Pai Natal a crédito
O Pai Natal fez poupanças por esse Mundo fora. Mas em Portugal continuou a gastar sem limites. Teve de satisfazer as vontades dos meninos portugueses, que a publicidade infantil massiva transformou em verdadeiros autómatos consumidores. E, mesmo quando o dinheiro acaba ao Pai Natal, há sempre empresas de crédito ao consumo dispostas a sugarem-lhe os recursos, através de empréstimos agiotas.
Nós, pais natais de Portugal, exigimos ao Pai Natal que para o ano proíba a publicidade dirigida a crianças com menos de 14 anos, à semelhança do que acontece nos outros países europeus. E ainda que extinga, por justo decreto, todas as dívidas cujas taxas sejam obscenamente elevadas. Para que a alegria das crianças não se transforme, a prazo, na tristeza dos pais.
À quarta-feira, no Jornal de Notícias.

É o mercado a funcionar. Ou não?
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Aguardo pela reacção do João Miranda e do Rui a este post.
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É um texto habituais daqueles que tratam as pessoas como imbecis. E elas fazem a vontade.
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Só falta proibir o voto livre e indicar o voto certo na União Social(fusão PS+PSD).
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O Euro que nos protegeu das nossas asneiras deu grandes resultados não foi?
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Embora me seja bastante indiferente, quero crer que o PSD ainda se lembrará do bloco central de má memória que fez com os socialistas.
Se tal disparate acontecer, a vergonha será tanta que então Portugal não terá mesmo onde se esconder.
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Essa Lei européia também têm que ser implantada aqui no Brasil.
Porém por aqui eles só copiam as Leis que Beneficiam os poucos que dirigem este país.
Um Abraço!
Feliz 2011.
Marco paulino
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A última frase impede-me de considerar o post irónico… Satisfazer a vontade dos meninos impedindo publicidade? Mas os meninos não têm paizinhos? Deve ser como no McDonalds, tal como os meninos vão sozinhos comer os Happy Meals, também devem pedir os cartões de crédito aos pais para ir ao Toys R’Us… Uma das palavras que a criançada aprende mais depressa é o “Não”. Os pais, no entanto, varreram a dita do seu léxico. E os outros que depois os aturem.
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é interessante ver como a cambada de chulos que arruinou o país, não tem pudor em comentar como os outros gastam o seu dinheiro.
Não lhes chega ainda?
Já faltou mais para termos um Natal à ceausescu em Portugal.
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“Satisfazer a vontade dos meninos impedindo publicidade? Mas os meninos não têm paizinhos?”
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È muito pior que isso. Sempre que vejo alguém a protestar contra os Happy Meals mas não se importam com a Foice e o Martelo pergunto-me que lógica está por detrás de tal comportamento. Se é que há alguma.
Se os happy meals influenciam as criancinhas também a foice e o martelo o faz. Enquanto as criancinhas supostamente gordas pelo happy meal terão problemas de saúde já adultas, as crianças afectadas pela foice e o martelo ficam muito pior , vão querer que todos comam da mesma receita. E a receita dá fome. Para quem pensa que as pessoas ficam melhor se não se souberem defender elas próprias pelo menos os happy meal não produzem fanáticos que querem controlar a vida dos outros.
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E os happy meals produzem amebas encefalóides que gerem aeroportos no UK e Eire que ficam admiradissimos que neve no Inverno… Devem estar á espera q neve no verao… Ah espera.. mas naquelas ilhas num canto da Europa nao há verao… Isto de andar “high on Jameson/Guiness” o ano todo e enfardar happy meals só podia dar nisto… Se naquelas ilhas nevasse como neva na Polónia ou Alemanha ou Rússia, afundavam-se no Atlantico, e eles assistiam impávidos e serenos sem qq reaccao…
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Enquanto andarem com os “incapazes” ao colo (coitadinhos), a responsabilidade pessoal não se vai impôr. Isto é válido para as famílias falidas, para as famílias preguiçosas, para as famílias em geral. E também para as empresas, os empresários (há?) e os gestores (…). Fora com rendimentos mínimos e outras formas estatais de mendicidade e subsidio-dependência.
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ou Portugal sempre natal a crédito ?
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Spanish “Ghost Towns”, Shadow Inventory, Cooked Books; Spain’s 2011 Real Estate Funding Crisis
http://globaleconomicanalysis.blogspot.com/2010/12/spanish-ghost-towns-shadow-inventory.html
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(ver quadro dos entalados, quem deve a quem no PIIgS)
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Mas afinal o que é que estavam à espera? Não é o mercado a funcionar?
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É a “tal cultura” que falta. Não é verdade?
E, suprema ironia; as mesmas entidades que “transformam” os nossos jovens – e não só – em consumidores compulsivos de inutilidades, apregoam intensamente o imperativo ecológico da redução do efeito de estufa, da regeneração da camada de ozono e da redução, reutilização e redução de resíduos! Não é verdade? E porque será que quando tenho que mudar de telemóvel tenho que substituir todos os periféricos?
Mercado? Qual mercado?
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