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Só visto, contado não se acredita

4 Maio, 2011

Francisco Assis: “Não podemos entrar em clima de euforia”  Durante mais de um ano negaram a crise. Celebraram contratos que sabiam não poder cumprir. No dia em que se tornou incontornável que não havia dinheiro sequer para pagar salários fizeram finalmente o pedido de ajuda externa. Ou melhor dizendo o ministro das Finanças fez esse pedido à revelia do PM que dizia que jamais o faria. E agora depois de chegarmos a esta miséria em enormíssima parte por culpa deles que governaram como quiseram vêm apresentar não só este acordo como uma vitória do governo como ainda nos dizem que não podemos entrar em euforia, como se a crise tivesse acabado?  Mas que mal fizemos nós aos deuses para termos de aturar este calvário??

142 comentários leave one →
  1. adffqfevqebv's avatar
  2. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 13:01

    Cara helena Matos, o gajo não vê o alcance do acordo assinado pelo crápulda do Sócrates. É bom que eles celebrem este acordo. Porque estão a celebrar a agenda neoliberal, que eles tanto dizem combater. ahahahhahah
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    Grande Francisco Asssiz. Um ignorante em matéria económica acaba de dar loas á agenda neoliberal em nome do seu socialismo. lolololololol
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    Boa, Assiz. Continua! ahahahahahah

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  3. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 13:13

    Grande pacotão do FMI! parece que tudo o que um gajo pedia, vai ser satisfeito:
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    “Troika quer mais independência dos reguladores”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482551
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    “Preço dos comboios vai subir”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482517
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    “Corte a fundo no sistema de saúde dos funcionários públicos”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482525
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    “CGD poderá ter de vender operações internacionais para se capitalizar sem Estado”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482549
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    “Consultora externa irá reavaliar obrigações do Estado nas PPP”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482527
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    “Despejos passam a três meses e haverá liberalização gradual das rendas”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482507
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    “Escolas com mais autonomia mas financiamento fica a depender do desempenho”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482555
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    “Madeira e Açores obrigados a subir IRS, IRC e IVA”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482489
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    “Tarifas das renováveis, cogeração e CMEC deverão ser cortadas”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482535
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    Estou feliz. Isto tudo de uma só vez. Contado ninguém acredita. bendito FMI!
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    Tomem nota do nome do dinamarquês que lidera a missão internacional. Merecia uma estátua no Terreiro do Paço.
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    Que grande pacotão. Isto não são medidas de austeridade são boas medidas de governação. E poderiam e deveriam ir mais longe, mas para começar, isto é mesmo um grande inicio de partida.
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    Mais. O PS está a celebrar este grande pacotão. Que maravilha. Os gajos celebram a derrota política da sua agenda ideológica. lololololololol

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  4. da-se's avatar
    4 Maio, 2011 13:13

    Uma corja infame! Mete nojo. Esse Assis, então… Lamentavelmente, em Felgueiras, deixaram-lhe o tratamento a meio.

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  5. Mário's avatar
    Mário permalink
    4 Maio, 2011 13:18

    Se este país se levasse a sério, guardava para memória futura as atitudes do Francisco Assis, José Seguro, António Costa e António Vitorino neste momento difícil.

    A lealdade partidária tem limites.

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  6. Zappa's avatar
    Zappa permalink
    4 Maio, 2011 13:19

    Estes pseudo socialistas foleiros de meia tijela metem nojo…..e a defesa do estado social que tanto apregoam???? estes gajos são inqualificáveis, uns crápulas da pior especie, vivem à custa do erário publico…uns chulecos de primeira!!!deviam ser espulsos desta nação para Guatanamo ou Gulag.

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  7. JP Ribeiro's avatar
    JP Ribeiro permalink
    4 Maio, 2011 13:23

    Realmente só visto!

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  8. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    4 Maio, 2011 13:25

    “Não podemos entrar em clima de euforia”
    -É assim o soci@lismo inconsciente e sacana. Aumenta os Impostos e Fala…
    .
    “Mas que mal fizemos nós aos deuses para termos de aturar este calvário??”
    -Somos burros, não sabemos fazer contas, não queremos saber fazer contas, logo facilmente vigarisados – isto é só mais um PEC, outros PECs vão aparecer- .
    Preferimos sermos mandado por qualquer um.

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  9. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    4 Maio, 2011 13:25

    Hoje, temos vários calvários. O socratino, o laranjino, o …
    É só escolher. Eu não escolherei nenhum deles, mas admito que muitos fujam do laranjino caindo no que calhar. Nem que seja no socratino….

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  10. Sousa Pinto's avatar
    Sousa Pinto permalink
    4 Maio, 2011 13:29

    Feito o acordo com a Troika, diz o Sócrates lá com os seus botões (do casaco Made in France) :
    – Já cá cantam mais 78 000 milhões. Porra, estava a ver que se me acabava a massa. E depois como é que eu me aguentava? Como é que eu comprava a ração para alimentar os boyzinhos que me sustentam? Estes fulanos do FMI são tão tenrinhos… !

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  11. PLus's avatar
    PLus permalink
    4 Maio, 2011 13:29

    Hilariante!

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  12. certo's avatar
    certo permalink
    4 Maio, 2011 13:32

    Francisco Assis, esse cara de esgar, reluzente de lambido, é um dos serviçais mais a jeito do nósso querido líder.

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  13. fernando's avatar
    fernando permalink
    4 Maio, 2011 13:43

    Boas, eu já não percebo muito bem o que se passa com a patria. Será que somos todos estupidos?Quem colocou estes Srs ali fomos nós foi a abstênção? Enfim como pode um tipo dizer 500 mentiras e nós continuar a ser credivel? Em quem podemos votar?

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  14. ricardo's avatar
    ricardo permalink
    4 Maio, 2011 13:54

    Já li o acordo.
    Nas mãos de gente séria, poderia ser mais uma oportunidade, que nos é dada, para mudar de rumo.
    Nas mãos destes trafulhas será mais uma dose de aumento de impostos, e uma sucessão de espertezas e trafulhices para dar baile “à troika” e ir adiando a bancarrota inevitável.
    A reforma do Estado, que o acordo prevê, nas mãos dos nossos burocratas e juristas, não passará duma
    anedota, desvirtuada e boicotada pelos grupos de interesses do costume.
    A economia do país vai continuar a definhar, a dívida pública a aumentar, o desemprego a aumentar.
    Agora a culpa já não será do governo, mas do FMI.
    Dentro de 2-3 anos voltaremos ao princípio, com novo acordo com o FMI.
    Até lá, venham lá os 78.000.000.000 que há muito camarada para alimentar e TGVs para fazer. É isto que os socialistas celebram, mais uns anitos de aconchego e penacho.

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  15. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 14:01

    Vejam até que ponto eliminado distorções do mercado, promovidas pelo Estado (e só mostra a profundidade da corrupção em Portugal), quanto não poupam os portugueses:
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    .
    “Os novos genéricos que entrarem no mercado terão que ser 60% mais baratos que os medicamentos de marca, o que significa que o utente vai pagar bem menos por eles. Actualmente, os genéricos têm que ser 35% mais baratos que os de marca.

    Esta medida entrará em vigor já a partir do terceiro trimestre do ano e vai influenciar todo o mercado, uma vez que as empresas farmacêuticas têm vindo a ajustar os seus preços, de forma a estarem entre os cinco mais baratos de cada grupo homogéneo, uma medida introduzida no ano passado pelo Governo e que levou a descidas de preços e a uma redução de despesa considerável.”
    .
    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482573
    .
    .
    Atenção a um pormenor. O dinheiro que vai vir não vem todo de uma vez e sem avaliação. Para cada novo pacote que Portugal irá receber, terá que haver provas que se está a implementar aquilo que agora foi acordado. Portanto, o próximo governo não vai poder gastar à tripa forra. Pelo contrário (e aí dou razão à UE), o que está a ser exigido a Portugal é de tal monta, que nenhum governo saído das próximas eleições vai poder fazer festa. Terá uma grande margem de manobra nos consumos públicos mas não aquilo que se pode pensar. Dito de outra forma, terá sempre que gastar menos e melhor, pois o acordo exige que se cheguem a melhores resultados com menos dinheiro.
    .
    .
    E se formassemos um Partido FMI, para governar Portugal nos próximos anos? ehehehhheh

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  16. AB's avatar
    4 Maio, 2011 14:08

    Então o génio de Vilar de Maçada governa ou não governa com o FMI?
    .
    Cá para mim o gajo está convencido que conseguiu enganar mais uns lorpas e prepara-se para continuar com o arraial.
    .
    Valha-me Santa Quitéria, que quando lhe cortaram a cabeça agarrou nela e levou-a nas mãos até à cidade mais próxima, onde foi sepultada.
    .
    Com este gajo não me surpreende se acontecer alguma coisa semelhante!

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  17. Outside's avatar
    Outside permalink
    4 Maio, 2011 14:25

    Bom post HM.
    Certeiro… (devia escrever mais destes, sem simpatias ou afinidades, simples, lineares).

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  18. JCA's avatar
    JCA permalink
    4 Maio, 2011 14:37

    .
    É sempre bom fazer ‘o ponto da situação’;
    .
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    Após a fase epistolar terminada há dias surgiu ontem Catroga, um homem felizmente emotivo, a confirmar implicitamente que o PSD apoia o plano da troika negociado exclusivamente com Socrates. Para tão firme posição parece que conhece mais do que diz … Nada a criticar, cada um é livre de fazer e dizer como quere.
    .
    Entretanto toda a gente sabe que o assessor de Imprensa da troika já tinha chegado e obviamente seria a Troika a anunciar o plano. E antes disso é precipitado ‘hablar’. Socrates ontem simplesmente trabalhou tacticamente bem o terreno para o resto do Pacote FM/EU/Governança Portuguesa.
    .
    Entretanto conviria identificar e saber a fonte de todas as informações mentirosas saidas na Comunicação Social para chatear, gozar e enganar o eleitorado Português desde que a troika chegou. A rua, mal ou bem, está convencido que a fonte seria o PSD.
    .
    Neste momento, tudo o resto surge despropositado e prejudicial aos próprios críticos mesmo admitindo que da melhor boa fé.
    .
    Preocupante mesmo é quis são as medidas ‘revolucionàriamente’ robustas que re-acendem o Tecido Produtivo Nacional para ser LUCRATIVO, aliciante para desencadear toda a ENERGIA que este País tem para dar a volta nisto tudo. Não é uma questão de ‘filhos e netos’. É de AGORA, neste exacto momento.
    .
    Com todo o reconhecimento, admiração e respeito profissional que tenho por tantos Funcionários Publicos e politicos profissionais pagos +pelo erário publico que fazem o seu trabalho IRREPREENSIVELMENTE, o momento não é para perspectivas nacionais atreladas aos interesses da Função Publica.
    .
    É para os OUTROS PORTUGUESES que sabem, querem e estão vocacionados para PUXAR A CARROÇA NACIONAL SEM MEDIGAREM APOIOS; AJUDAS E INVESTIMENTOS PUBLICOS DO ESTADO, com o dinheiro dos Impostos dos outros,
    .
    ou temos disto e o caminho é por aí ou não é por lado nenhum. Nem vale a pena isto tudo de fmi’s, ue’s, salvações, compromissos e mais ‘tangos, fados & guitarradas’. É mais do mesmo, chover no molhado.
    .

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  19. Eleutério Viegas's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    4 Maio, 2011 14:37

    CORRER COM ESTA TROPA SÓ CRETINA, E JÁ! QUAL CONSENSO, QUAL QUÊ. O CONSENSO É DAR-LHES UM VALENTE CHUTO NO CU!!!!
    QUE NINGUEM FALTE NO DIA 5 DO 6!!!

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  20. Ricardo Campus's avatar
    4 Maio, 2011 15:09

    os cordéis muito muito sórdidos da política portuguesa
    http://ricardocampus.com/2011/05/04/eca-e-portugal-os-cordeis-da-politica/

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  21. Armando's avatar
    4 Maio, 2011 15:20

    O Jornalismo português está refém e coagido pelo poder socialista.
    Por isso o jornalismo português de hoje não noticia a verdade pela verdade, mas dá a notícia pela verdade socialista.
    Esta atitude submissa do jornalismo português deve-se a duas coisas:
    1. Cumplicidade com o partido socialista!
    2. Medo das represálias.

    No primeiro caso, esta cumplicidade está relacionada com a Maçonaria.
    Esta é um polvo que se apodera dos lugares e sítios do poder. Ora a Comunicação Social é hoje um dos principais lugares de poder, pois controlam de forma magistral a opinião dos povos e, com isso, a vontade dos mesmos.
    Por isso a Maçonaria controla a comunicação social de duas formas:
    1. Sendo proprietária, de forma invisível, das grandes empresas de comunicação social.
    2. Recrutando para as suas fileiras os jornalistas, tornando-os maçons.
    No segundo caso, não sendo algum órgão de comunicação social propriedade da Maçonaria, nem jornalistas maçons, há medo. Medo porque a Maçonaria retalia sempre contra os que a contrariam. E a sua retaliação tem sempre sabor de “morte”.
    Por isso estes jornalistas e jornais ou outros se acobardam.

    Sendo o partido socialista o órgão visível desta organização secreta na sociedade, a verdade na comunicação social será sempre segundo a verdade socialista e nunca segundo a verdade pela Verdade. E sendo segundo a verdade socialista será então segundo a verdade maçónica, servindo assim os interesses desta.
    Os órgãos de comunicação social e jornalistas, que estão fora da esfera maçónica, dão a notícia não segundo a verdade pela Verdade, mas informam segundo o medo e a submissão. Por isso, a verdade é cortada, adulterada, manipulada e coagida, oprimida, escrava e humilhada. Nesta medida tornam-se cúmplices da Maçonaria.
    Concluindo, a verdade jornalística é o jogo apenas dos interesses e, com isso, o engano impera e governa.

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  22. XR's avatar
    4 Maio, 2011 15:25

    A GESTÃO DE EXPECTATIVAS SOCRÁTICA EXPLICADA EM ANEDOTA:
    Um pai entra no quarto do filho e vê um bilhete em cima da cama.
    Começa a ler o bilhete temendo o pior:
    “Pai, é como grande pesar que o informo que vou fugir com o meu novo namorado, Bruno, um Brasileiro muito bonito que conheci! Estou apaixonado por ele. Ele é muito sexy, como todos aqueles piercings e tatuagens, e aquela super moto BMW que tem.
    Mas não é só por isso! Descobri que não gosto de mulheres e, como sei que o Pai não vai consentir, decidimos fugir e ser muito felizes!
    Mas um dia eu vou voltar para que o Pai e a Mãe o possam conhecer!
    Um grande abraço e até qualquer dia.
    O seu filho José.”
    O Pai, quase a desmaiar , continua a ler o bilhete….
    “P.S.: Pai, não se assuste, é tudo mentira!!! Estou me casa da Joana, a nossa vizinha boazona! Só queria mostrar-lhe que existem coisas bem piores que as notas negativas da ficha escolar que poderá encontrar na primeira gaveta da sua secretária.
    O seu filho José. Burro, mas macho!!!”

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  23. bagaço's avatar
    4 Maio, 2011 15:28

    Pois, que ninguém entre em euforia. O PS ainda não levou uma valente lição eleitoral. Mas o que estou eu a dizer? Lição? Eles já fizeram o que tinham na mente fazer. Já ganharam e vão continuar a ganhar até ao fim da sua vida, com as suas reformas vital-moreiricias e o dinheiro dos compadrios desviado para paraísos fiscais. Nem sei se querem ganhar as eleições, neste quadro onde se tornou quase obrigatório repartir a manjedoura…juntar todos os partidos do «arco da governação» (que expressão deliciosa, nunca me canso de a ouvir). Só se for para ficar com o gosto cínico de dizer: conseguimos enganá-los até ao fim…

    mindjacking.wordpress.com

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  24. Jose Costa's avatar
    Jose Costa permalink
    4 Maio, 2011 15:32

    Também já fiz essa pergunta a mim próprio muitas vezes. Até já pensei que quem colocou cá o Sócrates foram os espanhóis, sim, porque qualquer dia Portugal vale tanto como aquelas fábricas falidas que se venderam por 1 EURO às ex funcionárias.
    Consultando o site despesapublica.com é com muita facilidade que chegamos à conclusão que não precisavamos de FMI nenhum, precisavamos era de FBI. Renovação de licença de software Microsoft adjudicado por ajuste directo a uma “sociedade de advogados” por quase 10.000.000 de euros????? Portugal foi SAQUEADO.

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  25. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    4 Maio, 2011 15:47

    Aumento do IMI
    Aumento dos impostos sobre automóveis
    Aumento das Rendas(por via de aumento do IMI)
    Aumento de IRS.
    Redução de Pensões.
    Aumento do % de IVA para vários ainda desconhecidos produtos.
    Aumento de Imposto sobre Electricidade.

    Partido Soci@lista: «Não podemos entrar em clima de euforia»

    E isto é só o PEC 4.5. Falta o PEC 5. 6, 7…

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  26. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    4 Maio, 2011 15:48

    Quem viesse de fora e lesse no último mês os títulos da imprensa portuguesa, ouvisse os debates nas TVs tugas e lesse os blogues mais assanhados da insurgência anti-socretina julgaria que estávamos no fim dos tempos e que a troika ir pôr o pessoal a pão e água.
    Afinal, o programa a seguir é o já nosso conhecido PEC IV, embora aditivado.
    Sob a batututa do nosso Primeiro-Ministro, Portugal continua vivinho da silva, como diria o compadre Lula.

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  27. honni soit qui mal y pense's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    4 Maio, 2011 15:57

    não há vergonha …

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  28. tina's avatar
    tina permalink
    4 Maio, 2011 16:08

    Para o Governo socialista, o povo português divide-se em duas partes: aquela que é muito ignorante e que acredita neles e aquela que sabe que eles não passam de uns mafiosos. A estratégia deliberada deles é agora continuar a tentar enganar os ignorantes e a ignorar os outros. É por isso que já nem se dão ao trabalho de disfarçar.

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  29. Lionheart's avatar
    Lionheart permalink
    4 Maio, 2011 16:15

    Esta estratégia económica não se consegue implementar com o PS no poder. Portanto, o eleitorado tem de ser confrontado com esta realidade: ou aceita esta estratégia e dá um mandato convincente aos partidos de centro direita; ou a rejeita, votando na esquerda, mas então aceita as consequências de não haver um empréstimo externo. Agora palhaçadas de mandar embora o FMI quando Portugal é que precisa dos outros e não o contrário (por muito que nos custe ingerências externas, mas o país pôs-se a jeito) ou votar para dar origem a um impasse político como em 2009, isso não é próprio de um eleitorado consciente. Têm a palavra os portugueses. Vamos ver se sabem o querem…

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  30. certo's avatar
    certo permalink
    4 Maio, 2011 16:22

    E ora então o governo que vier não vai poder gastá-lo, como quem diz, assim à tripa-forra, salvo em gastos públicos?
    Mas aí entra a seitosa toda, com boys, calceteiros de empreitada, devotos do nósso querido líder e todo o circo de amigos.
    Dá pra tudo.
    Mas queres ver que o manhoso também leva a troika como passarinhos?…
    E talvez que a sorte seja que ainda um dia o primo fmi se dê conta do marmanjo que nos e lhe caiu em cima.
    Dê conta e de um real pontapé nos livre, livrando-se, enquanto o amandande às urtigas.
    Pobre Povo se tal besta lhe colar mais dez anos de vaidade, gastos, roubalheira, de mentira e de mais dívida, mais nove ou dez anos, no mínimo.

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  31. ping pong's avatar
    ping pong permalink
    4 Maio, 2011 16:39

    X = 80.000 + 78.000 = dívida pública constituída entre 2004 e 2011 (x milhões €)
    Y = 80.000 = dívida pública portuguesa em 2004
    Z = X + Y = 238.000 Milhões€ = dívida pública em 2011 !
    estamos zodidos

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  32. dp's avatar
    4 Maio, 2011 17:06

    Anti,
    Explique-me lá onde é que este acordo vai colocar Portugal a crescer?
    Ora vejamos:
    1 – Corte das transferências para as autarquias de 350 milhões – Anulada pelo aumento das taxas de IMI e redução do respectivo período de isenção.
    2 – Nada acerca da liberalização do mercado de arrendamento.
    3 – Aumento do IVA em contrapartida da diminuição da TSU é uma possibilidade a ser estudada lá para o fim do ano.
    4 – Mesmo que a TSU venha a ser reduzida, o efeito competitivo nas empresas é anulado pelo aumento do IVA da energia, que é já uma certeza.
    5 – Nada acerca da renegociação das PPP’s, que como se sabe algumas chegam a ter uma rendibiladade de capitais próprios 5 a 6 pontos percentuais acima da média dos negócios entre privados. E pior, em todas elas, o risco, foi na sua totalidade transferido para o estado, o que quer dizer mais pressão em cima da carga fiscal.
    6 – A propalada reforma na justiça é nada. Duas ou três medidas avulsas. Deixando de fora os processos inferiores a 1 milhão de Euros, estaremos com certeza a falar da maioria deles.
    7 – Nada sobre medidas que pudessem introduzir concorrência em áreas económicas rentistas e em quase monopólio. Zero de medidas sobre a separação das diferentes áreas de negócio da Galp (refinação, logística distribuição e retalho).

    Enfim, do que li do memorando, muito por alto, não me parece que comece bem. Pelo que li, a sobrecarga fiscal poderá fazer cumprir as metas orçamentais, mas as medidas para o crescimento económico, que como sabe é o nosso problema estrutural, não as vejo no documento.
    Cump.

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  33. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 17:31

    Caro DP, as medidas do FMI não são um programa de governo, embora estejam lá perto. Essa de pedir muitas medidas na área da justiça não cabem lugar num acordo deste tipo.
    .
    .
    Por exemplo, nesta seu ponto:
    .
    “1 – Corte das transferências para as autarquias de 350 milhões – Anulada pelo aumento das taxas de IMI e redução do respectivo período de isenção.”
    .
    .
    O objectivo do FMI é manter a carga fiscal. Ou até mesmo a baixar. Mas em termos globais. Ou seja, os aumentos da carga fiscal sao contrabaançados sobretudo pela queda nos custos do trabalho, nos tais descontos para a Seg. Social. Aliás, isso mesmo tinha sido preconizado por alguns e pelo próprio PSD, se não me falha a memória.
    .
    .
    Mas neste ponto 1 Vc. compreenderá a medida se entender que o objectivo do FMI não é arrecadar impostos mas tornar mais cara a manutenção de propriedades por parte dos portugueses, de molde a baixar o endividamento e desalavancar as familias. Ora, isto consegue-se anulando os benefícios fiscais à compra de casa própria, encarecendo a propriedade e baixando os custos de transacção de imóveis, que o FMI impôs.
    .
    .
    Quanto ao arrendamento: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482507
    .
    .
    “4 – Mesmo que a TSU venha a ser reduzida, o efeito competitivo nas empresas é anulado pelo aumento do IVA da energia, que é já uma certeza.”
    .
    .
    Vc. sabe aquilo que está a dizer?
    .
    .
    Então o IVA não é dedutível pelas empresas? A sério, há que pensar um bocado antes de escrever determinadas coisas. O aumento do IVA na energia vai penalizar o consumo e terá como contrapartida a redução do défice tarifário. Nestas medidas se inclui a queda nos subsidios á produção energética. As empresas consumidoras de energia não são afectadas pelo aumento do IVA.
    .
    .
    “5 – Nada acerca da renegociação das PPP’s, que como se sabe algumas chegam a ter uma rendibiladade de capitais próprios 5 a 6 pontos percentuais acima da média dos negócios entre privados. E pior, em todas elas, o risco, foi na sua totalidade transferido para o estado, o que quer dizer mais pressão em cima da carga fiscal.”
    .
    .
    Todas as PPPs em estudo são anuladas e até o Estado fica proibido de constituir novas empresas. As actuais PPPs vão ser avaliadas por uma fonte externa para avaliar o seu verdadeiro impacto sobre as contas públicas.
    .
    .
    “7 – Nada sobre medidas que pudessem introduzir concorrência em áreas económicas rentistas e em quase monopólio. Zero de medidas sobre a separação das diferentes áreas de negócio da Galp (refinação, logística distribuição e retalho).”
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    Algumas medidas incidem sobre as áreas rentitstas, como nas comunicações, por exemplo. Mas não espera que seja o FMI a fazer tudo, pois não? Isso cabe aos portugueses irem mais longe. Em especial ao PSD, que tem a obrigação de demonstrar estar sintonizado com a agenda liberal do FMI.
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    “Pelo que li, a sobrecarga fiscal poderá fazer cumprir as metas orçamentais, mas as medidas para o crescimento económico, que como sabe é o nosso problema estrutural, não as vejo no documento.”
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    Meu caro amigo, como já escrevi, estas medidas do FMI não chegam. Mas são um grande corte com o passado e dão inicio de uma mudança profunda em Portugal. Mas cabe aos portugueses e, repito, ao PSD, a obrigação de apresnetar medidas complementares.
    .
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    É preciso entender que não cabe ao FMI governar Portugal nem apresentar um programa de governo. Pese embora a inovação deste pacotão do FMI, o melhor que eu vi desde há muitos anos, não cabe ao FMI governar Portugal, até porque não tem legitimidade para tal. Nem foi esse o mandato que lhe foi confiado. Note que a missão do FMI é quase sempre garantir cobrar dívidas, não governar países. Embora o FMI pareceu aprender com os erros e nos deu um pacotão de tal forma liberal, que por si só, temos aqui matéria-prima para mudar Portugal nos próximos anos.
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    Mas volto a repetir. Desengane-se quem pensa que isto chega. Não chega. É a minha sincera opinião. Mas também cabe aos portugueses irem mais longe e, em especial, o PSD complementar estas medidas com as suas propostas. Até porque o acordo é fléxivel, permitindo acomodar mais medidas que tenham impacto, tanto a nível da despesa pública como até de modificação das infraestruturas económicas.
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    O acordo, sob o ponto de vista liberal, é excelente. Mas o FMI não é um partido político nem um governo legítmo, como voto popular a sustentar. Portanto, não sejamos líricos, senão, então mais vale fazer um partido FMI e levá-lo ao poder, e pedirmos aos gajos, que nos governem. eheheheheh

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  34. P1's avatar
    4 Maio, 2011 17:32

    Cara HFM, respondendo ao seu último parágrafo/pergunta – parimo-los, são os filhos da nossa vontade (salvo seja), daí que os Deuses andem tão zangados connosco…!

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  35. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 17:45

    Só outra coisa, DP. Isto é um acordo, não um programa de governo do FMI. Nós não sabemos o que eles propuseram e foi negado pelo governo português. Portanto, cabe ao PSD, volto a repetir isto, apresentar medidas complementares ao que foi acordado. Porque, e mais uma vez repito-me, o acordo prevê acomodar mais medidas que sejam sugeridas pelo próximo governo. Até nisto o acordo é excelente, que embora não seja permitido fazer acordos intercalares, abre a porta a uma renegociação, partindo destas condições como minimo a cumprir por Portugal.
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    .
    Este é um pacotão liberal. Vai à estrutura económica, mexe não apenas com o funcionamento do Estado e suas despesas como até, veja-se a coisa, tenta manter o esforço fiscal dos agentes económicos, mas penalizando o consumo e beneficiando o trabalho.
    .
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    Melhor do que isto, era dificil aos liberais pedir, tendo em conta as circunstâncias. O que é ainda mais interessante quando é um governo socialista que deita foguetes por assinar um acordo com uma agenda dita neoliberal. lololololololololol
    .
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    Se me perguntasse assim. Acha que há medidas que deviam ser apresentadas para melhorar o acordo? Eu digo que sim. Até poderia ir mais longe na questão da concorrência, já que eles vão dar mais independência aos reguladores quando eu preconizava antes caber ao PR a responsabilidade de os escolher e só a ele eles responderem.
    .
    .
    Passava por exemplo, dar mais poderes ao Tribunal de Contas, com a assumpção de alguns agora apenas limitados ao MP. Mas até nas funções do TC este acordo vai mexer. Portanto, este acordo é muito mais amplo que os que foram desenhados, tanto para a Grécia como para a Irlanda. Sem falar noutros, como os da Hungria, por exemplo.
    .
    .
    Repito. Este acordo não chega. Mas é uma completa mudança em Portugal. E, ainda por cima, festejada por um Primeiro-Ministro socialista e tido como vigarista. Mas parece que o vigarista é que foi comido de cebolada. lololololololol

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  36. Ana Sofia's avatar
    Ana Sofia permalink
    4 Maio, 2011 17:54

    Parece incrível como o Dr. Catroga com toda a sua experiencia técnica e política conseguiu fazer o papel mais triste e ridículo dos últimos tempos.
    Escusava de sujeitar o país àquele papel tão degradante.
    Então andava a entregar cartas como se fosse pombo correio, com a justificação de que não estava a ser informado e esclarecido, agora diz que foi o PSD mais própriamente ele que fez do PEC IV, uma doçura de medidas em negociação com a TROIKA. , querem ter protagonismo a qualquer preço, vale tudo até nos abrilhantarem com estas cenas tão deploráveis.
    Mas a comunicação social também devia ter coregem para se retratarem das mentiras e informações que dáriamente nos iam intoxicando.
    Quase tudo ou tudo falso, é bom é criar o`pânico nas pessoas , para tirarem daí os dividendos dos seus patrões ou deles próprios, porque o ataque tem que ser feroz, pois vem aí eleições.
    Neste jogo mais que sujo:
    Sócrates- muitos, Catroga-zero

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  37. certo's avatar
    certo permalink
    4 Maio, 2011 18:00

    “então mais vale fazer um partido FMI e levá-lo ao poder, e pedirmos aos gajos, que nos governem. eheheheheh”
    Ai, caro Anti, sem eheheh, não ria, pois já sabe que o PSD não é dono de fazer nada, nem ele nem outro, se o sókras, mais manhoso do que um asno, que até Hitler votou nele no CM como o mais sexy, vai ganhar as eleições, formar governo, e o tratante, que topou até os rapazes da troika por anjinhos, quanto mais o Passos e o Portas, sem falar de Louçã, do Jerónimo, aos quais dirá, ai querem fatia, mas se se excluíram… e vai esticar o regabofe, a festa, até ao fim, à bancarrota, que ele não tem consciência, está-lhe no sangue e não receia nada, ninguém, se a mesma justiça o ampara, como os media e a corrupta tradição de servilismo e ignorância.

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  38. dragão azul's avatar
    dragão azul permalink
    4 Maio, 2011 18:06

    A resposta é simples. Recebeu mais votos e parece que é bem capaz de voltar a receber mais em Junho. É para rir ou será para chorar?

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  39. BrunoJeuken's avatar
    4 Maio, 2011 18:08

    Não novidade que os estaduias são um tanto longos, mas vocês tem reparado que, com o curto espaço de pré temporada, não estamos nem no meio do ano e os departamentos médicos dos clubes já vivem lotados?

    RUMO A FINAL DA CHAMPIONS

    http://migre.me/4rhao

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  40. O SÁTIRO's avatar
    4 Maio, 2011 18:25

    Convém relembrar que Sócrates garantiu que não governava com o FMI…
    http://mentesdespertas.blogspot.com/2011/05/as-medidas-de-socorro-portugal-da.html
    Então, porque é candidato a PM?
    Esperemos que a oposição lhe atire com isso e muito mais à cara.

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  41. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    4 Maio, 2011 18:40

    Tens razão, Sátiro.
    Ele disse que não governava com o FMI, mas NUNCA DISSE QUE NÂO GOVERNAVA COM A TROIKA.
    Do FMI à TROIKA (Fmi+Feef+Bce) vai uma grande diferença.
    Uma diferença de 1 para 2 continentes!

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  42. Vasco's avatar
    Vasco permalink
    4 Maio, 2011 18:52

    Deus é justo!

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  43. bulimunda's avatar
  44. tric's avatar
    tric permalink
    4 Maio, 2011 19:06

    estes gajos deviam ser atirados todos ao mar…impor o modelo economico Judaico em Portugal!!! vem ai uma tragèdia e da grande…

    – Sair do Euro
    – Perdão de parte da divida e renegociação da restante
    – Reforma do Estado
    -implementação de um modelo economico baseado no de Salazar, pois todos desejam fazer o que Salazar o fez…o FMI/BCE ofereceu-nos um modelo Judaico lol que nem ao dos calcanhares de Salazar chega…

    este modelo que esta a ser imposto pelo FMI, o modelo judaico, foda-se so vai criar desemprego e fome…tanta burrice!!!!

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  45. tric's avatar
    tric permalink
    4 Maio, 2011 19:11

    o Judeu económico Rubini, tá cá em Portugal a apoiar esta merda de modelo judaico…

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  46. ccz's avatar
    4 Maio, 2011 19:17

    Caro anti-comuna,

    Mas quando é que começamos a abater à dívida acumulada?

    Estes 70 mil milhões é para acrescentar à festa.

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  47. CMO's avatar
    4 Maio, 2011 19:20

    O que aparece no acordo são as linhas programáticas do PSD com algumas alterações introduzidas pelo pensamento de António Borges. É uma derrota de Sócrates em toda a linha.
    Significa pobreza e tristeza para o país, mas sabíamos que depois de seis anos de Sócrates tínhamos de pagar um preço.

    Quanto ao foguetório que Sócrates o palhaço falso mandou lançar recordo imagens da minha juventude:

    http://supraciliar.blogspot.com/2011/05/ganhamos.html

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  48. tina's avatar
    tina permalink
    4 Maio, 2011 19:33

    Mas como podem dizer que é um pacote bom quando há congelamento de salários até 2013? Com a inflação que está aí a vir, vai representar um corte de quase 10% nos salários. Se somarmos o aumento de impostos, vai representar uma quebra significativa no poder de compra. Não admira que o FMI tenha aceite este acordo. E o Governo está a mentir mais uma vez aos portugueses.

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  49. tina's avatar
    tina permalink
    4 Maio, 2011 19:38

    O João Miranda tinha toda a razão mais uma vez, que os portugueses iriam ter saudades do PEC IV. Incrível a palhaçada que Sócrates organizou ontem. Realçou pequenas coisas e deixou a parte mais importante de fora.

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  50. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 19:50

    “Caro anti-comuna,
    Mas quando é que começamos a abater à dívida acumulada?
    Estes 70 mil milhões é para acrescentar à festa.”
    .
    .
    Olhe, é melhor perguntar aos partidos da oposição e aos portugueses. Porque o FMI está a dar uma grande ajuda, falta o resto. Mas isso…

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  51. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:02

    ò anti: mas quais são os juros de tudo isto? a que juros e prazo se tem pagar esse empréstimo?

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  52. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 20:05

    ” a que juros e prazo se tem pagar esse empréstimo?”
    .
    .
    A sério que já procurei por tudo o quanto é canto e não descobri. Mas espero que seja na casa dos 5%. É o meu desejo. Se for mais baixo é muito mau para Portugal. Se for muito mais alto, mais valia continuar a financiarem o Estado no mercado. Embora, pelo pacotão, se pagarmos 7%, já valeu a pena. Isto de ter gente a governar Portugal deveria ser bem pago. ehehehheehh

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  53. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:07

    é ou não é verdade que , devemos ao exterior cerca de 120%/GDP e que isso significa que com um custo de dívida de 3% , era preciso que esse GDP crescesse em percentagem de 3.6%/ano só para pagar juros?
    .

    Sabes esclarecer?

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  54. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:11

    E estamos ou não estamos numa situação de “dívida armadilhada” que para ser contida necessitava de corte de 100% no GDP?

    Portanto, eu gostava mais que deixasses contas, caso as tivesses.

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  55. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:12

    Pelo que me contaram esse corte de 100% no GDP servia apenas para pagar 50% da dívida externa.

    Portanto, de onde vem essa euforia como se este empréstimo não tivesse nem juros nem prazos de cumprimento nem possibilidade real de os cumprir?

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  56. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:15

    E entrámos ou não entramos em debt trap já em 2000?

    Portanto, como é que uma situação que já estava de não retorno deixa de estar com este empréstimo a juros?

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  57. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:21

    Portanto, como é que se toca no PIB com uma situação que já estava de não retorno em 2000 e sem que nada na economia tenha entrado ou mostre vir a entrar?

    É que eu não percebo essas contas de se fazer aumentar o que nem aguenta, cortando apenas em despesas.

    tem de entrar, teria de entrar muitíssimo mais a um velocidade nunca vista.
    Isso implicava muito mais que saber fazer cortes. Implicava quase um milagre com um governo de génios a mudarem totalmente a política económica de Portugal dos últimos 37 anos.
    .
    Onde tens a fé disso acontecer por via do FMI vir cá emprestar uns patecos e para ganhar com o empréstimo- uma vez que o FMI não é uma organização de caridade.

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  58. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 20:21

    Estás a confundir. O Estado é que tem de poupar esses 3,6% só para manter o endividamento absoluto. Em termos relativos, ele cairia se o PIB nominal subisse.
    .
    .
    Ou seja, Portugal até poderia nem crescer nada, mas se o Estado poupasse o correspondente a 3,6% do PIB, a dívida não subiria. Acho que era isto que querias dizer.
    .
    .
    O problema do crescimento é mais grave do que esse. Pois o Estado pode sempre gamar. O problema é este. Nós temos que poupar tanto como o equivalente ao endividamento total dos portugueses, incluindo o Estado. Dito de outra forma, Portugal para não empobrecer, tem que crescer em termos nominais o equivalente ao total do pagamento dos juros de todo o endividamento. Se estamos 360% endividados em relação ao PIB, temos que gerar rendimentos o suficientes para pagar os juros desses 360%; seja através das exportações, venda de activos, etc. Senão empobreceremos.
    .
    .
    A boa noticia é que decompondo esse endividamento, o que realmente mete medo é o do Estado. Porque, o endividamento empresarial não é muito preocupante, não tanto pelo volume mas porque o serviço da dívida é em grande parte pago com rendimentos no exterior. E com exportações.
    .
    .
    O endividamento das familias preocupa, mas só mesmo com a emigração e o crescimento económico é possível evitar o empobrecimento.
    .
    .
    O do Estado é que é um terror, porque estão todos à espera do crescimento nominal do PIB para o baixar. Acho isso arriscado errado. Nem com as pressões inflacionistas penso que seja suficiente baixar apenas o défice.
    .
    .
    Mas vamos ver se o PSD mete na carola que é preciso superávites. Ou até pode ser que surja um milagre económico, que acaba por ajudar o Estado, mesmo sem este merecer.

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  59. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:23

    O aumento, em vez de corte, foi engano, de 100% do PIB, para pagar 50% da dívida, vai ser conseguido como.

    É esta a pergunta mais simples.

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  60. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:26

    Não. As contas que me mandaram dizem que era preciso crescer 3,6% ao ano para pagar os juros de 50% da dívida. E isto muito por baixo.

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  61. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:29

    Exacto. A dívida inclui endividamento interno e privado. Não é apenas do Estado (coisa que se teima sempre em esconder).

    Desse endividamento privado, uma grande fatia é dívida aos bancos- por empréstimos, daí que os bancos tenham obrigado a chamar o FMI.
    Outra, ainda é dos próprios bancos e essa, conta lá qual é a fatia da dívida.

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  62. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:32

    Esses superávites de que falas já me traduziram por nºs e explicaram que são literalmente impossíveis de atingir pois desde 2000 que se está num ponto de não-retorno.

    ou seja- qualquer empréstimo é mais dívida para sustentar a dívida. Para cobrir 50% dos juros dela era necessário o tal aumento do PIB a passar-se noutra galáxia.

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  63. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 20:40

    E Portugal ainda não está na armadilha da dívida. Quero dizer, o Estado deve lá estar perto, mas não há um número exacto. Isso são tontices. É como por exemplo comparar o endividamento de uma empresa com uma determinada margem e outra com o mesmo endividamento mas maregns mais baixas. Não se pode comparar desta forma.
    .
    .
    A Bélgica durante anos esteve com uma dívida pública acima dos 1205 do PIB e não foi à falência.
    .
    .
    O caso português é grave por causa do crescimento económico ser baixo. Que impede pagar o serviço da dívida. Mas a generalidade dos analistas seguem tendencias e isso está errado. Porque não é liquido que Portugal continuará a ter crescimento económicos mediocres. Pelo contrário, após estas reestruturações todas, com o Estado a estorvar menos, é provável que o PIB potencial suba.
    .
    .
    O desafio aqui é conseguir crescer. Se Portugal começar a crescer acima dos 2 ou 3%, até uma dívida estatal na casa dos 130% do PIB não o põe na armadilha da dívida. Mas se Portugal continuar a crescer como o tem feito nos últimos anos, acima dos 60% já é o suficiente para estoirar. (E foi sempre esse o meu valor de referência quando previ este estoiro.)
    .
    .
    Nestas coisas não há números fixos. Não há uma tabela que nos diga: a partir deste valor estamos na armadilha da dívida. Tudo depende de vários factores. Como te dizia, há empresas muito endividadas que fruto das suas margens, mesmo assim são excelentes. E até aproveitam esse endividamento para aumentar a rentabilidade dos capitais próprios. Outras empresas, menos endividadas (sei lá, podes utilizar a dívida sobre os resultados operacionais, por exemplo) mas com margens baixas, mas já estão na armadilha da dívida. Se isto se aplica a empresas também a países.
    .
    .
    Não há uma tabela fixa. Mas uma coisa é certa. Portugal tem que ter superávites orçamentais. E quanto mais rápido, melhor. Porque, se o PIB nominal não subir como é esperado, a falência vem logo a seguir.

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  64. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:40

    O que me disseram é que para diminuir os custos com os juros era preciso, apenas em termos de dívida, ficar-se numa situação como se estava há 11 anos atrás.
    .
    Pelo que acho que indo por contas não há grande fezada na possibilidade de se cumprirem os pagamentos dos juros do empréstimo.

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  65. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:42

    Garantiram-me que já está em debt trap desde 2000!!!!

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  66. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:43

    Não sei se tinhas estas contas ou esta informação de quem as faz.

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  67. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:45

    Exacto, se o PIB nominal não subir com a percentagem que eu disse, apenas para pagar 50% dos juros da dívida vamos à falência.
    .
    pois é. E a resposta é que não me parece que seja por voluntarismo de “temos que ter”. Mas como é que se consegue ter.

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  68. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 20:48

    Por isso é que a pergunta do ccz foi pertinente. Como e quando se começa a abate a dívida acumulada.
    .
    Eu deixei aí umas contas que me passaram para ser possível abater os juros.

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  69. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 21:00

    zazie, não se pode fazer as contas assim. Por exemplo, estas pressões inflacionistas vieram mudar tudo. O que era verdade para taxas de inflação na casa dos 1 a 2% já não funcionam da mesma forma com taxas de inflação na casa dos 4% ou mesmo 5%. Esses analistas são toinos que pensam que isto é mecánico.
    .
    .
    O PIB nominal em Portugal vai subir pelo menos 2,5% este ano. Quem o previa há 4 anos atrás? E repara que vamos ter uma queda no PIB real na casa dos 2%. (isto a acreditar nas projecções internacionais que eu não acredito nelas.)
    .
    .
    Por exemplo, este forte crescimento das receitas do Estado, mesmo com uma forte queda no consumo privado, mostram que as pressões inflacionistas ajudam a aliviar a pressão sobre as contas públicas. Eu já tinha dito aqui que este ano, se o governo não andasse a mentir, Portugal poderia ter um défice na casa dos… 3%. Isto é, se o défice do ano passado fosse mesmo os tais 6,8% e sem maquilhagens, face às pressões inflacionistas, o Estado poderia ter um défice na casa dos 3%. Ninguém o pensaria porque são azelhas a analisar estas coisas. Porque as variáveis são dinâmicas e as pressões inflacionistas ajudam os endividados. Quantos analistas têm isto em conta? poucos. Porque são azelhas.
    .
    .
    Portanto, o que há 4 anos era tido como certo, face a determinadas variáveis, hoje, num ambiente macroeconómico diferente, e face ás fortes pressões inflacionistas, em especial bens que são bastante taxados, isso ajuda o Estado, o que alivia a pressão sobre o Estado.
    .
    .
    Esses analistas são como aqueles que olham para as tendências da bolsa e só as seguem. Mas as tendências mudam e não se pode projectar o futuro como se essas tendência fossem eternas. Aliás, foi essa azelhice que provocou a crise do subprime. Há que ser fléxivel e monitorar bem as variáveis que podem mudar toda a análise e projecção futura.
    .
    .
    No caso português, é preciso superávites orçamentais. Porquê? Porque a margem de segurança é muito baixa. E não pode o Estado estar a contar com a inflação para baixar o endividamento. Isso é apostar demasiado num cenário macroeconómico com pés de barro. Não pode ser. Por isso é que é preciso que Portugal tenha superávites orçamentais. Que é isso que se faz quando estamos com a corda ao pescoço. É a única forma de termos a certeza que não falimos.

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  70. confrade's avatar
    confrade permalink
    4 Maio, 2011 21:01

    metem mesmo nojo: “não é preciso o FMI, não é preciso nada, sós e orgulhosos”. o Povo não tem memória, querem e iPhones e plasmas nas barracas.

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  71. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:08

    Estás a dizer “esses analistas” mas referes-te a que “analistas”?
    .
    Isto nada tem a ver com “analistas”. E muito menos com lixo informativo.
    .
    São contas feitas fora da política.
    Fora isso, não sei mais nada e foram feitas antes de se saber do empréstimo real e dos juros impostos.

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  72. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:10

    Eu acredito que os analistas por finança não cheguem à realidade. Mas gostava apenas de saber factos em nºs. Porque as variáveis têm de ser minimamente viáveis.
    .

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  73. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:12

    Dizes: No caso português, é preciso superávites orçamentais.
    .
    Mas foi precisamente o que esse a quem chamaste “analista” disse. E fez contas a quanto. Que se tem de ter ninguém duvida. De outro modo é falência. Como, é que resta saber uma vez qeu de forma realista as contas não apontam para o milagre

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  74. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:21

    Pela minha parte, de forma básica, apenas não vejo como de uma situação catastrófica se passe para um vitoriosa apenas com um empréstimo com juros.

    Por muito que se diga que isto implica mudança de agulhas na política, eu só a via se houvesse verdadeira mudança em relação a exportações, barreiras a importações, ida para campos e pescas, desenvolvimento de indústria e outros mercados fora da UE.

    E até historicamente nunca Portugal teve saída dentro da Europa. Portanto, agora com o Império bismerkado e mais falências que estão na calha, o euro dos pequeninos parece-me fantasia que apenas se traduz- por vamos lá todos ficar com menos para outros terem mais. E a isso chama-se espírito benemérito da globalização.

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  75. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    4 Maio, 2011 21:22

    Deposit Guarantee Fund
    2.16. The Insolvency Law will be amended by the end of November 2011 to provide that guaranteed depositors and/or the funds (either directly or through subrogation) will be granted a higher priority ranking over unsecured creditors in the insolvent state of a credit institution.
    .
    pergunta: mas não existe já na lei essa garantia? que raio querem eles com “a higher priority ranking” ?

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  76. CAL's avatar
    CAL permalink
    4 Maio, 2011 21:22

    POEMINHA DO CONTRA
    Todos estes que aí estão
    Atravancando o meu caminho,
    Eles passarão.
    Eu passarinho!

    Mário Quintana

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  77. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:24

    Até porque as medidas para salvar Portugal, como tu disseste- implicam menos Portugal e tratem de imigrar para outro lado.

    Ora aí pode-se perguntar então que raio de nome se dá a um semi-país onde semi-portugueses vão aguentar para comprarem os bons dos carros e plasmas e traquitanas que os alemães também precisam de despejar cá.

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  78. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:26

    Menos 1- nem queiras saber como se traduz essa cena que acabaste de largar em inglês. Nem queiras…

    Não. Não há nem chega. A lei é feita a contar com país por inteiro. País na bancarrota não está suportado por lei de bancarrota com garantias.
    .
    Topas?

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  79. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 21:33

    emigrar e não imigrar. Irmos embora e ficar cá quem queira pagar e desenvolver isto, foi no que se traduziu a recomendação vitoriosa para “mais Portugal”.

    ehjehehe

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  80. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 21:59

    “Isto nada tem a ver com “analistas”. E muito menos com lixo informativo.
    .
    São contas feitas fora da política.”
    .
    .
    Eu refiro-me à generalidade dos analistas. Em especial os que seguem as “biblias anglo-saxónicas”. É a que a generalidade deles só conhecem estes problemas agora, com o credit crunch. Antes nem sabiam o que era isso.
    .
    .
    Essa dos 60% vem do Rogoff. E, como é costume, esses analistas seguem as cartilhas que lêm mas não sabem depurar o que lêm. E quando me dizem que o limite é 60%, eu sem saber sobre com que assentam os tais 60%, fico sempre na dúvida. Porque antigamente dizer 60%, tinha uma determinada lógica. Hoje está errado.
    .
    .
    A verdade é esta. A generalidade dos analistas apenas papagaiam o que lêm e projectam em situações análogas. Por exemplo., se me disserem que hoje é 60%, eu digo que são contas mal feitas porque não têm em conta a inflação nem sequer pertencermos a uma zona monetária.
    .
    .
    Porquê que eu defendo superávites? por duas ordens de razões. A primeira, porque só poupando se evita a falência pela certeza. Não vale a pena inventar muito. Se eu tiver superávites orçamentais, todas as outras variáveis, mesmo negativas, não me impedem de fugir à falência. A segunda, se houver superávites orçamentais, o Estado perde peso na economia.
    .
    .
    É por isso, por esta ordem de ideias, eu penso que quanto mais altos os juros cobrados a Portugal, melhor. Poderá parecer suicida, mas não o é. Porque, quanto mais o Estado tiver que poupar para pagar juros, mais liberdade existe na actividade económica. Por isso gosto do exemplo belga, porque mesmo tendo dívidas públicas acima dos 120% do PIB, a economia ia-se fortalecendo pois eram obrigados a poupar. E a diminuir o peso do Estado na economia. Porque, no fundo, no fundo, são os orçamentos com superávites primários os que mais ajudam o tecido produtivo. E quanto mais altos os juros, maiores o superávites primários exigidos e menos expansão do Estado na economia.
    .
    .
    Hoje, Portugal, pode bem se safar com dívidas públicas acima dos 90%. Se tiver superávites na balança primaria, mesmo os défices orçamentais são pouco perigosos, com taxas de inflação na casa dos 5%. Que é o que acontece em Portugal.
    .
    .
    Mas ainda há outro factor, que é ainda mais curioso. Nós hoje vivemos taxas de inflação na casa dos 5% mas ninguém parece preocupado com isso. Logo, é bom que os juros cobrados sejam altos pois é a melhor forma de obrigar o Estado a cortar na despesa, senão eles ficam à espera que a inflação resolva o problema por eles. Esse é o meu maior receio.
    .
    .
    Hoje, infelizmente, ninguém sabe mesmo qual a o total da dívida pública portuguesa. E, talvez, já esteja na armadilha da dívida. Portugal com uma dívida de pública 90%, face ás pressões inflacionistas, não está na armadilha da liquidez, mesmo com o PIB real a crescer 1% ao ano. Porque, basta manter a despesa pública que a inflação faz o resto. Se Portugal cortar na despesa, os défices caem logo a pique, mesmo com quedas do PIB. Se Portugal cortar na despesa, vender activos e conseguir dinamizar a sua economia, a actual dívida pública de 90% é controlável, pois o PIB nominal chega a crescer 7% ao ano. O que gera uma forte queda no peso da dívida pública sobre o Estado. Mesmo até tendo défices orçamentais!!!! Logo que sejam baixos.
    .
    .
    Mas contar com a economia a crescer 7% ao ano, em termos nominais, baseando nas pressões inflacionistas o grosso do esforço desta redução do peso da dívida, é bastante arriscado. Ninguém me garante que o pitroil não esteja na casa dos 50 dolares daqui a dois anos. E haver uma depressão económica global, que anula por completo os ganhos decorrentes ocorridos durante a fase inflacionista. Por isso, eu acho que não chega o que o FMI acordou, prefiro que o Estado tenha superávites orçamentais. Mas repito, actualmente Portugal ainda não está na fase da armadilha da dívida.

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  81. JCA's avatar
    JCA permalink
    4 Maio, 2011 21:59

    .
    Afirmei aqui em 28.ABR recebido com critica e desmentido:
    “Com menos de 120/150 mil milhões do FMI/UE nada se resolve em Portugal. Apenas se adia por uns tempitos uma 2ª intervenção do FMI/UE.”.
    .
    Aí estão eles:
    78 + 35 (issued of government bank bonds) + acima de 12 (guarantee of public suport for bank capital) = acima de 125 mil milhões.
    .
    Tudo direitinho e fidedigno:
    original completo em Inglês do Memorando entre a Troika e a Governanças Portuguesas:
    .

    Click to access aaa9331deece16f25ecbf35071280f96_fa0d1362239db4a6e680baa18d123599.pdf

    .

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  82. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:08

    Este “analista” não vem de escola inglesa e estás apenas a concordar com o que ele disse.

    Achas que talvez já esteja armadilhada. Ele estudou , fez contas, e chegou à conclusão que está desde 2000.
    Mas eu nem percebo corno disto. Apenas o que traduzi. E pareceu-me um cenário muito mais negro.

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  83. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 22:09

    “Por muito que se diga que isto implica mudança de agulhas na política, eu só a via se houvesse verdadeira mudança em relação a exportações, barreiras a importações, ida para campos e pescas, desenvolvimento de indústria e outros mercados fora da UE.”
    .
    .
    Andas a ler demasiado o Arroja. eehehehh
    .
    .
    Olha, ias pagar as dívidas a vender sardinhas e cebolas? ahahhaahaha
    .
    .
    Não vás nisso. Olha, já agora, sabes qual o valor do défice orçamental que faz cair o peso da dívida pública sobre o PIB? Olha para os números do FMI e vais perceber a lógica deles.
    .
    .
    Olha, sabes quanto vai cair o poder de compra dos funcionários públicos este ano, em termos médios? faz as contas e vez que nestas coisas, é tudo tão rápido e os indicadores, como são ratios, mudam à velocidade da luz? ;)))

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  84. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:09

    Não te atires a adivinhar que não acertas fulanizando o caso. Nem eu conheço e tudo isto foi feito cá. Com dados de cá.

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  85. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 22:13

    “Ele estudou , fez contas, e chegou à conclusão que está desde 2000.”
    .
    .
    Não acredito nessa tese. Não lendo o Estudo, não vou dizer que está mal feito. Mas em 2000 não estava falido. nem hoje é liquido que o esteja. Repito-te: hoje, HOJE, se a dívida pública for aquela que se diz que é, 93% do PIB, Portugal não caiu na armadilha da dívida. A menos, nota bem, a menos, que os investidores não acreditem nos governantes. Claro que ninguém acredita nestes. Mas se mudar de governantes… E com o FMI aos comandos das operações, Portugal safava-se se com um governo minimamente sério. Mesmo não projectando superávites orçamentais. O que eu considero insuficiente mas também não sou bruxo nem sou teimoso nestas coisas imprevisiveis.

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  86. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:14

    Não. O Arroja só fala de padres.

    ando mais a ler coisas do iluminismo. E na blogo apenas o que diz o bacano do Ricciardi a propósito destas coisas.
    .
    .
    E a ti, claro. E se souberes onde se pode ler alguma coisa séria, sem ruído algum político até agradecia porque me pediram. Isto porque quem fez estas contas (isto foram apenas 2 linhas que larguei), diz que não há um único jornal ou revista com o menor artigo credível.

    .
    Só isto é assustador. Onde estão os nossos peritos?
    .
    >Por acaso ele aconselhou um paper académico de uma sujeita da Nova e outro de uma Isabel Casalinho do BPI. Não sei se fazes ideia. Eu, é claro que não.

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  87. anti-comuna's avatar
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    4 Maio, 2011 22:16

    Não, não. Não quero adivinhar, zazie. Eu apenas criticava as tuas soluções, que são um decalque das do Arroja. O autor do Estudo acredito que seja outra pessoa e respeito as suas opiniões. Mas se ele diz que em 2000 estavamos falidos, não dou muito valor ao estudo. Porque as variáveis que ele terá usado baseia-se em tendências e não reversiveis. Isso até eu digo que o ouro vai aos 10 mil dólares. eheheheheh

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  88. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:17

    Pois só lendo, claro. Mas o mais estranho foi ele ter dito que nem jornal dos Negócios tem alguma informação que se aproveite.

    O que ele aliás garantiu é que os portugueses estão completamente desinformados.

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  89. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 22:18

    A Casalinho é economista-chefe do BPI e muito boa. Vale a pena ler e ouvir as suas opiniões.
    .
    .
    A outra pessoa não faço a minima ideia.

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  90. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:19

    Não são nada. Eu repeti um tanto o que diz o bacano do Ricciardi.
    .

    Não ligo nada ao que o Arroja diz porque ele é passado. Tem lá a pancada do Portugal dos Pequeninos e nem sequer em termos económicos tem escrito uma única linha. Desde o crash que se calou e agora é só religião. Prot e cat e mais nada.

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  91. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:21

    Mas o bacano do Ricciardi diz porque faz. Não é teórico de secretária. E muito menos financeiro.

    E não me parece que diga disparates. tirando quando tem aqueles ataques de marranice da cubata.

    “:O))))))))

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  92. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:22

    Ok. Então confirmas que ele indicou uma sujeita que sabe.

    Eu nem sei quem é o tipo. Sei à tabela e não é nem analista, nem político, nem teórico.

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  93. JCA's avatar
    JCA permalink
    4 Maio, 2011 22:23

    .
    Nas alterações dos IVA’s minimos, medios e máximo é preciso estar atento ao que aí vem no preços das ‘sopas’ ao almoço e ao jantar:
    .
    -How Rising Food Prices Will Affect You & 6 Ways to Prepare
    http://www.moneycrashers.com/food-prices-rising-affect-prepare/
    .

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  94. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 22:23

    O Arroja desde o crash que perdeu o interesse por estas coisas. Senão apenas propagandear odes ao catolicismo. O que é pena, porque antigamente valia a pena ler o que escrevia mesmo discordando do que ele dizia. Hoje já nem vale a pena ler o que escreve. O filho, sim. O pai, infelizmente, deitou a toalha ao chão.

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  95. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 22:27

    “Ok. Então confirmas que ele indicou uma sujeita que sabe.”
    .
    .
    Sim, sim, a Cristina casalinho é uma boa analista, mesmo falhando como muitos outros. Mas sabe pensar estas coisas. Não debita teoria, entendes? Porquê que achas que o BPI foi o único banco que combateu as teses de Lisboa com os seus magnificos lobbies a tentarem abocanharem os impostos dos portugueses?
    .
    .
    O tipo da Nova deve ser o Luciano Amaral. Mas não sei, claro. Mas a Casalinho gosto de a ler, pois o que escreve é bem pensado e se não concordas ficas a meditar no que ela discorda de ti. Vale a pena seguir as opinioes dela.

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  96. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:31

    Posso perguntar quem é o tipo da Nova mas tenho gigantescas dúvidas que seja o LA.
    .

    isso de não debitar teoria foi a questão pedida. Pediu-se informação que pudesse valer a pena seguir.

    Ele acrescentou que valia a pena ler a Casalinho também pelo facto de incluir o Sector Empresarial do Estado) e PPP (Parcerias Publico-Privado) que não está contabilizada na actual dívida do Estado.

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  97. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:33

    ” o filho sim” dizes tu.
    Pois a mim não me parece nadinha….

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  98. tric's avatar
    tric permalink
    4 Maio, 2011 22:37

    A Merkel manda Portugal vender o ouro, manda!!?? exige!!! …

    “Another sign of the increased appreciation of gold as an important asset came from Germany today where Angela Merkel’s budget speaker and his opposition counterpart have urged Portugal to consider selling their gold.

    Norbert Barthle, Germany’s governing coalition budget speaker and his counterpart Carsten Schneider from the Social Democrats, the biggest opposition party, urged Portugal to consider selling some of its gold reserves to ease its debt problems. They called for a review of Portugal’s request for financial aid to include gold and other potential asset sales.

    The German lawmakers did not specify who should buy the gold from the Portuguese central bank but given the challenges facing Germany and the eurozone, it is likely that the Bundesbank and the ECB would be willing buyers – if the gold is not already encumbered due to Portugal’s membership of the eurozone.

    Interestingly, there was an article in the Times of London on Monday suggesting that the Portuguese gold reserves (worth some $20.7 billion at today’s prices) be used to fund their bailout (see news). ”

    http://www.resourceinvestor.com/News/2011/5/Pages/Portuguese-Gold-Sale-Urged-by-German-Lawmakers.aspx

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  99. dp's avatar
    4 Maio, 2011 22:38

    Anti,
    Obrigado pela sua resposta e lamento a confusão do IVA. Eu estava a fazer contas cá para casa. Queria referir-me, porque li ou julgo ter lido isso algures e agora não encontro, que os aumentos propostos pela ERSE iriam reflectir com mais rigor os reais custos energéticos, e isso sim, baixará o défice tarifário. Todavia, se nos lembrarmos quais têm sido os aumentos propostos nos anos transactos, na casa dos 10 a 15 %, e daí o meu raciocínio acerca do aumento dos custos para as empresas.
    Quanto ao efeito do fim da subsidiação às energias renováveis, e não tendo feito contas, julgo que ao actual preço do crude, concordo que poderá baixar os CIG da factura eléctrica.

    Já encontrei a medida que irá avaliar o impacto das PPP’s já firmadas. Esperemos que sejam consequentes.

    Discordo de si quanto à benevolência do aumento do IMI. Creio que o lobby autárquico aí quis ser compensado pela perda das transferências. Creio que a desalavancagem do crédito à habitação é o próprio mercado que já o está a fazer, até pelas dificuldades que os bancos terão em financiar a economia, em virtude da adopção de Basileia III. E ao contrário do você afirma a subida do IMI não são boas notícias para o mercado do arrendamento.

    Relativamente à liberalização do arrendamento, já encontrei uma referência vaga. Embora para ser honesto é das medidas mais complicadas de levar a efeito.

    Quanto à redução do efectivos do estado. Basta analisar os números dos últimos anos e verificamos que estão em linha com a redução de 1% ao ano estabelecido no memorando, pelo que iremos continuar na mesma linha.

    No que respeita ao fim de alguns monopólios rentistas, a única coisa que encontrei foi relativa às terminações móveis nas telecomunicações, o que diga-se até é dos sectores onde mais concorrência existe. O problema está na energia.

    Mas talvez você tenha razão. O memorando não é um pograma de governo. A minha esperança era em sinal contrário. Tendo em conta as lideranças partidárias creio que o que falta fazer ficará pelo caminho.

    Cump.

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  100. dp's avatar
    4 Maio, 2011 22:44

    Portela,
    “pergunta: mas não existe já na lei essa garantia? que raio querem eles com “a higher priority ranking” ?”
    Não tendo a certeza, não sei se essa alteração, não terá a ver com a precedência de créditos do FMI e UE relativamente a todos os outros credores em caso de restruturação com haircut.
    Cump.

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  101. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:50

    «Não tendo a certeza, não sei se essa alteração, não terá a ver com a precedência de créditos do FMI e UE relativamente a todos os outros credores em caso de restruturação com haircut.»
    .
    Pois é bem provável, é. Porque em caso de reestruturação a lei vai permitir muita coisa que tira garantias aos investidores.

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  102. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 22:52

    “Discordo de si quanto à benevolência do aumento do IMI. Creio que o lobby autárquico aí quis ser compensado pela perda das transferências. Creio que a desalavancagem do crédito à habitação é o próprio mercado que já o está a fazer, até pelas dificuldades que os bancos terão em financiar a economia, em virtude da adopção de Basileia III. E ao contrário do você afirma a subida do IMI não são boas notícias para o mercado do arrendamento.”
    .
    .
    Caro DP, eu vou-lhe ser sincero. Não gosto da forma como se gerem as autarquias, mas olhe que se existe défice orçamental, não é muito culpa das autarquias. Aliás, salvo erro, elas o ano passado até contribuíram para a diminuição do défice. De memória claro.
    .
    .
    Quanto à subida do IMI, a ideia deles era combater a posso de casa própria e tentar dinamizar o mercado de arrendamento através de empresas dedicadas à gestão imobiliária. Aliás, se Vc. se lembrar, este governo chegou a criar uma propaganda do caraças à criação de fundos de investimento mobiliário para combater o actual endividamento, incluindo a banca tuga ao barulho. lembra-se? Ficou tudo em águas de bacalhau, como é costume com estes gajos. Daí que eles, a única forma de desincentivar a compra de casa própria é aumentar mais os impostos sobre a sua posse e baixar os ligados à transmissão das propriedades e mudanças nas ,leis do arrendamento.
    .
    .
    Mas note uma coisa. Que isto não é suficiente nem o desejável é claro como a água. Mas isso não cabe ao FMI fazer. Por isso é que temos que exigir que o PSD vá mais longe. Se o vai fazer? Vamos ver. Ver para crer.
    .
    .
    Uma coisa é inegável. Esta intervenção do FMI é o que de melhor aconteceu nos últimos em Portugal. Porque vai no bom caminho. Ou melhor, inverte a rota, que era certa para a ruina total. Para mim, face ao panorama tuga… É como ver uma agulha num palheiro.

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  103. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 22:52

    E credores é muita gente. A dívida pública é emitida e comprada e pode ser mexida e cortados os créditos.

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  104. zazie's avatar
    zazie permalink
    4 Maio, 2011 23:18

    Tens aqui outro ponto de vista. Curto e grosso:

    http://dragoscopio.blogspot.com/2011/05/joint-venture-lone-desventure.html
    .

    ahjahaha
    E sempre hiper lúcido sem precisar de contas.

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  105. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 23:48

    “E sempre hiper lúcido sem precisar de contas.”
    .
    .
    Tu sabes que eu gosto de ler o blogue dele, mas ele está em parte enganado. Olha, parece que não são os alemães que estão lixados mas mais os espanhois que alemães. Pelo que vou vendo, na linha de tiro, depois dos próprios portugueses estariam na linha de fogo. franceses e depois espanhois. Esta estória que é para salvar alemães é muito gira e politicamente vende, mas não creio que seja mesmo assim. Se Portugal reestruturasse a dívida, os primeiros a ganir eram os portugueses, a começar pelos próprios depositantes da nossa banca. Quando chegasse aos alemães… eheheheh Já há muito estariam eles a pensar em salvar Espanha, a França, etc. ehehheh
    .
    .

    Click to access Portugal_Mar24Y2011.pdf

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  106. JCA's avatar
    JCA permalink
    4 Maio, 2011 23:53

    .
    Vamos lá incendiar isto tudo:
    .
    suspensão do TGV ‘Lisbon – Oporto’. Nem é nem é. Não tem nem ‘from’ nem ‘to’, donde em Português se pode concluir com exactidão de tradução que não se pode fazer TGV a partir de Lisboa nem Porto :)) Adoravel para a gajada da ‘virgula’ .))
    .
    Quanto ao resto do memorando é um ‘passador de feijões’ que as nossas velhotas usavam para fazer as sopas com umas couves galegas. E era bem boa :))
    .
    Mas vamos ao sério, onde está a substituição de importações por produção Portuguesa empregando mais Portugueses ou os preços competitivos para disparar a exportação do made in Portugal ? Ora não está no memorando. Como não está quem ganha para pagar os mil-mil-e milhões que nos emprestam para comprarmos o que vendem ? Também não está.
    .
    Tá bem se não é preciso para pagar as dividas o pessoal agradece respitosamente e apresenta os cumprimentos ‘a fina’ escrevendo-os à mão e a tinta permanente depois dum ‘Honradissimo amigo+ a esferografico do inicio da carta dactilografada, em ‘fino distinto tuga’
    .
    Mas temos de ser ‘visionários’ para encaixilharmos isto tudo no que nos interessa. A ‘elite’ ´ é capaz ???? Está DESAFIADA. Unhas. Também se tiver é igual ao litro.
    .
    Aguardam-se as propostas aos eleitores do PSD, PS, CDS, PCP, BE etc para resolverem Portugal. Se possivel com muitos pareceres altamente académicos e opiniões superiormente catedráticas.
    .
    Dos acima de 125 mil milhões quem paga já se sabe, não se ‘sabe’ é por quem é dividido e para quê e porquê ……
    .
    Mas também não vale a pena bater nesta tecla porque é tão velho como a c*g*r, já vem do tempo dos Romanos para não irmos para as atlantidas ou terras de mu:
    .
    Ad commodum suum quisquis callidus est (Cada qual sabe onde o sapato lhe aperta)
    .
    Depois da onça morta, até o cão mija nela. — Leoni mortuo lepores insultant.
    .
    Antes de entrar, pensar na saída. — Res ab exitu spectanda et dirigenda est
    .
    Arrufos de namorados são amores renovados. — Amantium ira redintegratio amoris est.
    .
    O coração sente e a boca mente. — Aliud in ore, aliud in corde
    .
    Onde o padre canta, aí janta. — Legitimus propria quaestus ab arte venit
    .
    Panela que muitos mexem, ou sai insossa ou salgada. — Quod multum commune est, minima abdhibitur diligentia.
    .
    Papagaio velho não aprende a falar. — Psittacus vetus non discit loqui.
    .
    Para os passarinhos, não há como seu ninho. — Cespite natali quilibet optat ali.
    .
    Quando os gatos não estão em casa, os ratos passeia por cima da mesa. — Audacem reddit felis absentia murem.
    .
    É mais fácil rasgar que costurar. — Laedere facile, mederi difficile.
    .
    Remenda teu pano, durará mais um ano; remenda outra vez, durará mais um mês; torna a remendar, pra então se acabar. — Se vestem repares, longum durabis in annum.
    .
    Pelos frutos se conhece a árvore. — A fructibus eorum cognoscetis eos
    .
    Isto mais velho que a sé de braga. Dasse .))
    .
    Mas há mais. Por agora chega.
    .

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  107. JCA's avatar
    JCA permalink
    5 Maio, 2011 00:27

    .
    deve ler-se “Mas temos de ser ‘visionários’ para encaixilharmos isto tudo no que nos interessa. A ‘elite’ ´ é capaz ???? Está DESAFIADA. Unhas. Também se NÃO tiver é igual ao litro”.
    .

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  108. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    5 Maio, 2011 09:14

    «… é provável que o PIB potencial suba.»Anticomuna
    .
    AC, não interessa para nada que o PiB cresça ou deixe de crescer. O que interessa é que a balança de pagamentos seja superavitária. O PiB pode crescer puxado por negócios sem qualquer interesse para o país. Deve-se, pois, separar o trigo do joio.
    .
    Interessa ao Estado que o PiB cresça de qualquer forma (obras, tgv’s, aeroportos), ainda que um PiB alimentado por emprestimos. Mas interessa ao país que a balança de pagamentos seja superavitaria, porque isso significa criação de riqueza efectiva.
    .
    Ora, para criar riqueza, não podemos ficar de braços cruzados à espera das remessas dos emigrantes ou fezadas neotontas em afirmar que tirando o estado da saude e educação ajudamos os privados a investir em novos negócios. Eu, emigrante que sou, não ponho mais dinheiro aí.
    .
    O TRAP DEBT é mais do que evidente. Pedimos dinheiro emprestado para pagar financiamentos anteriores. Pagaremos os juros recorrendo a mais emprestimo ou cortes civilizacionais. As medidas estruturantes foram quase todas adiadas. A redução de camaras e juntas, os institutos e fundações.
    .
    Não é por acaso que, no fim de 2014, preve-se precisarmos de ainda mais 40 mil milhoes de euros emprestados. É só fazer contas aos deficites que permanecerão que tem de ser financiados… a armadilha da divida é um facto.
    .
    Resulta daqui que, para sair desta situação temos apenas duas soluções:
    1º Crescer a riqueza efectiva do país
    2º Renogociar os prazos de reembolso de financiamentos.

    Para obter a 1º ponto duas coisas são necessárias: a) menos impostos descriminatóriamente e exclusivamente dirigidos para sectores que nos interessem previligiar e que aportam riqueza ao país. Sejam nas areas das exportações como das importações. Reduzir drásticamente os impostos sobre a importação de materias-primas e bens de equipamento (maquinas industriais) parece-me bem. Reduzir o IRC para metade a empresas que prestam o grande favor ao país de exportar parece-me bem tambem. Não podemos é meter tudo no mesmo saco. A EDP não se me afigura objecto de qulquer redução de impostos. Além de monopolista não gera riqueza ao país, embora as contas do estado apreciem.
    .
    Para obter o ponto 2º é preciso ter politicos com tomates. Politicos que perdemos e já não temos.
    .
    Resolver os Monopolios de vez em Portugal era uma prioridade. As privatizações de algumas empresas publicas poderão dar uma ajuda neste desiderato. Mas parece-me que vamos voltar a fazer merda. Privatizar a CP ou a ANA ou a TAP sem antes criar condições para surgirem concorrentes parece-me um erro. A RTP já não porque existe concorrencia.
    .
    O que mais me preocupou como portugues nestas medidas, foi o facto de continuar a não haver estratégia economica sectorial. Com estas medidas, iremos continuar com as pescas, com a agricultura, com a industria exportadora, com a floresta, exactamente no mesmissimo ritmo de crescimento que tivemos até aqui, isto é, insuficiente.
    .
    RB

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  109. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    5 Maio, 2011 09:47

    ” O que interessa é que a balança de pagamentos seja superavitária. O PiB pode crescer puxado por negócios sem qualquer interesse para o país. Deve-se, pois, separar o trigo do joio.”
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    .
    Vc. só pode acabar com o défice da balança de pagamentos aumentando o PIB potencial (que é realmente o que é preocupante em Portugal, porque recessões conjunturais não são o que devem assustar a malta) e para subir o produto potencial, não vai lá só com obras públicas. Aliás, essas obras públicas apenas agravam o défice da balança de pagamentos
    .
    .
    E tem que subir o PIB potencial não apenas para baixar esse défice como controlar a inflação, para não perdermos competitiva com o exterior.
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    “O TRAP DEBT é mais do que evidente. Pedimos dinheiro emprestado para pagar financiamentos anteriores. Pagaremos os juros recorrendo a mais emprestimo ou cortes civilizacionais. As medidas estruturantes foram quase todas adiadas. A redução de camaras e juntas, os institutos e fundações.”
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    Mas ó meu amigo, até as empresas saudáveis pedem dinheiro emprestado para pagar dívidas anteriores. Todas as empresas o fazem, sejam elas boas ou mal geridas. Não é esse o problema, é o aumento constante do stock da dívida que conta e a sua capacidade de pagamento. Dito de outra forma, quando um país pede emprestado para pagar juros da dívida é que se pode dizer que está na armadilha da dívida. Agora, é claro que o roll over da dívida tanto acontece no Estado como em qualquer empresa.
    .
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    “Pagaremos os juros recorrendo a mais emprestimo ou cortes civilizacionais. As medidas estruturantes foram quase todas adiadas. A redução de camaras e juntas, os institutos e fundações.”
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    Ah! O problema são os cortes civilizacionais. Tais como? É que ás tantas consideramos todo o tipo de despesa pública um avanço civilizacional, não? Desde subsidios de desemprego aos carros dos ministros. eheehehh
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    .
    O amigo toca num ponto importante. É preciso ir aos monopólios e oligopólios. Mas isso não pode ser exigido por um acordo deste tipo. Acho que Vc. espera de um acordo deste tipo um programa de governo. Outro erro. Enfim, cabe aos portugueses, em especial ao PSD, propõr medidas que vão nesse sentido, não ao FMI. Isto é um acordo para uma ajuda externa não um pedido para governarem Portugal. (Se bem que não era mal pedido. eheheheh)
    .
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    ” menos impostos descriminatóriamente e exclusivamente dirigidos para sectores que nos interessem previligiar e que aportam riqueza ao país.”
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    .
    E Vc., no gabinete de sua casa, é que sabe quais os melhores sectores em que o Estado deve apostar.
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    .
    Quanto ao que escreve, acho que vive um bocado na ilusão de que Vc. é capaz de esclher os melhores sectores para investir. Mas Vc. por muito bom que o seja a escolher, não consegue convencer o resto do mundo que Vc. é que sabe e os demais não saibam. Ou seja, teriamos toda a gente a defender as suas sardinhas.
    .
    .
    Depois há coisas que me custa a entender o seu raciocinio.Como isto aqui:
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    ” Reduzir drásticamente os impostos sobre a importação de materias-primas e bens de equipamento (maquinas industriais) parece-me bem”
    .
    .
    Vc. deve pensar que a economia portuguesa é a mesma de há 30 anos atrás ou até igual à de Angola. Vc. faz ideia do que está aqui a escrever? Vc. está a debitar uma caessete que pode servir para Angola mas não para uma economia como a portuguesa, aberta e livre. A sério, é por isso que ás vezes fico com a sensação que os economistas absorveram a cassete quando andaram na escola e depois cristalizaram. Vc. tem mesmo consciência do que aqui escreveu?
    .
    .
    Agora, o FMI decidiu penalizar o consumo para apoiar o trabalho e a criação de emprego. O FMI decidiu penalizar o endividamento e beneficiar a desalavancagem. Ora, aqui estão alguns dos tais instrumentos modernos, de economias abertas e de uma moeda forte, para impulsionar o tecido produtivo e baixar o endividamento português. Estes são os instrumentos modernos de uma economia desenvolvida e aberta como a portuguesa. Não o que Vc. sonha, nos tais impostos sobre as matérias-primas e máquinas, que não existem no actual quadro económico português.
    .
    .
    Vc. tem alguma razão em apontar a doença portuguesa mas parece um médico de 100 anos a prescrever a terapêutica. ehehehehehehhh
    .
    .
    A sério, Vc. tem consciência que parou no tempo e está a prescrever medidas para uma economia tipo de Angola e não a portuguesa? A sério, eu fico surpreendido com muita coisa que leio. Nos diagnósticos surgem sempre boas fotografias mas depois nas soluções, é tipo receita médica, ir ao catrapasso dos medicamentos de há 100 anos atrás e prescreve-se a pílula milagrosa. Impressionante com as coisas que eu leio hoje em dia. ehehehehh
    .
    .
    Abraço.

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  110. zazie's avatar
    zazie permalink
    5 Maio, 2011 10:03

    anti-comuna:

    Ora, alemães de estimação à parte, conta lá se é verdade ou mentira que o empréstimo serve para pagar à banca tuga que deve à banca da estranja e mais aos trafulhas que também devem- os das parcerias público/privadas e aos tipos que vão continuar a mamar.

    .
    bora lá ser claro e contar que na dívida estão também incluídas dívidas privadas e que uma grande fatia dela é dos bancos. Bota aí o valor, porque os comunas já botaram. E, independentemente do que querem com isso (querem oportunidade para sabotar e tentar sempre a utopia) a verdade é que eles não brincam em serviço. E o Vilarigues publicou contas de um economista deles e não vi ninguém a provar que era mentira.

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  111. zazie's avatar
    zazie permalink
    5 Maio, 2011 10:04

    Quanto aos alemães é fácil- basta ler as marcas dos carros, dos plasmas, dos electrodomésticos e saber quem manda na UE. E a quem devem os tugas- devem a quem manda e aos bancos de quem manda.

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  112. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 10:06

    Outra coisa- o meu conselheiro para a economia é este bacano: o Ricciardi da cubata.

    ahahaha

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  113. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 10:07

    E olha que eu, quando não percebo de um assunto, tenho pelo menos faro para reconhecer quem percebe.
    .
    tenho excelentes conselheiros para essas coisas que detesto.

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  114. zazie's avatar
    zazie permalink
    5 Maio, 2011 10:09

    Filosoficamente pensando- curto e grosso, hiper-lúcido- aqui na blogo- o Dragão.

    Historicamente falando- hiper-lúcido, hiper-imparcial e bem informado- o José.
    .
    Para o departamento da nossa economia- o bacano da cubata.

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  115. anti-comuna's avatar
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    5 Maio, 2011 11:06

    “conta lá se é verdade ou mentira que o empréstimo serve para pagar à banca tuga que deve à banca da estranja e mais aos trafulhas que também devem- os das parcerias público/privadas e aos tipos que vão continuar a mamar.”
    .
    .
    Claro que é para pagar à banca tuga. Ou como achas que uma reestruturação iria atingir os portugueses em cheio, a começar pela banca?
    .
    .
    É por isso que me rio quando me vêm com a piada que devemos lixar os alemães, não pagando. É não saber como realmente andam as coisas. Ideologia. Mais nada. hahahhaha
    .
    .
    “Quanto aos alemães é fácil- basta ler as marcas dos carros, dos plasmas, dos electrodomésticos e saber quem manda na UE. E a quem devem os tugas- devem a quem manda e aos bancos de quem manda.”
    .
    .
    Achas que se os portugueses deixassem de comprar coisas alemãs iria abanar a Alemanha? lololololololol
    .
    .
    Olha, pensa assim. Nós deixavamos de comprar à Alemanha e eles retiravam de Portugal a Autoeuropa. Quem ficava mais a perder? Eles ou nós? ahaahahahhah
    .
    .
    Olha, o nosso bacano da cubata parou no tempo, em muitas coisas. Está convencido que a economia portugueses e seus instrumentos disponíveis, estão como estavam há 30 anos atrás. Ele fala de Portugal como se estivesse a falar de um Moçambique ou de uma Angola. Não pode ser. El já perdeu o contacto com a realidade portuguesa, o seu tecido produtivo, etc. Não pode ser.
    .
    .
    O que eu me rio é quando vejo a malta a pedir ao FMI um programa de governo, que vai desde a Justiça às leis da concorrência. Mas isso não é o papel do FMI. O primeiro papel do FMI é cobrar dívidas e ajudar a reestruturar países. Mas não a governar pelos portugueses. Se fosse assim, então façamos um partido FMI e votemos nele. Por mim, não me importava de ver este dinamarquês à frente de Portugal. Pelo menos ia tudo a direito, sem contemplações.
    .
    .
    Olha, hoje o Ulrich do BPi é que diz tudo: bendito FMI! lolololololol

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  116. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 11:22

    Passando à frente do que é acessório.
    .

    Dizes: É para pagar aos nossos bancos. Depois justificas para quê, para financiarem e tal e coisa. Até aí sabemos.

    Mas não respondeste à minha pergunta. Essa dívida dos bancos estava ou não estava incluída na dívida externa que foi alvo de necessidade do FMI vir cá fazer empréstimo com juros?

    Se foi, qual a parcela dela no total da Dívida?

    Se esses bancos devem aos ditos “mercados”, que nome têm esses mercados por tradução mais básica? – acaso não se chamarão “banca”?

    .
    Portanto, no post do Dragão, o que é que está errado?

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  117. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 11:24

    Pois.

    .
    Vamos a ver se é ele que está convencido que parámos há 30 anos ou tu que achas que temos mesmo uma riqueza sem ser fictícia e uma economia moderna- com a data de europa-2011.

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  118. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 11:27

    O Dragão não falou em nada de deixar de comprar coisas alemãs e o caralho a 7.

    Ele tem um post claro como a água. Pega no post e mostra onde está errado. Mais nada.

    .

    Joint venture, lone desventure

    .
    .Num artigo dos Idos de Março coloca-se o dedo numa das feridas:

    «The lesson is clear, argues Barry Eichengreen, an economist and an expert on the euro and its origins — sustained austerity that is not supplemented by some form of debt reduction in which the holders of bank or government debt are forced to take a loss is not just unworkable but unfair as well.
    .

    “When you reduce the incomes of the people who service the debt but you don’t reduce the incomes of the bondholders, you won’t reduce the level of debt,” he said. “Some might call it shared sacrifice, but some people are not sharing.”
    .

    While the argument against restructuring has been that the risks of contagion are too high, it is becoming increasingly clear that the real reason behind Europe’s reluctance to accept losses on Greek, Irish and Portuguese debt is that the cost to European banks would be prohibitive. »

    .
    No fundo, bem no fundo, estão a imolar-se países para que a Banca se salve. Pune-se o consumidor, o junkie mais que inveterado, mas poupa-se o dealer, a bem do negócio. Só a corrupção passiva merece, assim, repreensão e castigo. A activa passa por virtude empresarial e mais valia económica.
    .
    .
    Os milhões que agora nos despejam em cima, servem essencialmente para pagar aos bancos alemães, para remendar os nossos e pagar as devidas comissões (as migalhas do costume) aos intermediários, alcaiotes e parasitas que nos desgovernam e apascentam ao Mercado. Daqui a três anos, ou eu me engano muito (oxalá!), ou estaremos bem piores. De caídos na merda, corremos o sério risco de acabarmos diluídos nela. Mas não será precisamente esse o corolário fatal e lógico de toda esta civilização do cuspo?…
    .

    Mamon é um deus impiedoso e cruel, que exige sacrifícios sanguinários e ininterruptos. E nem sequer podemos argumentar ingenuidade ou ignorância. Fomos fartamente avisados.»

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  119. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 11:32

    Está aqui. Ele não disse que a solução era reestruturar antes do deixar vir o FMI. Disse que na volta vai dar ao mesmo.
    .
    Mas explicou porque é que também não ia haver empréstimo do BCE- porque a era demasiado caro para a banca! toda ela- a que gera crises e ainda as vem cobrar a quem apanha com elas!

    «While the argument against restructuring has been that the risks of contagion are too high, it is becoming increasingly clear that the real reason behind Europe’s reluctance to accept losses on Greek, Irish and Portuguese debt is that the cost to European banks would be prohibitive. » »

    .

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  120. zazie's avatar
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    5 Maio, 2011 11:34

    Quais são os bancos europeus que podiam pagar o empréstimo? a que bancos principais devem os bancos tugas e o Estado?
    .

    Se calhar é aos do Luxemburgo ou do Burkina Faso…

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  121. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    5 Maio, 2011 15:18

    AC,
    Este seu amigo, um dinossauro por assim dizer, quer apenas fazer notar a vossencia que:
    .
    1º O PiB não é um indicador útil ao país neste momento. É importante saber como é que o mesmo é composto. Se for composto por receitas alavancadas em emprestimos ou fortemente incorporadas por importações, não interessam muito, excepto no que à vertente de emprego diz respeito.
    .
    2º Como tambem não interessa ao país promover o consumo de bens importados em geral, à excepção dos bens que se incorporam em processos de fabrico (mat. primas) para exportação. Para diminuir as importacçoes de bens de consumo, neste momento temos utilizado apenas um mecanismo, aumento do IVA. Ora aumentar o IVA, apesar de ir de encontro ao que eu defendo, é manifestamente insuficiente. Primeiro, porque ao aumenta-lo, prejudica tambem o consumo de produtos nacionais, segundo, porque a intensidade de aumento reflectido nos preços de bens importados é diminuta, isto é, precisavamos que esses bens fossem muito mais agravados.
    .
    3º Os lideres, dinaussauros tambem eles, dos eua e de espanha (para citar apenas dois exemplos) tem feito outra coisa (haja imaginacao) que, na minha opinião, devia ser feita em Portugal.
    Dificultam a importação de alguns produtos impondo melhorias e diversas condições tecnicas aos produtos de forma a dificultar a importacao dos mesmo. Os espanhois e os eua chegam a exigir que determinados produtos tenham uma componente fabricada exclusivamente em espanha ou na america para permitir o desembarque de produtos.
    .
    4º Não se engane, caro AC, este seu dinossauro amigo diz-lhe, as empresas que recorrem a emprestimos para pagar outros emprestimos, tem os dias contados a prazo. Quando isso acontece nas empresas quer dizer uma coisa muito simples… estão erradamente financiados. A exibilidade dos passivos deve ser igual à liquidibilidade dos activos financiados. Acontece porém que, as empresas portugueses, financiam inadequadamente as suas operações. Basicamente financiam maquinaria com contas correntes caucionadas. Muito por culpa da inexistencia de alternativas na banca, assunto aliás que deveria merecer TODA a atenção do governo. O qoverno que avaliza emprestimos à banca tinha a obrigação de exigir (como o FMI faz ao governo) outra forma de concessão de créditos em termos gerais, claro está. Assistimos a uma banca que fez crescer no ano passado o credito ao consumo e ter reduzido o credito às empresas. O governo pode e deve intervir nesta matéria, obrigando-os a cumprir metas e rácios previamente negociados. Se os bancos precisam do aval do estado (e agora vao precisar ainda mais) ao estado cabe exigir que estes invistam o dinheiro avalizado em prol daqueles que promovem o desenvolvimento do país, as empresas. E pode fazê-lo de várias formas, desde logo motivando fiscalmente a criação de mais sociedades de ‘Capital de Risco’, mas tambem desincentivando o credito ao consumo, exigindo provisões maiores neste tipo de creditos.
    .
    6º Quando falei em sectores, referia-me a grupos de produtos importados. Previligiar fiscalmente produtos que serão absorvidos em processo de fabrico (mat. primas) e reexportados, independentemente do sector de actividade das empresas envolvidas. No fundo desincentivar a compra de plasmas (tornado-os mais caros) e melhorar a compra de borracha para os sapatos. Mas, não se engane, defendo que deviamos descriminar positivamente alguns sectores de actividade. Não sou eu que defino isso, voçê é um bricalhão. Em cada sector há especialistas para o efeito. Por exemplo, interessa-nos criar riqueza explorando a produção de produtos aonde temos vantagens comparativas com outros paises. Se os tecnicos me dizem que podemos produzir tomates em escala melhor do que os franceses, devo incentivar fiscalmente esses investimentos. Mas se me dizem que produzir beterraba é economicamente errado em Portugal, então não criarei incentivo fiscal para esse fim, porque estaria a fomentar um negócio artificialmente, na prática, com preços subsidiados pelo estado.
    .
    7º É, pois, altura, de se pensar a economia como sendo a soma das partes de cada sector de actividade e puxar por aqueles aonde temos vantagens economicas e comparativas em produzir. Já não temos tempo de deixar que o tempo e a mão-invisivel actue, falindo umas e sobrevivendo as melhores, numa lógica normal de mercado. Temos que ser assertivos e cuidar do que é nosso, como se fosse realmente nosso. Na minha empresa formo a minha opinião com base nas opiniões de toda uma equipa de gente de saber. Ele há sempre opiniões para tudo e mais alguma coisa… Mas quem decide sou eu. Porque sou eu que sinto o mal-estar de estar errado nos investimentos na própria carteira. É disso que Portugal precisa de governantes que pensem o país como se fosse a sua própria empresa ou familia e não como consultores de empresas que a unica coisa que tem a perder é o cliente do momento.
    .
    9º As suas receitas são tipicamente as de quem não tem nada a ver com a partilha dos prejuizos eventuais. Insere-se na manada, naturalmente, que defende as mesmas coisas. E é capaz de dizer e desdizer-se com quem muda de camisa. E porquê? porque ainda não viu o obvio. Ainda não viu que, é exactamente a aposta clara na industria portuguesa exportadora, na agricultura portuguesa, nas pescas, na floresta, na energia que está o futuro de Portugal, dentro do principio das vantagens comparativas, claro está, que está a receita, descriminando positivamente aquilo que nos interessa descriminar.
    As suas receitas são de clinica geral e não vai ao fundo dos problemas. Corta-se ali umas coisadas nos velhos, afasta-se uma porrada de gente dos hospitais, e mais umas quantas balelas e está feito o remédio.
    As empresas precisam de gente séria e de SABER sectorial especifico que liderem as politicas. Não é possivel desenvolver o que quer que seja desconhecendo as materias que se gere e emitindo politicas genericas. Está tudo muito certo para o FMI, que não pode tomar outras medidas, mas não para o governo que tem a obrigação de ter gente com o Saber que permita alavancar esta economia real.
    .

    RB

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  122. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    5 Maio, 2011 15:28

    Ainda a respeito do DEBT TRAP, o meu caro amigo AC, fez-me lembrar uma anedota, a sério.
    .
    Aquela anedota em que entra um bebado no autocarro e diz repetidamente que os que estão nos bancos da frente são todos uns filhos da puta e que os que estão nos bancos de trás são todos uns paneleiros. O motorista depois de ouvir aquilo várias vezes, e já enervado, travou a fundo violentamente de forma a que as pessoas lá de trás foram para à frente; e virou-se pró bebado e disse-lhe: ó meu amigo, diga agora quem é filho da puta e quem é paneleiro, diga vá se é homem. E o bebado diz-lhe agora já não sei dizer voçê quando travou misturou toda a gente.
    .
    Pois bem, a armadilha do enividamento é a mesma coisa. Voçê não pode dizer que não há enquanto houver deficites que tem juros de financiamentos para pagar. Voçê não pode dizer que o deficite e o financiamento do mesmo não resulta dos juros. Pois eu afirmo, enquanto houver financiamento e juros a pagar e deficite, a culpa é sempre dos juros e estaremos sempre a endividarmo-nos para os pagar.
    .
    RB

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  123. zazie's avatar
    zazie permalink
    5 Maio, 2011 16:56

    Estou toda orgulhosa com o meu conselheirozinho económico.

    AHAHAHAHAHAHA

    Beijocas, rapaz.

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  124. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    5 Maio, 2011 22:02

    Caro Ricciardi, escrevi um testamento mas perdeu-se. Mas não perco mais tempo. Olhe, quando Vc. pagar muitos salários acima dos 1000 euros por mês, venha-me explicar como o fez. Apenas lhe deixo esta questão, para ver se Vc. vai perceber onde quero chegar. É que pagar salários acima dos 1000 euros em economias competitivas não é para quem pensa que mundo parou há 30 anos.
    .
    .
    Abraço. Vc. vai compreender onde quero chegar, tenho a certeza absoluta.

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  125. dp's avatar
    5 Maio, 2011 22:25

    Anti e Ricciardi,
    Depois de ter lido com alguma atenção o que escreveram, creio que existem alguns pontos que valem a pena ser salientados.
    Concordo com o Ricciardi quando afirma que é necessário desmontar o PIB. E qui voltamos a uma discussão que existiu nos EUA há cerca de 25/30 anos quando começou a financeirização e a terciarização da economia americana, e a deslocalização em massa da indústria para outras geografias. Aliás este é um tópico cada vez mais candente nas economias ocidentais e talvez seja hoje não só o maior problema dos EUA, como também pelas suas consequências do mundo. Se por um lado o Anti tem razão quando afirma que o crescimento do PIB, diminui o défice, o que significa menos endividamento público, por outro lado o Ricciardi tem razão quando afirma que isso não resolve os nossos problemas económicos estruturais.

    A questão que se coloca é; se por um lado é evidente que este memorando não pode ser, e como o Anti diz, um programa de governo, por outro lado, com os políticos que temos (todos eles), o que realmente seria importante fazer, nunca será feito.

    Reparem que em Portugal se procuram sempre os caminhos mais fáceis e que ao mesmo tempo acarretam mais impactos sociais, apenas porque não se quer fazer o mais difícil. Daqui resulta a minha discordância dos libs deste blog que enfermam de alguma míopia. Limitam-se a seguir receitas estafadas que colocam em causa a coesão social sem nada resolverem na sua génese.
    Por exemplo:
    1 – Vários benchmarkings provaram que existem hospitais que tem níveis de eficiência de recursos aplicados superiores em 25%. Estes ganhos resultam de uma organização optimizada em todos os níveis. O que prova que o orçamento da saúde poderia custar menos 25% ao ano aos contribuintes sem que disso resultasse qualquer impacto nos serviços prestados. Este exemplo quase que poderia ser replicado a quase todos os sectores do estado, o que permitiria fazer o mesmo, com menos recursos financeiros. Alguns dos senhores está a ver algum político capaz de fazer isto? Eu não.
    2 – Existem em Portugal empresas bem sucedidas em todos os sectores e depois uma larga maioria de empresas mal sucedidas, ora se todas enfrentam as mesmas realidades fiscais e legislativas, há então que procurar os factores diferenciadores. A teoria liberal diz-nos que existem constrangimentos no mercado laboral (e eu concordo), todavia esses constrangimentos são iguais para todas. Onde está então a diferença? Mais uma vez, a diferença está na baixa qualificação dos empresários e na péssima ou ausente organização da gestão de 90% do nosso tecido empresarial. Alguma medida para esta realidade? Nenhuma.
    3 – Uma profunda reorganização politico-administrativa, poderia poupar pelo menos 2 a 3 mil milhões de Euros, sem que nada se perdesse. Desde juntas de freguesias que são como cogumelos, autarquias, concelhos, e essa degenerecência chamada governos civis. Acreditam que esta reforma profunda irá ser feita contra os aparelhos partidários? Eu respondo, não. Tudo pela rama.
    4 – Na justiça e em comparação, poder-se-iam rasgar 1/3 de todos os códigos para que muitos dos nossos constrangimentos acabassem. Extinguir a vergonha dos sindicatos travestidos de associações num órgão de sobarania como é a justiça. Diminuir a captura do sistema judicial por aqueles que é suposto administrarem a justiça. Acabar com muitos dos processos de recurso para casos sem interesse económico relevante. Estão a ver, não estão? Eu também não.
    5 – Colocar a CGD a financiar a economia real e sobretudo a exportadora. E no caso de algum banco vir a necessitar de garantias ou capital público, impor-lhes a reafectação de uma fatia maior de crédito para as empresas.
    6 – Acabar com os monopólios e aí, pelo que vejo, vamos privatizar empresas que se irão tornar novos monopólios.

    Poderia continuar e a lista é longa. Daí que não acredite que passados estes 3 anos, consigamos financiamento nos mercados a taxas equilibradas. E para isso, iremos ser novamente esbulhados fiscalmente. Muitos empregos se irão perder, muitos desempregados irão desesperar, muitos reformados passarão a viver ainda pior, etc., para nada.
    Cump.

    p.s.- Anti, olhe que lém do que já referi sobre as tarifas eléctricas irem passar a reflectir os reais custos de produção, também irá ser criado um imposto de consumo especial sobre a energia. Esperemos que não confirme a minha opinião de que a baixa da TSU será anulada por estes dois factores para as empresas.

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  126. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    6 Maio, 2011 15:23

    «Mais uma vez, a diferença está na baixa qualificação dos empresários e na péssima ou ausente organização da gestão de 90% do nosso tecido empresarial»
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    É verdade. O CCZ diz, várias vezes, que os empresarios portugueses são basicamente pessoas sem qualificações academicas. E é verdade. E isto não se passou há 30 anos, é de hoje. Ele diz mais, diz que a propensão para correr riscos e investir é maior entre pessoas com menos estudos.
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    Ora bem, a verdade é, genericamente essa. Esses portugueses formam empresas imbuidos por um espirito assente em dois critérios, ambos dentro do principio da cópia ou imitação:
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    1º Aqueles que iniciam o seu negocio porque constactam que o próprio patrao está bem na vida. Normalmente funcionarios com alguns conhecimentos tecnicos adquiridos por experiencia de fazer-fazer.
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    2º Aqueles que observam o vizinho que até se deu bem no ramo das padarias; e se o vizinho se deu bem é porque é bom negócio. O boca a boca toma porporcoes monstruosas. Dentro de pouco tempo teremos padarias em todas as esquinas.
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    Ora bem, em nenhum destes pontos houve cuidado para estudar os fundamentos do negocio, aquilo que está por trás do sucesso observado. E não há esse cuidado porque, na verdade, as pessoas são pouco instruidas.
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    No entanto, são esses que tem investido em Portugal, e que constituem o grande universo empresarial portugues; e se é certo que existem muitos casos de sucesso de pessoas iletradas (americo amorim, salvador caetano por exemplo) o normal é termos maus imitadores do vizinho. A construção civil, os cafes, restaurantes e padarias, são um bom exemplo. Diziam que a construção estava a dar, toca a fazer casinhas. Parece-me que uma parte substancial o PiB portugues, retirando as 20 maiores empresas, era constituido por negocios imobiliarios, cafes, restaurantes e coisadas no genero.
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    Isto para dizer que, este povo, nao funciona bem se o deixarmos escolher livremente. Este povo precisa de orientação. Precisa de pessoas nas quais eles reconhecam autoridade e saber. Precisam de um salazar que lhes diga: agora vamos fazer barragens e só barragens e depois vamos produzir batatas e só batatas e depois baterias para os carros electricos e só baterias… é assim e não há outra forma de fazer hehe.
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    É, pois, neste enquadramento, do empresariado portugues (eu diria 70%) que resulta a impossibilidade de se achar que a mão-invisivel actua bem em Portugal. Não actua. A mão-invisivel é uma data de gente sem instrução que investe sem qualquer noção de mercado, mas sim simplesmmente aquilo que observa no vizinho..
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    E isto só deixará de ser assim quando os senhores doutores e engenheiros deste pais tiverem tomates para ir à luta e colocarem o seu saber ao serviço de uma empresa. Mas não tem tomates, e com razão. E não tem porque sentem que é perigoso faze-lo em Portugal. Perigoso porque o estado os esfola com impostos e se fugirem correm o risco de ir presos. Perigoso porque a banca financia pessoas e não projectos, isto é, o projecto pode ser uma merda mas se a pessoa tiver garantias para dar tem todo o credito. E contrario tambem é verdade. Projectos maravilhosos que nao sao apoiados porque as pessoas não tem patrimonio, embora tenham uma cabeça do caraças. Ora bem, eu senti isso logo que sai da universisdade. A dificuldade em convencer, sem ajuda da familia, alguns bancos a financiar projectos a medio-longo prazo foi terrivel.
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    É por isso que eu me rio quando ouço os liberais portugueses falar. Eles não tem a noção da realidade do próprio país. Imitam, tambem eles, que sao bem portugueses, os gringos e os bifes, e imitam mal. Porque nunca consideram a cultura, instrução e enquadramento economico-social das pessoas dos paises em causa.
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    Beijocas Zazie San.

    RB

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  127. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    6 Maio, 2011 15:57

    Meu caro Anti Comuna,

    Pois é, tenho esse defeito de escrever testamentos, a minha maezinha acusa-me do mesmo e tenho a impressão que os profs das disciplinas de direito me passavam porque não estavam para ler tudo o que eu escrevia nos testes.
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    Agora, meu caro, não leve a mal estar em desacordo consigo. Normalmente faço-o a quem reconheço sagacidade. E voçê tem-na. No entanto penso que orienta essa sagacidade para o curto prazismo. Pode ser um excelente consultor de mercados ou trader porque analisa bem as consequencias das conjunturas do momento, com lógica e enquadramento. Mas raramente mira o depois de amanha. Quando exercia essas funcoes era tambem eu forçado a ter razao num tempo exacto e certo e portanto a propria função vai moldando a personalidade. O meu insucesso era estar certo para dia 20 e estar errado no dia 21. Hoje, que já não exerço essas funcoes, a minha perspectiva é sempre outra, o longo prazo. Daí que me interessam as tendencias que passam por cima das conjunturas.
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    Quanto a salarios. Não sei se o percebi bem. A minha prática é simples. Pago aquilo que o mercado pede. Dependendo do sector pago salarios entre 700 usd a 8000 usd. Se não consigo produzir com os salarios que pago e preciso de ganhar o negócio e concorrer com os merdas dos chinocas em alguma coisa, subcontrato empresas chinocas. É esta prática que me tem dado a noção clara que estamos a agir mal no comercio internacional. Este desemprego do ocidente não terá solução se não se exigir aos chinocas que incorram, tambem eles, em despesas civilizacionais e de dignidade humana que façam por essa via aumentar os preços dos seus produtos. Se não o querem fazer, nós temos a obrigação de penalizar aduaneiramente produtos derivados do sangue. Porque, meu caro, não sou eu que vou mudar isto. Eu embarco no sistema, eu sou a mao invisivel, que é insensivel aos valores humanos.
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    O mal do ocidente é que, prende um empresario portugues que escravize os seus funcionarios e polua os rios, mas aceita comprar aos chineses produtos derivados desses mesmos vicios.
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    Isto, não posso ser o individuo a mudar. Isto tem de ser mudado pelos estados. É uma questão de humanidade obrigar a china a implementar o minimo de dignidade no trabalho. O que me parece é que, as pessoas nem sonham o que se passa a esse nivel, nem sonham. Aqui em Angola, os chinocas ganham os concursos das obras quase todas. Enviam navios carregados de escravos chineses. Presos na china que são condenados a trabalhos forçados em Angola. Trabalham de graça, sem feriados, fimsemana, e com uma codea por dia para comer.
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    RB

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  128. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    7 Maio, 2011 17:19

    Caro DB e Ricciardi, peço desculpa por ainda não ter respondido mas estive de viagem e sem acesso à internet mas depois vou tentar explicar melhor o que penso. E com ideias que estão centradas no longo prazo. Não no curto prazo. Isto é, para mudar a estrutura e não apenas fazer face à conjuntura, que pode ter outro tipo de respostas.
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    Mil desculpas, mas hoje também já não o posso fazer por compromissos inadiáveis.
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    Abraço a ambos.

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  129. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Maio, 2011 00:11

    Vamos lá ver se respondo a isto sem escrever um testamento para os meus netos. ehehhehehh
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    Caro Ricciardi, a minha última mensagem foi uma espécie de provocação intelectual e não um ataque pessoal. Foi apenas para meditar nos problemas e não o acusar do que quer seja. Penso que, desde que não violando as leis e a ética (embora isso seja complicado de o fazer nas sociedades modernas), acho muito bem que ganhe dinheiro, pois é para isso que se fazem as empresas. O meu era outro e queria era que meditasse na velha questão: como posso pagar bem aos funcionários da minha empresa? Ou seja, como se pode gerar uma economia onde se pode pagar bem aos funcionários?
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    Espero que entenda estas nossas “palestras” como mera troca de pontos-de-vista e debate intelectual e não guerras pessoais, que não fazem muito o meu estilo. Gosto de debater estes assuntos por mera satisfação intelectual e nada mais. Qualquer má palavra minha dirigida a si, peço desculpa, pois a minha intenção é mesmo outra. Tentar provar os meus pontos de vista usando provocações intelectuais sem melindrar ninguém. Se alguma vez o fiz a si, peço imensa desculpa.
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    Voltando à velha questão. Como é que eu posso pagar salários elevados aos funcionários da minha empresa? Sim, porque, no fundo, o que queremos é criar uma sociedade onde todos sejam bem remunerados, tanto detentores do capital como funcionários. Ou trabalhadores.
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    Ora, para uma empresa pagar esses mil euros por mês a um funcionário, ela, a empresa, tem que gerar valor o suficiente para pagar esses salários e demais custos. E aqui vem a velha questão da geração de valor, gestão do capital intensivo, etc. Ora, para eu poder pagar os tais mil euros por mês aos funcionários, eles (ou a empresa em grupo) têm que gerar valor acrescentado superior aos tais mil euros por mês. Isto é, em termos práticos, a empresa tem que gerar valor acima dos mil euros por empregado para poder pagar esses salários. Como se faz? O problema está em como se faz.
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    Para introduzir alguma substância prática ao que vou expôr, aconselho-o vivamente a ler a entrevista de João Girbal, representante das principais marcas de fabricantes em Portugal, à revista Hipersuper. Pode ler esta interessante entrevista aqui: http://flipflashpages.uniflip.com/2/7856/90616/pub/
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    Na entrevista fica claro um ponto importante na questão polémica que envolve a luta entre os grandes grupos de distribuição e os fabricantes. Entre a grande distribuição e a produção, através das marcas de uns e outros. Isto é, no fundo a questão resume-se a isto: a grande distribuição tem um poder enorme junto dos fabricantes porque é o principal canal de comunicação e intermediário entre a produção e o consumidor. Ou seja, é a grande distribuição que trata todos os dias com o cliente ao passo que os fabricantes sofrem esta limitação e até concorrência de alguém que está a lidar directamente com os consumidores.
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    Pode parecer apenas uma questão menor esta guerra entre a produção e a distribuição mas é mesmo fulcral para o que me leva a debater consigo a questão dos salários do funcionários pagos e respectivo valor acrescentado deles, de molde a poder-se pagar essas remunerações. E é fulcral, por isto, que o CCZ tantas vezes escreve no seu blogue. É que estamos aqui a falar de importantes diferenças na forma como conseguimos pagar esses salários. Ou pagamos apostando na produção de capital intensivo, produzindo grandes séries com uma eficiência operacional levada ao limite, baixando os custos o máximo possível mas vendendo tanto, que gere valor acrescentado suficiente para poder pagarmos determinados salários. Ou seja, produzir muito e bem, vendendo barato mas com o minimo possível de custos, tanto a nível de matérias-primas como salários, apostando no capital intensivo como forma de obter a vantagem competitiva. E aqui vendemos ao grande distribuidor, que através das suas marcas próprias, vende barato ao consumidor.
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    Ou temos uma outra visão do negócio, em que a nossa aposta não se insere tanto no capital intensivo (e métodos tayloristas de gestão) mas em valor acrescentado intensivo, através das marcas próprias dos fabricantes. E em que o preço não é o factor decisivo para vender (nem eficiências operacionais máximizadas de elevado nível) mas uma ideia, um símbolo até, um sonho ou mesmo apenas um preenchimento de uma necessidade sensorial do consumidor. Ou seja, estas empresas geram elevado valor acrescentado, não porque se concentram na produção mas em satisfazer a necessidade de um consumidor, disposto a pagar mais por esse produto e serviço. Aquilo que o CCZ apelida de novos herois do Planeta Mongo.
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    Básicamente estes são os dois grandes conceitos que imperam no mundo de hoje. Os fabricantes que se especializam na eficiência máxima do capital intensivo para venderem muito e barato. E os que se especializam em vender bem alto os bens e serviços que preenchem as necessidades dos consumidores. Uns até vendem para a grande distribuição e ganham dinheiro. Outros usam a grande distribuição apenas como intermediário de uma relação mais directa com o consumidor. Mas são dois conceitos bem diversos, embora, é claro, são misturáveis. Isto é, haver empresas que tentam conciliar estes dois conceitos.
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    Ora, na minha modesta opinião, Vc. está a partir para a resolução dos problemas portugueses crentes que Portugal deve ter empresas que se especializam quase e apenas no factor preço como vantagem competitiva. Logo, terá que comprimir todos os custos possíveis e imaginários, de molde a que exista uma eficiência de tal forma elevada, que seja capaz de vender a baixo preço, não apenas em Portugal como até nos mercados externos. E então, Vc. acredita que o Estado é capaz de intervencionar no mercado de molde a que Portugal consiga criar um ou vários sectores económicos onde sejamos os mais eficientes e possamos vender barato. Mas ao mesmo tempo que deseja o Estado a intervencionar nos mercado e no tecido produtivo, acaba por gerar ineficiências que acabarão por destruir esses esforços, pois quando o Estado intervém, gera sempre externalidades negativas. Ou seja, os custos ocultos de medidas bem intencionadas, que acaba por, no somatório de todos os factores, ser incapaz de vender muito e barato. Um exemplo: ao escolher um sector como prioritário, por exemplo, texteis, os demais serão penalizados pois terão que suportar os custos desse beneficio dado a alguém. Isto é, alguém vai pagar os ganhos dados ao têxtil. Ou seja, os demais sectores serão menos eficientes mas acabarão por influenciar nos têxteis, já que os custos de contexto são bastante elevados. Por exemplo, água mais cara, impostos mais caros, energia mais cara, acesso a trabalhadores mais caros, etc. É por isso que nenhum país do mundo conseguiu gerar um sector competitivo a nível mundial através das intervenções e do proteccionismo. Porque, para vender bem e barato, é preciso que todos os factores que influenciam os custos de produção sejam os mais eficientes possiveis. Logo, enquanto que directamente os sectores beneficiados tenham um ganho directo evidente, em termos indirectos os custos geram desvantagens competitivas. Anulando os ganhos directos. O caso brasileiro na industria informática foi mesmo paradigmático. Ao o proteger da concorrência mesmo subsidiando as suas actividades, o sector informático brasileiro acabou por nunca conseguir atingir a eficiência plena. E nunca conseguiu vencer a competição internacional.
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    Ora, para que o seu objectivo seja atingido, ao contrário do que diz, o factor crucial para atingir uma eficiência máxima na produção, há dois ou três factores que são cruciais. Mercado aberto, livre e o menos distorcido possível; acesso a capitais baratos e abundantes e capacidade de gestão operacional pro parte do dito management profissional. Onde quase tudo é calculado ao máximo, obtendo das sinergias e das economias de escala importantes vantagens competitivas. Aquilo que quase se poderia apelidar de taylorismo. Importante enfase em baixar todo o tipo de custos. Desde os fiscais aos financeiros; desde o acesso a matérias-primas como mão-de-obra qualificada a baixo custo; desde os custos dos defeitos e erros até aos custos de contexto. E é por isso que o CCZ tantas vezes fala que muitos ainda têm a cabeça como há 30 ou 40 anos atrás, em que estudaram muitas vezes coisas que até vinham dos USA, desde os métodos Dupont até aos do próprio Henry Ford. Esquecendo-se estes opinadores que vivemos num mundo diferente, onde coexistem os que apostam na produção máxima aos mais baixo custo possível e os que vendem sonhos ou satisfação de necessidades sensoriais através de empresas de que se especializam, não em vender barato um produtoo em massa mas em vender séries mais pequenas mas muito valorizadas pelos consumidores. Em termos simplistas, uns fabricam Ford Ts ao mais baixo preço possível, mas em grandes séries. Outros vendem Ferraris de série limitadas mas altamente com uma produção especializada e altamente valorizada pelos seus consumidores. Ele, o CCZ, até chega a dizer: se encontrarmos os consumidores certos e os satisfazermos como ele o deseja, podemos suportar todo o tipo de custos. Até mão-de-obra muito cara! É mais ou menos isto que diz o CCZ. E em parte tem razão. Um consumidor exigente mas que pague bem por essa satisfação é uma mina de ouro, que da´até para ter custos elevados e mesmo assim ganhar dinheiro. Ou seja, produzir produtos e serviços de alto valor acrescentado.
    .
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    Ora, Portugal pode tentar obter os dois tipos de produção. Mas é dificil mas não impossível. Mas só é possível pagar mais de mil euros a alguém se esse alguém fizer parte de uma empresa ou equipa capazes de gerar valor o suficiente para pagar os tais mil euros. Mas conciliar ambos os tipos de empresas é dificil. E criar hibridos ainda mais dificil o é. Por isso é que há que ter em conta que se queremos ser capazes de pagar mais de mil euros a cada português, temos que criar as condições para que os dois tipos de empresas surjam. As que apostam em grandes séries, com um enfoque importante na capacidade de gestão da produção, e é na gestão da produção que está o ganho essencialmente. Por exemplo, implementar refinarias de crude porque é um tipo de produção altamente “taylorizada”. Os custos salariais de um funcionamento de uma refinaria de crude são muito baixos face aos custos de financiamento, amortização do capital, manutenção da refinaria, gestão da qualidade, gestão da segurança e paragens imprevistas da produção, etc. E as que apostam na venda de sonhos, como as que a gestão da produção é menos importante, sendo dado enfoque em conhecer os consumidores e satisfazer os seus sonhos, as suas mais extraordinárias necessidades, etc. Como por exemplo, criar um Ferrari e vendê-lo não apenas como uma mera ferramenta mas um símbolo, um sonho ou uma extravagância. Em que a cultura, a inteligência emocional, as emoções e sensações se sobrepõem ao simples acto de utilizar o produto ou serviço.
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    Portanto, em ambos os casos, Vc. tem que meditar em como irá conseguir atingir os seus objectivos escolhidos. Se quiser ser um produtor excepcional ou um vendedor de sonhos excepcional. E gerar políticas públicas que permitam atingir os seus objectivos. Mas as suas soluções não permitem criar valor acrescentado suficientes numa sociedade, pois ambas as soluções-saídas para a crise portuguesa não se compadece com medidas proteccionistas, com escolhas de sectores, etc. Por isso eu lhe perguntei: como irá conseguir gerar actividades que possam pagar mais de mil euros por mês a alguém? Como é que irá o governo português decidir as suas opções se quiser que em Portugal haja salários acima dos mil euros por mês?

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  130. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 00:20

    Anti-comuna. tens post no Cocanha que gostava de saber o que pensas.

    Bjs

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  131. anti-comuna's avatar
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    8 Maio, 2011 00:52

    Chegando aqui, temos aqui vários problemas para gerir. Se queremos ser produtores intensivos, temos que ter mercados abertos para poder aceder às melhores tecnologias ao mais baixo preço; acesso a grandes mercado livres e acesso a capitais abundantes e baratos. Se impusermos políticas proteccionistas, os demais países competidores irão também criar problemas no acesso aos seus mercados. Dito de outra forma, ao querer beneficiar a sua produção nacional, como resposta pode ter o acesso aos mercados externos também intervencionados. Ou acha que os países proteccionistas não sofrem também as suas represálias?
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    Além disso, como já o disse anteriormente, quando beneficiamos alguém, penalizamos outros, que depois acabam por influenciar negativamente quem desejamos beneficiar. Não é por acaso que países proteccionistas costumam ter problemas de competitivdade. Ou seja, não querem competir com armas iguais, tentando fazer batota e cabam por pagar o custo dessa batota. Por isso sorri quando me disse que Espaha e os USA faziam batota. Mas a batota que fazem não lhes serve de muito, pois acabam por serem dois dos piores exemplo a nível de balança comercial. Os que tentam fazer batota acabam por pagar um preço. Seja através de uma menor qualidade de vida das suas populações como até de uma ineficiência produtiva que acaba por destruir quem aqueles queremos beneficiar. Já países como a Suiça ou a Alemanha, fruto da sua deliberada estratégia de serem eficientes na produção, competindo livremente nos mercados, permite-lhes serem de tal forma eficientes, que nem mesmo salários mais altos os impedem de vender muito mais do que compram ao exterior. Quem tenta fazer batota, acaba por perder no longo prazo.
    .
    .
    E aqui vamos depois para a questão do acesso a capitais baratos. Ora, para sermos os mais eficientes possíveis, temos que ter capital intensivo. Basta ver que, novamente o exemplo da refinaria de crude, são necessários muitos capitais para montar uma refinaria. É necessário saber gerir bem a capacidade financeira do projecto de investimento, baixando o máximo possível os custos de acesso a capitais externos, para podermos gerar valor. E para acedermos a capitais externos há que ter uma moeda forte, estável e credível. Aquilo que os Alemães e os suiços tiveram nos últimos 60 anos. Por isso são uma potência económica e industrial. Neste tipo de produção, saber gerir o acesso a capitais externos é capaz de ser bem mais importante que saber vender. Logo, quanto mais aberta as suas economias e mais estáveis e fortes as suas moedas, melhor.
    .
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    Portanto, há factores importantes necessários para se ser uma potência industrial. Uma, acesso a capitais baratos, acesso a mercados consumidores e fornecedores abertos (por exemplo, ter acesso às melhores tecnologias é de importância vital e que o digam os chineses que se queixam amiíude que não lhes é vendida tecnologia capaz de lhes tornarem ainda mais competitivos) e um mercado interno o menos distorcido possível e os custos de contexto mais baixos possíveis. Ou seja, para se ser uma potência industrial também é necessário ter mercados livres e não gerar movimentos dos nossos oponentes que nos impeçam de sermos o mais eficientes possíveis.
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    O que me surpreende até é isto. Para baixarmos os custos de produção é necessário consumir matérias-primas o minimo possível. Mas ao subsidiarmos o consumo destes, em vez de tornarmos a industria mais efciente ainda vamos incentivar a ser o menos eficientes possíveis. O que é por si ainda mais caricato como é possível alguém desejar um país competitivo subsidiando o conusmo de matérias-primas. Ainda por cima importadas, o que é ainda mais curioso. Faz sentido isto? Claro que à primeira vista até parece ajudar os nosso produtores mas depois, analisando-se bem a profundidade da proposta, logo aqui se vê que é um erro clamoroso. O Japão tornou-se altamente eficiente nalgumas industrias e não foi a subsidiar a importação de matérias-primas. Pelo contrário, todos os esforços foram feitos em aumentar a intensidade da produção, isto é, produzir mais com matérias-primas, já que as importa quase todas.
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    Infelizmente é assim mesmo no mundo. Pensa-se que ajuda-se intervindo nos mercados quando acaba por ter efeitos contrários ao desejado. Os USA ao não cobrarem pela poluição estão a léguas dos competidores europeus e japoneses na eficiência energética. Ou seja, ao subsidiarem as importações de matérias-primas energéticas através de políticas ambientais laxistas não criaram competitividade nenhuma e hoje estão cada vez mais dependentes dos petroregimes. E, por outro lado, dentro dos USA, ao tentarem levarem ao absurdo a defesa do meio ambiente, destruiram a industria na California, por exemplo. Ou seja, duas políticas contraditórias num país, mas aplicadas por diferentes tipos de poderes públicos geraram apenas mais desemprego, exportação de industrias e dependência externa, que lhes faz entrar em cada vez mais guerras, piorando ainda mais os custos de contexto e acesso a capitais baratos.
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    Nestas coisas é assim mesmo. O que é agradável ao ouvido parece ser bom. Mas depois, no médio e longo prazo é que se vê até que ponto as boas intenções geram os efeitos indesejados. É como o médico que receita elixires milagrosos mas que depois não funciona e acaba por o paciente morrer. Mas a promessa de facilidades e tratamentos sem dor costuma ter bons ouvintes e agrada às massas mas os seus efeitos é que são maus mas sempre desculpáveis com desculpas mal amanhadas e esfarrapadas.
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    Portanto, caro Ricciardi, em termos de intenções, as suas ideias são maravilhosas. Mas depois não funcionam e acabam por ter efeitos contrários ao desejado. Não tem sido assim com o comunismo, por exemplo? Com o proteccionismo, que baixa a produtividade? Que até grava crise, como ficou bem patente na crise dos anos 30? O pior é que já ninguém se lembra e tudo parece maravilhoso. No entanto…
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    PM Essa se pensar que um Salazar resolveria os nossos problemas porque os portugueses gostam de serem apascentados… Enfim, então é que é mesmo de sorrir, caro RB. Abraços.

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  132. anti-comuna's avatar
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    8 Maio, 2011 01:01

    Zazie, estás falar da venda do BPN?
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    Aquilo nunca deveria ter sido nacionalizado, já que não era muito arriscado deixálo falir. Mas antes que o deixassem falir que ao menos deixassem o Cadilhe tentar limpar aquilo.
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    Agora quem assumiu aquilo tem que pagar. Quem nacionaliza assume os activos e os passivos. Se quiseram ficar com aquilo, agora que paguem.
    .
    .
    Quanto à sua venda, duvido que consigam vender. Mas sempre é melhor dar como perdido o que já lá enterraram lá que continuar com um sorvedouro. Como se costuma dizer: as primeiras perdas costumam ser as mais pequenas. E se aquilo não conseguir ser vendido é porque não tem solução e mais vale fechar o banco. Do que continuar a alimentar um buraco sem fundo.

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  133. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    8 Maio, 2011 09:28

    Bem, AC, acho engraçado falar em batota no que ao comercio internacional diz rspeito, quando a batota, nos dois paises que mencionei ( espanha e eua) é uma resposta clara à batota levada a cabo pela china (e outros).
    .
    A verdadeira batota não está em protegermos o nosso emprego e industrias de pouco valor acrescentado (mas geradoras de emprego), não, a verdadeira batota está em produzir da forma como produzem. Se não admitimos internamente que se produza assim, não compreendo como devemos abrir a econoimia a quem não o faz.
    .
    Aos governos dos paises ocidentais, cabe garantir às suas proprias populações que a civilidade adquirida ao longo dos tempos, nos campos da saude, do ambiente, lazer, educação, artes etc, não se perca ou diminua fortemente.
    .
    O seu erro é achar que a economia deste país especifico (portugal) poderá assentar exclusivamente na riqueza produzida por empresas sempre na vanguarda da tecnologia, da inovação constante, na marca, no valor acrescentado. Não é nem nunca será assim. O principal objectivo de um governo de qualquer pais é a empregabilidade das suas gentes. Sem emprego não há estado que resista. E se é certo que todos aqueles pontos que acrescentam valor aos produtos devem ser trabalhados, tambem é certo que precisamos de garantir in betwwen às pessoas empregos.
    .
    A sociedade será sempre constituida por gente fraca, media e boa, em termos de educação e profissionalismo. Não há volta a dar, a não ser ir elevando progressivamente a qualidade média das pessoas atraves da educação. Mas os outros paises tambem nao estarão parados. Seguirão tambem eles esse desiderato. Portanto, em sociedade, mesmo uma pessoa pouco inteligente ou pouco instruida (seja por que motivo for) tem direito a ter a sua vida. Tem direito a ter um emprego, ainda que seja um emprego numa linha de montagem taylorista (muito em uso na china). E o facto é que a sociedade tem uma quantidade apreciavel de gente fraquita ou mediana. Não podemos esconder a cabeça debaixo da areia e teorizar um mundo perfeito, como o fazem os comunas no seu mundo fantastico, irrealidades, sejam elas comunistas ou liberais.
    .
    As pessoas são o que são hoje e não amanha. A manha é outro dia e é hoje que devemos melhorar a formação das pessoas com vista a futuro melhor, mas não podemos esquecer que é hoje que elas tem de comer, vestir, beber e fazer filhos…
    .
    Sabe, a nós cabe-nos resolver os nossos próprios problemas. O desemprego REAL é enorme. Estou mesmo convencido que é superior a 20%. Basta somar à estatistica oficial a chusma de gente emigrada (90% nao declara que o é, garanto-lhe) e mais os jovens que nunca trabalharam e nao tem registo em lado algum, fora aqueles que são colocados artificlamente fora das estatisticas.
    .
    Para voçê transformar este pais numa alemanha ou japão ou finlandia ou suecia, tem de tomar medidas hoje que potenciem tudo o que o caro AC falou e que o CCZ varias vezes refere, mas nao se esqueça que os resultados serão palpaveis (se forem) daqui a uma ou duas gerações. Não é possivel transformar com um clique a economia do pais. Por isso, os sectores tradicionais, aqueles aonde ainda temos algum know how de saber fazer são importantissimos para aguentar este pais até que os frutos das medidas sejam realizados.
    .
    Por outro lado, estou mesmo convencido que, é precisamente nesses sectores de savoir fair adquirido ao longo dos tempos que poderá estar o nosso futuro. Mais nesses sectores do que propriamente nos sectores aonde os alemaes e japoneses e americanos tem vindo a liderar o mundo e que certamente irão continuar a liderar, asfixiando a concorrencia que quer entrar, quer na inovação constante quer na escala de preços que conseguem imprimir deslocalizando a produção.
    .
    Nós temos que aproveitar e desenvolver aquilo que já sabemos produzir, melhorando, investigando, modernizando conceitos de gestao, nas entregas, na proximidade, no desenvilvimento de novos conceitos alicerçados na qualidade rara dos nosso produtos… apostar na escala pequena e de qualidade que é o que sabemos e podemos fazer. Apostar na agro-industria, em produtos derivados da pesca (enorme é a zona de pesca) com fizeram os espanhois com a pescanova, investir fortemente na investigação, na marca que é fundamental. Olhe, tenho um familiar ligado ao calçado que ganhou uma fortuna nos eua porque conseguiu um contrato de ‘uso de produto’ com uma actriz de renome. Às vezes basta isso para entrar no mundo do negocio.
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    RB

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  134. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:09

    Anti-comuna e Ricciardi:

    Estou a falar de muito mais. Leiam o post e digam alguma coisa.

    Eu estou é parva por ninguém falar nisto.

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  135. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Maio, 2011 10:20

    Zazie, sinceramente não percebi onde queres chegar com o teu post. Achas que os 12 mil milhões são para injectar no BPN? Não, não o são. São em parte para desalavancar nem que seja à força, com a entrada do Estado no capital da nossa banca, através de injecções de capitais estatais em aumentos de capital. As outras ajudam passam por dar garantias públicas à emissão de dívida da banca, agora com dificuldades em aceder a financiamentos externos.
    .
    .
    Mas se explicares melhor a coisa para entender o que queres mesmo dizer no texto, agradeço-te.

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  136. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:27

    Lê o post que acho que está claro.

    Eles passam 12mm ao Estado para o Estado emprestar aos bancos. Depois os bancos voltam a emprestar ao Estado para estes emitirem dívida pública e os bancos a comprarem. Sem mais, já vão 24 mm com juros para saírem para o FMI.

    Isto até se chama uma benrnankice igual à que a FED fez, com a diferença de cá não se poder baixar moeda. Portanto faz-ze com dinheiro fabricado do ar e ao preço do euro, para ser pago em juros em euros.

    Uma quantitative easing. O caso dos 3 SPV do BPN é outro ainda mais grave. É porem à venda até finais de julho, por preço mínimo, em saldos, e com a obrigatoriedade de no fim as tais SPV – special purpose vehicles – (lixo tóxico) ficar para o Estado.

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  137. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Maio, 2011 10:32

    Caro Ricciardi, nestas coisas os batoteiros acusam sempre os demais pelo inicio da batota:
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    “Bem, AC, acho engraçado falar em batota no que ao comercio internacional diz rspeito, quando a batota, nos dois paises que mencionei ( espanha e eua) é uma resposta clara à batota levada a cabo pela china (e outros).”
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    Tem ideia das batotas a que são sujeitos muitos países, a começar na China e a acabar no Brasil, por parte da Europa e dos USA? Pois é. Nós gostamos de nos apresentarmos como os bonzinhos da fita e os demais os maus. Infelizmente nunca é assim e são todos culpados, por uma forma ou outra.
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    Agora, eu acho que o amigo vive com ideias de há 30 anos atrás. Essa fobia à concorrência e ao exterior é apenas má racionalização das nossas fraquezas. Vc. está mesmo convencido que a China vai-se manter um país competitivo com base em salários? Se o pensa é porque não estudou com cuidado como se desenvolve uma economia a partir do nada rumo a uma altamente desenvolvida. Aliás, essas suas palestras c0ntra chineses é o mesmo tipo de discurso dos que na Europa peroraram contra a abertura dos seus mercados ao nosso calçado, vestuário, etc. Ou por acaso pensa que os nossos sectores tradicionais não roubaram empregos na Alemanha, Suécia, Suiça, etc?
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    O problema é que Vc. vê estas coisas estáticamente, como se não houvesse uma evolução permanente. E pensa que os países de mão-de-obra barata também não procuram abocanhar o seu quinhão. Até porque, os cidadãos continuam a votar com os pés, emigrando para países onde as suas economias são desenvolvidas o suficiente para pagar melhores salários que nos seus países de origem.
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    Por outro lado, acho piada esse seu tom jocoso com os portugueses. Acaso acha que somos atrasados mentais que não conseguiremos fazer tão bem ou melhor que os melhores do mundo? Se o pensa é porque não conhece mesmo os portugueses, capazes do melhor e do pior. Aliás, é notório que os que pedem medidas proteccionistas e protecções especiais costumam ser aqueles o que têm pior auto-estima colectiva. Quando o problema é mais de falta de boas lideranças.
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    Por vezes quando vejo criticas aos nossos empresários, eu lembro-me sempre do que aconteceu no 25 de Abril, em que tanto empresários e os principais gestores do país tiveram que fugir do país. Deixando o vaio enorme e uma incapacidade de gestão inacreditável. E leva anos a gerar know how para competir ao mais alto nível. Estamos a trilhar esse caminho, mal ou bem, mais ou menos rápidamente.
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    Onde Vc. vê só desgraças em Portugal eu também vejo coisas muito bem feitas. Mas como as nossas élites são arrogantes, pensam sempre que o país é uma merda, os portugueses uns atrasados e apenas eles são bons. No entanto é precisamente contrário. O nosso povo é do melhor que há no mundo e as nossas classes dirigentes uma boa merda. Enfim, mas isso é mesmo um problema que com o tempo e sem encostos ao poder, o próprio mercado livre e concorrencial resolve, afastando as más élites e criando novas élites mais bemprepadas.
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    Bom, vou-me. Abraços.

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  138. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:33

    Está lá escrito, eu escrevi como percebi- de forma básica. Essa treta de parte do empréstimo ser para a banca não é nem como dizem os comunas- para a banca ficar mais gordinha ; nem como se calam todos os outros- para a banca depois emprestar às empresas.
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    É uma engenharia financeira para se criar dinheiro a partir do ar e ser o Estado a comprar de novo o que foi injectado!

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    É literalmente a mesma coisa que fazem os Bancos Centrais e fez a FED para em conluio com o governo financiar os EUA e mascarar a dívida por venda de títulos de dívida pública- criar moeda sem equivalente a riqueza.

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    só que esses fazem-no baixando o dólar ou a libra, e aqui vai ser com juros com o euro e com negócio da china feito pelo FMI!
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    ´E uma alavancagem comprada pelo Estado e que vai ser paga pelos contribuintes!
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    O BPN é mais uma das engenharias com o lixo a ficar também para o pagarmos. E o resto de venda das grandes empresas em 7 meses- são “rebajas” para se vender Portugal.

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  139. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:36

    Tu nem me respondias para que servia a tal fatia do empréstimo a ir para os nossos bancos.

    Eu li o acordo para perceber esse detalhe, dei com isto, pedi explicação acerca dos tais SPV e está lá no post o resultado. E bastava pegar-se nas palavras do acordo e explicar isso:
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    Para que serve a fatia dos 12mm à banca; que cena é essa da divisão em 3 SPV do BPN a ficarem para o estado depois da venda por preço mínimo até julho.

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  140. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:38

    A emissão de dívida pública é feita com encargo duplo do Estado. Dos 12 mm para bancos com empréstimo e compra, dá encargo de 24 mm sem contar com juros.

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  141. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:45

    Os tais 12 mm de euros que vão ser injectados nos bancos é para haver “um aumento de liquidez”
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    Isso significa para os bancos comprarem divida pública.
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    Então, quer dizer que o estado pede emprestado 12 mil milhoões ao FMI, dá o dinheiro aos bancos para depois estes voltarem a emprestar ao estado esse dinheiro!

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    .E depois fica o Estado com uma dívida ao FMI de 12 mil milhões e mais 12 mil milhões aos bancos portugueses num total de 24.mm.
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    Apenas por alto ,porque é mais e implica “recapitalização” dos nacos de modo a estes pedirem dinheiro ao BCE para comprar dívida pública.

    .
    Mas no fim o Estado fica a dever duplamente, é efeito de alavancagem. Quem a vai pagar é o contribuinte. Quem faz o negócio da China- o FMI e a banca europeia.

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  142. zazie's avatar
    zazie permalink
    8 Maio, 2011 10:50

    Recapitalização dos bancos, claro. É uma recapitalização para pedirem empréstimo ao BCE e feita com duplo encargo do Estado que de 12mm tem de ficar com dívida do dobro para a engenhoquice!

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