A posse (II): É Carnaval…
Mais do que ser “cúmplice sisudo” de uma “desvergonha“, Cavaco Silva terá que optar entre ser, ou não e literalmente, um dos coveiros do país, das actuais e das vindouras gerações.
Pior, nunca as coisas ficarão, uma vez que chegamos a este nível (ground zero): “O juro das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 5 anos agrava-se para os 7,6%, e renova assim máximos históricos, numa semana considerada decisiva para o futuro do país”. Entretanto, o juros das Obrigações a 10 anos atingiu, também, novo máximo: 7,74%.
Por favor, não venham falar mais de “estabilidade”, “responsabilidade política” e coisas quejandas! Realmente, qual seria o agravamento da situação do país, se existisse um novo ciclo político, um novo primeiro-ministro ou um novo governo? Ou se durante dois meses este governo entrasse em funções de gestão corrente (aguardando-se por novas eleições)? Mais: o que é que falta fazer, depois de PEC’s sucessivos, Orçamentos negociados, compromissos mal cumpridos, execuções orçamentais prericlitantes ou mesmo enganosas*, apelos de banqueiros, etc., etc.? Ah! e já agora, de um Presidente sisudo, apelando à tal “responsabilidade” e dizendo que se não fossem os seus apelos (discretos), “onde é que já estaríamos?”
* Por exemplo, imprensa já se deu, porventura, ao trabalho de comparar a redução da despesa pública conseguida em Janeiro e anunciada com ar de vitória, com aquilo que era (é) o objectivo assinalado em termos orçamentais?!

As coisas vão piorar porque o País viveu acima das suas posses. Logo será preciso:
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-Aprender a viver sem pedir emprestado – O Estado no ano passado pediu 20% do que gasta emprestado.
-Pagar uma parte da dívida existente.
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Nada do que escrevi acima – para começar cortar 20% nos gastos -é possível sem cortar em salários, pensões e no desperdício. E desperdício quer dizer muitos empregos inúteis e salários correspondentes.
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Logo as condições para as pessoas vão piorar muito. E quanto mais o PS com PSD* e Cavaco pela mão nos levar para o fundo mais longo e doloroso será sair do buraco.
*mais a extrema esquerda toda uma vez que esses acham que o endividamento ainda é pouco.
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Se apenas leres os livros que toda a gente lê, apenas podes pensar o mesmo que os outros estão a pensar.Falar com franqueza e dizer a verdade são duas coisas totalmente diferentes. A honestidade está para a verdade como a proa de um barco para a sua popa. A franqueza aparece em primeiro lugar, a verdade vem depois. O intervalo de tempo entre ambas está na proporção directa da envergadura do barco. A verdade, quando aplicada às grandes questões, tarda em aparecer. Acontece, por vezes, que só se manifesta depois da morte.
Haruki Murakami,
Em Portugal, as pessoas são imbecis ou por vocação, ou por coacção, ou por devoção.
Miguel Torga
COM PALHAÇOS DESTES A VERDADE NUNCA SERÁ DITA..
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no melhor jornal do mundo e arredores cita-se e. catroga (cuja figura inspira os bonecos do carnaval):
cavaco não fará ao governo o que soares lhe fez va ele!
ficamos todos mais descansados palhaço catroga.
[estavam tão bem na coelheira a gozar a reforma estes dois!]
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Não foi o presidente Cavaco que disse que com ele os juros não iam subir?
Já vi que ele tem tanta influência nos «mercados» como o meu «gestor de conta»…..
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