A propósitos das guerras muito más e das guerras boazinhas
Luciano Amaral ou uma razão para ir aqui: «Nas revoluções árabes, passámos da encantadora fase Twitter para a mais barulhenta fase das bombas. Estava tudo a ser tão bonito. Tinha de vir um qualquer Khadafi estragar tudo. O presidente Obama, eleito para acabar com o belicismo de Bush e restaurar “os laços” com o mundo islâmico, já tem a sua própria guerra. E o mesmo se diga dos europeus, outrora tão orgulhosos do seu “soft power”.
Esta guerra mal atamancada nasceu da incapacidade de Obama e dos europeus para pensarem o problema da liberdade no mundo islâmico. Depois de Bush, conferiram legitimidade às ditaduras locais e acreditaram na sua estabilidade. Só que os próprios árabes não eram da mesma opinião. Recusando a “agenda da liberdade” da anterior administração e apostando nas autoridades vigentes, os ocidentais ficaram sem saber o que fazer das revoluções. Quando a matança de Khadafi ameaçou estragar a sua imagem idílica (o Facebook, etc.), tiveram de improvisar uma guerra de desespero, invocando “razões humanitárias”.
Mas esta não é uma guerra humanitária. É, tal como no Iraque, uma guerra para mudar o regime, com a diferença de que os ocidentais não o reconhecem, o que torna tudo muito perigoso. Uma guerra para mudar o regime obrigaria a um compromisso, como no Iraque, em permanecer até se criarem novas instituições. Mas existiria então o custo de enviar soldados e burocratas para o terreno. Em vez disso, temos uma guerra em que o heroísmo ocidental se mede até ao último rebelde líbio morto. Porque se não é para mudar o regime, a alternativa é a mera participação numa guerra civil e a destruição da Líbia enquanto país. Pode alguém dizer que se trata de ajudar o lado anti-governamental e deixá-lo, depois, reconstruir. Mas alguém sabe quem são realmente os rebeldes, para além daqueles beduínos de que os fotógrafos tanto gostam cavalgando o deserto nas suas carrinhas pick-up? E se os bombardeamentos à distância não funcionarem, o que fazem os ocidentais? Vão-se embora, com um país a arder às costas?»

Sobre o assunto em substância, euma vex que não tenho nenhuma espécie de «inside info», e só estive uma vex na Líbia já há muitos anos, devo humildemente confessar que estou completamente ‘a branco’.
E este é um comentário absolutamente inútil, mas já não consigo apagar…
😦
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Dizem que a questão é humanitária, mas gostava de ver os mortos contados.
Antes e depois da “acção humanitária”.
Já fizeram as contas no Iraque?
Quem matou mais iraquianos?
Saddam ou Bush?
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“…e a revolução árabe varrerá inexoravelmente todos os ditadores fantoches vendidos aos yankees e sionistas. E a revolução só parará com a libertação de Jerusalém (Al Quods) do jugo da ditadura apartheidesco-sionista.”
Ó senhor Euroliberal, para quem apregoa tanta justiça, parece-me que esses poros transpiram ódio em demasia, não?
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De como matar líbios se tornou um imperativo moral, de Patrick. J. Buchanan.
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Ele há guerras boas e há guerras más. As guerras boas são as conduzidas por presidentes americanos do partido democrata, sendo todas as outras guerras más. Nos últimos 50 anos creio que só houve uma excepção a este princípio mas a verdade é que só na guerra do Vietname se recorreu ao draft (ainda que que através de um televisionado bingo macabro).
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É esta a razão pela qual, agora no caso da Líbia, por muito que se procure, não se encontram manifestantes anti-guerra. Tal como aquando do Kosovo.
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Não há guerras boas. Elas são agora e sempre más. Normalmente são a última opção pois os seus custos são elevados.
Mas às vezes até são boas, quando existem inimigos internos, com uma boa guerra é possível mobilizar uma nação/tribo alargada num objectivo comum, pondo de parte as quezílias internas. Neste caso até é possível colocar os mais afoitos e potenciais revolucionários nas melhores frentes de combate, aonde se podem transformar em heróis/mártires da pátria amada. Este método foi usado desde tempos imemoriais. O rei David usou-o para enviuvar uma mulher de quem estava interessado, ao colocar o herói (marido) na zona de batalha aonde a probabilidade de morrer era elevado (esquema aprovado por Deus, ao contrario da facada no matrimónio, utilizada pela maioria dos mortais, que é pecado).
Mas a guerra da Líbia será boa? Bem quando a nação não está em perigo surgem estas pequenas escaramuças para treinar os exércitos e para demonstrar o potencial bélico de uma nação. Esta guerra, no deserto é magnífica, para testar a pontaria dos aviões, especialmente no que diz respeito às armas anti-tanque.
Relativamente à geoestratégia, se os americanos não estivessem a atrapalhar, era criar uma Líbia oeste ( cumpre as condições para ser um estado do petróleo, mais de dez mil barris de reservas de petróleo por milhão de habitantes ). A leste uma Líbia com o senil gadafi, pois enquanto o gajo estiver no poder os cinquenta mil milhões de euros dos fundos estarão bloqueados, os que permite aos bancos planificar investimentos de longo prazo tendo em vista o enriquecimento de todo o povo líbio ( enquanto as líbias estirem separadas a massa fica ao cuidado do ocidente para evitar …. )
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pelas últimas notícias a coisa parece estar a resultar
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Saudades de Bush! E de Reagan e de Thatcher! Saudades de gente a sério.
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Ainda hoje os idiotas dos jornalistas e dos repórteres anunciavam que os «rebeldes» já estavam a progredir no terreno.
Ora, se em Portugal qualquer bando de criminosos (manifestantes armados com bazucas), tivesse o apoio aéreo de meia dúzia de potências, concerteza que já teriam conquistado Lisboa e desalojado o nosso Presidente!
(É uma vergonha a cobertura jornalística do «Ocidente». Gente comprada. Notícias manipuladas. Contra-Informação. Um nojo. Um esterco.
Basta visionar a CNN, a Sky, a BBC, e os nossos correspondentes, para assistirmos a uma manipulação tremenda.
É verdade que Kadafi é um sacana, um ditador, etc., mas a escumalha da Velha Europa não é em nada melhor do que ele!)
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Piscoiso
Posted 27 Março, 2011 at 13:17 | Permalink
Dizem que a questão é humanitária, mas gostava de ver os mortos contados.
Antes e depois da “acção humanitária”.
Já fizeram as contas no Iraque?
Quem matou mais iraquianos?
Saddam ou Bush?
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Saddam no Irão, é mesmo Piscovice avaliar a *bondade*
de uma guerra pelo número de mortes: portanto estou
a *desdizer-me * em 3 linhas de texto . . .
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Aliás a cada avanço rebelde por cima de unidades destruídas pelos bombardeamentos “aliados” os Rebeldes agradecem a Alá 20x…. deve ser pelos bombas que vêm do céu…
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Ficámos a saber pelo Piscoiso que quem matou 1,5 milhão e meio de habitantes do império Português foram aqueles que se rebelaram contra o Ditador Sa… oops Salazar.
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Boa boa foi a guerra interna a chacina e a deportação que Kadafi fez à pretalhada enviando-as para o Tchade (milhão milhão e meio). Isto na altura em que os americas e os bifes o embargavam e mesmo assim compravam armas e até as exportavam para o IRA.
Nennhum ocidental arlindo ou diogo se preocupou com nada ou pelo contrário ainda o elogiou com “desenvolvimentos” e tal.
Por isso é engraçado ver esta escumalha a chamar escumalha aos outros.
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