A esquerda mantêm-se no poder (2)
28 Junho, 2011
Basta saber que o programa de governo tem 129 páginas(!) e que as vacuidades mais recorrentes são: «promover», «assegurar», «incrementar», «melhorar», «desenvolver», «actuar», «apostar», «modernizar», «projectar», «criar» e outras similares, todas no sentido ideológico socializante de que cabe ao estado e este terá a função e os meios de fazer seja o que for. Andamos nisto há dezenas de anos (com o resultado que se vê), e ainda não aprenderam.
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Uma verdadeira reforma seria usar-se em meia dúzia de páginas apenas: «extinguir», «terminar», «ceder»…

As coisas podem ser tomadas pela positiva (promover, incrementar, desenvolver…)
ou pela negativa (extinguir, terminar, abolir…).
Nada impede que ao promover A se extinga B.
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Ainda hoje comparei o programa de Sócrates com o deste governo e fiquei estarrecido.
Sócrates, ao pé destes «neo-sucialistas» até passa por um perigoso neo-liberal da escola de Chicago.
De facto o mesmo «politiquês xuxial» continua a ser largamente usado no «pugrama» do Governo.
A competir directamente com o «eduquês» tão criticado pelo ex-PCP(ML), Nuno Crato…
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Para que este governo não seja acusado de «esquerda» ou «xuxialista» que não se esqueça de estender o programa de TRABALHO COMUNITÁRIO aos beneficiários das «REFORMAS» (de favor) dos politicos , os quais ainda estão na idade activa para o trabalho, como vai fazer com os beneficiários do RSI.
Afinal, vamos continuar a ter portugueses de 1ª e portugueses de 2ª?
E o dinheiro que paga o cafézinho e a bejeca duns e doutros, não vem do mesmo saco, o saco dos contribuintes ou dos que neste momento estão a contribuir para a segurança social?
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Coincidência…
“Munger on Why Creating Jobs is Not Government’s Job”
http://www.coordinationproblem.org/2011/06/munger-on-why-creating-jobs-is-not-governments-job.html
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Há aqui gente que deveria ir para os EUA. Definitivamente estão na Europa, no lugar errado para Vsxias.
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Crato(inices)I
O Programa Do Governo PSD/CDS Para A Educação – 1
Isto não são medidas, são meras declarações de intenção. Enunciados que poderiam ser, salvo no caso das NO e dos exames, partilhados pelos governos Sócrates. Na melhor das hipóteses, no caso de serem implementadas a sério, são coisas que não estarão prontas para implementação antes de 1 a 2 anos (caso dos indicadores estatísticos).
E o tipo de discurso fica a dois passos do chamado… (EDUQUÊS)
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O pessoal do liberal turn acalenta a indispensável ideia de que a primeira função do estado é tornar-se dispensável, mas o problema são os liberais cá do torrão. A começar pelos empresários – os grandes, os médios, os pequenos e os micro. Ora venha a nós um beneficiozinho fiscal! Um perdãozinho também não fica mal! E uma subvençãozinha, pois então!
Agora é a mitificação da Taxa Social Única: ouço o representante da AIP, e lá está: o Estado, o grande Leviatão, para estes gajos é mesmo indispensável.
Aos liberais cá do terrunho sempre aprouve o promover, o incrementar, o desenvolver, mas as coisas estão a mudar. Agora também não desdenham o extinguir, o terminar, o abolir e… o privatizar. E mais uma vez o estado se mostra dispensavelmente indispensável.
Desconfio que cá no rincão, para os liberais, a política sempre foi a continuação dos negócios por outros meios. Ou foram os negócios a continuação da política com os mesmos meios?
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Crato(inices)II
O Programa Do Governo PSD/CDS Para A Educação – 2
Lamento, mas isto não motiva ninguém. O ECD não é complicado… tem é soluções erradas.
Motivar e desenvolver os recursos humanos da educação
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Crato(inices)III
O Programa Do Governo PSD/CDS Para A Educação – 3
E aqui começamos a entrar por um discurso nebuloso que muitos conhecemos…aquele em que se diz uma coisa gira que oculta o significado objectivo do que se pretende fazer. Se não é eduquês, vai a caminho. Porque nada disto estabiliza nada, muito pelo contrário.
Desde logo porque, sendo fiel ao programa eleitoral do PSD que eu critiquei logo que apareceu (aqui e aqui, entre outros posts de 8 de Maio), deixa coisas de fora e guarda muito do vácuo…
Qualquer destes pontos passa ao lado do essencial pois o primeiro – da autoridade – é meramente retórico, o segundo é vago e o terceiro é palavroso, mas não cumpre aquilo que foi prometido.
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Crato(inices)IV
O Programa Do Governo PSD/CDS Para A Educação – 4
Afinal a equipa ideal do ME seria Maria de Lurdes Rodrigues, Nogueira Leite e Pedro Marques Lopes.
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Não tenho dúvidas nenhumas que muita gente anseia ir para o «guverne» («perdendo» dinheiro ou fazendo «sacrifícios», como eles gostam de dizer), para, lá dentro, manobrarem os cordelinhos tratarem dos seus negócios.
Já lá vai o tempo que um gajo ia pr’o governo por causo desse mirífico e lírico «interesse público».
E os «liberais» tugas são ainda piores do que os outros: quanto mais parentes, mais pr’a dentro!
Business as usual…
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” o problema são os liberais cá do torrão. A começar pelos empresários – os grandes, os médios, os pequenos e os micro. Ora venha a nós um beneficiozinho fiscal! Um perdãozinho também não fica mal! E uma subvençãozinha, pois então! “
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Ainda hoje vi e ouvi pela televisão os «patrões» das confederações patronais com aquele discurso miserabilista, de coitadinhos, ou de contentinhos da silva com o novo Sr. Ministro.
Todos quiseram pôr a «mão pelo pêlo» do novo Ministro!
Todos a querer um empurrãozinho, um subsdiozinho, uma licençazinha, etc.
Aqueles «patrões» não são empresários. São delegados «sindicais» das suas indústrias e comércios.
O Carvalho da Silva, representante dos trabalhadores, ao menos mantem a dignidade e não vai para essas reuniões com a espinha dobrada!
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Chegou o eduquês a todos os ministérios?
É só palavreado para disfarçar acção e assertividade?
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Nuno Crato beneficia de uma conjuntura extremamente favorável, em que todos (pais, professores, funcionários, alunos do superior, etc.) estão descontentes e abertos a mudanças. Tlavez só Roberto Carneiro tenha beneficiado de uma situação dessas (que desperdiçou, diga-se). Resta saber se Nuno Crato vai conseguir aproveitar este momento. Ele disse um dia que a “máquina” do ministério da educação devia ser “impludida”. Certíssimo. O aparelho administrativo é um monstro absurdo, que funciona numa lógica de auto-justificação e que apenas serve para empregar clientelas. Só há um problema: é que meter toda aquela gente na rua, custa dinheiro. Muito dinheiro. Mas, no mínimo, espera-se de quem disse o que disse durante anos, que dê sinais de atribuir mais responsabilidades (maior autonomia) às escolas e comece a retirar poder a essa máquina. Já agora, para os que já abandonaram o sistema e não têm contactos frequentes com as escolas: vários ministros e secretários entraram no ministério de peito cheio e sairam pela porta pequena.
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«promover», «assegurar», «incrementar», «melhorar», «desenvolver», «actuar», «apostar», «modernizar», «projectar», «criar» , quererá vosmecê dizer, enfim, “continuar”, quando a esperança é a última a morrer, a esperança, como agora com o angélico, quando o que mais importa se deita já a perder.
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“Chegou o eduquês a todos os ministérios?”
Corre-se esse risco mas espero pelo menos da justiça uma verdadeira reforma, incluindo o código penal. Se a educação não educa a justiça tem de ser forte e liminar. O reforço das polícias: se a educação não educa as polícias o farão, com pedagogias mínimas. Depois há a auditoria, a verdadeira auditoria às contas do Estado. Tb tem de ser feita e já tarda. http://psicanalises.blogspot.com/
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Além, Caro Trill, do muito que metem ao bolso (muitos deles com IVA incluído) durante o seu “exercício operacional”… eheheheh… Boa malha!
Claro, e depois passam a vida, coitadinhos (eles e os seus presidentes associativos), a chorar de que isto está mau, muito mau… mas é sempre a abrir!
É inspeccionar-lhes os “sapatos”, cambados e de rotas solas, pelo muito que caminham porque já não dá pró pitrol, e os “casebres” aonde se abrigam, sem o mínimo de condições… pobrezitos – a começar pelos feirantes, restauradores, serralheiros, trolheiros, etc., etc…
E lá vamos nós, uma vez mais, contribuir para o bem estar “patronal”… que diacho, são eles que criam emprego!
Estou mortinho por ver, quando se começa a pensar nas “gajas” que parem os futuros “escravos” (subsidiando assim quem produz mão de obra), que irão enriquecer esta tão “sofredora cambada” – os “empresários/patrões”.
Claro que há sempre excepções, tal como na política… um bom exemplo – Sócrates, “um homem bom, sincero e de honrada palavra e postura” foi excepção no covil político!… eheheheheh!…
E “cá vamos cantando e rindo… levados, blá, blá, blá…”
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hum… se calhar a preferência era privatizar os lucros e nacionalizar as dividas.
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Nacionalizar as dívidas?! Privatizar o lucro e socializar a perda?! O BPN é o BPN é o BPN é o BPN é o BPN…
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«promover» – 90
«assegurar» – 32
«incrementar» – 2
«melhorar» – 31
«desenvolver» – 43
«actuar» – 12
«apostar» – 14
«modernizar» – 4
«projectar» – 3
«criar» – 38
«extinguir» – 1
«terminar» – 0
«ceder» – 0
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O post mais importante do Blasfemias 2011.
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Mas alguém esperava outra coisa?
Os partidos são todos iguais, não temos uma direita a sério em Portugal.
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Espanta-me a ignorância dos professores. Como é possivel terem acreditado em Passos e em Crato? As ideias de Crato, para serem implementadas, precisariam de muito, muito dinheiro, coisa que não há.
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Há duas medidas que poderiam ter algum resultado neste descalabro a que se assiste:
– Fim imediato da lógica: Lucros privados – Prejuízos públicos…
– Proibição de saídas massiças de capital… para paraísos e não só…
Andam aí alguns a roubar à ganância para o dinheiro desaparecer do país…
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Falta a palavra mais essencial : LIBERTAR
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