um pouco de história
“Tal como os titulares da antiga monarquia, os políticos liberais formavam uma elite de Estado, dependente de cargos públicos para obter rendimentos e exercer influência. Nas suas mãos, o Estado expandiu-se sempre. O número de empregados da administração central cresceu de 10 328 em 1853 para 11 311 em 1864, 14 463 em 1876 e 22 098 em 1890.: um aumento de 114% (note-se que a administração local já em 1859 empregava, pelo seu lado, 30 000 pessoas). Passou-se de 2,6 empregados por 1000 habitantes para 4,4. Não eram tantos como em França, onde havia 6 por mil habitantes já em 1871, mas mais do que em Itália (3,9 em 1891). Tinham empregos garantidos contra despedimentos e uma remuneração aceitávei (um amanuense ganhava, por hora, duas vezes mais do que um operário metalúrgico). Desde 1859, a admissão na administração central fazia-se por concurso público, sistema que só chegou aos municípios em 1892. Mas o arbítrio foi sempre grande.”
Rui Ramos, História de Portugal.

Um pouco de História do séc XXI:
LULA, esse grande defensor dos assassinos de Cuba–Castro e Cª–, e branqueador da selvajaria iraniana,
aparece agora a defender os suspeitos de crimes sexuais:
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=236336
Não admira.
Para quem está atolado em corrupção no seu País…
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=236336
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Paradoxalmente, o que esse tipo de liberalismo veio estabelecer foi o absolutismo do estado moderno e o seu monopólio do direito, e claro, inicia-se com o roubo da propriedade da Igreja.
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http://wikileaks.liberdadedeexpressao.net/
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http://www.publico.pt/Mundo/amazon-e-o-novo-alvo-dos-hackers-activistas_1470171
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Agopra temos cerca de 70 funcionarios por mil habitantes. Belos tempos esses do sec XIX.
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“A grande lição que temos de tirar da História é que o Homem nunca foi capaz de tirar lições da História”.
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“Belos tempos esses do sec XIX.” . Em 1897 os Socialiistas ainda não tinham passado para a pós civilização e idiotia anti-intelectual. Veja-se um protesto contra o “excessivo desenvolvimento do funcionalismo” que os socialiistas atribuíam ao Regime Capitalista.
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A DISSOLUÇÃO DO REGIMEN CAPITALISTA por Teixeira de Bastos 1897
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“…Já atraz alludimos á emprêgo-mania É com effeito um dos males que affligem as sociedades contemporaneas, e nomeadamente a portugueza. Tem a sua origem immediata na superabundancia de individuos que se dedicam ás profissões liberaes, abandonando as artes e as industrias exercidas por seus paes e avós. Em vez de procurarem na instrucção, nos estudos a que se consagram, elementos salutares e especiaes para desenvolverem e aperfeiçoarem o trabalho manual ou mechanico, aproveitam o saber que adquirem como instrumento para d’elle se tornarem independentes e invadirem de preferencia as posições officiaes. D’esta tendencia cada vez mais manifesta, apesar das difficuldades creadas com as exigencias de propinas, de exames, de concursos, tem resultado o excessivo desenvolvimento do funccionalismo. É esta, sem duvida, uma das causas geradoras da grande crise economica da actualidade, e provém ainda em parte do preconceito moral de origem biblica que faz considerar o trabalho como castigo imposto ao homem…”
(…)
E em baixo uma das razões porque tal aconteceu:
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“…O juro em Portugal mantem-se alto; a taxa do desconto no Banco de Portugal, actualmente de 5 1/2 por cento,(Novembro de 1897.) tem sido normalmente de 6 por cento, nunca descendo abaixo de 5; para a industria não se obtem dinheiro senão acima de 6 por cento; e para a agricultura, em geral, a 10 e mais por cento. A razão d’esta alta permanente do juro é principalmente a concorrencia desastrosa que os governos desde 1851 sempre fizeram ao commercio, á industria e á agricultura, levantando emprestimos a trôco de um juro attrahente e largamente remunerador. Rendimento de facil recepção e bem garantido, na opinião do vulgo, era preferido por todos que dispunham de alguns capitaes e que tinham por ideal uma vida tranquilla sem canceiras e sem cuidados. Entretanto, privadas de capitaes, que só obtinham com juro exorbitante, a agricultura definhava e a industria difficilmente luctava para viver.”
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Lucklucky,
Se substituirmos 1897 por 2010, e actualizarmos o portugues, esse texto é actualìssimo. É exactamente o que estamos a viver nestes tempos. Estamos parados no tempo.
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A historia ensina-nos que não existe desenvolvimento económico sem a aposta do estado no apoio à industria e à agricultura, em cooperação com o sector empresarial privado.
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Um dia destes (mais década menos década) uma das almas iluminadas desta terra vai descobrir que a meritocracia (exames públicos para escolher os melhores) era uma invenção e característica proeminente do mandarinato chinês de há um par de séculos atrás.
Com as vantagens conhecidas.
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