Venha o FEEF/FMI
Estupidamente, a opinião pública portuguesa continua convencida de que pedir ajuda ao FEEF/FMI é pior opção que este penar de PECs às pinguinhas. Muitas vezes com recurso a argumentos absurdos como o de dizerem que o FEEF/FMI não contribuiu para melhorar a situação na Grécia e na Irlanda. Cita-se frequentemente as taxas de juro no mercado secundário da dívida (9% para a Irlanda e 12% para a Grécia) como um argumento contra a vinda do FEEF/FMI. Quem faz essas alegações nem sequer percebe que os países que entram no programa do FEEF/FMI deixam de se financiar no mercado e passam a financiar-se junto do FEEF a taxas subsidiadas.
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Neste momento Portugal tem taxas muito superiores às que teria se estivesse no programa do FEEF/FMI. Tem que pagar para se manter nos mercados, o que agrava os problemas e obriga a medidas cada vez mais duras e cada vez mais ineficazes. Está sujeito a um nível de incerteza que desincentiva todos os agentes económicos de resolver os problemas. As empresas públicas e os serviços públicos estão a atingir um nível de ruptura que nos fica ainda mais caro. Por tudo isto, é estúpido, mas mesmo estúpido, transformar o FEEF/FMI num papão.

Mesmo assim, a razão das taxas de juro subirem no mercado secundário, deve-se à subordinação dessa dívida à contratada com o FMI/FEEF. Os mercados continuam a suspeitar fortemente da probabilidade de default para a Grécia e para a Irlanda no pagamento das OTs remanescentes.
O mesmo acontece com Portugal. Um simples modelo de Excel mostra à evidência a impossibilidade do Estado fazer face às obrigações já assumidas. A entrada do FMI ajudará, sem dúvida, porque alarga prazos e baixa custos, mas com ou sem FMI, só com medidas muito violentas do lado do estado é possível seguir vivendo. Consequências de termos deixado o estado nas nãos de um bando de incompetentes.
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Caro João Miranda, apesar das enormes discordâncias que tenho com a grande maioria dos seus posts, pela primeira vez concordo em tudo o que escreveu. Excelente post e é realmente inacreditável ler a mass m3(r)dia ir atrás da cantiga do bandido sem compreender o que se passa ou engolir tudo sem sal nem pimenta.
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Primeiro venha uma auditoria, como ontem sugeriu António Barreto. Ou é proibido? Ou o país ainda está pior do que pensamos? Ou não queremos saber? Ou não querem que se saiba?
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É muito natural que o mesmo Sócrates que fez questão de começar a Governar com uma avaliação “independente” do estado das contas públicas também o queira fazer agora mesmo, que é para depois não ser acusado de ter deixado o país chegar ao que chegou por causa do PSD (nem aqui ele pára de aldrabar e continua a insistir no facto de o chumbo de ontem ser do PSD e não de toda a oposição).
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Os spreads sobre a divida portuguesa ha muito antecipam o cenario grego. Ha um ano pagavamos quase metade do que hoje pagamos. Nao e por acaso que as alminhas fora de portugal nao passam muito credito a este governo, nem as analises de perez metello’s e companhias. Temos todas as condicoes para pagarmos spreads inferiores aos gregos pois a nossa divida e muito menor 85% vs. 125% entre outros indicadores.
Nao nos enganem e nao se enganem que isto ha muito estava antecipado. Agr o presente cenario pode ser uma oportunidade se se mudarem a seria as coisas ou um calvario se o que vier a seguir e mais do mesmo. Tudo o que for alem disto e foguetorio e spin politico. A ver se e desta que nos endireitamos…
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Um pequeno desabafo http://lmmgarcia.wordpress.com/2011/03/23/um-aviaozinho-militar/
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Tem razão, mas tenho sérias dúvidas que a mairoria da população compreenda onde estamos, como chagamos isto e o que é preciso fazer para sair.
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Por lhe fazer bem ao ego o governo pela voz de teixeira dos santos quis-nos convencer que mesmo que tivessemos de pagar juros a oito por cento ou mais era um sacrifício que merecia a pena suportar. Eu prefiro o fmi.
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Pode-se mudar sériamente as coisas mas tal como fizeram na Africa do Sul sobre o aparteihd convinha , usando sábios como Antonio Barreto , Medina Carreira entre outros mandar fazer um auditoria ás contas portuguesas.
Toda a gente sabe que elas estão um descalabro, incluindo os líderes europeus que sorriem de desdém ao que qualquer responsável politico portuga diz, porque tem a certeza que nem ele sabe em concreto do que fala.
No minimo devia-se informar os novos supostos líderes assim como e principalmente a populaçao portuguesa do descalabro a que isto chegou e sobretudo da mentira monstruosa que andaram a nos impingir.
Não vale fazer como na primeira república e deixar o ónus para quem vem a seguir. Salazar teve de provocar fome no país para poder recuperá-lo minimamente e esta gentinha mal informada sempre lhe atirou as culpas.
Sera o primeiro acto de salvaçao nacional, deixar de ser ignorantes, deixar de varrer os problemas para debaixo do tapete, ir aos números concretos e não aos discursos destes politicos da treta, para depois….conscientes da montureira de esterco que deixamos criar possamos agir de forma a sair dela.
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Ouvi dizer que desde ontem a malta do blasfemia, sobretudo o CAA e o J miranda, não para de bater palmas com as nadegas.
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Não o preocupa, nem preocupa a ninguém, que estejamos a dois ou três meses das eleições e ainda ninguém saiba o que o PSD se propõe fazer para reformar as contas públicas? Não o preocupa, nem preocupa a ninguém, que esteja hoje a ser divulgado que o PSD prefere subir o IVA em mais um ponto, a aplicar às pensões acima de €1.500,00 as mesmas reduções que foram aplicados aos salários da função público? Isto não lhe sugere que vem aí mais do mesmo? Ou seja: discursos vazios sobre “menos Estado” e, na hora da verdade, defesa dos lugares públicos para os “boys”, dos negócios públicos para os “amigos”, e das reformas públicas para os “senadores”?
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Qual papão, qual carapuça. Venha e depressa o FMI.
O Passos chora pelo FMI. O PSD que chumbou as medidas do PEC IV, sabe muito bem que com o FMI a austeridade será drástica e por isso não quer ficar com a responsabilidade de as assumir. Vejam as políticas aplicadas na Grécia ou Irlanda e depois digam se são iguais. Vejam o nível dos juros no mercado secundário desses países e digam se sofreram alguma diminuição ou aumento.
O Passos quer que o FMI venha e já. Assim todas as políticas restritivas têm um pai, uma desculpa.
Viva o FMI.
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João, não é estupidez, é o resultado da lavagem cerebral e ocultação dos factos a que estamos habituados com o PS. Se Sócrates dissesse a verdade, claro que toda a gente escolheria o FMI. Bastava perguntar “Querem que eu desça os salários para conseguir dinheiro para pagar os juros extra que estamos a pagar por não recorrer ao FMI?”
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E a insensibilidade de Sócrates para com os reformados quando disse que com o FMI as medidas seriam mais drásticas? Como se fosse possível haver medidas mais drásticas do que congelar pensões de 200 euros.
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O papão do FMI tem que ver com os despedimentos. Mas Portugal em números de funcionários públicos parece estar dentro da norma europeia. O problema são os salários elevados, que são acima da média europeia. Sócrates já tomou conta disso.
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Uau, João Miranda a defender subsídios e falhas de mercado. Acho que posso ir para casa.
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««Uau, João Miranda a defender subsídios e falhas de mercado. »»
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De que mercado estamos a falar?
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Mandar bitaites não fundamentados, incorre-se na” mentira”
1º Grécia continua a ir ao mercado financiar-se, mesmo com o FMI dentro das suas portas. Se o autor do artigo não sabe, devia saber. No dia 9 deste mês emitiu dívida a 4,75% a 6 meses e nas últimas semanas tem ido ao mercado financiar-se. Faz parte do acordo com o FMI, durante o programa, o financiamento obrigacionista no mercado normal.
2º trocar aumento de IVA entre 1 a 2 pontos percentuais, por descida até 5% das pensões acima dos 1500 euros = aberração
3º a declaração de hoje de Merkel diz muito.
4º como estão a Grécia e a Irlanda depois destes meses de convívio com o FMI? PIORES em todos os indicadores macroeconómicos, e os adiantados não mostram melhoria.
4º Sócrates insiste em governar e já nas últimas eleições não devia ter sido candidato. É o único ponto que estou de acordo com o autor do artigo
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Que o FMI vem aí, não há dúvidas, o governo qua acaba de fugir atirou-nos para a bancarrota. Só fico com pena que não seja o Fujãozé Sócrates a ir receber os moços à Portela…
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Também penso que não é estupidez. É cobardia. Medo da clareza, de assumir a realidade. A mesma lógica que levou o governo a negar as evidências.
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Mas agora o que é que acontece? Sócrates ainda governa até às eleições?
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http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=475535
PIB da Irlanda cai pelo terceiro ano consecutivo
Algumas almas passaram os últimos meses a justificar o pedido de ajuda da Irlanda por causa do default da sua banca. E A ECONOMIA???????
este artigo responde
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Crise política faz Fitch cortar rating de Portugal em dois níveis
A sangria começa a intensificar-se. Vamos ver onde vai acabar isto
http://economia.publico.pt/Noticia/crise-politica-faz-fitch-cortar-rating-de-portugal-em-dois-niveis_1486630
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Sim, tens razão.
jcd,
“Medidas duras para o estado”? Cá está uma expressão sem sentido, o estado não é ninguém. Vamos ver para quem é que é duro porque temo mesmo com FMI ao barulho ainda vai haver muito parasita a controlar a coisa.
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é melhor não termos apoio nenhum senão vão continuar a adiar as reformas que este país precisa
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“De que mercado estamos a falar?”
Acho que estávamos a falar do mercado de dívida pública, mas talvez não. De que mercado está a falar?
E já agora, de que apoio doFMI/FEEF é que o João Miranda está a falar? Os subsídios à dívida para evitar o debt-overhang que descreveu, ou os condicionalismos que chegam com esse apoio e que nunca seriam eleitos em Portugal? Diga lá do que é que gosta mais.
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