Encornanços, enchufes e despilfarros
Escreve Fernando Martins, no Cachimbo de Magritte, referindo-se à posta anterior, que não compreende porque é que alguém gosta de ser sistematicamente encornada pelos chamados, umas vezes bem outras mal, “grandes interesses económicos”.
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Entre mim e o Fernando há uma grande diferença – a identificação do encornador. A mim, quem me encorna é apenas o Estado. A PT, a Portucel, os bancos e as empresas que por aí vivem ou sobrevivem, propõem-me produtos e serviços que eu posso adquirir ou não e esses serão tão mais caros quanto maior for o saque fiscal e os custos dos tratamentos às feridas profundos das investidas permanentes do nosso corneador-mor. Uma empresa só me encorna uma vez. O estado encorna-nos sempre, ano após ano, imposto sobre imposto, sem consideração nem vergonha. Enfia o corno e escarafuncha até mais não poder. Há quem goste.
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A mim, quem me encorna é quem cria as mais absurdas barreiras ao investimento e à criação de emprego, sendo que uma delas, das mais perniciosas, é a discricionariedade fiscal. Medidas como esta, que o PCP propõe e alguma direita aplaude, servem para descredibilizar cada vez mais Portugal como objecto de investimento.
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A mim quem me encorna é quem vive num permanente despilfarro e que se arma em virgem abusada quando alguém se tenta defender das suas manigâncias. Prefiro estes milhões vivos do lado de empresas que investem, criam novos produtos e nova riqueza, seja aqui, no Brasil, na Cochinchina ou em Saturno, que extorquidos pelas mãos de um estado depredador que, com estes balões de oxigénio, apenas vai atrasar a cura de emagrecimento e aproveitar para limar os cornos para a próxima investida.
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Custa-me bastante ver uma certa direita completamente apanhada pelas falácias do socialismo falido que gosta de ser sistematicamente encornada pelos grandes beneficiários do centrão gastador e dos enchufes para os amigos, quais rabejadores agarrados à cauda do bovino na tentativa de se sentirem seguros e protegidos pela besta. Não necessito que ninguém me explique a razão (ou razões) para tanto masoquismo. Incompreensão, crença ou ideologia, sentido de manada, qualquer uma serve. Também há outras, mas essas são todas mais lastimáveis.

A mim custa-me mais ser encornado por alguma mulher. Mas isso já são outros quinhentos, não é verdade? ahahahahahh
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desde que se dedica aos vinhos o Fernando, diz umas marialvices que tais…
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“desde que se dedica aos vinhos o Fernando, diz umas marialvices que tais…”
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Naaa! Ele dedica-se ao “tiro ao alemão”. lolololololololol
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O prezado jcd anda a ser encornado em que repartição de finanças?
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Mas o nosso nivel fiscal é inferior a muitos países mais ricos que nós.
Como podemos fazer para enriquecer como a Suécia e a Dinamarca ?
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“Como podemos fazer para enriquecer como a Suécia e a Dinamarca ?”
Fácil !!! Encornando os suecos e os Dinamarqueses, engatado com a lábia Tuga as louras rechonchas que abundam por esses lados !!!
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Muito bem, Jcd. Muito bem.
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negocios.pt
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BCE mantém ajuda à banca e programa de compra de obrigações.
Autoridade monetária manteve o programa de ajudas ao sistema financeiro e de compra de obrigações, numa altura em que a pressão sobre o BCE aumentava para que não retirasse as medidas de ajuda extraordinária.
O Presidente do BCE afirmou hoje que o programa de compra de obrigações de Estados nos mercados secundários “continua”, mas não anunciou qualquer reforço do programa através do qual, até agora, comprou cerca de 67 mil milhões de euros de obrigações.
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“O Presidente do BCE afirmou hoje que o programa de compra de obrigações de Estados nos mercados secundários “continua”, mas não anunciou qualquer reforço do programa através do qual, até agora, comprou cerca de 67 mil milhões de euros de obrigações.”
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Isso não quer dizer que comprou Quer dizer que pode comprar, pois tem legitimidade legal para issso. Quando questionado directamente se andava a comprar, o Trichet não confimou nem desmentiu. O euro afundou-se logo. Depois lá disse que continuava com o programa.
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Vc. lê demasiados jornais. ;))
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Ora aí esta a grande informação…
Legitimidade? À revelia dos Tratados…
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mas onde é que anda o tal estado socialista taxador e predatório dos rendimentos empresariais que tanto pavor causou aos acionistas? já está aí o subsídio de natal passado no parlamento com recurso á disciplina partidária. Parece que a montanha pariu um rato… mais uma vez.
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“Legitimidade? À revelia dos Tratados…”
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Os bailouts que se fala por aí não são verdadeiros bailouts. Por isso, em termos legais, não violam os tratados.
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Podemos discutir a moralidade deles, a legalidade não.
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Vamos mas é estudar a Dinamarca e a Suécia e ver como eles conseguem ter uma balança comercial equilibrada com salários tão altos.
Perceber isso é que era !
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“Nação/País sem Estado ou Estado Zero” … os contributos dos liberal-terroristas para o prémio Nobel da Economia de 2011.
já me estou a ver ser atendido por BelmiroAzevedo numa urgência do hospital, JerónimoMartins a cobrar a água, PedroQueirósPereira a chefiar a secretaria da escola X+Y e JCD a julgar o caso casapia como juiz presidente.
um governo num Estado destes seria, claro, de iniciativa…privada!
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P-1,
Olhe que desses o Belmiro acho que até o atendia na urgência privada a crédito com um preço baixo e pagava em prestações, mas poupava nos impostos, os outros não sei.
Já viram que a ADSE fica mais barata que o SNS e não tem as PPP’s com os Melos ?
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http://www.youtube.com/watch?v=F768DJ8Lxow&feature=player_embedded
vi o filme há dias e não parei de recordar os nossos liberaizinhos…
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Num mercado regulado pela oferta e pela procura o que determina o preço dos bens é o valor que o comprador lhes atribui. Se alterarmos os impostos sobre os lucros de uma empresa ela não altera os preços (lembra-se do que aconteceu com os ginásios quando o IVA baixou? os preços mantiveram-se).
Logo a idéia de que isentar os lucros de impostos torna os bens mais baratos só faz sentido com preços regulados (a menos que estejamos a falar de taxas de 100% ou perto).
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Ainda que mal pergunte: posso receber já este ano os 13º e 14º mês do ano que vem? É que para o ano o escalão do irs vai aumentar, não sei se entendem, dava-me muito jeito.
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(…)Democraticamente, a decisão tem de se aceitar: a proposta do PCP para que fosse criada uma tributação extra ainda este ano acabou chumbada na Assembleia. O facto de os socialistas terem votado ao lado da direita por disciplina de voto é uma imposição a que os deputados sabem por antecipação que estão obrigados – e que costuma criar polémicas várias em todos os partidos. (…)- Jornal dos Socretinos ( DN)
Democraticamente a decisão tem que se aceitar!!??? A Democracia está completamente falida…
existem eleições, cujo partido vencedor não faz praticamente nada do que prometeu…Os Governos fazem acordos com os estrageiros, contrarios ao programas pelos quais foram democraticamente eleitos…Os estrageiros que não foram eleitos em Portugal, impoêm a sua vontade, que democraticamente se tem que aceitar…bla, bla, bla = Democracia!
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A Democracia actual é tão boa, tão boa…que a unica coisa que tem para oferecer às futuras gerações é …
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Não começem a implementar o espirito do modelo economico-social de Salazar, não…
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JCD: «A PT, a Portucel, os bancos e as empresas que por aí vivem ou sobrevivem, propõem-me produtos e serviços que eu posso adquirir ou não e esses serão tão mais caros quanto maior for o saque fiscal e os custos dos tratamentos às feridas profundos das investidas permanentes do nosso corneador-mor. Uma empresa só me encorna uma vez.»
Experimente ser proprietário de um prédio com elevadores e veja como é bom ser encornado pelo cartel das empresas de manutenção de elevadores, que cobram todas o mesmo e para se mudar para outra tem de se fazer uma modernização de equivale a comprar elevadores novos, porque ninguém aceita o trabalho dos “concorrentes”. Experimente pagar 1200€ por ano pela manutenção trimestral de um equipamento que é mais simples do que uma máquina de loiça, e venha-me falar de mercado livre. E já nem falo em Galps, Repsol e BPs, ou das recentes certificações energéticas das casas. Em muitas, muitas áreas do nosso mercado funcionam carteis protegidos e alimentados pelo Estado a quem muita gente pura e simplesmente não pode fugir, quase como se houvesse uma cobraça privada de impostos.
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