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Estação internacional de TGV

11 Abril, 2011

24 comentários leave one →
  1. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    11 Abril, 2011 20:07

    Para quem quer pôr o país ao ritmo de carroças de bestas, eis um bom entreposto para intermediar palha e feno do Alentejo.
    Eu quando me refiro a bestas, não estou a referir-me às simpáticas e dóceis alimárias de quatro patas…
    «Vocês sabem de quem é que estou falando», parafraseando o enérgico Octávio Machado…

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  2. tina's avatar
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    11 Abril, 2011 20:11

    AHAHAHAHAHAH!

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  3. lucklucky's avatar
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    11 Abril, 2011 20:21

    É o resultado da loucura Soci@lista, dos loucos que os apoiaram nos Jornais e da vaidade de um regime dominado por um movimento de esquerda anti-cultura que despreza a cultura dos números.

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  4. licas's avatar
    licas permalink
    11 Abril, 2011 20:36

    Arlindo da Costa
    Posted 11 Abril, 2011 at 20:07 | Permalink
    Para quem quer pôr o país ao ritmo de carroças de bestas, eis um bom entreposto para intermediar palha e feno do Alentejo.
    _________________

    Basta ohares-te ao espelho . . . para veres uma besta. . .

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  5. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    11 Abril, 2011 20:53

    Finalmente!… Até que enfim que o TGV foi para o poceirão…

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  6. ping pong's avatar
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    11 Abril, 2011 21:09

    Quem devia pagar os mais de 100 milhões € de indemnizações, deviam ser os responsáveis pela assinatura de compromissos para além das posses do Estado por pura teimosia.

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  7. JoséB's avatar
    JoséB permalink
    11 Abril, 2011 21:09

    O TGV, este TGV, agora adiado para as calendas?
    Lá se foi o grande seguro financeiro do futuro de JS na velhice.
    Num qq off shore.

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  8. tina's avatar
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    11 Abril, 2011 21:19

    Bem, se já não há TGV Poceirão- Caia, vejamos então quais foram as outras conquistas do governo de 6 anos de Sócrates :
    – FMI teve que vir salvar o país
    – único país da zona euro que estará em recessão em 2011 e 2012 (de acordo com previsões FMI)
    – desemprego a 11% com previsões do FMI para ultrapassar 12% nos próximos anos
    – dívida externa duplicou
    – não se pode fumar em nenhum lugar
    – casamento gay
    – aborto grátis na SNS

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  9. lica's avatar
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    11 Abril, 2011 21:21

    CRONICA DE MIGUEL SOUSA TAVARES
    Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
    – É sempre assim, esta auto-estrada?
    – Assim, como?
    – Deserta, magnífica, sem trânsito?
    – É, é sempre assim.
    – Todos os dias?
    – Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
    – Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
    – Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
    – E têm mais auto-estradas destas?
    – Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. – respondi, rindo-me.
    – E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
    – Porque assim não pagam portagem.
    – E porque são quase todos espanhóis?
    – Vêm trazer-nos comida.
    – Mas vocês não têm agricultura?
    – Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
    – Mas para os espanhóis é?
    – Pelos vistos…
    Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
    – Mas porque não investem antes no comboio?
    – Investimos, mas não resultou.
    – Não resultou, como?
    – Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
    – Mas porquê?
    – Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não ‘pendula’; e, quando ‘pendula’, enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de ‘modernidade’ foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
    – E gastaram nisso uma fortuna?
    – Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos…
    – Estás a brincar comigo!
    – Não, estou a falar a sério!
    – E o que fizeram a esses incompetentes?
    – Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa… e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
    – Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
    – Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
    Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
    – Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
    – Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
    – Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
    – Isso mesmo.
    – E como entra em Lisboa?
    – Por uma nova ponte que vão fazer.
    – Uma ponte ferroviária?
    – E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
    – Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
    – Pois é.
    – E, então?
    – Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
    Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
    – E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta…
    – Não, não vai ter.
    – Não vai? Então, vai ser uma ruína!
    – Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína – aliás, já admitida pelo Governo – porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
    – E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
    – Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
    – E vocês não despedem o Governo?
    – Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo…
    – Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
    – Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
    – O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
    – A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
    – Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
    – É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
    Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
    – E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
    – O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
    – Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
    – É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
    – Não me pareceu nada…
    – Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
    – Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
    – Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
    – E tu acreditas nisso?
    – Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
    – Um lago enorme! Extraordinário!
    – Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
    – Ena! Deve produzir energia para meio país!
    – Praticamente zero.
    – A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
    – A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
    – Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar – ou nem isso?
    – Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
    – Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
    – Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
    Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
    – Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
    – Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
    Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
    – Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

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  10. lucklucky's avatar
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    11 Abril, 2011 21:21

    O Partido Soci@lista paga 100 milhões aos Portugueses?

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  11. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    11 Abril, 2011 21:23

    BCE está a castigar os periféricos em favor da Alemanha
    http://economico.sapo.pt/noticias/bce-esta-a-castigar-os-perifericos-em-favor-da-alemanha_115721.html

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  12. Outside's avatar
    Outside permalink
    11 Abril, 2011 21:23

    lica, essa crónica tem anos…das melhores…e sim, na A6, continua actual.

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  13. lica's avatar
    lica permalink
    11 Abril, 2011 21:27

    outside

    é velha mas pode ser que apanhe por aqui gente desprevenida ou desconhecedora desta realidade

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  14. balde-de-cal's avatar
    balde-de-cal permalink
    11 Abril, 2011 21:27

    face à divida soberana
    ‘chamem a polícia’

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  15. ping pong's avatar
    ping pong permalink
    11 Abril, 2011 21:29

    Tina:
    “- aborto grátis na SNS”
    Esqueceu-se de dizer que para além de ser grátis, ainda dá direito a subsídio de maternidade.

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  16. Blog do cinza coelho's avatar
    11 Abril, 2011 21:33

    Mas quando será que em portugal se começará a processar judicialmente os responsáveis políticos por este tipo de erros’

    http://brigadascinzacoelho.blogspot.com/2011/04/pensamento-do-dia.html

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  17. certo's avatar
    certo permalink
    11 Abril, 2011 21:33

    Mas vejam lá, só, que rápidos são os comboios dos sokras, a mais daquela velocidade intuída por outro Einstein, que nem dão para um homem ver, quanto mais imaginar.
    E deus livre o País e o bom povo, que na certa o elege de novo e, abrenúncio, quem sabe, ainda nos volte a assaltar, a fazer de nós um oito de tanto mentir e engrolar.

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  18. ADzivo's avatar
    ADzivo permalink
    11 Abril, 2011 22:10

    “- E vocês não despedem o Governo?
    – Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição ” PSD “quando era governo…”
    Afinal o problema agora é já não haver TGV… e muita gente do pseudo-contra começa a deixar cair a máscara.

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  19. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    11 Abril, 2011 22:26

    Já vi que o problema desta gente se resume a palha….

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  20. Eduardo F.'s avatar
    11 Abril, 2011 23:21

    O vinho da região não é grande coisa mas as pessoas de lá são muito simpáticas. Já agora, aquela outra coisa da pataforma logística, também se foi, espero.

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  21. pencudo sionista's avatar
    pencudo sionista permalink
    12 Abril, 2011 07:20

    Eduardo
    Vinho, há lá bom e muito bom. A casa Ermelinda Freitas, entre outras, tem lá a maior parte das vinhas.
    A Plataforma Logística está em fase de terraplanagens. Pelo menos enquanto durarem os 60 milhões do B.E.I.

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  22. certo's avatar
    certo permalink
    12 Abril, 2011 07:48

    Poceirão, um deserto.
    Aqui termina o governo que nos levou à ruína pela mão de um homem louco.

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  23. A C da Silveira's avatar
    A C da Silveira permalink
    12 Abril, 2011 16:34

    Atão todos tem uma autoestrada, alguns até duas e tres, e a gente cá no Alentejo não podia ter uma não? Era só o que faltava. Temos a A6 que nos põe em Badajoz num bocadinho, para irmos aos caramelos, ou então para bebermos uns copos. E tem portagem e tudo. Atão andavamos a pagar as autoestradas dos outros que nem portagens têm, e agente não podia ter uma não? Tá quieto! Tem pouco trafego, e ainda bem, andamos lá à vontade e o Zé Megre que Deus tenha, fazia Caia Lisboa em menos de uma hora no Porche dele, porque aquilo é melhor, e acho que tambem ficou mais barato, que o Autodromo da Dª Pires da Silva.
    Quanto ao Alqueva, de facto é a latrina de Merida, Badajoz e todas as terras das imediações do Guadiana. Mas a culpa é toda nossa porque não conseguimos obrigar os espanhois a tratarem os esgotos antes de os lançarem no rio.
    A rega, é uma miragem, porque a agua ou é subsidiada, ou a preços de mercado torna qualquer cultura deficitaria. De qualquer maneira, a maioria das terras irrigaveis já são propriedade de espanhois, e já estão plantadas com olival intensivo. É uma opção como outra qualquer.

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  24. JMLM's avatar
    JMLM permalink
    13 Abril, 2011 08:43

    tina
    A exportações em Portugal estão a aumentar a olhos vistos. Portugal é líder na exportação de demagogia, da barata!…
    VIVA PORTUGAL

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