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A propósito de Concorrência.

26 Janeiro, 2011
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A ler, este artigo de Joaquin Almunia, o Comissário da Política da Concorrência: o típico debate que se suscita sempre em tempos de crise.

23 comentários leave one →
  1. Gol(pada)'s avatar
    Gol(pada) permalink
    26 Janeiro, 2011 02:06

    recebido por mail:
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    Assunto: Gasóleo a 0,80 €
    O litro gasóleo PARA OS IATES vende-se a 80 cêntimos!…

    Agora, todos ficam a saber : quem tem iates e embarcações de recreio beneficia de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os pescadores, por aplicação do Artº 29º do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008.

    Assim todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates…

    É da mais elementar justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,32€, e os banqueiros e empresários do ‘Compromisso Portugal’ o paguem a 0,80€, e é justo, porque estes não têm culpa que os trabalhadores não comprem iates!!!

    Eu Diria que é justo porque todos os outros, eu incluído, alimentamos essa canalha.

    Sabias desta? Eu não!!! A vergonha continua!!!!!!

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  2. João Lisboa's avatar
    26 Janeiro, 2011 11:23

    Tudo é acessório quando – e todos os dias se descobrem novas peças do puzzle – se começa a ver “the big picture”:
    http://lishbuna.blogspot.com/2011/01/e-o-nome-nao-poderia-ter-sido-mais-bem.html

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  3. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 11:38

    A respeito também destas novas dúvidas sobre a falta de concorrência em Portugal:
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    “Preços da gasolina seriam diferentes “se fossem regulados pelo Estado”
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    In http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1766251&page=1
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    O problema é que, durante anos e anos, os portugueses foram sempre protegidos da concorrência. E custa-lhes a aceitar a concorrência, sobretudo quando têm interesses como empresários, políticos, etc.
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    E mais me custa é saber que há mesmo muita juventude que têm medo da concorrência, têm medo de competir em mercados concorrenciais, etc. Quando os portugueses, quando se esforçam, são dos melhores em competição. Mas têm-se medo. Medo dos espanhois, dos chineses, dos indianos, etc.
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    Depois há pouca crença na destruição criativa do Schumpeter, que eleva a produtividade, cria riqueza e e empregos a longo prazo e contribuiu para um mundo melhor. É por isso que há demasiada batota no mercado interno que depois essa batota não funciona nos mercados externos.
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    É uma questão de mentalidades. De falta de auto-confiança, motivação e até mimo, se quisermos.

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  4. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Janeiro, 2011 12:09

    LIVRE COMÉRCIO ou ser ANTI-PROTECCIONISMO ou LIVRE CONCORRENCIA são mais tretas politicamente correctas ‘vendidas’ na UE, EUA (etc) por ingénuos ou manhosos no meio desta derrocada de aparelhos produtivos no Ocidente.
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    Barreiras Alfandegárias, PROTECCIONISMO, na prática é genericamente impedir que outros vendam num País, União Politica ou Economica,
    ,
    feitas formalmente através de legislação internacional ou informalmente através de controles nacionais de qualidade ou especificações nacionais obrigatórias de determinados produtos ou burocracia legal interna.
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    Ou dumping cambial contra o Euro, Dollar etc
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    e/ou FALSIFICANDO (copiando) os produtos dos outros o que elimina a sua venda dentro do Pais falsificador que o substituiu por produção nacional, um dos mais recentes exemplos entre milhares e milhares e milhares em todas as àreas manufactureiras, industriais, laboratoriais etc do Proteccionismo Real Xina, Indu etc
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    -China’s J-20 stealth fighter on film
    Secret footage of what is claimed to be china’s new fighter jet has been posted on the internet. The amateur footage posted by a YouTube user called segregator236 shows the aircraft taxiing along the runway.
    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/china/8243687/Chinas-J-20-stealth-fighter-on-film.html
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    -Engineer jailed for selling US stealth bomber technology to China
    A former B-2 stealth bomber engineer has been jailed for 32 years by a US court for selling military secrets to China.
    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/8280233/Engineer-jailed-for-selling-US-stealth-bomber-technology-to-China.html
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    -How World War III Began…
    Beijing and Washington are on a fast-track to global confrontation.
    http://moneymappress.com/video/mmp/ppr/ppr_wwiii.php?code=MPPRM102&o=255816&s=258557&u=46889115&l=209615&r=Milo
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  5. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 12:27

    “Barreiras Alfandegárias, PROTECCIONISMO, na prática é genericamente impedir que outros vendam num País, União Politica ou Economica,”
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    É. E a médio longo prazo, trás vantagens? Claro que não. Mesmo em termos militaresm os USA estiveram à frente durante anos por causa da concorrência. Aliás foi essa concorrência que permitiu que os USA tivessem um programa “guerra das estrelas”, que falhou, mas que foi o suficiente para destroçar a URSS, que não teve capacidade de resposta, por falta de tecnologia fornecida por privados.
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    Depois misturar espionagem militar e comercial com este assunto da concorrência é como eu falar da água nos rios para justificar falta de vinho na mesa. lolololololol
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    O caso da informática brasileira é por si só um case study. Durante anos protegeram a sua industria de informática. Com o mercado protegido as empresas brasileiras perderam o futuro por falta de tecnologias e métodos de gestão que lhes estavam vedados pelas fronteiras. A dada altura o tecido produtivo brasileiro começou a pagar pela ineficiência dos sistemas de informação, hoje dos factores mais importantes para “neuralizar” as cadeias de produção e distribuição. No fim, quase tudo foi dsetsruído porque o Brasil precisava de acompanhar a evolução tecnológica mundial e só era possível comprando tecnologia ao exterior.
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    Desculpe me lá, mas é essa sua mentalidade que impede aumentos de produtividade, tão necessários aos portugueses. E quando diz que são mitos é porque anda a dormir e não lê o que se vai publicando por aí, sobre este assunto tão crucial para a sobrevivência no mundo de hoje.

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  6. JCA's avatar
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    26 Janeiro, 2011 14:51

    .
    Anti, é a sua opinião.
    Sobre a adjectivação desnecessária “anda a dormir” já nem é preciso esperar pela pancada. As realidades estão aí à vista de todos no empobrecimento continuo sem as governações saberem o que hão-de fazer.
    A excepcional dimensão do fenónemo, o potencial de agressividade e a carga de violência não encontra paralelo em qualquer situação historica anterior, daqui nada no Passado sirva de comparação ou case study ou justificação ou atenuante.
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    De facto o exemplo militar é o mais perigoso para a Paz Mundial entre tantos outros do PROTECCIONISMO XINA,
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    “e/ou FALSIFICANDO (copiando) os produtos dos outros o que elimina a sua venda dentro do Pais falsificador que o substituiu por produção nacional, um dos mais recentes exemplos entre milhares e milhares e milhares em todas as àreas manufactureiras, industriais, laboratoriais etc do Proteccionismo Real Xina, Indu etc”
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  7. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 15:40

    “Sobre a adjectivação desnecessária “anda a dormir” já nem é preciso esperar pela pancada. As realidades estão aí à vista de todos no empobrecimento continuo sem as governações saberem o que hão-de fazer.”
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    O empobrecimento continuo? Dos países ricos? Tem acontecido, não por causa da abertura de fronteiras mas sobretudo pelos fenómenos monetários e má distribuição dos aumentos de produtividade. O facto do empobrecimento ocorrer ao mesmo tempo que a abertura de fronteiras não quer dizer que seja causa. Correlação não implica causação, como deve perceber.
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    O problema que Vc. constata, um empobrecimento das nossas populações (não em todos os países ocidentais, note) tem mais a ver com a mudança de mentalidades, promovendo o crédito e o consumo antes do tempo, que depois tem elevados custos e empobrece as populações. Além disso, o modelo anglo-saxónico provocou empobrecimento precisamente devido ao fenómeno monetário promovido pelas oligarquias. No caso americano é mesmo flagrante.
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    Mas no resto do mundo, as populações estão cada vez mais ricas. Vc. próprio reconhece na China, mas não apenas. Claro, em termos globais, o mundo enriqueceu e as populações têm melhor nível de vida.
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    “A excepcional dimensão do fenónemo, o potencial de agressividade e a carga de violência não encontra paralelo em qualquer situação historica anterior, daqui nada no Passado sirva de comparação ou case study ou justificação ou atenuante.”
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    Tem a certeza? Analise as nossas Descobertas e o que aconteceu e quem beneficiou, quem pagou e como o país saiu mais pobre do que antes de criar o Império.
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    “De facto o exemplo militar é o mais perigoso para a Paz Mundial entre tantos outros do PROTECCIONISMO XINA”
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    E nós não somos proteccionistas? ehehehehehehh Leia e informe-se sobre o que pensam muitos chineses, brasileiros, marroquinos, etc. sobre nós. Nós e o resto do mundo desenvolvido. Há demasiado proteccionismo e demasiadas barreiras comerciais. Não pense que só os gajos é que são proteccionistas. Quer um exemplo? Veja os subsidios que damos para determinadas industrias se estabelecerem cá ou manterem-se, em que muitos países não podem nem sonham canalizar esse montante de recursos para proteger determinadas actividades.
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    Convém ver o mundo pelo olhar o ouro, sabe?

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  8. anti-comuna's avatar
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    26 Janeiro, 2011 15:41

    Convém ver o mundo pelo olhar do outro também, sabe?
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    Assim é que está correcto. Mil desculpas.

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  9. anti-comuna's avatar
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    26 Janeiro, 2011 15:53

    Caro JCA, só lhe dou um pequeno exemplo do que pensam outros de nós:
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    “Para o ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, o Brasil foi vítima de “protecionismo” na Europa, com a proibição da importação da carne por conta da febre aftosa, e o status de livre da doença, que dez estados brasileiros receberão, mais o Distrito Federal, “é importante do ponto de vista sanitário”.
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    “A Europa já importa carne das Minas Gerais e de Goiás. Então isso não amplia substancialmente a origem possível para a importação. Surpreendeu a não-inclusão do Mato Grosso do Sul”, disse o ex-ministro em entrevista à Globo News. “Comercialmente, não há grandes vantagens. Há mais do ponto de vista de imagem da produção. É um atestado de qualidade do nosso sistema sanitário”, disse.

    Segundo Pratini de Moraes, o Brasil foi vítima do protecionismo europeu. “Essas crises são incentivadas pelo que chamo de protecionismo sanitário, defesa de alguns mercados e estamos cada vez mais abrindo novos mercados. O Brasil hoje vende carne a 184 países, e quando a Europra fechou [barrou a importação da carne brasileira], e não fechou por causa da aftosa, estão sempre inventando exigências novas”, disse. “A Europa, que é uma fortaleza comercial, tem horror à competição e fica inventando essas restrições.””
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    In http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL579954-9356,00.html
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    Basta procurar que encontra bastante disto na net. Nós é que pensamos que somos os santinhos e os demais uns malandros. Mas não. Todos os países têm proteccionismos. Têm-nos e os que não têm mas têm orgulho na sua produção, como o caso Suiço, safam-se bem. ehhehehehhehehh

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  10. anti-comuna's avatar
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    26 Janeiro, 2011 16:06

    E agora vou-lhe dar um poderoso exemplo de como a abertura de fronteiras melhora o nosso nível de vida. No caso da Saúde.
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    Criar, investigar e desenvolver um medicamento custa centenas de milhões de euros e bastante tempo. Este dinheiro para ser amortizado só pode ser feito de duas formas: subsídios ou mercados cada vez maiores. Ora, se for só com subsidios, os países pequenos não têm hipóteses de ter acesso a medicamentos porque os seus recursos são escassos e ou “mercado” muito pequeno. Daí que, na prática, se queiram beneficiar com novos medicamentos para tratar doenças ditas de “nicho de mercado” importavam-nos na mesma. Ou nem sequer terão acesso a esses medicamentos. Só os países grandes poderiam criar medicamentos para doenças generalizadas que possibilitassem amortizar os custos do novo medicamento.
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    Mas quando abrimos fronteiras, os nichos de mercado tornam-se maiores e gigantes, logo, doenças raras num país, mas acumuladas de outros países já tornam possível que se invista na produção de um medicamento para combater determinadas doenças. Ou seja, se era quase impossível investir em medicamentos para doenças raras com a abertura dos mercados, já se torna lucrativo investir no combate a essas doenças. Ganhando todos. Pequenos e grandes países. E ganham os pequenos países que assim podem ter acesso a medicamentos para doenças raras.
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    Portanto, só aqui neste sector, dos medicamentos e tratamentos para doenças raras ou de número reduzido de pacientes, temos um ganho extraordinário.
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    Há outras vantagens ainda mais evidentes, mas acho que esta por si só demonstra que vale a pena a abertura de fronteiras e mercados. A nossa Saúde agradece. E a prova disso é que a nossa esperança de vida continua a aumentar.

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  11. anti-comuna's avatar
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    26 Janeiro, 2011 16:24

    Mas peguemos num outro exemplo. A internet. Hoje cada um de nós tem uma vasta janela para o mundo através de um computador pessoal e acesso à rede. Podemos divertir-nos, trabalhar, aprender, etc. com a net.
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    Mas para termos a net e o acesso a esta maravilha tecnológica, que está a mudar as nossas vidas, a forma como vivemos, trabalhamos, nos divirtimos, etc. é preciso um montão de tecnologias, know-how, saberes, gestão e produção de produtos e serviços que um país só nunca conseguiria criar. Impossível. E os custos, se tal fosse possível, tornavam esta tecnologia num produto para élites e de elevado custo.
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    Para eu escrever aqui há todo um conjunto de países, empresas, universidades, pessoas envolvidos, quer no passado quer no presente, que nós nem nos apercebemos disso. Até parece que isto caiu das árvores.
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    No entanto, para eu escrever aqui e debater consigo, foi preciso reunir o que de melhor se fazia pelo mundo inteiro para tornar isto possível. Não obra de uma empresa, pessoa ou país. Mas uma rede de tal forma complexa que até parece um milagre. Sem a abertura de fronteiras nem mercados, nem a ganância alheia, tal era possível. Porque, a ganância dos que me tornam isto possível, aliados a mercados cada vez maiores, vastos e integrados, é que torna isto possível.
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    Quando os historiadores económicos estudam a revolução industrial inglesa, eles não conseguem dizer qual foi o factor decisivo para a descolagem da Inglaterra. O Braudel, provavelmente, foi aquele que melhor encontrou uma ideia para o explicar: um conjunto de condições (abertura de fronteiras internas e externas na Inglaterra, formação de um mercado nacional de massas, avanços mentais, tecnológicos, cientificios, etc. ) que possibilitou que fosse na Inglaterra que surgiu esta rev. industrial e não no Norte da Itália, na Alemanha, nos Países Baixos, etc. Os demais países tinham estrangulamentos vários para esta rev. industrial. Desde mercados fragmentados a pouca disponibilidade mental para mudar as leis que possibilitassem mudanças no comportamento dos agentes económicos. Sem falar no Império Inglês, que permitiu mercados enormes, para a época.
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    Hoje vivemos algo semelhante. Estamos a viver uma espécie de formação de uma economia “nacional” mas à escala global. O que foi feito antes nos países, formação de mercados nacionais, estamos a fazer à escala global. O que é ainda mais interessante porque o processo é em si mesmo semelhante à rev. industrial. Hoje sabemos que houve uma rev. industrial na Inglaterra há cerca de 300 anos, mas as pessoas na altura não se aperceberam disso mesmo. Quem as vive quase sempre não as compreende e até luta contra elas.
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    Daqui a 300 ou 500 anos, também os nossos descendentes vão-se maravilhar com o nosso progresso actual, porque vão analisar isto em termos históricos e tendências de séries longas. E vão dizer que vivemos uma rev. económica e nem nos apercebemos e muitos até lutam contra ela. Tal como nas primeiras revoluções industriais, que teve os seus ludittas, os seus adversários, as suas crises, etc.
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    Mas temos que analisar isto também a longo prazo e não apenas olharmos para as dificuldades do momento.

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  12. PMP1's avatar
    PMP1 permalink
    26 Janeiro, 2011 16:55

    A livre concorrência e livre comércio ao nivel global precisa de se compatibilizar com o crescimento do desemprego e da pobreza.
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    Poucos economistas ou politicos apresentam propostas que tornem possivel uma sociedade com melhor qualidade de vida com o capitalismo do tipo “laissez faire”.

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  13. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Janeiro, 2011 17:17

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    “Convém ver o mundo pelo olhar do outro também, sabe?”. Correcto. O olhar do outro no caso vertente decerto não pode ser ‘falsifica-se’ o que o outro “Criar, investigar e desenvolver um medicamento custa centenas de milhões de euros e bastante tempo. Este dinheiro para ser amortizado só pode ser feito de duas formas: subsídios ou mercados cada vez maiores.” Não é uma forma de PROTECIONISMO xina ?
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    Em exemplos estamos de acordo. Mas na minha perspectiva anti-comunista “no resto do mundo, as populações estão cada vez mais ricas” não pode ser feito à custa do Empobrecimento à força (livre comércio, desemprego, aumentos de cargas fiscais etc) no outro resto do Mundo como está a suceder.
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    Há outras vias que atingem o mesmo fim sem ser a comunista ‘tirar especialmente arrasando e empobrecendo as classes médias (e se se conseguir aos ricos o que é bem mais dificil) para se dar aos pobres’.
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  14. anti-comuna's avatar
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    26 Janeiro, 2011 18:31

    “Mas na minha perspectiva anti-comunista “no resto do mundo, as populações estão cada vez mais ricas” não pode ser feito à custa do Empobrecimento à força (livre comércio, desemprego, aumentos de cargas fiscais etc) no outro resto do Mundo como está a suceder.”
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    Mas o que tem a ver liberdade de comerciar com aumentos das cargas fiscais? Então abrem-se as fronteiras e os governos aumentam os impostos por causa disso? Pode-me explicar como é que isso acontece e quais as relações causa-efeito?
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    Depois queixa-se do desemprego. Mas o desemprego é uma consequência das mudanças de mercados e aumentos da produtividade, não estáticos e assentes no principio do equilibro. Os empregos que se destroem no mundo rico quase todos são de menor qualidade que os criados permitidos pelos novos mercados. Mais uma vez é ver as críticas de alguns, por exemplo, dentro da China ou do Uruguay, que dizem que os empregos lá criados são o lixo dos países ricos: mal pagos, com baixo valor acrescentado, etc. Aliás, algo semelhante foi dito em Portugal quando se dizia que vivíamos com base num modelo económico assente em salários baixos.
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    Mas, todavia, acho que devia ler um bocado o que defendia o Schumpeter.
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    A questão é esta. É verdade que há países onde se vive pior que há 30 anos atrás, mas é sobretudo uma questão monetária. E, claro, a ideologia do Estado Social, que é ineficiente e conduz à pobreza, porque também precisa do consumo antecipado, leia-se, crédito, para manter o barco á tona de água. Na verdade, só nos queixamos dos empregos perdidos com a abertura de fronteiras mas não aqueles permitidos. Só dizemos mal daquilo que de mal acontece e nunca apreciamos o que de bom acontece. Por exemplo, quando as nossas empresas exportam e criam empregos, eu não vejo ninguém a pedir para fechar essas fábricas, porque estão a “expoliar” os empregos estrangeiros.
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    Isto é tudo uma questão ideológica e de má compreensão de como funciona o sistema económico. Não é por acaso que os maiores proteccionistas quase sempre são estatistas ou comunas. Porque querem mudar o mudar de acordo com os seus sonhos, recusam-se a aceitar a realidade dos factos e querem mudar o mundo com os dinheiros e recursos alheios. São temerosos, abominam a livre-concorrência e, quase sempre, nem sequer compreendem bem os fenómenos económicos. É estranho mas é verdade. Recusam a aceitar a realidade e pensam que podem-na moldar aos seus desejos.

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  15. PMP1's avatar
    PMP1 permalink
    26 Janeiro, 2011 18:47

    Existem formas de conciliar o desenvolvimento económico com a manutenção de baixo desemprego e reduzida pobreza.
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    O capitalismo “deixa-andar” não pode por definição resolver por si só o problema da pobreza e das fortes desigualdades à nascença.
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    Não é aceitável que a sociedade moderna, que dispõe de tecnologias muito sofisticadas como nunca existiram, ache normal existir tanta pobreza e desigualdade extrema.
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    A social-democracia é a única forma que até ao momento se inventou de maximizar o bem estar da sociedade, ou seja a coexistência de economia de mercado regulada com um estado social competente.

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  16. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 18:55

    “A social-democracia é a única forma que até ao momento se inventou de maximizar o bem estar da sociedade, ou seja a coexistência de economia de mercado regulada com um estado social competente.”
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    Acha mesmo que existe esse el dorado nas social-democracias? ehehehehehehehh
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    Então esses países não estão a fazer reformas estruturais, onde o Estado pesa cada vez menos e o “capitalismo selvagem” cada vez mais?
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    Ou explique lá melhor o seu raciocinio, que eu não o percebo. O que é o capitalismo “deixa andar”?

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  17. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Janeiro, 2011 19:50

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    Eu explico-lhe as ‘razões causa-efeito’,

    “Mas o que tem a ver liberdade de comerciar com aumentos das cargas fiscais?”.
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    No caso vertente do Proteccionismo Xina não há essa liberdade de comerciar que alude. O que o estrangeiro lhes possa vender incluindo os tais ‘valores acrescentados’ (não falemos de pequenos nichos, mas de produtos de venda em massa) é rapidamente falsificado e imitado pelo que o estrangeiro já não os venderá para lá. Proibição automática. Mas eles continuam com total de comerciar total para vender para o estrangeiro destruindo aparelho produtivo e emprego dos outros. Resultado na prática, uma Liberdade de Comércio unilateral e não bilateral.
    .
    Naturalmente daqui surge forte Desemprego, Baixas Salariais etc etc (casos Europa, América etc). Para evitar explosão social violenta (estilo ‘revolução francesa’, ‘tunisina’ etc) há que implementar politicas de subsidios de desemprego etc. Só possivel com fortes aumentos da carga fiscal (rapar o fundo ao tacho) que por sua vez retiram competitividade à pouca competitividade existente. É a ‘pescadinha de rabo na boca’.
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    Acarreta também pretextar ou resvalar para a destruição dos Direitos Civilizacionais pioneiros da Europa que o Alemão Bismark iniciou: universalidade da Saúde, Educação, Apoio no Desemprego, Reformas e Pensões. Se esse obscurantismo ‘medieval’ lhe agrada ou ofende, é a sua opinião. Mas se me falar de abusos e ‘capitalismo selvagem’ na direcção destas àreas civilizacionais então concordamos.
    .
    Essa da marca ‘Estado Social’ é uma invenção de ultima hora. Trata-se de Direitos Civilizacionais que não são propriedade nem da Direita nem da Esquerda, sequer de Religiões ou Fés. Actualmente são propriedade dos Cidadãos, do Empresariado actualizado e Capitalista.
    .
    Mas se houver por aí uma ‘arvore das patacas’ ou se a Banca escancarar o crédito com a certeza que nunca lho pagarão ou se entrar em emissão massiva de papel moeda que substitua o crédito bancário então o que chama de ‘Comércio Livre’ actual durará eternamente.
    .
    Acresce que não há conhecimento de quaisquer inovações ou descobertas especiais asiáticas que estejam a provocar qualquer salto civilizacional da humanidade. Com humor, a menos que se refira aos Direitos Humanos ‘à Mao’ ….
    .

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  18. JCA's avatar
    JCA permalink
    26 Janeiro, 2011 19:56

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    Deve ler-se “Mas eles continuam com total de liberdade comerciar para vender para o estrangeiro destruindo aparelho produtivo e emprego dos outros. Resultado na prática, uma Liberdade de Comércio unilateral e não bilateral.”
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  19. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 20:06

    “O que o estrangeiro lhes possa vender incluindo os tais ‘valores acrescentados’ (não falemos de pequenos nichos, mas de produtos de venda em massa) é rapidamente falsificado e imitado pelo que o estrangeiro já não os venderá para lá.”
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    .
    Mas acha mesmo que eles não combatem as falsificações? Eles estão a combater as falisficações mas, é verdade, a corrupção na bófia é elevada. Mas as próprias autoridades estão a endurecer as medidas contra as falisficações, com medidas bem duras (como pena de morte, veja lá a coisa) para quem for apanhado, sob determinadas condições.
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    .
    Mas olhe que em Portugal também há falsificações, apesar dos esforços das autoridades. Em Portugal até se já falsifica marcas e produtos de empresas tugas, veja lá a coisa. ehehehhehheh
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    .
    “Para evitar explosão social violenta (estilo ‘revolução francesa’, ‘tunisina’ etc) há que implementar politicas de subsidios de desemprego etc. Só possivel com fortes aumentos da carga fiscal (rapar o fundo ao tacho) que por sua vez retiram competitividade à pouca competitividade existente. ”
    .
    .
    Está a querer convencer-me que o Estado gasta mais de 50% do PIB por causa das falsificações? Vc. quer mesmo convencer-me? Ou está atentar convencer-se a si mesmo? ehehheheehehh
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    .
    “Essa da marca ‘Estado Social’ é uma invenção de ultima hora. Trata-se de Direitos Civilizacionais que não são propriedade nem da Direita nem da Esquerda, sequer de Religiões ou Fés. Actualmente são propriedade dos Cidadãos, do Empresariado actualizado e Capitalista.”
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    Vc. quer convencer-me que as ideias do Bismarck foram as que deram inicio à forte subida da despesa pública, após a IIª Guerra?
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    Eu concordo consigo que são algumas conquistas sociais e civilizacionais. Mas não ao ponto que chegamos como, por exemplo, nacionalizar empresas, prestar os cuidados da saúde, etc. Como Vc. deve saber, forma as ideias liberais alemãs do séc. XIX que deram origem a essas conquistas civilizacionais. Mas uma coisa é propiciar redes sociais outra coisa é o Estado apropriar-se da sociedade. Há-de reconhecer que o que se fez na Alemanha nada tem a ver com o que se passa nos dias de hoje. Nem mesmo na própria Alemanha. Em nome do Estado Social até há empresas estatais de propaganda, como a RTP, por exemplo. As ideias liberais alemãs de então era complementar as falhas do mercado, não trocar a sociedade e o mercado pelo Estado. Isso é comunismo, mesmo que soft.
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    “Acresce que não há conhecimento de quaisquer inovações ou descobertas especiais asiáticas que estejam a provocar qualquer salto civilizacional da humanidade. Com humor, a menos que se refira aos Direitos Humanos ‘à Mao’ …”
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    E o Japão? Não conta? E se apenas tivermos em conta o papel da China para a industria moderna, porque se formos sérios, tantas coisas no Ocidente vieram da China, como o papel, o papel-dinheiro, a impressão, etc., etc. etc.
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    A questão é outra. Uma sociedade costuma propiciar desenvolvimentos à industria à medida que ela enriquece e consegue gerar empresas e acumula capitais para se dedicar a essa cara e árdua tarefa. Senão, o que até agora demos ao mundo, em termos científicos? Mesmo o Moniz, um grande cientista tuga, agora é desprezada por estas novas inteligências lusas. Pfffff!

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  20. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 20:19

    Eu sei que nem sempre a realidade é como pensamos que vemos, mas há que ser um bocado honesto nestas coisas. Ou procurar saber:
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    “China vows to crack down on copyright violations”
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    In http://news.yahoo.com/s/ap/20110111/ap_on_bi_ge/as_china_copyright_protection_1
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    E não é de agora:
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    http://www.channelnewsasia.com/stories/eastasia/view/444267/1/.html
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    Mas se me disserem que a China rouba segredos comerciais, militares e até científicos, isso é verdade. Todos os Estados o fazem. Ou quase todos. Até os USA o fazem, por razões de natureza ligados à Segurança Nacional. Espero que Portugal também o faça, naturalmente.
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    Outra coisa é dizer-se que as autoridades chinesas promovem as falsificações e as violações da propriedade intelectual e comercial. Porque isso é mentira. Nesse aspecto, quem o diz está a desconhecer o que lá se passa ou fecha os olhos, para convencer-se a si mesmo.
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    Repare-se que este problema das falsificações não é apenas dos países pobres mas também dos ricos, a começar pelo estereotipo “belga”. Mas, é evidente, que os países pobres são os que mais se violam este tipo de leis e regras internacionais, até porque até as autoridades pensam que é um desperdício de recursos combater este tipo de crimes.
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    Mas daí a dizer que o Estado tantos recursos por causa deste problema… Cruzes canhoto! É um delírio, caro JCA.

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  21. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    26 Janeiro, 2011 20:57

    Já agora, porque no outro dia o Luckyluck referiu o caso liberal alemão, penso que vale a pena ler isto:
    .
    “Esta Escola propunha-se criar as condições de uma livre concorrência que funcionasse com
    a ajuda da mão reguladora do Estado. Para isto, era necessário inscrever as regras
    habituais do liberalismo – propriedade privada, liberdade contratual num quadro económico
    garantido pelo Estado, compreendendo os seguintes elementos:
    .
    · uma política monetária independente
    · o controlo dos cartéis e dos monopólios
    · o abandono do proteccionismo
    · uma política económica estável e previsível
    · uma imposição redistributiva
    · a correcção das reacções anormais dos mercados
    .
    Em nenhum caso deveria o Estado estar habilitado a planificar ou dirigir o processo
    económico.
    .
    Este pensamento apresentava uma doutrina económica suficientemente tipificada aos
    primeiros responsáveis políticos alemães, a saber, Konrad Adenauer e Ludwig Erhard.
    .
    Eles viam aí o meio de conciliar as aspirações da população, que se traduzirá mais tarde no
    slogan ” Prosperidade para Todos” (Wohlstand fur alle), com a firme vontade dos EUA em
    fazer da Alemanha um bastião do liberalismo.”
    .
    In http://pascal.iseg.utl.pt/~cedin/portugalbrasil/files/cgpa1.pdf
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    .
    Hoje em dia, nos países nórdicos, caminha-se neste sentido. Um Estado regulador e não interventor e jogador. Um Estado presente mas ao mesmo tempo ausente. Um Estado que tenta corrigir falhar dos mercados, não o substituindo.
    .
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    Mas aquilo que temos como conquista sociais civilizacionais alemãs são originárias dos liberais. Os liberais anglo-saxónicos escolheram outra via, o chamado Estado minimo, mas acabando por o transformar num Estado fortemente interventor, um bocado ao estilo do Terceiro Reich, como é o caso actual dos USA.

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  22. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    26 Janeiro, 2011 21:16

    Os Portugueses gostam muito de folclore que denigre os outros. Basta uns pós de verdade para fabricarem toda a narrativa baseada nisso.
    Ou seja os Chineses não podem ser criativos e copiam tudo, trabalham por um dólar. Já foi a mesma coisa com os Japoneses. Depois foi o que se viu. Agora compram carros Japoneses.
    Nas máquinas fotográficas e de vídeo 90% das marcas é tudo Japonês ou Coreano.
    .
    Não tentam explicar porque é que economia cresce entre 7 a 10%. ou seja a cada 5 a 7 anos duplicam o rendimento. A área de Xangai já tem o nível de riqueza da Italia.
    Um Ditador chinês disse sejam ricos, por cá ataca-se os ricos mesmo aqueles que não vivem de favores do Estado, como fez recentemente o desastrado Cavaco.
    .
    Quem é que faz as coisas que o mercado ou seja as pessoas querem? Quem é que social – por oposição a sociallista e nobre- para responder ás necessidades do mercado?

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  23. JCA's avatar
    JCA permalink
    27 Janeiro, 2011 00:39

    .
    Historicamente a grande civilização asiatica é a Coreana. O Japão é adversãrio da Xina, estão perto um do outro, eles lá sabem porquê. O Vietname também pode falar do tema. O Tibet também. A propria India. O Tawain …. Como vê as queixas até nem são principalmente dos lados ocidentais. São mesmo ao pé da porta. Do que escrevi nada se conclui (releia linha a linha) para onde se está a divagar fugindo da resposta directa e frontal. Mas enfim até nem estamos em desacordo nalguns essenciais. Mas como dizia o outro, o diabo são os detalhes, nestes é que quem tem unhas unhas é que toca guitarra. Ou melhor a diferença entre o ler e o fazer. Por mi considero as posições claramente definidas por parte dos opinadores. Claras como àgua. Boa noite e obrigado pelo bom debate.
    .

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