samaritanso desinteressados.
    O que ninguém diz são as vantagens que, anos a fio tiveram com a actual situação.
    Se sabiam que o «Club Med» não tinha, a médio prazo, condições para sustentar a dívida então isso faz dos alemães também culpados na actual situação. Aliás, a actual situação não passa de uma parvoíce em que, durante anos, alguns países do centro e norte da Europa fingiram que acreditavam nos países do «Club Med» e (mais grave) em que os países do «Club Med» começaram a acreditar nas suas próprias insanidades. Os resultados estão à vista de todos. que ninguém venha a gora dar uma de «santinho» ou dizer sequer «ah, e tal, eu não sabia».
    Que vão (TODOS) enganar o raio que os parta.

    Não deixa de ser curiosa esta viragem de 180º da UE no desenrolar da crise desde 2008….
    Sobre isso ninguém parece querer falar, mas enfim.

    Tinha que ver o dia em que iriam ser os USA a ter políticas que, geralmente, são (eram?!) conotads com a Europa.
    Reacções dos USA?!
    Umas risotas mal disfarçadas, um encolher de ombros (desconcertante para alguns, concedo) e, melhor que um QE2….um QE3 (possivelmente colossal) já em perspectiva (segundo alguns)
    Pois é….

    «E os alemães não estão para alimentar parasitas. ;))»

    Isso não é linear.
    Lembor-me (pois é sempre bom que a memória não seja curta) que os alemães tinham «reticências» sobre a entrada de certos países na Zona Euro. A insistência essencialmente francesa fez a Alemanha ceder. Tinham toda a razão na altura. Qualquer pessoa que «feche bem da mala» e que tenha os pirolitos no sítio sabia bem que países como Portugal e a Grécia não tinham qualquer lugar na Zona Euro nos calendários e com as exigências a ela inerentes.
    Por cegueira, eleitoralismo despudorado e um parolíssimo novo-riquismo, as lideranças de alguns países insistiram em entrar. Os resultados estão à vista.
    Portugal não tinha, como ainda não tem, uma Economia capaz de estar numa união monetária com uma moeda como o Euro. (tem uma Economia com mirrada e não competitiva, um Estado demasiado grande para essa mesma economia e não muito eficiente). Para cúmulo, entrámos já com um Escudo sobrevalorizado, note-se.
    Felizmente, quem saiba (simplesmente) fazer contas, sabe que não resta senão uma saída aos PIGS a curto-médio prazo, e essa saída é……..
    Mais cedo ou mais tarde, para segurar o Euro, os países competitivos, produtivos e ricos não vão ter outra hipótese……é isso ou mudam de política (QE?!).
    Confesso que, em ambos os casos, a situação é uma m*rda.

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  28. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 17:18

    AC,
    O investidor B que vendeu titulos vai deixar de querer poupar de repente ? Se for uma pessoa normal, compra logo de seguida um titulo com rendimento e risco semelhante.
    Mas admita-mos que B compra titulos referentes a crédito ao consumo. Neste caso o banco originador do crédito só dará esse crédito a pessoas empregadas pelo que ao fim de algum tempo o crédito cessa de crescer (exactamente o que aconteceu no crash de 2008/2009 – um Minsky Moment), e até diminui acompanhando o desemprego e a descida de salários.
    O problema é que o euro é uma moeda quase equivalente ao ouro e assim poderá levar a europa ao desemprego elevado como aconteceu quando existia o padrão ouro.

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  29. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 17:21

    “Lucklucky, Vc. não defende o ouro como suporte das nossas moedas? Mas isso é uma forma de mercantilismo. lolololololol”
    ..
    Ouro não é forma de mercantilismo algum. Se um Pais quiser pode ter mercado livre com Ouro.
    Mas se quer saber parece que já não se lembra de eu ter chamado maluquinhos do ouro?
    Só defendo disciplina na impressora. Esta deve estar ligada ao crescimento menos o endividamento.
    Mas se alguém o quiser utilizar para fazer transações não tenho problema algum.
    .
    “Vc. não defende a baixa salarial para atender à produtividade? Mas isso é uma forma de mercantilismo.”
    -Mercantilismo é o contrário de concorrência livre. É o contrário do mercado livre.
    .
    “Aqui não tenho que explicar nada. Eu sou a favor do défice zero. Mas Vc. chama a isso mercantilismo, que é agora a moda dos americanos para criticar a Alemanha.”
    -Défice Zero. Curioso então, como explicar as suas opiniões este tempo todo. A favor da extensão dos défices.
    Você tem uma bizarra ideia do que é o mercantilismo e já agora do que é que eu penso . Mercantilismo é a negação do mercado livre. Pesados impostos entre países, apoio a todas as empresas nacionais. Fecho de fronteiras ao que vem de fora caso seja melhor que uma má empresa.
    .
    “Foi ao ar? Vc. pensa que dinheiro é apenas aquelas coisinhas que andam nos nossos bolsos? ahahhaahahhahahah”
    -Além de inventar parece ter uma curiosa habilidade para mudar o tempo verbal.
    .
    P.S: o BCE é secreto e faz bluff até ao dia em que também já ninguém acreditar nele.

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  30. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 17:28

    Caro PMP:
    .
    “O investidor B que vendeu titulos vai deixar de querer poupar de repente ? Se for uma pessoa normal, compra logo de seguida um titulo com rendimento e risco semelhante.”
    .
    .
    Pode consumir. Em todo o caso, a poupança é sempre canalizada para a expectativa de um retorno que só acontece com consumo. ;)) Pode parecer complicado entender isto, mas basta pensar no consumo de bens de capital, por exemplo. A rentabilidade dos investimentos advém de algum lado. Se não vier, só pode vir de criar dinheiro do nada. Ou seja, perde valor. No fundo a coisa é mais ou menos assim.
    .
    .
    Lembre-se que o dinheiro tem três estádios (ou estados, como modernamente dizemos): consumo, investimento e crédito. Vc. ao investir está a criar crédito. Ou seja, alguém vai consumir para gerar retornos para pagar o crédito obtido do investidor.
    .
    .
    “Neste caso o banco originador do crédito só dará esse crédito a pessoas empregadas pelo que ao fim de algum tempo o crédito cessa de crescer (exactamente o que aconteceu no crash de 2008/2009 – um Minsky Moment), e até diminui acompanhando o desemprego e a descida de salários.”
    .
    .
    Mas para resolver isto só existe uma forma: desalavancar. Vc. quer manter ad eternum a alavancagem. ehehheheehh
    .
    .
    Vc. pode é pedir que a desalavancagem seja feita de uma forma “ordeira”. É isso o máximo que os governos e bancos centrais podem fazer. O Japão está aí para o demonstrar. E mesmo assim… Os maluquinhos do ouro querem matar logo o paciente da cura. heheheheheheehh

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  31. PMP's avatar
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    30 Novembro, 2010 17:30

    AC,
    Lá vem o mito de confundir dinheiro com crédito. Mais uma crença religiosa, neste caso ainda mais antiga.
    Veja que o crédito de 30 dias auto-destroi-se no fim desse tempo, qualquer crédito é assim. O dinheiro é perene, pois o estado quando gasta e paga aos privados os bens e serviços com dinheiro através dos bancos, o dinheiro (reservas no BCE + moeda) permanece para sempre, até que os impostos o destruam.
    É a insistência nos mitos e ignorãncia dos economistas que mandam na zona euro, que está levar a europa para a recessão, a pobreza e o desemprego massiço.

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  32. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 17:34

    Luckyluck, olhe, eu às vezes fico com a impressão que Vc. tem mesmo uma impressora na carola que debita tudo o que os moldes lá têm, sem conferir o que é impresso.
    .
    .
    Para não me repetir, apenas lhe respondo a isto:
    .
    “P.S: o BCE é secreto e faz bluff até ao dia em que também já ninguém acreditar nele.”
    .
    .
    Vc. devia saber, mas pelos sabe mas fica fora da impressora, que o BCE só pode ser credível se houver um minimo de transparência. Vc. diz que é secreto mas tem aí a notícia que confirma que ele é mais transparente do que o amigo pensa. Vc. sabe tão bem como eu que um banco central só funciona se tiver um minimo de secretismo (senão lixa-se pelos especuladores) mas ao mesmo tempo ser transparente para que a eficácia das suas intervenções seja mesmo alta.
    .
    .
    O resto não vou estar a perder muito tempo a escrever sempre a mesma coisa. Eu gosto pouco de debater com quem acredita mesmo nas patranhas do ouro como moeda. É como lhe digo. Ninguém o impede de entesourar com ouro. Se não sabia disto, fica a saber. Há ourivesarias em Portugal que vendem barras de ouro. É só aproveitar. ;))

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  33. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 17:36

    “Quanto à sacrossanta «mão invisível» e à «divina desregulação» tem resultado às mil maravilhas como se viu (e vê) no sistema bancário irlandês.”
    .
    -A Irlanda foi ao ar por causa da Política. Entrou no Euro. Euro que estava afinado para Estados com economia estagnada. Juros negativos, Bolha. Bum!
    .
    “No euro, a estupidez e ignorância dos economistas neo-liberais que o criaram, já não é assim e os estado têm de comprar moeda antes de a gastarem, o que aumenta os juros, criando um ciclo vicioso, pois mais juros aumentam o risco, o que aumenta os juros, etc.”
    .
    -“Mais juros aumentam o risco” ! Então como é que a bolha de crédito pode nascer?
    Diga-me que misteriosos economistas liberais criaram o Euro. A Thatcher malvada neoliberal dizia que a coisa falharia. Milton Friedman dizia que só por milagre sobreviveria. Os Austríacos nem queriam olhar para a coisa.
    O Euro foi criado por Políticos e Keynesianos. Por isso é que o défice eram uns altos 3% e a Dívida Pública era 60%…
    Mostre lá os neoliberais.

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  34. anti-comuna's avatar
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    30 Novembro, 2010 17:39

    “Veja que o crédito de 30 dias auto-destroi-se no fim desse tempo, qualquer crédito é assim. O dinheiro é perene, pois o estado quando gasta e paga aos privados os bens e serviços com dinheiro através dos bancos, o dinheiro (reservas no BCE + moeda) permanece para sempre, até que os impostos o destruam.”
    .
    .
    O crédito auto-destroi-se e tem razão. Mas os seus efeitos multiplicadores não. O vendedor das batatas, sabendo que vendeu as batatas, pode comprar roupas para os filhos. O vendedor de roupas compra arrz no surpermercado, etc. Está a ver a coisa?
    .
    .
    O que Vc. tem razão é nisto. O crédito é ele gerador de inflação. Se Vc. quiser manter o sistema salubre tem que controlar o crescimento do crédito. Porque a alavancagem gera risco. É isso, em súmula, o que o Misnky diz. A partir de um dado momento, a alavancagem é tão grande e tão arriscada que qualquer fenómeno menos bom pode gerar a desalavancagem brutal. Vc. está a pedir mais alavancagem. Quando tem que pedir desalvancagem. Se possível ordeira.

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  35. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 17:47

    lucklucky: Mas se quer saber parece que já não se lembra de eu ter chamado maluquinhos do ouro?
    Só defendo disciplina na impressora. Esta deve estar ligada ao crescimento menos o endividamento.
    .
    Anti comuna: “Ninguém o impede de entesourar com ouro.”
    .
    Explique-me a sua resposta á minha afirmação. Parece haver uma falha de comunicação.

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  36. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 17:50

    LL,
    Os neo-liberais de facto (apesar de se esconderem noutras roupagens) que na altura criaram o Euro, convenceram os politicos e armadilharam-no, pois impediram o BCE de controlar as taxas de juro, colocando os países à mercê do deus do mercado eficiente e perfeito. Impedem a zona euro de ter medidas anti-ciclicas, tal como com o padrão ouro.
    Os tontos dos politicos portugueses, PS e PSD, foram enganados pelos economistas portugueses que são ignorantes e vaidosos, e aderiram à pressa ao euro, a um valor estupido.
    Mas o pior dos neo-liberais não é terem-se enganado na EMH e no monetarismo, é insistirem na asneira e quererem arrastar a europa para a recessão.

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  37. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 17:57

    “Só defendo disciplina na impressora. Esta deve estar ligada ao crescimento menos o endividamento.”
    .
    .
    Olhe, se Vc. tanto defende os mercados livres, porque quer controlar o crescimento do endividamento? São as tais contradições que Vc. nega-se a ver. Por um lado não quer intervenções sobre os mercados (Vc. chega ao cúmulo de dizer que os bancos centrais conseguem dominar as taxas de juro, que é um disparate de todo o tamanho), por outro lado, quer disciplinar a criação do dinheiro do nada. Mas para o fazer quemque intervencionar nos mercados.
    .
    .
    Save qual o problema, Lucklucky? É não entenderem o próprio sistema monetário. Porque acham que sem intervenção nos mercados, as bolhas não se criam. Quando na realidade, com o sem intervenção nos mercados, as bolhas e os estoiros são inerentes ao capitalismo. Enfim, são as tais contradições de quem não pensa nas coisas como deve ser. Vêm o mundo sob o prisma da ideologia.

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  38. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 18:02

    “Os neo-liberais de facto (apesar de se esconderem noutras roupagens) que na altura criaram o Euro, convenceram os politicos e armadilharam-no, pois impediram o BCE de controlar as taxas de juro, colocando os países à mercê do deus do mercado eficiente e perfeito. Impedem a zona euro de ter medidas anti-ciclicas, tal como com o padrão ouro.”
    .
    .
    Ó PMP, mas Vc. acha que é possível controlar as taxas de juro? Só se estatizar toda a economia ou acabar com o dinheiro. ehehhehehehehh
    .
    .
    Vc. parece o Lucklucky ao contrário. ;))
    .
    .
    O euro permite medidas anti-ciclicas. Olhe, a Dinamarca tem a sua moeda “colada” ao euro (e até nas taxas de juro) mas teve medidas anti-ciclicas. Mas Vc. quer medidas anti-ciclicas já com défices elevados. lolololololol
    .
    .
    Ó PMP, poupa-se no tempo das vacas gordas para as magras. Vc. nunca poupa como quer depois ter dinheiro para as crises? ;)))
    .
    .
    A sério. deixe lá a ideologia de fora e pense fora da caixinha, senão continua a martelar as mesmas coisas toda a vida, sem evoluir. ;))

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  39. Trinta e três's avatar
    30 Novembro, 2010 18:05

    Por acaso, esta lista de comentários devia ser guardada para, daqui a algum tempo, se perceberem três coisas: porque é que o euro falhou; porque é que a Europa (UE) vai falhar; porque é que, em Portugal, não há a pressão necessária para inverter a situação percebendo que o problema está no desprezo pela Economia, substituída pelas simples jogadas financeiras. Bom material para arquivo.

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  40. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 18:18

    AC,
    Qualquer banco central pode controlar os juros da divida pública comprando titulos no mercado secundário, não entendo onde está a dúvida ? A divida pública é como um depósito a prazo no estado e a moeda é como um depósito á ordem.
    Claro que não controla os juros do crédito privado, mas o crédito é um sistema diferente do sistema de emissão de moeda e divida pública.
    É chato ter de estudar tudo do inicio mas tem de ser, mas é simples, faça um esforço. Pense nos mecanismo e tente fazer passo a passo.
    Veja que a Dinamarca desvalorizou a moeda em relação ao euro na altura do crash, mas o mais importante é que tem um sistema monetário normal , e assim não está á mercê do mercado para se financiar, primeiro gasta e depois emite titulos para manter os juros no nivel desejado.
    No euro não é assim e os juros disparam devido ao ciclo com realimentação positiva (já sabem o que é e como é ?) – > juros mais altos aumentam o deficit, rating diminui, juros aumentam , etc.

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  41. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    30 Novembro, 2010 18:33

    .
    – Já começo a fartar-me de você anti-comuna inventar o que eu digo ou colocar palavras ou opiniões que não disse:
    “sem intervenção nos mercados, as bolhas não se criam. ”
    .
    – O capitalismo tem bolhas, o comunismo tem bolhas – gigantes que acabaram com ele , . Qualquer coisa que você faça e fique despontado com o resultado foi uma bolha que rebentou.
    As bolhas fazem parte da natureza, uma espécie pode fazer desaparecer a sua comida e ter de reduzir ou mesmo arriscar a extinção. Bolha.
    As bolhas são naturais em qualquer actividade humana. Não há informação perfeita nem acção perfeita a não ser por acaso ou numa excepção. É só uma aproximação.
    No capitalismo o início das bolhas são a altura em que se procura mais a eficiência, em que todos passam competir em vez do crescer em direcção ao céu e quando se começa a rebentar a bolha.
    Depois os fracos têm de ir para outro lado senão temos um bolha gigante a crescer.
    Bolhas para terem a menor possível dimensão é preciso que o feedback seja o mais rápido possível.
    Moedas que representam coisas demasiado diferentes fabricam bolhas. Você queria o Euro de Lisboa a Vladivostok…ou seja a partir dessa moeda é quase impossível determinar o que se passaria na economia de um território .
    Se o capitalismo quer sobreviver não poder ter bolhas gigantes. Senão não é muito diferente do Comunismo na economia.
    E sim provocadas pelos Bancos Centrais, pelos Políticos lá fora e cá.
    Os bancos financiaram-se barato no BCE não foi? cada 0,25% de taxa de juro a mais e era um aí jesus mesmo dos ateus comunistas…
    .
    Portugal está cheio de bolhas . Vão rebentar agora umas atrás das outras. Escola, Saúde, Universidade, Futebol, TV’s, Municipios tudo bolhas – investiu-se muito e não deu resultado sobrou a dívida- a abstenção crescente nas eleições é a bolha da partidocracia que rebentou…veremos se será do regime.
    .
    Os mercados estão em todo o lado.

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  42. Bei Laute da Silva's avatar
    Bei Laute da Silva permalink
    30 Novembro, 2010 19:22

    “porque é que o euro falhou; porque é que a Europa (UE) vai falhar;”

    Não adianta explicar. Se calhar, daqui a uns meses…………………….

    De qualquer maneira é possível evitar um cenário tão extremo.
    É simples (e assim deveria ter sido desde sempre) – Quem não tem capacidade (nem competência) para estar no Euro: TEMOS PENA,……RAUS!
    Porquê?
    Pela mesma razão que uma equipa que jogue nos regionais não joga na «Champions». Tão só.

    Azar.

    A actual UE nuca deveria ter passado de CEE.

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  43. JCA's avatar
    JCA permalink
    30 Novembro, 2010 19:22

    .
    Parabens, bom conflito de ideias. Resumindo, Portugal apanhou bexigas doidas. Tudo sugere que se estão a safa melhor os que mantiveram as moedas nacionais e as ‘colaram’ ao Euro.
    .

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  44. Bei Laute da Silva's avatar
    Bei Laute da Silva permalink
    30 Novembro, 2010 19:53

    Durante anos a parolada indígena bateu palmas à nossa entrada no Euro.
    Os pobres deslumbrados, mal se viram com umas torradeiras e umas carripanas compradas a crédito já se sentiam no «topo do mundo» e já achavam ricos.
    Oh, engano!!
    Oh, desvario!!
    Durante anos, a parolada sujeitava a anátema e «excomunhão» (só faltavam as «foguerinhas») toda e qualquer voz mais prudente (e tratava-se meramente de pridência e não de eurocepticismo, como esse bando de estarolas deslumbrados gosta de dizer) que ousasse dizer apenas coisas como »se calhar é muito cedo para entrarmos» ou, «temos, primeiro, que por a casa em ordem a fazer efectivas reformas estruturais». Mas nada.
    Agora estão à vista os custos de andarmos a brincar aos países ricos e desenvolvidos (algo que NUNCA FOMOS).

    De um ponto de vista estritamente económico o menor dos problemas da UE é a hipotética «intervenção» em Portugal, cujos custos (estimados entre 35 a 40 mil milhões de Euros) são «trocos» quando comparados, por exemplo, com as «intervenções» na Irlanda e na Grécia.
    Os verdadeiros problemas são dois:
    1 – Política e economicamente «isto» não pode continuar assim
    2 – Espanha (aí sim, estamos a falar de REAL MONEY)

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  45. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 21:35

    Caro PMP, Vc. tem a certeza do que diz?
    .
    .
    “Qualquer banco central pode controlar os juros da divida pública comprando titulos no mercado secundário, não entendo onde está a dúvida ? A divida pública é como um depósito a prazo no estado e a moeda é como um depósito á ordem.”
    .
    .
    Olhe que está enganado. Os bancos centros, quando muito, controlam os juros de curto prazo. E mesmo assim é preciso bastante para o fazer. Se fosse assim, as taxas de juro reais (aquelas que se negoceiam foram do mercado monetário) eram mais baixas. Analise bem a coisa. Vc. está completamente equivocado. Completamente. É um mito alimentado por quem não faz a minima ideia da história monetária.
    .
    .
    “É chato ter de estudar tudo do inicio mas tem de ser, mas é simples, faça um esforço. Pense nos mecanismo e tente fazer passo a passo.
    Veja que a Dinamarca desvalorizou a moeda em relação ao euro na altura do crash, mas o mais importante é que tem um sistema monetário normal , e assim não está á mercê do mercado para se financiar, primeiro gasta e depois emite titulos para manter os juros no nivel desejado.”
    .
    .
    Vc. manada-me estudar e diz uma bacorada destas? Que desvalorização foi essa no crash? Em que ano? Depois de 2007? Vc. está mesmo a inventar largo. E que sistema monetário tem a Dinamarca de especial diferente do €uro? lololololololol
    .
    .
    PMP, não vale inventar, está bem? ;))
    .
    .
    “No euro não é assim e os juros disparam devido ao ciclo com realimentação positiva (já sabem o que é e como é ?) – > juros mais altos aumentam o deficit, rating diminui, juros aumentam , etc.”
    .
    .
    Vc. confunde tudo. Todo o endividado, a partir de determianada altura, começa a pagar alturas mais altas, devido ao aumento do endividamento face à sua capacidade de pagar. Isto é assim em todo o mundo, sempre o foi e sempre será. Não percebeo onde é que foi buscar essa ideia que é exclusiva do euro. A sério, Vc. não invente, caramba. Pior que que não saber, é pensar que se sabe. ;)) [Se calhar também é o meu caso, mas eu esforço-me por entender os minimos sobre Finanças. ;)) ]

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  46. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 21:41

    “Moedas que representam coisas demasiado diferentes fabricam bolhas. Você queria o Euro de Lisboa a Vladivostok…ou seja a partir dessa moeda é quase impossível determinar o que se passaria na economia de um território .”
    .
    .
    Ou seja, Vc. acredita que as moedas servem para determinar e controlar as economias. lololololololol
    .
    .
    Não diga mais nada. E não perca tempo a alimentar debates comigo. E sabe porquê?
    .
    .
    Eu digo-lhe porquê. Porque Vc. é contra um sistema monetário que foi o que melhor controlou a inflação, desde a Rev. Indutrial. Ou seja, Vc. é contra o euro, não porque ele alimente a inflação, mas porque acredita no ouro-padrão. Apenas isso. De resto, analisando a sua ideologia, no fundo, Vc. quer uma moeda que possa se manipulável a par de uma economia manipulável. No fundo, ainda quer intervencionar mais na economia que no actual sistema. Ou quer, ou ignora o que é preciso para atingir os seus objectivos, usando o padrão-ouro. Em suma, ou sabe e é apenas teimoso em querer um outro sistema só porque é herdeiro do mercantilismo; ou não sabe e é um perigoso lunático que quer criar uma espécie de neo-comunismo.
    .
    .
    Medite bem nas suas ideias. Porque são de arrepiar. Assustam. É uma espécie de neo-comunismo mas monetário. Glup!

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  47. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Novembro, 2010 22:58

    AC,
    Qualquer Banco Central pode comprar qualquer quantidade de títulos de divida, no caso do BCE pode comprar no limite toda a divida publica de todas os países e levar os juros a zero. Isso advém de ser o Banco Central Europeu, por isso pode determinar os juros da divida publica de qualquer prazo.
    Claro que os neo-liberais dizem que os deuses do mercado eficiente ficam zangados e podem enviar castigos divinos aos europeus (mas não aos americanos, nem aos japoneses, nem aos britânicos) se o BCE comprar divida publica em larga escala. Mas nós, seres racionais não devemos acreditar em deuses ou mitos que intervêm na economia.
    É preciso desmitificar de uma vez por todas a diferença entre divida pública e crédito privado, porque são muito diferentes. A divida publica é a origem do dinheiro (fiat-money) que os privados usam para estabelecer o comércio, o crédito e a poupança.
    Tem razão que a Dinamarca não deixou a sua moeda desvalorizar em relação ao euro, no entanto mantêm-se firme na sua moeda própria em conjunto com a Suécia, apesar da pequena dimensão da sua economia.
    Como já disse várias vezes, mas mas é copiar a Dinamarca e deixar-mo-nos de tretas.

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  48. Bei Laute da Silva's avatar
    Bei Laute da Silva permalink
    30 Novembro, 2010 23:11

    Porque é que os contribuintes irlandeses e da restante Europa vão pagar algo que, na prática, não +e ajuda porcaria nenhuma à República irlandesa mas sim uma «ajuda» aos «creditors» dos bancos do UK, Alemanha, Holanda e Bélgica?
    Porquê???
    Porque é que temos que pagar as más decisões de bancos e de gente que pediu dinheiro sem ter meios de o pagar??
    Porquê????
    É isto justiça?
    É isto a Europa??

    Algo interessante:
    “Let me add that the ECB ran a monetary policy that was too loose even for the eurozone as a whole, holding rates at 2pc until well into the credit boom and allowing the M3 money supply to expand at 11pc (against a 4.5pc target). The ECB breached its own inflation ceiling every month for a decade. It did this to help Germany through its mini-slump, and in doing so poured petrol on the bonfire of the PIGS. So please, NO MORE HYPOCRISY FROM BERLIN.

    The truth is that the EMU venture is one of shared culpability. Yes, the Irish should have regulated their banks properly and restricted mortgages to a loan-to-value ratio of 80pc, 70pc, or 60pc, forcing it down as low as needed – as Hong Kong and Singapore do – to stop idiotic bubbles.

    But almost nobody understood the implications of monetary union: in Dublin, in Berlin, in Brussels, and Frankfurt. They were almost all beguiled, (though I doubt that the ECB’s Axel Weber and Jurgen Stark ever were).”

    Given this, why should the Irish people accept the current terms?

    FONTE:
    http://blogs.telegraph.co.uk/finance/ambroseevans-pritchard/100008812/irelands-debt-servitude/

    Mais?!
    Há mais artigos interessantíssimos para ler e meditar:
    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,731798,00.html

    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,731689,00.html

    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,730375,00.html

    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,730784,00.html

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  49. Bei Laute da Silva's avatar
    Bei Laute da Silva permalink
    30 Novembro, 2010 23:25

    «Did the EU not disregard the Irish `No’ to Lisbon, just as it disregarded the first Irish `No’ to Nice? Did it not trample all over Irish democracy?»

    FONTE:
    http://blogs.telegraph.co.uk/finance/ambroseevans-pritchard/100008812/irelands-debt-servitude/

    Democracia…pois….democracia e tal….

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  50. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    30 Novembro, 2010 23:39

    Caro PMP, em teoria é verdade isto:
    .
    .
    “Qualquer Banco Central pode comprar qualquer quantidade de títulos de divida, no caso do BCE pode comprar no limite toda a divida publica de todas os países e levar os juros a zero. Isso advém de ser o Banco Central Europeu, por isso pode determinar os juros da divida publica de qualquer prazo.”
    .
    .
    Mas sabe a consequência? Haircut disfarçado. Inflação. ;))
    .
    .
    Isso em teoria é bonito, mas a República de Weimar e o recente caso do Zimbabwe demonstrou que em termos práticos não funciona.
    .
    .
    “A divida publica é a origem do dinheiro (fiat-money) que os privados usam para estabelecer o comércio, o crédito e a poupança.”
    .
    .
    Não, não é. O dinheiro é independente de quem o cria. No fundo, quem o cria é o mercado. Porque acha que a dada altura o ouro e outros metais preciosos passou a ser utilizado pelos povos, sem intervenção dos Estados? Vc. conhece aquele dinheiro utilizado num campo de prisioneiros, durante uma guerra? Os cigarros? ;))
    .
    .
    O caso do ouro é interessante porque ele passou a ser utilizado quando alguém descobriu que o ouro poderia ser testado aoo friccionar com uma pedra, que dava uma dada cor. Se o ouro fosse contrafacionado, a cor dos riscos na pedra era diferente. E sem intervenção dos Estados, veja lá a coisa. ehehehehehhheh
    .
    .
    Veja se entende o seguinte. Uma moeda ou dinheiro só é valorizável se for escasso. Ao deixar criar ao sabor dos desejos de um governo, mesmo escasso é, menos valor tem. E acontecem dois fenómenos logo. Um é a desvalorização por parte dos estrangeiros. (Quando uma moeda desvaloriza está a fazer um haircut aos seus credores externos, que gera vendas e ainda mais haircuts.) A outra é através da inflação.
    .
    .
    Vc. acha que o dinheiro pode ser criado a partir do nada sem custos. Isso não é assim e até o Gresham ficou famoso por o dizer, quando ainda não havia Estados Nacionais para criar moeda. ehehehehheheh
    .
    .
    “Como já disse várias vezes, mas mas é copiar a Dinamarca e deixar-mo-nos de tretas.”
    .
    .
    Ó PMP, a Dinamacra copiou o €uro. lololololololol
    .
    .
    Vc. confunde tudo. Porquê que a Dinamarca se safou razoavelmente? Não foi com desvalorizações, pois não? Afinal, no fundo, eles têm o euro em termos práticos. Não foi com intervenções no mercado monetário, pois não? Afinal as suas taxas de juro pouco diferem das do euro.
    .
    .
    Vc., como é inteligente, pergunte-se o porquê que a Dinamarca se safou relativamente bem. (Já estão a crescer na casa dos 3% ao ano.)
    .
    .
    Eu vou-lhe dizer o que foi. Antes da crise, a Dinamarca tinha superavites orçamentais na casa dos 4% ao ano. A sua dívida pública caia a alta velocidade. No fundo, andavam a poupar durante as expansões económicas para poderem usar essa almofada durante a crise. Ou seja, na Dinamarca eles distinguem bem o que é uma política monetária de uma fiscal/orçamental.
    .
    .
    PMP, o BCE tem um mandato claro. Preservar a estabilidade de preços. É só e apenas o mandato que tem. Tudo o resto é da responsabilidade dos políticos. Tal como na Dinamarca. O banco central zela pela estabilidade dos preços, os governos pela economia, pelo crescimento económico, pelo desemprego, etc.
    .
    .
    O que se passa em Portugal (e noutros países pataratas e mal habituados) é que se pensa que o BCE tem como função zelar pelo crescimento económico. Aliás, a mesma coisa se passa nos USA. Só que nos USA, a tentativa de induzir crescimento económico pela via monetária está agora a mostrar que é uma ilusão. Ou seja, a política monetária não pode nem deve zelar pelo crescimento económico porque são políticas conjunturais de curto prazo. Por outro lado, a Democracia diz-nos que cabe aos representantes eleitos pelo povo fazer as escolhas públicas, nos objectivos que tenham. O papel do Banco Central é a estabilidade dos preços, porque induz crescimento economico no longo prazo; porque combate a pobreza através das baixas taxas de inflação; e porque aumenta a produtividade, pela via do investimento em sectores produtivos de capital intensivo.
    .
    .
    Vc. está confuso. O €uro só funciona para países que distinguem entre políticas monetárias e fiscais. Embora estejam ligadas, o passado histórico mostrou que a política monetária é uma desastre quando nas mãos dos políticos. O BCE não deve substituir-se aos governos. O BCE tem um mandato claro e é independente: estabilidade de preços. Tudo o resto cabe aos políticos definir.
    .
    .
    O problema de Portugal não é falta de competitividade ligada a uma moeda forte. Isso é uma desculpa dos fracos. O Portugal do Salazar mostrou que uma moeda forte ajuda o crescimento económico. A Alemanha dos pós-guerra mostrou que fez também um milagre económico com uma moeda forte.
    .
    .
    O caso português é semelhante a uma empresa. Imagine que uma empresa tem baixas rentabilidades durante os booms. Baixas ou até mesmo rentabilidades negativas. Se na fase do boom a empresa não tem contas são e baixo endividamento, na fase da baixa, a empresa estoira. Estoira por dois movimentos. Um é a recusa dos credores em manter uma empresa mal-gerida. Logo, não se consegue financiar ou só se financia a taxas de juro mais altas. O outro movimento é pelo lado do colapso da sua rentabilidade. Se a rentabilidade era baixa ou até mesmo negativa, na crise a empresa não consegue sobreviver. Tão simples como isto.
    .
    .
    Ora, Portugal está na mesma situação. Antes da crise já tinha as finanças públicas muito más e superendividado. Além disso, os saldos orçamentais corrigidos do ciclo eram um terror. Um país assim, tal como numa empresa, disfarçam a sua fraqueza durante os booms. Mas na crise, o disfarce cai porque o elevado endividamento a par da sua fraqueza estrutural criam a situação de falência: ninguém empresta a alguém incapaz de pagar as suas dívidas, já incapaz de gerar receitas sequer para manter a despesa corrente, quanto mais o pagamento dos juros.
    .
    .
    O credor de um país ou de uma empresa tem várias opções. Mas dolorosas. O credor tem duas opções, logo à cabeça. Se corta o financiamento, sabe que perde o dinheiro lá metido. Se decidir continuar a emprestar, ele não pode emprestar a taxas de juro baixas porque o risco é muito elevado. Porque, ele está também numa situação complicada. Se não empresta, perde logo o que emprestou. Se emprestar, pode perder ainda mais o que já está a perder. Por isso, se resolver emprestar, tem que ser a taxas de juro mais altas e… Com garantias.
    .
    .
    Aliás, é isso que a banca faz. Vc. acha que a banca fica satisfeita em ter clientes com problemas? Não. A banca sabe que um cliente a quem cobra taxas de juro altas tem um risco demasiado elevado. O ideal para a banca é emprestar a quem tem um baixo risco de estoirar. A banca prefere cobrar juros baixos mas ter a probabilidade alta de cobrar o que emprestou. Os juros altos cobrados por um banco são um sintoma de mal gestão do próprio banco. Está a incorrer demasiados riscos.
    .
    .
    Portugal está nessa situação. Tem uma elevada dívida e não consegue sequer cobrar para pagar a despesa corrente. Logo está na situação de falência. Repare. Se a situação fosse apenas temporária, por falta de liquidez, o BCE poderia emprestar durante durante uma perturbação do mercado. O problema é que a coisa é mesmo estrutural e a crise de liquidez de Portugal advém da sua situação de pré-falência. Se Portugal tivesse tido juízo antes da crise, não estava na situação em que está.
    .
    .
    Se o PMP me lesse há quatro anos, saberia que eu já previa esta situação portuguesa. E que nada tem a ver com o €uro mas com a más gestão portuguesa. O euro é a melhor moeda do mundo por, precisamente, exigir que a gestão da coisa pública seja feita com rigor e reformas estruturais. O €uro está a tirar o lugar ao dólar por impedir que os governos enganem os seus cidadãos, os seus credores e o resto do mundo.
    .
    .
    O €uro é uma boa moeda. Mas, como sempre, é preciso a merecer. Não basta querer. ;))

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  51. PMP's avatar
    PMP permalink
    1 Dezembro, 2010 00:03

    AC,
    O sistema monetário moderno, é baseado numa entidade, digamos que juridica, chamada de moeda-estado (fiat-money) que é emitida/criada pelos estados. O momento da sua emissão é quando o estado paga ao sector privado os bens ou serviços que adquire. A seguir o estado emite divida publica de forma a manter os juros num nivel pré-determinado. Isto é um facto.
    O crédito bancário é outra coisa, só que usa o mesmo referencial e os depósitos criados pelo crédito podem ser levantados em dinheiro e isso faz com que se confunda dinheiro com crédito (o crédito total é sempre igual ao débito total no sistema bancário).
    Eu gostaria que Portugal fosse a Dinamarca e por isso repito em muitos sitios como aqui já repeti: vamos lá copiar a Dinamarca e deixar de conversa mole.
    Mas como não somos a Dinamarca, e aderimos ao euro, temos de berrar e dizer ao BCE para se deixar de mitologias neo-liberais (ou outras mais antigas do tal Ricardo ) e compre divida publica até os juros estabilizarem nos 4% ou 5% para dar tempo a Portugal reduzir gradualmente o seu deficit.
    Já expliquei que a compra de divida publica no mercado secundário não tem impacto na inflação (ver USA e Japão) porque quem quer poupar, logo que vende os titulos ao BCE simplesmente investe noutros titulos.
    Eu percebo que goste do euro devido à disciplina que implica, mas o euro só funciona em países sem deficit comercial e isso implica exportar mais e importar menos o que neste caso provoca um nivel de desemprego e pobreza enorme em Portugal.

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  52. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    1 Dezembro, 2010 00:08

    PMP, quer imitar a Dinamarca? Então primeiro leia isto, se faz favor:
    .
    .
    http://eh.net/encyclopedia/article/henriksen.denmark
    .
    .
    Leia em especial o tema: Exchange Rates and Macroeconomic Policy, e depois analise a figura que lá surge, para ter uma ideia do que eles fizeram para conseguir aguentar esta crise, com alguma facilidade.
    .
    .
    Depois também pode ver aqui o que eles fizeram para estarem melhor para aguentar a crise:
    .
    http://www.fm.dk/Publikationer/2009/1760-Budgetoversigt%201%20Maj%202009/~/media/Publikationer/Imported/2009/1760-Budgetoversigt%201%20Maj%202009/s56.gif.ashx
    .
    In http://www.fm.dk/Publikationer/2009/1760-Budgetoversigt%201%20Maj%202009/4%20English%20Summary.aspx
    .
    .
    Mas olhe que eles estão atentos à sua situação e até bastante preocupados com algumas coisas:
    .
    “Denmark: Low productivity at high wages”
    .
    In http://borsen.dk/nyheder/english/artikel/1/196448/denmark_low_productivity_at_high_wages.html
    .
    .
    Lá está. Eles não se queixam do euro (a coroa dinamarquesa no fundo é quase o €uro) mas de outras coisas mais importantes.
    .
    .
    Por cá é a tristeza que se vê. Glup!

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  53. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    1 Dezembro, 2010 00:11

    “O sistema monetário moderno, é baseado numa entidade, digamos que juridica, chamada de moeda-estado (fiat-money) que é emitida/criada pelos estados. O momento da sua emissão é quando o estado paga ao sector privado os bens ou serviços que adquire. A seguir o estado emite divida publica de forma a manter os juros num nivel pré-determinado. Isto é um facto.”
    .
    .
    Cruzes canhoto! ahahhahahhah
    .
    .
    O BCE é uma entidade suprancional, independente e fora da esfera da acção dos políticos. A Rserva Federal é uma entidade privada controlada pelos políticos.
    .
    .
    Que confusão vai na sua cabeça. eeheheheheheheh
    .
    .
    Pronto, deixe lá. Não vale a pena bater no ceguinho. Vc. tem que ler mais um bocadinho sobre o dinheiro. Porque vai uma confusão na sua cabeça… ;))

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  54. PMP's avatar
    PMP permalink
    1 Dezembro, 2010 00:21

    AC,
    Vou ter de repetir : o dinheiro é uma entidade publica, quase toda a gente sabe isso. O estado é o emissor monopolista do dinheiro.
    Num país com moeda própria o dinheiro é criado no momento em que o estado paga os bens e serviços ao sector privado.
    Mas explique você o que é o dinheiro e como é criado.
    Já lhe disse que gosto muito da Dinamarca e devemos copiá-la, mas neste momento precisamos de juros na ordem dos 4,5% para termos tempo para copiar a Dinamarca e evitar o crescimento do desemprego e da pobreza para valores insuportáveis em Portugal,

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  55. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    1 Dezembro, 2010 00:41

    Xi! Vc. está a descarrilar, caro PMP. O dinheiro não é uma entidade. É um meio de troca. É uma relação. ;))
    .
    .
    Olhe, comece pelo básico:
    .
    .

    Click to access bro_a_e.pdf

    .
    .
    Acho que este pequeno ficheiro deve chegar para entender o que é o dinheiro. ;)))

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  56. JCA's avatar
    JCA permalink
    1 Dezembro, 2010 01:51

    .
    Mas os juros mesmo a 3% em vez dos 6%-7% actuais não resolveriam nada a Portugal.
    Se eu produzo 100 batatas mas o mercado com poder aquisitivo só me compra 40 restam soluções:
    .
    ou reduzo a produção, despeço empregados e imponho uma austeridade férrea no resto das despesas e a seguir até os meus ex-empregados deixarão de comprar as minhas batatas
    ou
    empresto dinheiro para os 60 que não me compravam batatas as possam comprar, não despeço empregados, não preciso de austeridade no resto das depesas e até os meus empregados continuam a comprar batas
    ou
    bato com o punho em cima da mesa com os meus empregados com os 40 que me compram batatas e os outros que não conseguem comprar batatas obrigando que a Governança em vez de nos levar a todos 60% do nosso dinheiro passa a levar só 35% ou 40% e assim estaremos numa produção/consumo SUSTENTADA, não precisa de empréstimos, ninguém vai ao fundo e garantimos crescimento continuo
    ou
    falo ali com um vizinho do lado e combinamos que para aguentar isto rescalonamos a divida ou perdoamos parte dela e a vida continua sem ninguém dar pelo fundo falso da coisa
    .
    ou
    então toca a imprimir papel, mais moedas e notas, e os pobres passarão a ser menos pobres mesmo que lhe demos dinheiro de borla. Ou cientificamente, fazemos a engenharia de transformar os pobres em consumidores.
    .
    Ora quando a população mundial passou de uns milhões na epoca dos ouros para os triliões actuais como é que com os pedregulhos limitados e finitos de ouro ou prata se põe pão na mesa de biliões que afinal são o ‘ouro’ para alvancar a Produção com mais Consumidores ???
    .
    Só com eugenia é que as modeas e as notas voltariam a ser cunhadas com ouro e prata.
    .
    Os metais preciosos e as pedras preciosas são um produto valioso pela raridade relativamente aos triliões de seres humanos. Já foi normal quando há muitos seculos eram uns largos milhões, as moedas podiam ser cunhadas de metais preciosos porque ouro etc eram vulgares relativamente à pequena população e esperança de vida comparada com o Tempo de Hoje.
    .
    Mas se produzo 100 batatas mas para os meus eu preciso de 250 não há dioabo que me salve, passa tudo fome.
    .
    Se substituor batata por BMW’s, Citroen, Airbus, Submarinos, TGV’s, maquinas de lavar roupa e de secar, micro-ondas, tapetes, camisas, cuecas e soutiens, babydolls, preservativos, aspirinas, chapéus, milho, telemoveis etc tem as respostas ao que é a União Europeia que nem é carne nem é peixe.
    .
    Alguns dizem que é oportunismo, golpadas e que não há reunificações ou unificações de borla, sequer milagres de ‘arvores das patacas’ à porta de casa.
    .
    Bom temos é que sair desta gigajoga que foi mal parida.~
    .

    .

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  57. JCA's avatar
    JCA permalink
    1 Dezembro, 2010 10:35

    .
    Memo, não é só a Dinamarca que tem a sua moeda nacional ‘colada’ ao Euro. 12 membros da União Europeia adoptaram o Euro (Eurolandia) como moeda nacional
    .
    Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal,
    .
    alguns pequenos Países também usam o Euro, Andorra, Mónaco, São Marino Montenegro e Vaticano.
    .
    13 mantêm a sua moeda nacional,
    Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Reino Unido, República Checa, Noruega e Suécia. A Suiça também mantém a sua moeda nacional
    .

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  58. PMP's avatar
    PMP permalink
    1 Dezembro, 2010 11:03

    Uma vantagem de manter uma moeda nacional é que os nacionais de cada estado têm de aplicar as poupanças nessa moeda, o que mantém os juros baixos.
    Em Portugal os nacionais podem fazer depósitos ou aplicações em euros fora do sistema bancário português, o que aumenta os juros.
    Além disso com uma moeda própria as “batatas” e outros produtos nacionais seriam mais competitivos há medida que a moeda se desvalorizasse.
    Mas não é possivel sair do euro, devido a que as dividas estão em euros e nenhum credor aceitaria “escudos” em vez de euros.

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  59. JCA's avatar
    JCA permalink
    1 Dezembro, 2010 11:31

    .
    É dentro da Eurolandia que tem de se arranjar a solução ainda não descoberta. É inviavel a micro-minoria Eurolândia sobreviver cercada por Vizinhos e pelo Mundo que podem desvalorizar e emitir a moeda a gosto, criar mais ou menos inflação, jogarem com taxas de juro como convier etc.
    .
    É o dilema. Uma certeza, o caminho por onde se anda a tropeçar não é Luz.

    .

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  60. homoecono's avatar
    homoecono permalink
    1 Dezembro, 2010 21:17

    Oratio SAPIENTIAI ? Não é …
    O “ovo de colombo” é sobejamente conhecido :
    o que há a mais de DESEMPREGO , há a menos de INVESTIMENTOS de imediata rentabilidade ,
    viáveis , sempre que possível , intensivos em
    mão de obra , sobretudo na presente situação .
    Infraestruturas , apenas as imediatamente in-
    dispensáveis . Mas com um Sistema Financeiro
    falido , não há solução possível !!!
    E fomentar as exportações , necessariamente com “dumping” , para quem não pode pagar !!!
    É “burrice” a mais …
    Estamos asfixiados pelos excessos de importa-
    ções ? Então , financiamento empresarial com
    vista à substituição das importações , torneando
    eventuais restrições comunitárias . Tão só …
    Para tanto , um renovado Banco de Fomento ,
    de iniciativa estatal , voltado para estas PME e
    que passem pela imediata criação estimulada de postos de trabalho . A par , a criação de uma Seguradora de Crédito . E a “banca privada”
    certamente acompanhará esta dinâmica …
    Exige-se um Projecto nacional , consensual e
    segundo o primado do interesse público ,
    suficiente Autoridade e Disciplina q.b. .
    Também fomentar a necessária natalidade e educação com as vertentes instrução e formação .
    O único “calcanhar de Aquiles” : Reforma da Administração Pública (segundo o princípio da economicidade , produtividade, estabilidade legislativa , segurança , justiça , etc.)
    E ainda aquilo que muitos não gostam de ouvir : Moralização dos costumes…
    E já La Palisse dizia que quem (sem património)
    não produz riqueza , não poderá jamais pagar definitivamente as suas dividas em crescendo como uma bola de neve . É o triste destino dos últimos 35 anos deste “jardim à beira mar plantado” …
    dixit

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