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Critérios técnicos

8 Julho, 2011

1. O prémio de esforço: dado que Portugal está a fazer um esforço, merece um bom rating, mesmo que esse esforço não produza resultados.

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2. O prémio pela intenção: uma vez que o ministro das finanças já anunciou a sua determinação em reduzir o défice, as agências deviam dar-nos um bom rating.

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3. Professora, aquele menino também copiou: Portugal devia ter um bom rating porque há países com ratings que não merecem.

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4. Esto es una injusticia: o governo ainda agora chegou e já lhe estão a cortar o rating.

52 comentários leave one →
  1. Piscoiso's avatar
    8 Julho, 2011 08:52

    Falta uma lista
    do que o governo não fez
    para que lhe cortassem o rating.

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  2. AA's avatar
    8 Julho, 2011 09:29

    Outra “crítica” é que a Moody’s desceu o rating da dívida portuguesa uns quatro níveis – um exagero! Ora, esse rating estava três níveis acima das outras duas agências, o que quer dizer que agora só está um nível abaixo daquele que é dado pelas outras duas agências. Quanto muito a Moody’s estava a dormir e a classificar Portugal como mais solvente do que é.

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  3. LA-C's avatar
    8 Julho, 2011 09:33

    AA, penso que está enganado. neste momento, na Moody’s, Portugal está dois níveis abaixo do seu rating nas outras duas empresas.

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  4. AA's avatar
    8 Julho, 2011 09:35

    LA-C, obrigado pela correcção. dois níveis.

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  5. JMLM's avatar
    JMLM permalink
    8 Julho, 2011 09:44

    Tudo isto é muito estranho, confuso, pouco transparente…
    Mas afinal o que é isso do raiting?
    O que vale esse raiting?
    Quem é o dono do Raiting?
    Quem paga o raiting?
    O raiting come o quê?
    O raiting dá lucro a quem?
    Pode-se comprar raiting, em que marcado?
    Será que o Sr João Miranda pode explicar.
    Obrigado.

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  6. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 10:01

    Calme, que o governo tomou mais umas medidas. Cortou no cartão de crédito dos ministros.
    .
    .
    Desconfio que há marosca nos corredores do Terreiro do Paço.

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  7. AB's avatar
    8 Julho, 2011 10:19

    A indignação parece ser geral: todos contra a Moody´s!
    .
    É a função que faz o órgão e a função da Moody´s é proteger os seus clientes dos maus investimentos.
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    Parece que toda a gente passou a achar que Portugal é um bom investimento… e a RTP e a CP e a Madeira e Sintra também…
    .
    Por vezes, muitas vezes, a nossa comiseração é nauseante.

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  8. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 10:31

    Afinal é tudo uma questão de crença:
    .
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    “De acordo com o jornal “Sol”, a Standard&Poor’s (S&PP) só irá reduzir o “rating” da dívida portuguesa se o Governo falhar “significativamente” as metas da troika, ou, se os custos de reestruturação da banca superarem 3% do PIB.
    .
    “Se a equipa de Passos Coelho cumprir as metas orçamentais e as medidas estruturais prometidas, o ‘rating’ poderá estabilizar ao nível actual”, disse fonte da S&P ao jornal “Sol”.
    .
    Já ao “Diário de Notícias”, a agência revelou acreditar em Portugal. Revelou que “mantém a opinião e os números relativamente a Portugal”, apesar da classificação da Moody’s. ”
    .
    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=494999
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    .
    Está é na altura do governo de lançar a luz: qual foi o verdadeiro défice, de Janeiro a Maio de 2011? Estão a usar a herança com que objectivo menos claro? O governo em vez de transparente, é demasiado opaco para aquilo que prometeu.

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  9. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    8 Julho, 2011 10:45

    Joao Miranda, há qualquer coisa no seu raciocinio errada.
    .
    Vejamos, v.exa. tem defendido que as medidas liberalizantes preconizadas pela troika devem prosseguir, e que compreendem cortes consideraveis nas despesas publicas.Por outro lado não acredita que essas medidas venham a dar resultado, uma vez que concorda com a analise da moodys e com o respectivo rating.
    .
    Afinal de contas, em que é que ficamos?
    .
    Se acredita nas medidas de austeridade preconizadas, deve tambem acreditar que a analise da moodys estará errada.
    .
    Pessoalmente, digo-lhe, o problema de Portugal (e grande parte do ocidente), ou melhor a resolução dos problemas vão muito para além da implementação de medidas de austeridade. O problema redunda na sua base no modelo de globalização e nas regras de comercio internacional que fomos obrigados a aceitar. Portugal nunca terá a produtividade alemã. Nunca. São pessoas diferentes, climas diferentes, formas de viver distintas.
    .
    Quando portugal aceitar fazer aquilo que sabe fazer e deixar de imitar os outros poderá começar a crescer. Para isso é necessário proteger os nossos sectores tradicionais aonde (ainda) temos know how, sejam eles na industria, nos serviços, pescas ou agricultura e minas. Não há outra forma de conseguirmos competir com estes blocos. Não é. Por um lado temos no norte pessoal disciplinado e altamente produtivo que massificam produtos de VALOR, por outro lado temos pessoal a leste e a sul que produz a metade do preço que nós produzimos.
    .
    Se queremos produzir emprego e ter um horizonte de crescimento sustentavel temos de combinar dois tipos de empresas simultaneamente. As de mão de obra intensiva e as geradoras de Valor. As duas são necessárias para que Portugal cresça. Só conseguirá fazer isso se, e só se, existirem mecanismos que protejam as nossas empresas do exterior, nomeadamente da economia chinesa assente na degradação da pessoa humana (escravatura, poluição etc) para onde toda a produção ocidentral se tem deslocalizado.
    .
    Rb

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  10. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:01

    O problema, caro Riccfiardi, é haver demasiada opacidade no mercado da dívida tuga. Surgiu um rumor que, pense embora os ataques á dívida tuga, do outro lado do atlântico não há apenas quem aposte na queda. Mas num gigantesco bailout, logo é de comprar dívida.
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    .
    Sabeendo-se da promiscuidade entre investidores neste tipo de activos e os accionistas da própria Moodys, quem nos garante que os que lançam as bombas não estejam a apanhar as canas noutro lado, esperando pelo bailout.
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    .
    É preciso entender que a Alemanha já conseguiu o que queria na Grécia, logo, a proposta dos gajos do IIF pode ser aprovado, premiando os que agora compram dívida.
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    Não há meio dos europeus cabarem com as operações OTC, dark pools, etc. Porque, se houvesse transparência nos mercados, sabia-se melhor quem compra e vende e as suas eventuais ligações a determinados agentes do mercado, como as agências de rating.
    .
    .
    Volto a repetir. Surgiram uns rumores que do lado de lá do atântico andam a comprar dívida dos periféricos, cobrindo com outros instrumentos e que é manobra bem feita, já que a tese da Moodys é que o contágio obriga a um bailout gigantesco, premiando os que compram dívida agora. Se é peta ou mais informação na guerra entre ambos os lados do atlântico…
    .
    .
    O Governo tem que ser mais transparente e não apenas mostrar vontade de o ser. É que andar a brincar com as heranças pode depois virar-se contra o próprio governo. E é bem feito!

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  11. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:13

    Segundo me apercebi, um gajo em Portugal lançou a proposta dos portugueses comprarem dívida tuga, já que está a incorporar um default. E que poderia ser evitado se os portugueses poupassem e investissem na própria dívida tuga. A proosta pode parecer maluca, mas faz sentido e foi feita na Koreia do Sul, aqui há uns anos, quando eles estiveram na mesma situação que nós.
    .
    .
    Por outro lado, o Estado poderia incentivar a compra desta dívida usando uma espécie de collateral. Créditos fiscais, como aqui há dias o PMP aventou a hipótese. Os aforradores portugueses cobriam o risco do default através de créditos fiscais o que seria interessante para os próprios aforradores.
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    .
    A questão é saber como o Estado poderia ir ao mercado comprar esta dívida que incorpora um default num mercado dominado pela falta de transparência e informação. Mas se calhar o Estado consegue-o fazer.
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    Em vez de serem os especuladores a aproveitarem um eventual bailout gigantesco seriam os próprios portugueses, na prática reduzindo o endividamento português. E entalando os próprios especuladores.
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    .
    Há dias que nos parecem malucas mas na prática não o são. É de pensar nelas e talvez arriscar.

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  12. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:14

    “Há dias que nos parecem malucas mas na prática não o são. É de pensar nelas e talvez arriscar.”
    .
    .
    Há ideias, perdão!
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    .
    O bagaço hoje bateu forte. lolololololol

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  13. Romão's avatar
    Romão permalink
    8 Julho, 2011 11:25

    Eu tenho pena, JM, é que seja um pelintra e que não tenha tido guita para em 2007 comprar uns CDO’s classificados como AAA que em poucos dias cheiravam pior que o estrume. Se calhar hoje não era tão defensor dos critérios justos e infalíveis das agências de ratas. Ser pobre tem as suas vantagens, you don’t have to put your money where your mouth is.

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  14. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    8 Julho, 2011 11:30

    tenho impressão que JM, na maioria das vezes, não acredita no que escreve; a minha ideia é que existe entre os editores do Blasfémias uma aposta que consiste em ver quem tem mais comentários nos seus posts – quem perder paga o almoço!
    se estou errado, Jm vai esclarecer-nos qual a melhor constituição do governo – à luz dos resultados de jun5 – para levar à prática … a venda da RTP, o corte de 100% do 13ºmês, o corte de 50% no subsídio de férias, a redução do salário mínimo para 350€, o despedimento de 150.000 funcionários públicos e a venda do parque automóvel do governo e a consequente compra de 11 lambretas, para além da contratação da Moody’s por todas as juntas de freguesia.

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  15. Pine Tree's avatar
    Pine Tree permalink
    8 Julho, 2011 11:33

    “Ser pobre tem as suas vantagens, you don’t have to put your money where your mouth is.”
    Oh! Yes! Só tem que pôr o dinheiro dos outros onde põe a mouth dele! Sem interpretações dúbias, alto lá!
    Carneiro amigo, andamos todos ao mesmo!

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  16. PMP's avatar
    PMP permalink
    8 Julho, 2011 11:33

    Caro AC,

    A ideia do Mosler é simplesmente genial. Emitir divida pública que em caso de default permite pagar os impostos pelo valor nominal + juros decorridos.
    .
    Pode-se dizer que é apenas uma forma de transformar titulos de divida (obrigações) em quase-moeda.
    .
    Estou a tentar falar com alguem próximo do governo para tentar explicar este hipótese.

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  17. João Miranda's avatar
    João Miranda permalink*
    8 Julho, 2011 11:38

    ««Vejamos, v.exa. tem defendido que as medidas liberalizantes preconizadas pela troika devem prosseguir, e que compreendem cortes consideraveis nas despesas publicas.Por outro lado não acredita que essas medidas venham a dar resultado, uma vez que concorda com a analise da moodys e com o respectivo rating.»»
    .
    Eu não acredito é que as medidas venham a ser implementadas. Seja como for, a Moody’s não faz ratings com base na intenção do governo em cumprir o programa da Troika. A Moody’s faz ratings com base nos factos, e o facto é que o programa ainda não saiu do papel. Acresce que mesmo que o programa seja cumprido, nada garante que seja suficiente.

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  18. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:47

    “Caro AC,

    A ideia do Mosler é simplesmente genial. Emitir divida pública que em caso de default permite pagar os impostos pelo valor nominal + juros decorridos.”
    .
    .
    Olhe, eu não sei de quem é essa ideia. Mas é interessante. O ideal era o governo isentar de impostos os ganhos de capital e juros decorrentes desse investimento e atrair poupança dos tugas no exterior.
    .
    .
    Essa proposta faz mais sentido se o crédito puder ser negociado na bolsa, pois desta forma, até a poupança no exterior tinha um collateral liquido e transparante.
    .
    .
    Duvido é que os nossos governantes sejam capazes de pensar para além da cartilha.

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  19. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:49

    Posso é dizer que, ainda esta semana, uma senhora emigrante me disse estar a enviar a pasta para Portugal, para ajudar o país. Costuma ter as suas poupanças onde vive. Ela só quer saber se lhe vão roubar a pasta ou sairmos do euro. Portanto, como ela deve haver muitos.

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  20. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:51

    “A Moody’s faz ratings com base nos factos, e o facto é que o programa ainda não saiu do papel.”
    .
    .
    Vc. já se deu ao trabalho de ler o que ela própria disse? Se ler, ela não se limita aos factos, especula. (Como é muitas vezes normal.)

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  21. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    8 Julho, 2011 11:53

    JM: (… ) e o facto é que o programa ainda não saiu do papel (…)
    e qual é a medida da troika – que psd,cds,ps assinaram – que já deveria ter sido implementada e ainda não saiu do papel?

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  22. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 11:59

    Caro PMP, julgo que é este paper que Vc. refere, não é?
    .
    .
    http://pragcap.com/the-mosler-plan-for-greece
    .
    .
    Se for, agradeço confirmação. Quero ler isto com calma, quando os mercados europeus fecharem.

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  23. PMP's avatar
    PMP permalink
    8 Julho, 2011 12:07

    AC,
    É esse artigo.
    Bastam as obrigações estarem cotadas para incorporarem no preço a possibilidade de serem usadas para pagar impostos pelo valor facial.
    .
    Agora vai perceber o que é o “fiat-money” através desse site, estão por lá as referencias e links necessários.

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  24. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    8 Julho, 2011 12:08

    Eu pago ao meu médico para ele me confirmar que tenho uma saúde de ferro.
    Se ele me diz que estou doente, vou-lhe às fuças.

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  25. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 12:19

    “Agora vai perceber o que é o “fiat-money” através desse site, estão por lá as referencias e links necessários.”
    .
    .
    A ideia é boa mas não invente muito, por favor. O Estado ao emitir as obrigações e quem as compra, apenas há umas transferência de dinheiro, de um lado para o outro. É neutro. Os créditos é que são nova fornada de dinheiro. Se estiverem incorporados nas obrigações, como Vc. aponta, nada de anormal.
    .
    .
    Essa operação não é assim tão fora dos cânones da teoria monetária como Vc. pode pensar. Mas a ideia em si mesmo é excelente.
    .
    .
    A questão da negociação dos créditos fiscais à parte tem a ver com um acesso mais fácil e mais transparente, dos não residentes ao produto. Mas se não houver negociação à parte, não invalida a excelente ideia.

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  26. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 12:22

    Ah! E muito obrigado pela confirmação do link. 5 estrelas da sua parte.

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  27. Trinta e três's avatar
    8 Julho, 2011 12:23

    As agências de rating são pagas para avaliar. Se o cliente é muito poderoso, o relatório é sigiloso. Se não é, monta-se o cenário da catástrofe. Sempre assim foi. Mas, se olharmos para as dívidas de outros países e respectivas situações económicas, facilmente percebemos que estas avaliações pouco têm que ver com rigor e muito mais com outros interesses, nomeadamente… com um ataque cerrado ao euro. Agora, aqueles que acreditam na honestidade dessa gente, assim como na pureza e infalibilidade do mercado, provavelmente nunca vai perceber porque lhe caiu o céu em cima da cabeça (isto nada tem que ver com as asneiras- muitas- que foram cometidas pelos nossos governantes, ao longo de anos). Façamo como o Rui Rio e não renovem o contrato com as agências…

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  28. João Miranda's avatar
    João Miranda permalink*
    8 Julho, 2011 12:26

    ««e qual é a medida da troika – que psd,cds,ps assinaram – que já deveria ter sido implementada e ainda não saiu do papel?»»
    .
    Isso para a agência de rating é irrelevante. Se não saiu do papel é como se não existisse. A agência de rating não quer saber se o calendário está a ser cumprido. Quer apenas saber que medidas foram tomadas.

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  29. André's avatar
    8 Julho, 2011 12:34

    o comentário pi-erre foi hilariante

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  30. portela menos1's avatar
    portela menos1 permalink
    8 Julho, 2011 12:47

    JM 12:26
    Estamos, entäo, em presenÇa de uma descida de rating da Troika !!!

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  31. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 12:47

    Caro JM, olhe lá os factos:
    .
    .
    “The growing risk that Portugal will require a second round of official financing before it can return to the private market, and the increasing possibility that private sector creditor participation will be required as a pre-condition.”
    .
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    Pura especulação. (Eu entendo bem a guerra deles contra a solução anterior.)
    .
    .
    Factos? Nenhum. Ainda nenhum investidor na dívida grega ficou sem receber integralmente a pasta devida.
    .
    .
    “The growing risk that Portugal will require a second round of official financing before it can return to the private market, and the increasing possibility that private sector creditor participation will be required as a pre-condition.”
    .
    .
    Especulação.
    .
    .
    “the EU’s evolving approach to providing official support is an important factor for Portugal because it implies a rising risk that private sector participation could become a precondition for additional rounds of official lending to Portugal in the future as well. This development is significant not only because it increases the economic risks facing current investors, but also because it may discourage new private sector lending going forward and reduce the likelihood that Portugal will soon be able to regain market access on sustainable terms.”
    .
    Todas as passagens:
    .
    http://www.moodys.com/research/Moodys-downgrades-Portugal-to-Ba2-with-a-negative-outlook-from?lang=en&cy=global&docid=PR_222043
    .
    .
    O JM gosta das agências, pronto. Está no seu direito. Mas não invente muito, por favor. lollolololol

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  32. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 12:50

    Só lhe facto notar que estas explicações dadas pela Moodys são dirigidas aos portugueses mas quem eles querem atingir não são apenas os tugas. A ideia deles é outra. Mas duvido que as autoridades europeias se demovam da pressão deles.
    .
    .
    Aliás, até acho que isto vem reforçar a ideia que, mais que quebrar o oligopólio, é proibir esta agências (e demais como elas) de trabalharem na Europa. Não têm idoneidade para tal.

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  33. João Miranda's avatar
    João Miranda permalink*
    8 Julho, 2011 12:51

    Anti-comuna,

    Não é pura especulação. Resulta das regras aplicadas à Grécia.

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  34. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 12:57

    “Resulta das regras aplicadas à Grécia.”
    .
    .
    Que regras?
    .
    .
    Quase todas as justificações da Moodys são pura explicação e com objectivos mais abrangentes que analisar a situação tuga. Como alguns disseram, isto não foi apenas um ataque a Portugal, foi á própria troika. Entende o problema?
    .
    .
    Mas diga-me lá as regras, se faz favor, que devo estar a perder alguma coisa.

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  35. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 12:59

    Peço-lhe desculpa por isto:
    .
    .
    “Quase todas as justificações da Moodys são pura explicação e com objectivos mais abrangentes que analisar a situação tuga…”
    .
    .
    Queria dizer isto:
    .
    .
    “Quase todas as justificações da Moodys são pura ESPECULAÇÃO e com objectivos mais abrangentes que analisar a situação tuga”
    .
    .
    Mil desculpas a si e aos demais leitores.

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  36. Romão's avatar
    Romão permalink
    8 Julho, 2011 13:03

    O João Miranda quase que morre quando tem de explicar a fé. Se se põe a perguntar devidamente pela fundamentação do positivismo que tem apresentado ultimamente, ou deixa cair os argumentos, ou deixa cair a fé.

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  37. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 13:14

    Eh pá, por falar em koreanos. Vejam como é sempre possível fazer melhor e inovar:
    .
    http://www.wimp.com/marketingcampaign/
    .
    .
    Cheguei lá através deste postal do CCZ:
    .
    http://balancedscorecard.blogspot.com/2011/07/alargar-os-horizontes-parte-ii.html
    .
    .
    Estes gajos têm cabecinha pensadoooooora! 🙂

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  38. Luís Ferreira's avatar
    Luís Ferreira permalink
    8 Julho, 2011 13:28

    E agora, algo completamente diferente…

    E agora, algo completamente diferente…

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  39. licas's avatar
    licas permalink
    8 Julho, 2011 14:08

    Com o Sócrates a doces esposas dos Ministros usavam os carros oficiais, COM MOTORISTA,
    para fazer compras (SHOPPING) no Chiado e para levar os meninos à escola de manhã.
    Naquele (doce) tempo os Dirigentes tinham para usar, como lhes dava na bolha, CARTÕES DE CRÉDITO
    (á custa o Zé Pagante),
    E também os assessores não tinham limite do valor da remuneração . . .
    Li nos jornais de hoje que o PPCoelho tenta acabar com estas regalias:
    ____Carros do Estado só em serviço da República (INCLUINDO o 1º Ministro),
    ____Cartões de Crédito, abolidos
    ____Tecto salarial para os assessores . . .
    E depois diga-me qual é o verdadeiro socialista : o outro ou este . . .

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  40. e-ko's avatar
    8 Julho, 2011 15:38

    bom, desculpe-me, JM, mas ou é ou faz-se burro… uma coisa é termos governantes incompetentes ou e desonestos e outra as classificações da Moody’s que são também o resultado do poder discricionário que têm nas suas atribuições.
    .
    ontem deixei-lhe esta citação e um link para um artigo cujo original foi escrito em bife, mas só tenho acesso à tradução francesa. como pode constatar, o tal artigo é já de 1997, portanto, dez anos antes do início da crise financeira em que essas próprias agências de rating têm uma grande parte de responsabilidade e que estão ainda sob suspeita e investigações sobre uma série de operações duvidosas e diria mesmo criminosas que têm atirado muita gente para a extrema precariedade, pobreza, suicídio e mesmo, simplesmente, morte por fome ou falta de cuidados.
    .
    não leu, não quer ler, não leia, mas aqui volto a pôr, se tem apenas competências para o beef e menos para o camembert, diga, que eu faço-lhe a tradução, só para, ainda hoje, poder aprender alguma coisa sobre o assunto:
    .
    “« O mundo do pós-guerra fria tem duas grandes potências, os Estados-Unidos e a agência Moody’s. » Thomas Friedman, editorialista de política estrangeira do New York Times, explicita assim a formula : se os Etatados-Unidos podem derrotar um inimigo usando o seu arsenal militar, a agência de notação financeira Moody’s tem os meios de estrangular financeiramente um país atribuindo-lhe uma má notação.”
    .
    Considerações com mais de uma década, contidas num artigo de 97 sobre as agências de rating:
    .
    http://www.monde-diplomatique.fr/1997/02/WARDE/7764

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  41. PLus's avatar
    PLus permalink
    8 Julho, 2011 16:04

    “Estado poderia incentivar a compra desta dívida usando uma espécie de collateral. Créditos fiscais, como aqui há dias o PMP aventou a hipótese. Os aforradores portugueses cobriam o risco do default através de créditos fiscais o que seria interessante para os próprios aforradores. ”

    Essa ideia – boa ou má – não requer ….. dinheiro ? Onde é que nós-os tugas – vamos arranjar o pelim pra comprar divida ?

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  42. PMP's avatar
    PMP permalink
    8 Julho, 2011 16:27

    emitindo nova divida no mercado nacional a juros decentes do tipo 5,8% com clausula de pagamento de impostos em caso de default.
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    ao mesmo tempo cortar no desperdicio do sector publico reduzindo o numero de entidades publicas e chefias em pelo menos 35% e limitar as pensões acumulados em 3500 euros.

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  43. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    8 Julho, 2011 18:11

    Bom, quer dizer…
    As pessoas mais preocupadas em defender as empresas de rating do que a economia europeia cometem dois erros elementares, mas atrozes.
    Primeiro, fazem como eu fiz no primeiro parágrafo: falam no plural, quando afinal só uma agência se armou aos cágados e, por isso, está a levar no toutiço (e bem). Quanto a isto, é inconcebível que, gostando delas todas, os “defensores” não tenham em conta as outras agências . Parece que gostam mais daquela que tem a agenda mais perniciosa.
    Segundo, continuam a fazer de conta que as agências são a arma perfeita do seu capitalismo. Nunca falharam, não falham, nem falharão. Pouco interessa o que fizeram há poucos meses, bem como o facto de andarem ainda pelos tribunais americanos. E pouco interessa a justificação que elas dão para os seus erros e como elas agem em relação à divida do seu país.

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  44. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 20:17

    “Essa ideia – boa ou má – não requer ….. dinheiro ? Onde é que nós-os tugas – vamos arranjar o pelim pra comprar divida ?”
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    As familias continuam a poupar como até as empresas. O Estado precisa de incentivar a poupança (a taxa de poupança das familias ronda os 9%) e precisa que estar menos dependente do exterior. Por outro lado, pode atrair poupança externa se essas obrigações tiverem esse tal collateral que pode ser aproveitado pelos residentes para pagar menos IRC e IRS.
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    Um investidor residente pode ser atraído por um instrumento destes, se tiver como garantia um crédito fiscal. Se o Estado fizer um default, o investidor recebe um crédito fiscal, que por sua ver abatia os impostos directos a pagar. É uma garantia e pode interessar bastante aos residentes.
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    Eu se comprar dívida tuga agora, não tenho nenhuma garantia. (Collateral.) Se o Estado declarar um default de 30%, eu só recebo 70% do valor nominal. Mas se eu tiver um collateral por trás, esses 30% poderiam ser usados para eu pagar menos IRS ou IRC. Se fosse residente teria todo o interesse neste tipo de produto. E se calhar coimo eu, muitos portugueses e até empresas.
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    Desta forma o Estado atraia poupança externa e interna e se calhar até aumentava a taxa de poupança das familias, que é uma necessidade premente da economia portuguesa.
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    Outra vantagem deste tipo de obrigações (até poderiam ser de curto prazo) é que o Estado poderia emitir estas obrigações e comprar no mercado as actuais sem collateral, que incorporam um default. Na prática, o Estado diminuia a sua dívida, ao trocar dívida de médio prazo pela de curto prazo, pois comprava dívida que incompora um “haircut”.
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    Mesmo que o Estado não fosse directamente ao mercado secundário “secar” essas obrigações (comprando-as em saldos), os próprios arbitragistas faziam-no, pois se a colocação das obrigaçoes fosse um suceso, iria diminuir bastante o risco de default, que é agravado pela falta de liquidez.
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    Estas obrigações teriam bastante sucesso, na minha modesta opinião.

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  45. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 20:25

    A proposta do autor original é a emissão de obrigações cupão zero, com a obrigação a dar direito a um crédito fiscal em caso de default. Qualquer investidor senrir-se-ia atraído por esse tipo de obrigações. Penso que esta ideia é mesmo excelente e espero que o PMP consiga fazer chegar esta ideia a quem de direito. Ele está de parabéns por ter apanhado a ideia para um outro país mas que se pode aplicar perfeitamente a Portugal.
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    Estas obrigações teriam mais sucesso que a venda de certificados, que como não têm nenhuma garantia, o risco de default é incorporado no preço desses instrumentos estatais. Gerando perdas elevadas aos seus investidores se o Estado der um calote.
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    Acho que vale a pena o PMP divulgar a ideia.

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  46. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    8 Julho, 2011 20:34

    AC,
    Essa ideia é interessante, mas não levaria ao esvaziamento das poupanças em certificados de aforro, por exemplo, aumentando também por essa via os juros das dívida? Se é que entendi a questão. De resto, a regulamentação europeia permite a diferença de garantias em relação às vendas anteriores de dívida?

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  47. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 20:44

    Caro Fincapé, é claro que esses instrumentos iriam concorrer com os demais instrumentos de poupança, divida e aforro. Não iria competir apenas contra os certificados mas com a dívida empresarial, acções, etc. Mas a competição é saudável e o Estado não pode continuar como até agora, dependente dos investidores externos para conseguir a liquidez que lhe foi secada.
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    Em termos legais, sinceramente, poderia criar conflitos com a Troika, por causa do acordo com o Estado assinou. No entanto, a própria Troika tem é um verdadeiro interesse em que o Estado consiga aceder aos mercados da dívida, já que para isso está a ajudra o governo português a tomar medidas para que tal seja possível.
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    Olhe, só uma nota. Essas obrigações nunca conseguiriam eliminar por completo um risco de default. Que fique bem claro, mas reduz imenso o seu risco. Pessoalmente, posso-lhe dizer, que embora não invista na dívida pública portuguesa directamente, era um investimento que era capaz de o fazer, se tivesse esse collateral por trás.
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    E olhe que vinha em boa altura, pois a Euronext vai lançar a nova plataforma de negociação de dívida pública electrónica na próxima semana, o que poderá ajudar Portugal, já que será mais transparente, em principio mais liquida e gerar mesmo um verdadeiro mercado obrigacionista na Europa. Se ainda por cima, a Euronext vai acabar por se fundir com a bolsa alemã, tudo indica que vamos começar na Europa a ter um verdadeiro mercado obrigacionista paneuropeu e moderno. Ao nível do que se faz nos USA.
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    Eu acho esta ideia excelente e penso que não viola o acordo com a Troika, mas não lhe posso dizer com toda a certeza, claro. O PMP está de parabéns por se ter lembrado desta ideia para Portugal.

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  48. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    8 Julho, 2011 20:56

    Acho a ideia excelente e concordo 100% em relação a todos os aspectos.Não vejo desvantagens, apenas vantagens… se for possível, tendo em conta os acordos e também a regulamentação europeia. Mas vou partilhar esta ideia com amigos.

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  49. PMP's avatar
    PMP permalink
    8 Julho, 2011 22:56

    Amigos,
    Fico contente por esta ideia do Mosler das obrigações com clausula que permitem o pagamento de impostos tenha sido apoiada.
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    Na verdade a arbitragem pode ser feita no mercado secundário , mas a ideia de recompra pelo estado das actuais obrigações clássicas é muito boa porque seria uma forma de reduzir a divida.
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    Também os bancos podem fazer arbitragem com os seus clientes, porque na prática todos os dias há pagamento de impostos que podem ser intermediados pelos bancos.
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    Este processo permite aliar a permanência no Euro com uma certa soberania monetária, de forma a minimizar o efeito especulativo que cria uma “self fulfilling profecie”.
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  50. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    8 Julho, 2011 23:26

    Há outro aspecto que é importante e que se nota no caso japonês. Eu não sei até que ponto isso vai continuar a funcionar, mas até agora, o Japão “dá-se ao luxo” de ter uma dívida pública maluca porque é financiada pelos agentes económicos japoneses.
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    Isto até agora desafia um bocado a lógica que desemboca nas teorias mainstream, que olham bastante para a alavancagem do interior do próprio sistema. Que é que um país com uma elevada dívida pública acabaria por colapsar sob o peso dessa própria dívida. Não vou por aí agora, o que eu chamo à atenção é que, por o Japão não estar dependente dos capitais externos, está relativamente imune aos ataques dos especuladores internacionais.
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    Uma das coisas que o Salazar fez, quando tirou Porutgal da falência, foi apostar fortemente na poupança interna para financiar a dívida pública e, ao mesmo tempo, virou os défices orçamentais para superávites, de molde a fazer cair o peso da dívida pública sobre o PIB.
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    Eu julgo que, a melhor forma de sair deste buraco em que nos encontramos, é precisamete imitar o Salazar. O problema é que, por causa da conotação política associada, há em Portugal uma aversão a estes dois eixos fundamentais da sua política económica e orçamental: elevada poupança interna (que por sua vez irá baixar o défice comercial e da própria Balança de Pagamentos) e superávites orçamentais.
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    Eu não compreendo como isto não faz parte do léxico políco e até acdémico. Mas está de caras que são as soluções. Mas, enfim, uns querem copiar o que de mau fez o Salazar e o que o Botas fez bem, ninguém quer saber. Mas pronto, Portugal é um país sui generis, não é verdade?

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  51. Leme's avatar
    Leme permalink
    9 Julho, 2011 01:57

    Esta gente sabe muito. Há só um problema: por que não resolvem a situação em vez de perorar?

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  52. JCA's avatar
    JCA permalink
    9 Julho, 2011 15:41

    .
    Ora o Mosler.
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    AC às vezes marramos. Como é o caso. Acredita mesmo que essa coisa e tal e tal se default desconta nos Impostos ? Acha que isso tem pernas para andar EM PORTUGAL ?
    .
    Com punhos de renda, não se meta nisso o RISCO é mais um ‘prego no caixão, para as Agencias de Rating que nos puseram em ‘stand by’ durante parece que 1 mês nos enfiem todas EM LIXO.
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    Isto é como nas familias, compete-nos defender a honra de casa e às vezes até como chapeu de chuva de gandulgem. que andava a desviar a ‘ciancinha’ que não tem culpa nenhuma …
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    Os cIdadãos, as Familias, os Empresários e a parte vertical da Função Publica já perceberam muito bem que a classificação de LIXO foi dada à Governança + elites+ academicos, num certo arco transversal e bailarino do BE passando pelo PC etc até à outraExtrema. Se não há por lá outra gente resta um curtissimo prazo para o baile acabar defintivamente.
    .
    A Moodys até tem razão mas a mi como Português custa muito engolir. Com o sair ? Prontos se a Alemanha pagar a festa a malta deixa-se estar como estava. De La Palisse. Agora TRETA não vale a pena. O Povo sabe bem quem é quem e o que é o quê. Mas eles é que mandam ….
    .

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