Socialismo aplicado às exportações
16 Fevereiro, 2011
O socialismo tem-se mantido cuidadosamente afastado das empresas exportadoras. Por boas razões. As empresas exportadoras competem directamente com outras empresas noutra parte do mundo. Não dá para aldrabar o jogo. Não é possível criar um monopólio, ou uma autoridade reguladora, ou o ministério da tutela. Também não adianta cacicar os empresários das empresas exportadoras. Estes dpendem muito mais daquilo que os clientes querem do que do governo. Os truques habituais não funcionam (tão bem). Graças a esta incapacidade do governo para interferir no sector exportador, algumas empresas têm prosperado. Mas isto vai mudar. O governo tem novos truques.
13 comentários
leave one →

“Estes dpendem muito mais daquilo que os clientes querem do que do governo.”
Nã, nã,…
O problema das exportações é que ou se tem apoio do Governo e da sua diplomacia ou então o risco é muito grande.
GostarGostar
Raio,
.
Se o risco é muito grande o negócio é inviável.
GostarGostar
Se uma empresa para exportar precisa dos bons oficios do governo, então vale mais ser nacionalizada. Conhecem alguem no governo que tenha experiencia empresarial para se armar em patrono dos exportadores? eu não conheço. O sr Raio que deve ser um “boy” talvez conheça.
Durante mais de vinte anos fui exportador, e nunca precisei de nenhum governo para vender no estrangeiro. Custou-me muito dinheiro, tinha que ir muitas vezes lá fora, porque para se exportar é preciso ir às feiras internacionais, visitar os potenciais clientes, convidá-los a visitar-nos e mostrar-lhes as vantagens dos nossos produtos. O governo só costuma atrapalhar.
Acredito no entanto que para exportar para a Venezuela, por exemplo, sejam precisos os bons oficios do Socrates, porque ele e o Chavez são farinha do mesmo saco.
GostarGostar
Exemplos de “sucesso” de exportações nacionais cuja ajuda do governo foi decisiva:
a) Exportar electricidade. Por exemplo, durante a noite exportar para Espanha electricidade eólica a 5, 10 ou 15€/MWh, mas tendo os portugueses que suportar a diferença para as tarifas garantidas pelo governo a 75-95€/MWh. Negócio da china (ou fraude?) para os operadores, política de sucesso do Socratismo, pesadelo para o bolso dos portugueses. De referir que até há poucos anos atrás, nós à noite importávamos excesso de produção de electricidade nuclear francesa, a preços ridiculamente baixos. De um excelente modelo de negócio nocturno passámos para um em que subsidiamos uma caríssima fraude. Genial, obrigado Socrates !
b) Exportar gasolina. Deter monopólio de refinação em Portugal com a ajuda do Governo que impediu uma nova refinaria (Patrick Monteiro Barros) obtendo margens monopolistas entre-portas podendo exportar gasolina a preços competitivos. Sucesso nas exportações, à custa do sacrifício do mercado interno. Genial, obrigado Socrates !
GostarGostar
Socialismo, onde é que ele pára que ninguém o conhece? Este sistema contínuo de nomear uma ideologia que não vigora em Portugal faz parte de um quadro de ignorantes ou de um certo número de serviçais da mentira com o objectivo determinado de enganar os incautos. Quanto às exportações, elas nada têm a ver com a dita ideologia, porque no nosso país as empresa privadas mexem-se como querem e até se dão ao luxo de industriarem o Senhor Primeiro-Ministro quanto às leis laborais. Excluo, como é evidente, as que estão sujeitas ao veto governamental, através das Golden Share, e que permitem ao Governo interferir ou regular a gestão das ditas. Se o Governo pretende encaminhar as exportações para novos mercados que permitam a essas empresas aumentar as suas exportações e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução do défice, não vejo nessa forma governar qualquer tipo de instrumentalização dessas empresas.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 16/02/2011
GostarGostar
Virato.
Muito bom o seu post.
Incrível o desgoverno que isto chegou.
(engraçado é que tenho o mesmo avatar no meu Messenger)
GostarGostar
“Socialismo, onde é que ele pára que ninguém o conhece?”
.
Problemas de visão? Vejamos:
.
Impostos sempre a subir, Estado a crescer.
Escola sem liberdade
Saúde sem liberdade
Endividamento que o Governo faz em nosso nome sempre a subir.
Estado cada vez maior, corrupção a aumentar.
Interferência cada vez maior do Estado sobre tudo o que mexe,
Sucesso está dependente das ligações políticas.
Mediocridade instalada
Pobreza
GostarGostar
c) Exportar construção de casas para países pobres
23 Julho 2008
Portugal/Venezuela: Sócrates diz que há agora em Portugal uma diplomacia de resultados
Grupo Lena pode assinar hoje contrato para montar casas pré-fabricadas em Caracas
27 Maio 2010
Projecto do Grupo Lena de construção de 50 mil casas pré-fabricadas sem evolução
Mota-Engil tem projecto de 500 milhões parado. Grupo Lena tem casas por construir
24 Outubro 2010
Portugal recuperará também um anterior compromisso para que o Grupo Lena construa na Venezuela 2500 vivendas pré-fabricadas
8 Janeiro 2011
Acordos com Venezuela assinados em Outubro ainda não arrancaram
Construção de 12,5 mil casas e de dois navios de transporte de asfalto em «stand by».
PS: Repare-se também na evolução dos números, 50000,2500,12500 casas, etc. Parece uma coisa meio aleatória.
E ainda:
La empresa Belzarubezhstroï (Белзарубежстрой, que es un nombre tan genial como el español “Bielextranconstruc”) dice en su sitio, entre otras cosas, lo siguiente:
* fue constituida el 31 de marzo de 2007 en Minsk, Bielorrusia.
* tiene participaciones de la empresa Stroiteln’ny Trest Nr8 de la ciudad de Brest, la Gomelpromstroi de la ciudad de Gomel, de Belpars de Minsk y Transtbank de Minsk
* su capital inicial fue de 320 millones de rublos bielorrusos.
…
La empresa también buscaría ahora obtener dos acuerdos para la construcción en Venezuela de microcomplejos en Caracas y de empresa de ladrillos para producción de 25 millones de ladrillos anualmente.
En 2008, el gobierno chavista anunció que Bielorrusia construiría 5000 viviendas en Aragua y Barinas. Entonces el embajador de Bielorrusia declaró que Venezuela ya había pagado 90 millones de dólares de los 300 (trescientos) millones de dólares que tenía que pagar por esas 5000 viviendas (60 mil dólares por unidad en edificios de 5 pisos sin ascensor ni muchas cosas más y siendo una obra absolutamente industrial).
Me pregunto: ¿no pueden los ingenieros venezolanos del siglo XXI ellos mismos construir casas junto a los cientos de miles de trabajadores venezolanos que querrían tener empleo digno? ¿No hay gente que quiera trabajar entre el 8,1% de desempleados reconocidos por el gobierno y el 50% de la población activa que que el gobierno venezolano no ve como desempleada pero que sobrevive como “trabajadores informales” en condiciones peores a las de un desempleado en Europa?
¿Ya los aragueños tienen esas casas? ¿Ya se pagaron cuántos millones de dólares?
¿Hemos de suponer que el anuncio de Chávez de que los bielorrusos construirán ahora 4000 casas en Araguas se trata de una noticia nueva o es otra de las que recicla? Más interesante aun es saber lo que pasa con cada bolívar que sale de un país subdesarrollado como Venezuela donde los chicos tienen que pagar ellos mismos por sus cuadernos y los libros de texto, algo que no tienen que hacer los chicos en los países “capitalistas” de Europa o Norteamérica.
http://desarrollosostenibleparavenezuela.blogspot.com/2010/10/el-paquete-bielorruso.html
He then went all over the place signing agreements to build housing. As if the Uruguay case did not prove anything. But how can you justify buying housing abroad, that could be built from scratch here, creating thousands of jobs. Our private sector could do it if the Government wanted it. So we are to believe that Iran will build 50,000 housing units, Russia 10,000 for the military, Belarus 5,000 and Portugal 12,000.
But wait! We paid US$ 90 million to Belarus for some housing in 2008 and our friend Kepler has not been able to find them anywhere, but the Belorussians said they got paid!
http://devilsexcrement.com/2010/10/27/chavez-gives-venezuela-away-and-nothing-happens/
GostarGostar
É curioso que este «socialismo exportador» só ajuda os consumidores estrangeiros à custa da exploração dos trabalhadores portugueses e da esfola continuada dos contribuintes.
É o chamado «modelo chinês de exportação»………..
GostarGostar
António Mexia vangloria-se de a EDP – com uma dívida de 17,7 mil milhões – ter o mesmo rating nos mercados internacionais que Portugal.
Pergunta-se:
O rating do País é bom?
O País não está está à beira da banca rota?
Onde está o mérito?
GostarGostar
Ao contrário do que pensam alguns, os governos tem (ou deviam ter) um papel essencial nas exportações e internacionalização dos negócios.
.
Veja-se a america e o modo eficaz com o governo promove os seus próprios negócios no exterior. A visita de Hilary Clinton a Angola foi precedida de uma estratégia fantástica. Eu assisti a tudo.
.
Primeiro foram enviadas equipas de estudo (com seis meses de antecedencia) aonde levantaram as oportunidades e os constrangimentos deste país. Essas equipas era formadas por elementos do governo, dos bancos interessados, e dos vários sectores empresariais industriais, agricolas e serviços que podiam ter interesse potencial. Os estudos foram dirigidos e suportados pelo sector financeiro americano.
.
O estudo foi efectuado e quando Hilary cá veio trouxe os empresários que, de facto, queriam investir ou fazer negócio. Conseguiram contratos na futura exploração do pré-sal, parcerias nas telecomunicações, investimentos na agricultura avultados, e na agro-transformação tambem, e ainda manifestaram interesse na construção de um milhão de casas sociais baratas e ainda na produção de energia.
.
Mas fizeram-no com critério e objectividade. Na sequencia dessa visita as empresas americanas iniciaram a construção de escolas para filhos de americanos que veem para cá trabalhar, coisa essencial.
.
Quando Socrates cá veio, vi-o a correr na marginal de Luanda. Resultou dessa visita o quê? Umas merdices de propaganda na area da construção, uns acordos com a Galp et voilá.
.
RB
GostarGostar
Truques novos já preparados e outros na calha em linha de produção. Têm que rebentar com isto tudo como fizeram por toda a parte e a cada bronca têm na manga muitas alternativas.
Os portugueses, cada vez mais tugas e pimbas, engolem tudo o que seja rasca.
GostarGostar