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Mas que grande lata!

29 Junho, 2011
by

José Blanco, ministro do Fomento espanhol, teve o topete tipicamente socialista de afirmar que a suspensão do TGV em Portugal era uma «má decisão». Curiosamente, a questão surgiu na mesma altura em que a Renfe espanhola suspendeu o AVE (TGV espanhol) entre Toledo, Albacete y Cuenca «por la escasez de la demanda». Parece que a coisa padecia de uma média de 9 passageiros quando os estudos, feitos a pedido (lá como cá), apontavam para a fantasia dolosa de 2.190…
Seria bem melhor que o socialista espanhol cuidasse dos seus próprios falhanços e nos deixasse corrigir em paz as múltiplas asneiras com que que os seus camaradas lusos nos açoitaram.

63 comentários leave one →
  1. Fredo's avatar
    Fredo permalink
    29 Junho, 2011 12:08

    Parece que esse José Blanco pensava que o Socas ainda não tinha ido dar uma volta, e estava apenas a fazer-lhe o jeito.

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  2. departamentocsh's avatar
    29 Junho, 2011 12:16

    Não sejam agressivos com os nossos “amigos” espanhóis.

    O diferendo resolve-se de forma amistosa.

    Eles dizem que o projecto é bom.

    Oferecemos-lho-
    Construam o TGV e explorem-no durante 100 anos (ou 1000, o tempo que quiserem…)…

    O Engenheiro pode entrar no negócio, se quiser. Ele e os amigos…

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  3. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    29 Junho, 2011 12:31

    Realmente, tal como os pareceres jurídicos dos juristas, os estudos económicos dos economistas (desculpas pelas redundâncias propositadas) são coisa assim como que… pois. Custam muito, mas podem não valer nada. Por isso, não é possível saber-se se o TGV é ou não importante, enquanto não estiver em funcionamento. Depois do impronunciável vulcão islandês ter feito as suas travessuras, parece-me que a melhoria dos tranportes por terra terá de ser feito, provavelmente com comboios rápidos. Agora, poderá ser impossível. Mas não vale a pena exagerar-se contra o bicho. É que daqui a dois ou três anitos os críticos exacerbados poderão ter de engolir uns sapinhos.

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  4. O Anti Calimero's avatar
    O Anti Calimero permalink
    29 Junho, 2011 12:38

    Coitado do PSOE. Está a dar as últimas. Os espanhóis vão correr com eles como os portugueses correram com o PS e o Eng.º Sócrates.

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  5. Jose Ferreira da Sil's avatar
    Jose Ferreira da Sil permalink
    29 Junho, 2011 12:40

    O castelhano que vá estourar o seu dinheiro como quiser e onde quiser , mas Portugal não precisa de TGV.
    Aliás os espanhois estou a dar-nos a maior prova de que estouraram dinheiro no TGV . Ontem suspenderam 3 linhas a partir de Toledo para o sul de espanha.Cada linha tinha 9 passageiros dia.Ficave mais barato manda-los de taxi.
    Espanha = Fantasticus ,galaticus, e arruinadus .

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  6. Piscoiso's avatar
    29 Junho, 2011 12:41

    O que leio na pg.27 do Público de hoje é que o governo espanhol lançou um concurso público para o projecto de construção da linha de TGV entre Porriño e Valença do Minho, no âmbito da linha Porto-Vigo.
    Espero que a influência de Amorim, como deputado minhoto, dê um jeitinho para a construção do TGV Porto-Valença.

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  7. Minhoto's avatar
    Minhoto permalink
    29 Junho, 2011 12:48

    Sobre esse Blanco está este artigo que li no El Mundo no verão passado.
    http://minafog.blogspot.com/2010/08/el-paradigma-del-camionero-salvador.html

    É xuxa e mostra bem como os xuxas são em todo lado, para isso até têm uma internacional.

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  8. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 13:02

    O TGV para Madrid seria um buraco sem precedentes. Nem percebo como pôde alguma vez ser equacionado (e contatualizado!) http://psicanalises.blogspot.com/

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  9. A. C. da Silveira's avatar
    A. C. da Silveira permalink
    29 Junho, 2011 13:23

    Há leis para punir politicos que fazem negocios ruinosos para o estado. Socretes e Mendonça têm que responder por mais este contracto que foi feito para a Mota-Engil receber 150 milhões de euros, com um investimento de meia duzia de patacos. Toda a gente dizia que este projecto não devia avançar, mas os corruptos do PS foram em frente. Agora pagamos todos com lingua de palmo.

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  10. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 13:43

    Lembram-se das maravilhas da execução orçamental do governo anterior?
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    “O défice público no primeiro trimestre ficou em 3177 milhões de euros em contabilidade nacional (a que interessa a Bruxelas), o que representa 7,7 por cento do PIB, ficando ainda distante do objectivo de 5,9 por cento definido para o conjunto deste ano, segundo as contas nacionais trimestrais por sector institucional divulgadas hoje pelo INE.”
    .
    In http://economia.publico.pt/Noticia/defice-publico-de-77-por-cento-no-primeiro-trimestre_1500731
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    .
    O Teixeira dos Santos vai dar aulas de quê? Como aldrabar as contas? Se é assim, muitos bons contabilistas vão sair das suas aulas. lololololololol

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  11. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    29 Junho, 2011 14:00

    Segundo foi dito aqui Espanha lançou concurso público para o projecto de construção da linha de TGV entre Porriño e Valença do Minho.
    Entre Valença e Porriño são 20 Km.
    🙂

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  12. Ativo's avatar
    29 Junho, 2011 14:05

    O TGV é fundamental para nos colocarmos de novo na Europa. O porto de Sines é uma entrada fulcral de muitos países para o velho continente; um porto que precisava de um transporte que escoasse as suas mercadorias. Esta ligação fazia da nossa posição geográfica uma mais-valia e contribuía significativamente para a economia nacional. Se os comboios de passageiros levam só 9 pessoas, azar, porque não é só isso que os transportes transportam (passe a tautologia).

    Todos os investimentos são caros, mas o retorno tem que ser devidamente percebido.

    Esta visão geral da coisa sem ver as suas mais-valias é o que afunda o nosso país.

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  13. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 14:11

    Bem, o governo português pode mandar calar o seu congénere castelhano.
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    Dizer-lhes assim: bom, nós cumprimos a nossa parte do acordo se Vcs. cumprirem aquele que garante a a via electrizada de mercadorias até à fronteira francesa.
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    E está o problema resolvido. Em Portugal é que, com a mania de nos agacharmos aos espanhois, nem temos tomates para exigir aquilo que eles, os espanhois, se comprometeram a fazer.

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  14. MJRB's avatar
    29 Junho, 2011 14:15

    O que afundaria (ainda mais) Portugal e dizimaria irreversivelmente a vida económica e financeira dos portugueses seria a continuação da escumalha dependente e liderada pelo chefe Sócrates !
    Se continuassem, e pelo que se viu e sentiu ( incompetências, abusos de poder, corrupção, mentiras institucionais, justiça controlada, etc, etc.), não duvido que delapidariam aceleradamente o erário público e, quase certo, teríamos um remake do que está a acontecer na Grécia !

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  15. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 14:23

    “Esta visão geral da coisa sem ver as suas mais-valias é o que afunda o nosso país.”
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    Quais são as mais-valias do TGV? Posso transportar mercadorias? Se não posso, mais vale ir de avião.
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    Mais valias, só se for no bolso dos banqueiros e promotores imobiliários.
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    Arranjem um TGV que se possa transportar mercadorias e eu apoio quase totalmente a sua construção. Não o fazendo, apostar apenas nos passageiros, é estoirar dinheiro, tanto no investimento como na sua manutenção.
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    Enfim, mais-valias, mais-valias. Mais valias estar calado. ehehhhheh

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  16. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    29 Junho, 2011 14:34

    Isto aqui vai uma “ciência”….desde vulcanogia passando por organização de território.
    “Atão” não é que para precaver o vulcão islandês se justifica o tgv? porra pá !!! é melhor mandar parar os terramotos também senao o tgv não circula.
    Depois é a ligação à Europa……mas que Europa? Barcelona? é que a ligação além Pirineus foi adiada sine die.
    Ahhh tá bem….apanhamos o tgv em Lisboa descemos em Barcelona, apanhamos o avião para Marselha e novamente o tgv lá.
    Ok…o meu pedido de desculpas…..
    Se o pinóquio consegiu duplicar ou triplicar a dívida a luminária zapatero conseguiu pasar de um superavit fr 8% no orçamento pra defices a ponto de atingir 60% do seu PIB.
    E vem aqui gente recomendar essa gente?
    Não chegou o mentiroso compulsivo engenheiro de domingo?

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  17. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 14:40

    Bom, parece que desta vez os gregos vão mesmo tentar resolver os seus problemas. Isso é excelente para Portugal.
    .
    .
    Agora vamos ver o que é que os governos vão dar aos investidores/detentores das obrigações gregas para este sfazerem o rollover. Parecido com a Iniciativa de Viena, vai ser uma anorme folga aos gregos. Pelo menos que a saibam aproveitar.
    .
    .
    Entretanto a libra está em queda livre. E percebe-se bem porquê. O povo inglês está a ser parasitado até ao tútano. Os salários não sobem tanto como a inflação e estão em pãnico. Os preços da comida e da energia sobem de tal forma, que cada vez mais há bifes sem tusto para chegarem ao fim do mês.
    .
    .
    A crise grega, comparada com a inglesa, é uma brincadeira de meninos. Ainda vou ver os bifes de mão estendida junto dos restantes europeus. Apontem aí.
    .
    .
    A notícia-sensação. Os bifes estão a racionar comida.
    .
    .
    “British consumers starting to ration, says Asda boss
    .
    Consumers are suffering from a “toxic mix” of “facts and fear” about household incomes, eurozone debts and rising prices, Asda’s chief finance officer has said.”
    .
    In http://www.telegraph.co.uk/finance/newsbysector/retailandconsumer/8604046/British-consumers-starting-to-ration-says-Asda-boss.html
    .
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    “Judith McKenna said the true cost of living was only now “beginning to take its toll on British families” and was worried that policy-makers in Whitehall had little grasp of the impact on low income households.
    .
    She revealed Asda’s own “average household” income tracking showed families’ disposable incomes were falling fast, dropping 8pc year on year in May – the largest decline “ever”. ”
    .
    In http://www.telegraph.co.uk/finance/newsbysector/retailandconsumer/8604046/British-consumers-starting-to-ration-says-Asda-boss.html
    .
    .
    Os pataratas que acham que ter uma moeda fraca ajuda, estão mesmo agarrados a ideias geradas num tempo em que as economias eram muito diferentes das de hoje. Enfim, de nada vale comer sebentas se depois elas não ajudam nada a perceber os problemas e tão pouco os resolver.
    .
    .
    O primeiro-ministro inglês, que se gaba de não ter aderido ao euro, ainda vai ver com quantos paus se faz uma canoa. Ainda vai-se arrepender das asneirolas que disse e do euroceticismo. E como ele, muitos como ele, que andam a ver navios.

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  18. A. R's avatar
    A. R permalink
    29 Junho, 2011 14:53

    Zapatero está ligado ao suporte de vida e em paragem cerebral. Os espanhóis devem fazer o que os portugueses fizeram ao estudante de filosofia: desligar a máquina àquela inutilidade e picareta falante que mergulhou o país num desastre humanitário de níveis quase épicos.

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  19. JoséB's avatar
    JoséB permalink
    29 Junho, 2011 15:00

    « a coisa padecia de uma média de 9 passageiros quando os estudos, feitos a pedido (lá como cá), apontavam para a fantasia dolosa de 2.190»
    Como na Dinamarca lusitana,
    com uns energúmenos a debitar 25.000 por dia entre Lisboa a Madrid (em 2030).
    12.500 em cada sentido, Vale?
    Porto-Madrid, ainda com mais!

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  20. A. C. da Silveira's avatar
    A. C. da Silveira permalink
    29 Junho, 2011 15:55

    O João Galamba descobriu finalmente que a consolidação orçamental se faz ao longo do ano, e não apenas nos tres primeiros meses, daí ele concluir que a noticia hoje publicada pelo INE de que o defice dos tres primeiros meses está em 8,7%, é uma ( a 1ª) habilidade do governo. Mas ele não se fartou de dizer que em 2005 o defice encontrado em Abril para o fim do ano(????) era de… 6,83%? O rapaz é mesmo habilidoso. Manhoso, pouco inteligente, e habilidoso!
    N.B. Peço desculpa ao autor do post de fazer aqui este comentario que gostaria de ver publicado no Jugular, mas estou farto de ver os meus comentarios censurados pelo Galamba. Já lá fiz inumeros comentarios, e ele não publicou nenhum. Um verdadeiro espirito democratico, este Galamba!

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  21. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 16:18

    Quem é esse João Galamba? Aquele gajo que disse também que as dívidas não contam e podem ser emitidas todas quantas o governo deseja? O mesmo que acha que o BCE deve ter uma impressora infinita? Se for essa, o amigo Silveira anda a perder tempo com o homem.
    .
    .
    Mudando de assunto. Parece que afinal o roll over da dívida grega (atenção que isto é deveras importante para Portugal!!!!! ) vai ter muitos aderentes. (Tal como na Iniciativa de Viena. ) E, mais uma vez, os céticos do aéreo perdem mais um combate ideológico. Os privados parece que não querem perder dinheiro. lolololololol
    .
    .
    “Bancos alemães já têm acordo de princípio para ajuda à Grécia
    .
    O CEO do Commerzbank, Martin Blessing, disse que já existe um acordo de princípio para a ajuda à Grécia e que pretende participar nesse acordo. ”
    .
    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=493305

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  22. Me's avatar
    29 Junho, 2011 16:27

    esta história das contas do ave serve sobretudo para ver as contas de astrólogo rasca dos estudos e projecções e patati pagos a peso de ouro. é que de 9 para 2190 vai muita fruta. peçam mas é uma indemnização a quem fez as contas.

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  23. Piscoiso's avatar
    29 Junho, 2011 16:49

    Carlos Dias (14:00)
    Enganou-se na quilometragem.
    De Porriño à fronteira portuguesa são uns escassos 6,6 kms.
    Entre Vigo e Porriño já as coisas estão mais adiantadas.
    É claro que os compromissos de Portugal com a União Europeia sobre a implementação do TGV na península ibérica não podem estar ao sabor dos coelhos que passam.
    É por isso que Merkel e Sarkozy se riem na cara de Passos.

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  24. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    29 Junho, 2011 16:56

    Portanto, caro AC, a ‘sua vitória’ foi a intervenção que os ESTADOS europeus fizeram à Grécia. Para quem não acredita que os ESTADOS podem contribuir para melhorar um país estamos conversados.
    .
    Quanto ao substracto da questão… finalmente os ESTADOS europeus, juntamente com o parlamento do ESTADO Grego resolveram dar margem ou folga à economia Grega. Foi tarde a reestruturação (no sentido mais angélico do termo), mas enfim, mais vale tarde do que nunca.
    .
    Pode a Grécia respirar mais um bocado, se o povo deixar, o que dúvido. Não há governo (democratico) que aguente as politicas sustentadas no açambarcamente da poupança e rendimentos dos privados por parte do estado. É uma questão de tempo. Apontem aí.
    .
    E portanto, para Portugal, isto é bom. Pelo menos para já, enquanto as medidas que se anunciaram não se fizerem sentir. O governo é constituido por bons rapazes e até com excelentes intenções, mas…
    .
    Quanto ao AÉRIO. É uma moeda artificial criada de cima para baixo, como tudo o que sai de mentes socialistas. Artificial e nada condizente com o ritmo e pulsar das economias dos aderentes. A ÚNICA hipotese da moeda vir a ser boa moeda é, efectivamente, a europa federalizar-se. Caso contrario, daqui a um ano temos outra crise e depois desta outra e outra e outra ao sabor das CRISES que cada aderente venha a ter.
    .
    Rb

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  25. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    29 Junho, 2011 17:00

    Eu não quero saber de TGV nem de castelhanos para nada.
    O que eu quero saber é se o Governo vai obrigar os actuais reformados politicos sub65 (com reformas de favor e obscenas) a prestarem TRABALHO COMUNITÀRIO, como vão ser obrigados os pobres desgraçados do RSI.
    Isto é que interessa aos contribuintes portugueses.
    Não é Blanco, que não conheco de parte nenhuma e já agora sugiro que se preparem para uma guerra longa com Espanha!

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  26. licas's avatar
    licas permalink
    29 Junho, 2011 17:23

    não seria melhor mudarmos o nome para Península
    ____________________________PINDÉRICA?

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  27. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 17:45

    não é preciso ser-se “inginheiro” para perceber que um comboio a 400 km ou mais por hora não pode transportar mercadorias.

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  28. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 17:46

    “Portanto, caro AC, a ‘sua vitória’ foi a intervenção que os ESTADOS europeus fizeram à Grécia. Para quem não acredita que os ESTADOS podem contribuir para melhorar um país estamos conversados.”
    .
    .
    Bolas, Vc. até parece aqueles curandeiros que acham que com mais veneno curam os intoxicados.
    .
    .
    Se o Estado grego é o culpado do que se passa na Grécia, logo corrigir o que anda a fazer o Estado grego é o passo para a cura.
    .
    .
    Estanha a sua mania de ver as coisas. lolololololol
    .
    .
    Quanto ao euro ser uma moeda artificial. Diga-me. Deus criou alguma moeda e é usada na natureza pelos seres vivos? ehehehehehhh
    .
    .
    Vou beber um bagacinho, antes que me constipe.

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  29. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 17:46

    só se forem caixas de lenços de papel… Renova, made in Spain…

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  30. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    29 Junho, 2011 18:52

    As mercadorias de necessidades rapida e leve (medicamentos, peças informaticas, roupa, correio em papel), ja viajam de aviao. A zara ja distriubui a sua produçao a nivel mundial via aeroporto do Porto.

    As mercadorias pesadas e de tempo de resposta lento (contentores, liquidos, inertes, etc) tem que viajar de comboio ou de TIR. Mas nao precisam de serem rapidas. Um comboio normal consegue fazer isso.

    Por isso que que se diz que nao se justifica economicamente ter um TGV para mercadorias, apesar de tecnicamente possivel.

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  31. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 19:39

    “Um comboio normal consegue fazer isso.
    .
    Por isso que que se diz que nao se justifica economicamente ter um TGV para mercadorias, apesar de tecnicamente possivel.”
    .
    .
    Os estudos demonstram o contrário. Por haver falta de vias europeias ferroviárias (por exemplo, a legislação actual não permite que uma máquina portuguesa possa chegar a França, até os maquinistas é preciso mudar!) é que o comboio não é competitivo. Fica mais barato ir de camião, quando é necessário cumprir tempos de espera curtos e ou fica mais barato ir de barco, quando os tempos de espera são mais relaxados.
    .
    .
    A resposta a este problema, na minha opinião, são TGVs de mercadorias, internacionais, num mercado verdadeiramente integrado. Os nossos decisores políticos é que não ouvem os especialistas em transportes. Mais triste é, quando Portugal está na periferia dos centros consumidores europeus.
    .
    .
    Agora, é verdade que o transporte aéreo pode responder muito, mas está limitado pela própria capacidade de ter corredores aáreos não congestionados. Pode não parecer, mas os céus estão a ficar esgotados. E com esse esgotamento, a capacidade de mobilizar mercadorias, que serão sempre menosprezadas face aos passageiros, que é mais lucrativo.
    .
    .
    Poderão surgir novas soluções, mas duvido que as tenhamos em tempo oportuno.

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  32. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    29 Junho, 2011 19:48

    Caro Piscoiso
    Porriño/Valença : 20Km
    Entre Vigo e Porriño já as coisas estão mais adiantadas.
    Ai sim???
    Em que aspecto?
    A autoestrada Porriño/ Vigo está sempre vazia.
    Os galegos devem mesmo precisar de um TGV.

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  33. AcrzZz's avatar
    AcrzZz permalink
    29 Junho, 2011 19:51

    AC
    Existe TGV de mercadorias?? Aonde?

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  34. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 19:51

    TGV’s de mercadorias só são seguros e rápidos se não existirem curvas….
    qto aos alemães continuam a usar os rios para o transporte de mercadorias.

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  35. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 19:56

    mas que tgv de mercadorias europeu se os espanhóis nem sequer têm prevista a linha que liga o TGV “ibérico” à francesa e resto da europa? De resto os troços franceses de TGV foram feitos para passageiros e não para mercadorias, o que exigiria um traçado diferente que permita grandes tonelagens circularem a altas velocidades. Isto parece conversa de tolos… TGV europeu de mercadorias…

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  36. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 20:06

    Evidentemente que no dia em que Portugal puder construir – e manter – um TGV seria interessante que o traçado fosse concebido tendo em mente essa ideia de um hipotético TGV inter-europeu de mercadorias…

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  37. trill's avatar
    trill permalink
    29 Junho, 2011 20:08

    Evidentemente que no dia em que Portugal puder construir – e manter – um TGV seria interessante que o traçado fosse concebido tendo em mente essa ideia de um hipotético TGV inter-europeu de mercadorias…
    Mais que não seja para podermos um dia dizer aos outros: se o TGV europeu de mercadorias não é viável não é por culpa nossa…

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  38. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 20:29

    Quanto aos TGVs internacionais de mercadorias, a ideia nem é minha. É dos chineses.
    .
    .
    Aqui há tempos li um chinoca a defender TGVs de mercadorias, não apenas dentro da China, mas entre a China até à Russia a norte, até pelo menos ao Mediterrãneo (as duas antigas rotas da seda) e entre a China e o sudeste asiático.
    .
    .
    Agora estão a fazer a auto-estrada que dizem que vai um dia ligar á Europa ocidental.
    .
    .
    Vendo bem as coisas, tendo em conta as tecnologias actuais, um comboio de alta velocidade para mercadorias é a opção mais interessante.
    .
    .
    Os países do centro da Europa estão a começar a exigir dos transportes rodoviários o pagamento de taxas, impostos e até portagens. países como a Suiça já começaram a impôr restrições á passagem de camiões no seu território. Mas a Holanda e a Bélgica também já começam a pensar em cobrar aos camiões que por lá passam. os custos ambientais, manutenção de estradas, risco de acidentes, custos ambulatórios, etc. começam a ser demasiado elevados para aceitarem que o seu território seja apenas um mero ponto de passagem. E isto vai pesar nos portugueses, claro.
    .
    .
    As restrições ambientais também começam a ter um peso forte na opção destes países e já começam a exigir que os camiões que por lá passam cumpram determinados requisitos que impeçam a emissão de gases poluentes nos seus territórios. Isso também vai pesar nos custos dos portugueses.
    .
    .
    Outro problema é que, começam alguns países a terem problemas de gerir o elevado tràfego de camiões. Ter 3 faixas de rodagem não chega para tanto camião na estrada e começa a ser impossível conseguirem terrenos para aumentarem para mais faixas de rodagem. Um dia a UE vai resolver isso, com mais custos para os portugueses.
    .
    .
    Não estou a ver o transporte aéreo a resolver o problema europeu. Mas com comboios de alta velocidade (e falo de comboios que debitem 400 ou 500 kms por hora carregados de contentores), num mercado verdadeiramente europeu, integrado. E comboios que vão de Lisboa a Helsinquia ou até Moscovo.
    .
    .
    Mas o futuro dirá qual a melhor solução.

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  39. Piscoiso's avatar
    29 Junho, 2011 20:34

    Carlos Dias (19:48)
    O projecto Vigo-Porriño já foi adjudicado em 09/02/2010
    Se vc acha que portugueses e galegos não precisam do TGV,
    faça um abaixo-assinado.

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  40. A Campos's avatar
    A Campos permalink
    29 Junho, 2011 20:37

    Eu deixava o TGV em aberto…
    Se eles acharem que se trata de bom negocio, eles que o construam e explorem.
    E podiam ficar com os lucros so para eles!

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  41. lucklucky's avatar
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    29 Junho, 2011 20:44

    Eu preciso de um TGV ……se forem os outros a pagar.

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  42. anti-comuna's avatar
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    29 Junho, 2011 20:53

    O erro da Europa, na minha modesta opinião, de quem não pesca muito de ferrovias, mas com uma certa ideia de como as coisas devem funcionar, é fazer do projecto do TGV, mero transporte de passageiros, gerido por interesses publicos e sem analisar muito bem o potencial em termos de um verdadeiro mercado europeu, livre, aberto e competitivo.
    .
    .
    Veja-se este interessante mapa:
    .
    http://www.neovist.org/tgv_europe.htm
    .
    .
    Se isto fosse a pensar numa lógica integrada, internacional, para transporte de mercadorias (e pessoas também, claro, se houvesse mercado para isto), num mercado aberto e livre, com separação entre a gestão das vias e as empresas ferroviárias, aposto que teria sucesso. Esta imagem reflecte um mapa de TGVs daqui a 15 anos. Mas só será possível se a lógica for o transporte de mercadorias e não apenas passageiros. Pelo contrário, duvido mesmo que o transporte de passageiros seja rentável nos países com uma densidade populacional pequena e periférica.
    .
    .
    Agora, se a Europa pensasse nisto em termos de mercado, em que um TGV de mercadorias saía de Lisboa ou Porto (ou Aveiro, onde quer que seja em Portugal) e chegava a Copenhaga passadas 8 horas no máximo… Ou um comboio que chegava a Moscovo no máximo em 24 horas… Além de rentabilizar as linhas, unificava mais o mercado interno europeu.
    .
    .
    É claro que o nosso tecido produtivo tinha muito a ganhar com este TGV de mercadorias. Seriamos menos perifericos e seria mais fácil termos fábricas em Portugal a fornecer, por exemplo, componentes, a uma fábrica da Volkswagen em Bratislava ou até mesmo a da Toyota em Valenciennes.
    .
    .
    Só que os nossos políticos o que querem é sacar dinheiro para obras públicas, independentemente da rentabilidade dos projectos e do seu custo, nem os seus fins. Não têm uma visao integrada da economia, sequer.
    .
    .
    Agora, qualquer pessoa minimamente informada sabe que um TGV de mercadorias com estas linhas que na imagem do link acima mostram… Portugal tinha muito a ganhar. Mas mesmo muito.
    .
    .
    Mas nem Portugal está atento a estas questões, nem sequer na Europa há muita vontade de o fazer, em especial os países mais centrais e em locais densamente povoados. Mas era o que Portugal devia fazer. Aceitar TGVs desde que servissem pelo menos as mercadorias e tudo numa lógica de competição interna, entre as companhias ferroviárias, anulando as restrições ao funcionamento de um verdadeiro mercado europeu, concorrencial, livre e aberto.

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  43. anti-comuna's avatar
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    29 Junho, 2011 20:54

    O erro da Europa, na minha modesta opinião, de quem não pesca muito de ferrovias, mas com uma certa ideia de como as coisas devem funcionar, é fazer do projecto do TGV, mero transporte de passageiros, gerido por interesses publicos e sem analisar muito bem o potencial em termos de um verdadeiro mercado europeu, livre, aberto e competitivo.
    .
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    Veja-se este interessante mapa:
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    h ttp://www.neovist.org/tgv_europe.htm
    .
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    Se isto fosse a pensar numa lógica integrada, internacional, para transporte de mercadorias (e pessoas também, claro, se houvesse mercado para isto), num mercado aberto e livre, com separação entre a gestão das vias e as empresas ferroviárias, aposto que teria sucesso. Esta imagem reflecte um mapa de TGVs daqui a 15 anos. Mas só será possível se a lógica for o transporte de mercadorias e não apenas passageiros. Pelo contrário, duvido mesmo que o transporte de passageiros seja rentável nos países com uma densidade populacional pequena e periférica.
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    Agora, se a Europa pensasse nisto em termos de mercado, em que um TGV de mercadorias saía de Lisboa ou Porto (ou Aveiro, onde quer que seja em Portugal) e chegava a Copenhaga passadas 8 horas no máximo… Ou um comboio que chegava a Moscovo no máximo em 24 horas… Além de rentabilizar as linhas, unificava mais o mercado interno europeu.
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    É claro que o nosso tecido produtivo tinha muito a ganhar com este TGV de mercadorias. Seriamos menos perifericos e seria mais fácil termos fábricas em Portugal a fornecer, por exemplo, componentes, a uma fábrica da Volkswagen em Bratislava ou até mesmo a da Toyota em Valenciennes.
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    Só que os nossos políticos o que querem é sacar dinheiro para obras públicas, independentemente da rentabilidade dos projectos e do seu custo, nem os seus fins. Não têm uma visao integrada da economia, sequer.
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    Agora, qualquer pessoa minimamente informada sabe que um TGV de mercadorias com estas linhas que na imagem do link acima mostram… Portugal tinha muito a ganhar. Mas mesmo muito.
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    Mas nem Portugal está atento a estas questões, nem sequer na Europa há muita vontade de o fazer, em especial os países mais centrais e em locais densamente povoados. Mas era o que Portugal devia fazer. Aceitar TGVs desde que servissem pelo menos as mercadorias e tudo numa lógica de competição interna, entre as companhias ferroviárias, anulando as restrições ao funcionamento de um verdadeiro mercado europeu, concorrencial, livre e aberto.

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  44. Piscoiso's avatar
    29 Junho, 2011 20:55

    Trill
    A Espanha já está ligada à França por TGV.
    Linha Perpignan–Figueres, na ligação Paris-Barcelona.

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  45. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    29 Junho, 2011 21:08

    AC
    O seu comentario sobre tgv de mercadorias a 400 km h e no minimo socratico !!!

    explico ja porque

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  46. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 21:19

    Já agora, a linha que liga Madrid a Vigo também está em adiantada fase de construção. Falta saber como vão rentabilizar aquilo.
    .
    .
    Os espanhois estão a gastar uma fortuna no AVE e se não mudam para mercadorias, vai ser um sorvedouro de dinheiros públicos. Ou fazem ligações de comboios só para inglês ver.
    .
    .
    O que Portugal tinha a ganhar era forçar o transporte de mercadorias através do TGV. Nem imaginem o quanto teriamos a ganhar com isso. (E estamos cada vez mais perfiféricos em termos económicos, segundo um estudo do LAC.)
    .
    .
    E se Portugal queria mesmo ser a porta de entrada do mundo ibero-americano e lusófono na Europa, era o transporte de mercadorias por TGV a grande opção. Não apenas o Terminal de Sines, nos Portos.
    .
    .
    Eu imagino a fruta portuguesa, os seus legumes, etc. que se vendia bem, por essa Europa fora, se o TGV fosse de mercadorias. E gerido como deve ser. Só em termos de sazonalidade que os portugueses ganhavam nas suas quotas de mercado…
    .
    .
    Não era apenas peras-rocha para a Russia, era morangos para helsinquia, laranjas para o centro da Europa…

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  47. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    29 Junho, 2011 21:20

    Vejamos:
    Os TGVs tem custos e beneficios face a outros meios de transporte. Tem tambem especializaçao. Portanto nunca fara sentido tgvs a 400 km h, porque ha transportes alternativos mais baratos (o maritimo e´ 2,5 vezes mais barato que a ferrovia por ton/km e e´ 5 vezes mais barato que a rodovia por ton/km). Para os produtos que actualmente usam a ferrovia, contentores, inertes e minerios, automoveis, sao basicamente comodities onde o investimento em stock de segurança e´ mais barato do que um fornecimento just-in-time a alta velocida e alto custo. E´ um mero raciocinio economico perceber porque e que nunca havera de existir TGV de mercadorias.

    O que pode e vai existir e´ sim a criaçao de um mercado unico ferroviario que permitira viagens de mercadorias sem paragens e tambem as eco-tarifas sobre o transporte rodoviario de mercadorias. A UE e bem esta a facilitar e uniformizar do uso da ferrovia de mercadorias e tambem a China tem os planos que refere. Porem isso nao significa TGV, alta velocidade de mercadorias. Significa sim integraçao do mercado ferroviario para que os comboios normais nao percam tempo.

    Nao esquecer que as mercadorias viajam de noite e que um comboio ao passar de 200 km/h para 300 km/h o consumo duplica. Imagine o que seria transportar toneladas a 400 km/h…. glup…

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  48. licas's avatar
    licas permalink
    29 Junho, 2011 21:30

    Toda a patetice socrática tem
    no Pisoiso em ardente apoiante
    (ESTATISTICA e CONCRETAMENTE IRRELEVANTE . . .)

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  49. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    29 Junho, 2011 21:33

    Caro Ac,

    O seu raciocinio e´ completamente keynesiano. De onde vem o dinheiro para TGV de mercadorias ? Ja reperou nos custos de amortizaçao e exploraçao de um TGV de mercadorias ? E isso nao teria que ser incluido nos custos das peras e morangos ?

    E certo que se pode rentabilizar a rede de alta velocidade com comboios de mercadorias. Mas isso nao significa que seja comboios te alta velocidade. Podem ser comboios normais na rede da AV. Mas isso tambem nao e´ liquido dado que uma rede, canal, pontes para suportar comboios de mercadorias ficaria muito mais cara do que projecta-la apenas para passageiros.

    AC, lamento informa-lo mas a sua mente esta cheia de equivocos economicos identicos aos que costuma e bem criticar por aqui.

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  50. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 21:39

    “Portanto nunca fara sentido tgvs a 400 km h, porque ha transportes alternativos mais baratos (o maritimo e´ 2,5 vezes mais barato que a ferrovia por ton/km e e´ 5 vezes mais barato que a rodovia por ton/km).”
    .
    .
    O problema aqui, caro José Silva, é que cada vez mais temos a produção JIT e o tempo começa a ser um factor terrivelmente custoso. Quero dizer, o velho aforismo do tempo é dinheiro conta cada vez mais.
    .
    .
    Vou apenas buscar um exemplo. Suponha o quanto poderá um agricultor português vender em determinados mercados, em que a sua produção está adiantada face ao resto dos europeus e os custos de transporte de viagens intercontinentais tornam pouco competitivo importar fora da Europa. E dou-lhe um exemplo real para lhe confirmar isto. Onde estou, há cerca de um mês, o kg. da batata estava a cerca de 2 euros por kg. Chegando a haver a 3kgs. Quando em Portugal anadava a cerca de 70 cts. de euro. Porque aconteceu isto? A batata nova atrasou-se na maturação e houve falta de batatas. Quem vendeu batatas aqui? Franceses, praticamente.
    .
    .
    Agora imagine que havia um TGV de mercadorias (ou um pendulino, o que seja) punha aqui uns contentores de batatas portuguesas. Quase de certeza que vendiam bem, pois a janela de oportunidade foi relativamente pequena no tempo.
    .
    .
    E estou apenas a dar um exemplo. Poderiamos extender isto para flores, etc. Não conheço esses mercados para saber as oportunidades existentes. Mas sei que existem.
    .
    .
    Vc. tem razão em dizer que o custo é mais alto que o maritimo. Mas não tem em conta as mudanças que estão a ocorrer nos mercados, em que o tempo é um factor crucial. É como aquela anedota do gajo que primeiro fabricar a TShirt do clube que é campeão e apresneta o produto durante as comemorações. Ou seja, os ciclos do produto estão a encortar-se e a tornarem o tempo como factor primordial. Logo, os custos inerentes ao transporte maritimo estão a subir. E os aéreos a cairem.
    .
    .
    E o tipo de integração económica, não apenas europeia mas mundial, estão a comprimir os ciclos dos produtos, tornando a rapidez no factor decisivo.
    .
    .
    Vc. agora poderá dizer que um TGV de mercadorias tem limitações. Aceito que o diga. Mas o transporte de mercadorias será o mais competitivo face às mudanças nos mercados. E a prova disso, veja lá bem a coisa, o próprio Buffett já se meteu numa operadora ferroviária.
    .
    .
    Se o TGV for europeu, os barcos não serão competitivos, tendo em conta a sua falta de rapidez.

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  51. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 21:47

    Tenha em conta o que se está a passar no mercado texteis e no calçado. Com o ciclo dos produtos a comprimierem-se e os custos de transporte a subirem bastante, os chineses estão a perder mercado. E as fábricas portuguesas a ganharem encomendas, por causa do tempo de resposta, não apenas na sua qualidade. O tempo aqui começa a pesar.
    .
    .
    E aquilo que está a acontecer nos texteis começa a acontecer noutros mercados. Seja eles nas televisões, nos telemóveis ou até mesmo nos produtos agrícolas.
    .
    .
    O custo-tempo é cada vez mais e será cada vez mais no futuro, um dos factores críticos de sucesso. Não apenas os tipos da Logistica o dizem como, até por exmeplo, o CCZ, que tem chamado cada vez mais à atenção para este factor, que está a passar despercebido por muitos.
    .
    .
    É claro que Vc. pode dizer. Bem, o transporte aéreo é o que melhor responde a esse custo. Mas, como lhe dizia, o tranpsorte aéreo tenderá a subir á medida que os corredores aáreos se congestionam.
    .
    .
    Mas estude o ciclo cada vez menor dos produtos e vai ver que não estou tão errado como isso. E daqui a 10 anos, o ciclo será ainda mais comprimido e o factor tempo e janela de oportunidade, um factor critico de sucesso. E, na minha opinião, só o TGV de mercadorias nos ajudará.
    .
    .
    Transporte de passageiros, já é velho, não é rantável. Nem prevejo que o seja, excepto para regiões com uma alta densidade populacional.

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  52. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    29 Junho, 2011 22:04

    Caro AC o JIT não se verifica na velocidade.
    Para isso há os transportes especiais rápidos.
    O JIT funciona com o planeamento e organização.
    O TGV a transportar uma (ou duas) dúzia(s) de cont. não se justificará nunca.
    Já uma rede trans-europeia de ferrovias de carga seria uma opção.
    Embora, até agora não ouvi ninguém falar disso.
    Mas nunca a parvoíce de Porriño/Vigo e Lisboa/Madrid (!!!!).
    Por mim, se querem encher os bolsos a alguém, não ponho qualquer problema.
    Mas, por favor, vão contar histórias ao Piscoiso e similares.
    Não a mim.

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  53. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    29 Junho, 2011 22:08

    “Caro AC o JIT não se verifica na velocidade.
    Para isso há os transportes especiais rápidos.
    O JIT funciona com o planeamento e organização.”
    .
    .
    Vamos ver daqui a 10 anos. Olhe, no sector da moda, (e a Zara é o mais perfeit0 exemplo disso mesmo) o tempo é cada vez mais crucial. Por muito planeamento que se faça, a resposta dos consumidores é mais imprevisivel do que desejamos e, pior ainda, cada vez menos fieis. O que gera pressões cada vez maiores na capacidade de resposta em tempo útil.
    .
    .
    Note bem uma coisa. Não defendo o TGV de passageiros. Mas se fosse de mercadorias e integragado numa lógica europeia e internacional…

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  54. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    29 Junho, 2011 23:11

    Caro amigo AC
    “O que gera pressões cada vez maiores na capacidade de resposta em tempo útil.”
    E de que maneira.
    O melhor exemplo será o da indústria automóvel, em que qualquer percalço poderá implicar a paragem de uma linha de montagem. (Glup).
    Mas essas situações não se aplicam à logística (regular) do TGV, mas sim como disse, aos transportes especiais.
    Claro que o TGV poderá dar resposta em certas ocasiões, mas não será (a) solução.

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  55. Piscoiso's avatar
    29 Junho, 2011 23:31

    Carlos Dias (22:04 )
    Meu caro, os meu comentários neste post são factos.
    Se isso o incomoda, por ser contra as suas convicções,
    beba um bagacinho como o outro.

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  56. PMP's avatar
    PMP permalink
    29 Junho, 2011 23:31

    Estranhamente concordo com o AC sobre o TGV de mercadorias.
    .
    Claro que não será necessário os 350 Km/h mas os 200 Km/hora de um AV de mercadorias permitiriam à Europa integrar muito mais as suas economias e defenderem-se da subida do preço do petroleo e do custo do transporte rodoviário.
    .
    É claro que isto é um projecto quase federal da União Europeia e Keinesiano, já que praticamente 100% desta infraestrutura teria incorporação europeia. Ou seja o custo para uma europa unida seria quase zero.

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  57. JMLM's avatar
    JMLM permalink
    29 Junho, 2011 23:53

    Caro CAA, então os acordos agora já não se cumprem?
    Julgo que em tempos que já lá vão o PSD acordou qualquer coisa neste sentido…

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  58. Piscoiso's avatar
    30 Junho, 2011 00:37

    A.C.
    O seu raciocínio sobre o transporte de mercadorias por via ferroviária de AV é pertinente e será certamente um dos componentes na evolução do transporte ferroviário.
    As LAV actuais, têm como limite uma carga de 17 toneladas por eixo. A partir daí há toda uma série de variáveis a considerar, no que diz respeito à estrutura do material circulante. Uma coisa é certa, a evolução do transporte ferroviário segue paredes meias com a evolução dos outros meios de transporte, optimizando as suas vantagens específicas.

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  59. PMP's avatar
    PMP permalink
    30 Junho, 2011 03:40

    O que seria necessário para aumentar a tonelagem por eixo nas LAV ?

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  60. Piscoiso's avatar
    30 Junho, 2011 08:36

    Obviamente a via: tipo de carris e assentamento destes.
    Mas essa é apenas uma das variáveis.

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  61. mesquita alves's avatar
    mesquita alves permalink
    30 Junho, 2011 15:38

    Os comentadores do Blasfémias estão a ficar ao nivel dos comentadores do Correio da Manhã.
    Foi assinado um acordo com a comissão europeia para a construção da via em causa.
    Foi assinado um acordo entre Portugal e Espanha, que empenha ambos os países na construção da linha Lisboa/Madrid. Este acordo tem implicações economico/financeiras para ambos os países, de dezenas de milhar de milhões de euros.
    Acha estranho que o ministro espanhol, queira falar com o seu homólogo, para saber se é um adiamento, ou um “jamais” ? Olhe que Viana é terra de homens de palavra…
    Boa tarde.

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  62. esmeralda's avatar
    esmeralda permalink
    1 Julho, 2011 18:14

    Parabéns, senhor Deputado! Finalmente uma Assembleia e um debate civilizado, com pessoas de muito nível, de boa educação e com muita substância. E, principalmente, a verdade. à saída do 1º ministro, um jornalista “esclarecedor” da opinião pública, perguntava por Bairrão, falava de Moura Guedes e Eduardo Moniz… Fantástico! Já para o Emídio Rangel e Joana Dias deixei de ter pachorra. O 1º parece algo perturbado, na minha opinião.

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  63. Yevgenya Kissinova's avatar
    Yevgenya Kissinova permalink
    21 Agosto, 2011 00:51

    LAV (Linhas Alta Velocidade) mistas são todas 25 toneladas / eixo na Espanha.
    Podem transportar mercadorias nas linhas de alta velocidade desde que rodas sejam boas (as de má qualidade causam agressões aos carris).
    Até aqui na Rússia sabemos isso.

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