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Eu até simpatizo com a senhora Merkel…*

23 Julho, 2011
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A fábrica do mundo é a China, o centro de serviços é a Índia, os Estados Unidos são o centro comercial, e a Europa é um museu. Ouvi esta definição há meia dúzia de anos e ela parece-me cada vez mais pertinente. Com uma nuance: na altura ainda podia parecer agradável viver num museu, hoje está a revelar-se insuportável. Como tem resultado evidente durante esta crise das dívidas dos países periféricos.

Pelo menos desde que Oswald Spengler publicou, em 1917, A Decadência do Ocidente, que se discute o fim da hegemonia europeia ou, se preferirmos, da hegemonia atlântica para podermos incluir os Estado Unidos. Ainda ontem o historiador britânico Timothy Garton Ash voltou ao tema no Guardian, lembrando Spengler, num texto sintomaticamente intitulado “Os Estados Unidos e a Europa empenhados numa competição pela decadência”. Nessa crónica punha o dedo na ferida: “De ambos os lados do Atlântico temos vivido acima das nossas possibilidades”.

Até à crise de 2008 as formiguinhas do mundo – na alegoria com que abri esta peça, os chineses e os indianos – iam trabalhando o suficiente para sustentar o desvario consumista dos americanos e o conforto adormecente dos estados de bem-estar europeus. Agora esse tempo acabou, e não deixa de ser significativo que Europa e Estados Unidos tenham chegado, ao mesmo tempo, à beira do precipício. Ou que os dilemas que enfrentam sejam, sobretudo na Europa, dilemas que desafiam não só modos de vida a que nos habituámos, como instituições que levámos décadas, ou mesmo séculos, a construir. Vale pois a pena perceber o que está a acontecer para vermos como é fácil, em nome da economia e de construções utópicas, minar hábitos democráticos e equilíbrios institucionais.

 

Quem quer que tenha folheado os jornais ou ouvido televisão por estes dias não conseguiu fugir à explicação autorizada da origem de todas as dores europeias. Primeiro que tudo, faltariam líderes à Europa, pois ninguém no Velho Continente se ergueria à altura dos “deuses” da construção europeia. Depois disseram-se que, na Alemanha, mora uma bruxa má que, parece, quer destruir o legado dos seus antepassados visionários. Por fim, repetiu-se por todo o lado que a única solução para a crise passaria por uns famosos eurobonds ou algo equivalente, ou seja, por um mecanismo que levaria as economias sólidas do centro da Europa a garantir as dívidas dos mal-comportados da periferia. Explicaram-nos até por que razão a Alemanha está condenada a ter de voltar a assinar o cheque, pois fá-lo-á “em nome do seu próprio interesse”.

Não deixa de ser curiosa a forma como, neste mantra repetido a toda a hora, se invertem os valores morais: a culpa da crise das dívidas, por exemplo, deixa de ser de quem se endividou para passar a ser de quem cumpriu as regras. Pior: ao mesmo tempo que, em abstracto, se protesta contra “os bancos”, em concreto entra-se em alvoroço quando os bem-comportados solicitam, com absoluta legitimidade, que se divida com esses mesmos bancos alguns dos ónus associados à operação de resgate de quem gastou irresponsavelmente o que não tinha nem podia gastar.

O mais grave nestes raciocínios é a forma perversa como continuam a olhar para o processo de construção europeu, mantendo-se fiéis ao que podemos designar como a “agenda oculta” dos pais fundadores: manietar a Alemanha mantendo “a bicicleta em movimento”, isto é, aproveitando todas as crises para aprofundar a integração e a federalização da Europa. A moeda única, recorde-se, foi uma concessão arrancada por Miterrand à Alemanha para aceitar a sua reunificação. Agora, em nome da “não desintegração” dessa moeda única, quer-se impor à Alemanha a aceitação de um laxismo que esta tentou impedir com o Tratado de Maastricht. Mas não só. Apesar de os povos europeus se terem sempre oposto – sempre que foram consultados – a novas transferências de poder para o centro da União Europeia, não falta quem, em nome da crise, queira impor uma subversão dos tratados que passará pela existência de mais poder federal e por novos mecanismos de transferência de recursos financeiros entre Estados.

Robert Schumann e Jean Monnet, dois dos pais-fundadores da Europa unida, imaginaram que, em cada crise, forçando o caminho para mais integração se iria também forçando a própria realidade, e a verdade é que esse mecanismo funcionou até agora, como recordava John Kay esta semana no Financial Times. No entanto o processo implicou sempre riscos e, desta vez, chegámos a um ponto que foi bem sintetizado por Jeremy Warner no Daily Telegraph, pois o “economicamente insustentável” – o euro na sua forma actual – entrou em choque com o “politicamente inaceitável” – a união fiscal necessária para o salvar. Velhos discípulos dos pais fundadores, como o grupo de europeístas encabeçado por Jacques Delors que assinou um texto no Le Monde, mantêm-se na linha de forçar a realidade: “a necessidade fez a lei”, escreveram para saudar o que vêem como novos instrumentos de “governação económica”.

Desta vez, porém, a Alemanha tem resistido o mais que pode, e compreende-se porquê. Primeiro porque, como lembrava Geoffrey T. Smith no Wall Street Journal, “todos os governos alemães desde 1991 prometeram aos contribuintes que estes nunca teriam de honrar dívidas contraídas por outros países”, razão por que os eleitores aceitaram uma década de austeridade. Depois porque um sistema em que as dívidas dos países incumpridores são garantidas pelas boas contas dos países cumpridores é um estímulo ao incumprimento. Logo uma receita para desastre futuros.

 

Durante mais de cinco décadas foi possível gerir este mecanismo da “bicicleta” – ou da fuga em frente face a cada crise – porque, apesar das previsões de Spengler, a Europa manteve-se não apenas como uma região de bem-estar, mas também como um dos motores da economia global. Hoje perdeu esse papel e o estrondoso fracasso da famosa “estratégia de Lisboa” não permite qualquer optimismo face ao futuro. Como se isso não fosse suficiente, a Europa é, a par com o Japão, uma região do mundo em processo de acelerado envelhecimento, tendo perdido o dinamismo demográfico e confrontando-se com a necessidade de ter de cuidar de cada vez mais idosos. A alegoria do museu é, neste domínio, especialmente certeira.

Ora uma região do mundo que enfrenta este tipo de problemas não pode pensar que, face ao precipício, basta tomar balanço e saltar para o outro lado. Pelo contrário. Necessita de rever não só o seu modo de vida – e não de pedir aos alemães para consumirem mais, como estava na moda fazer há apenas um ano… – como de questionar as suas instituições. A austeridade não corresponderá a um período transitório após o qual se regressará à folia dos anos de boom, antes terá de permitir uma revisão em baixa dos padrões de vida, encontrando equilíbrios ao mesmo tempo mais justos e mais sustentáveis. A crise nas instituições europeias também não deve estimular mais integração, pois ela não corresponderia ao nível de integração das diferentes identidades europeias e não seria servida por instituições realmente democráticas (as instituições europeias não cumprem os mínimos em termos de requisitos democráticos, é bom reconhecer).

Talvez no curto prazo, para evitar males maiores nesta fase de turbulência financeira, seja necessário encontrar mecanismos europeus mais integrados do que os actuais. Será até inevitável. Porém gostaria de encontrar líderes europeus que, em vez de continuarem a sonhar com utopias federalistas e de falaram da “sua” Europa, equacionassem a melhor forma de fazer marcha-atrás em todas as áreas onde isso se revele necessário. Alguém capaz de dizer, com José Régio: “Sei que não vou por aí!”

Público, 21 Julho 2011, texto escrito antes da conclusão da cimeira do Eurogrupo

55 comentários leave one →
  1. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    23 Julho, 2011 17:08

    «Todos temos vivido acima das nossas possibilidades?»
    Todos? Talvez tu.
    Eu não. Ando a pé. Só bebo água. Não compro chinecises nem me abasteço nas bodegas do Alexandre e do Belarmino.
    E melhor, não compro jornais, não vou à bola, nem ando de calções a torrar dinheiro no estrangeiro…

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  2. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    23 Julho, 2011 17:21

    Arlindo da Costa,
    .
    Disse: Só bebo água.
    .
    Ora aqui está uma novidade. 😉

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  3. portela menos1's avatar
    portela menos1 permalink
    23 Julho, 2011 17:33

    Cada vez que leio jmf sinto-me culpado de algo; hoje é pela nortada na praia…

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  4. piscoiso's avatar
    23 Julho, 2011 17:45

    O paternalismo de jmf1957 passa-me ao lado.
    Não vou por aí.

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  5. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Julho, 2011 18:15

    Um texto que infelizmente deixa aporta a aberta à confusão entre Liberdade com Democracia. Culturas diferentes não devem fazer parte do mesmo espaço político.

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  6. Grunho's avatar
    Grunho permalink
    23 Julho, 2011 18:18

    Qualquer sacana consegue arranjar um cão que goste dele.

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  7. João Lisboa's avatar
    23 Julho, 2011 18:48

    E há coisas verdadeiramente assustadoras e inquietantes em relação às quais “fazer marcha atrás” não é suficiente. É preciso arrancá-las pela raíz:
    http://lishbuna.blogspot.com/2011/07/quando-um-parecer-tecnico-sobre-uma.html

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  8. MBd'O's avatar
    23 Julho, 2011 19:12

    Julgo que a máquina de guerra Norte-America, a sua gigantesca capacidade de produzir artigos científicos originais e patentes, a sua indústria cultural que coloniza todo o planeta e fez da língua inglesa o novo latim, a sua indústria farmacêutica, aeroespacial e informática não foram bem compreendidas pela pessoa que descreve a américa como um centro comercial.

    Mas sempre é um debate mais interessante que este: http://supraciliar.blogspot.com/2011/07/colossal-atraso-mental.html

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  9. L M D's avatar
    L M D permalink
    23 Julho, 2011 19:33

    ” A Europa é um museu” citou voçê, só nos faltam os dinossauros estilo deGaulle, Willy Brandt, Helmutt Kohll, Miterrand.
    Esses infelizmente para nós são uma espécie extinta.

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  10. piscoiso's avatar
    23 Julho, 2011 19:53

    Esse carimbo redutor:
    “…os Estados Unidos são o centro comercial e a Europa é um museu…”
    para mim é estranho.
    Em New York vou ao Metropolitan Museum of Art, com mais de dois milhões de obras de arte, que representam culturas dos últimos cinco milénios.
    Em Paris vou ao “Quatre Temps”, que dizem ser o maior centro comercial do mundo.

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  11. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    23 Julho, 2011 21:14

    “… tendo perdido o dinamismo demográfico e confrontando-se com a necessidade de ter de cuidar de cada vez mais idosos.”
    Esta frase parece mostrar esquecimento do esforço que tanto a China como a Índia têm feito para controlar a natalidade. E a melhoria económica e cultural das populações estão a reduzi-la drasticamente mesmo na Índia. Tornar o planeta sustentável obrigará todos, mormente europeus, mais sensibilizados, ou mesmo americanos, ainda a dormir na forma, a reduzir o consumo. Mas criticar a Europa quando afinal os citados países estão num processo de mimetização e beneficiaram de muita indústria que parvamente para lá se deslocou, não me parece apropriado.

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  12. Me's avatar
    23 Julho, 2011 21:17

    a europa , coitada , achoiu que os pretos , os amarelos e outras cores , iam continuar for ever a precisar e a trabalhar para ela. lixou-se. mais de que um museu , faz lembrar um castelos meio arruinado mas em que os moradores insistem em vestir a rigor pró jantar de petingas e usar os 3 talheres para lhe tirar a espinha. tal e como manda a directiva.

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  13. Leme's avatar
    Leme permalink
    24 Julho, 2011 00:17

    Em resumo: só broncas a lembrar a época socretina – estes filhos da puta socialistas não desarmam e vocês ainda vão aturá-los outra vez, ai vão vão.

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  14. Tiago Vasconcelos's avatar
    Tiago Vasconcelos permalink
    24 Julho, 2011 02:09

    Os contribuintes alemães não podem ser repetidamente chamados a auxiliar as nações irresponsáveis impedindo, ao mesmo tempo, que tenham um papel mais activo na gestão financeira dessas nações. Metam de uma vez por todas isto na cabeça: Portugal e Grécia já deram provas de não se saberem governar; só terão futuro se abdicarem mais da sua soberania. Por isso, o federalismo é a única saída.

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  15. JCA's avatar
    JCA permalink
    24 Julho, 2011 03:41

    .
    O que anda por aí:
    .
    -Report: China building electromagnetic pulse weapons for use against U.S. carriers
    http://www.washingtontimes.com/news/2011/jul/21/beijing-develops-radiation-weapons/
    ,
    Banned US Commercial about the national debt
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=0zeTMyNs5aA&feature=share
    .

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  16. JCA's avatar
    JCA permalink
    24 Julho, 2011 05:09

    .
    Nem tudo o que é publicado é verdade.
    Mas dá uma ideia muito geral à populaça das ATARRAXAS compressoras da des(Europa) além duns photoshops:
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=7avMHN16Y1s&feature=player_embedded
    .
    .
    Four illegal ways to sort out the Euro finance crisis
    And one of them is about to be used
    http://www.theregister.co.uk/2011/07/22/saving_the_euro/
    .

    .
    .
    The Revolution has begun in Spain
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=Sm9mR5qgBOo&NR=1

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  17. JCA's avatar
    JCA permalink
    24 Julho, 2011 05:25

    .
    Esta é para ‘copy&past’, ler e meditar, é profunda de mais, não aparece todos os dias…
    .
    Tudo da des(Europa) parece que começou algures por aqui ….. (Galileo, Copernico, Hermetismo, Inquisição, Plotomeu e tal e tal)
    .
    http://www.forteantimes.com/features/articles/5746/the_day_the_earth_stood_still.html
    .

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  18. silva's avatar
    24 Julho, 2011 06:48

    CASINO ESTORIL
    Despedimento colectivo de 112 trabalhadores no Casino Estoril
    Nestas condições não constituirá um escândalo e uma imoralidade proceder-se à destruição da expectativa de vida de tanta gente ? Para mais quando a média de idades das mulheres e homens despedidos se situa nos 49,7 anos ?
    Infelizmente, a notícia de mais um despedimento colectivo tem-se vindo a tornar no nosso país numa situação de banalidade, à qual os órgãos de comunicação social atribuem cada vez menos relevância, deixando por isso escondidos os verdadeiros dramas humanos que sempre estão associados à perda do ganha-pão de um homem, de uma mulher ou de uma família.
    Mas, para além do quase silêncio da comunicação social, o que mais choca os cidadãos atingidos por este flagelo é a impassibilidade do Estado a quem compete, através dos organismos criados para o efeito, vigiar e fazer cumprir os imperativos Constitucionais e legais de protecção ao emprego.
    E o que mais choca ainda é a própria participação do Estado, quer por omissão do cumprimento de deveres quer, sobretudo, por cumplicidade activa no cometimento de actos que objectivamente favorecem o despedimento de trabalhadores.
    Referimo-nos, Senhores Deputados da República, à impassibilidade de organismos como a ACT-Autoridade para as Condições do Trabalho e DGERT (serviço específico do Ministério do Trabalho) que, solicitados a fiscalizar as condições substantivas do despedimento, nada fizeram mediante as provas que presenciaram.
    Entendo, finalmente, que a exploração dos jogos de fortuna ou azar é do Estado que a cede sob forma de contrato administrativo, em regime de monopólio, aos operadores privados.

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  19. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    24 Julho, 2011 09:32

    “Só bebo água…não compro jornais….
    Esqueceu-se de dizer que falta mandar vir o engenheiro domingueiro mentiroso compulsivo para salvar Portugal, a Europa, quiçá o cidente e porventura o mundo.
    Ele acha que aqueles copinhos de líquido branco que bebe de um gole são de água.
    Ai Arlindo Arlindo…não te trates não.

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  20. Trinta e três's avatar
    24 Julho, 2011 09:57

    A Europa Unida foi pensada como uma estratégia para alargar mercados e permitir crescimento, evitando a guerra. O problema é que ninguém reflectiu sobre a viabilidade dessa “meca” do crescimento contínuo, num mundo que mantém profundas desigualdades, que abandonou grande parte da população à miséria e que, nos últimos anos, foi dominado pela “economia virtual”. Não há crescimentos perpétuos. Temos tido demasiados economistas (ou aquilo a que actualmente chamamos de tal) a gerir a “coisa” e muito poucos que usem dois minutos das suas vidas a reflectir para além das dores imediatas. Não é a Europa que está em crise. São os alicerces daquilo a que chamamos de “modelo económico”.

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  21. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    24 Julho, 2011 11:18

    “Nos indivíduos, a loucura é algo raro – mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.” Nietzsche


    Há qualquer coisa de podre, há qualquer coisa de decadente e de vil neste tempo. Repare-se no rosto dos que estão no poder, e no daqueles que estão preparados para os substituir. Sempre aquelas caras que pouco se alteram. Sempre os mesmos hábitos. Sempre o mesmo sarro da aldrabice, da dissimulação, do desdém por todos nós.”
    Baptista-Bastos

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  22. esmeralda's avatar
    esmeralda permalink
    24 Julho, 2011 11:18

    Claro que vivemos à grande e à francesa! Sempre me fez impressão ver as pessoas abrirem as carteiras nos supermercados e ver uma fartura de cartões a engrossar a dita! Ver as pessoas com uma televisão em cada divisão da casa. Ver as pessoas tomar o pequeno almoço fora de casa só porque sim. Andarem para um lado e para o outro de carro só porque sim. Ver os estudantes não quererem pagar propinas e irem para a universidade de carro. Ver alunos com uma data de matrículas nas universidades, a ocupar lugares de quem quer mesmo estudar. Ver pessoas a “servirem” as misericórdias numas reuniões e depois valerem-se disso para trazer os filhos de borla no infantário, ganharem umas viagens e comprarem presentes caros para si e para os seus. Ver o aeroporto de Beja! Ver como se meteram amigos nas Câmaras Municipais. A lista nunca mais acaba… Gostei do seu texto, JMF. E o PS não quer mesmo mudar. Vamos ter mais do mesmo. Aparelho, aparelho, aparelho. Sem qualidade!

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  23. xico's avatar
    xico permalink
    24 Julho, 2011 12:04

    Arlindo Costa,
    É um luxo poder viver perto do local de trabalho, para se poder deslocar a pé. E ao mesmo tempo dos locais de cultura (livrarias, teatros, bibliotecas), e ainda por cima ter uma mercearia na esquina da rua onde se vive.
    As pessoas que vivem no interior do país, onde já não há comboios nem carreiras de camionetas, não têm outro remédio senão andarem de carro, comprarem no alexandre e no Belarmino, e de uma vez (porque poupa-se na gasolina) compram-se as batatas, as calças (também não uso calções) e os livros para me instruir. Quanto ao estrangeiro, lá dou um saltinho, de inverno, pelo que não torro dinheiro nem ando de calções.

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  24. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    24 Julho, 2011 12:05

    O TERROR DA POUPANÇA E A REVOLTA

    O chauvinismo de exportador alemão imagina-se na ilha dos bem-aventurados, onde ninguém sabe o que é a crise. Ora o facto é que também neste país continuam a aumentar a pobreza em massa e os salários de miséria. Mas isso não interessa nada quando a economia de qualquer maneira está a crescer. A China e os Estados Unidos estão a comprar em grande na Alemanha graças a apoios públicos. Por enquanto a crise tem sido exportada sobretudo para as partes menos abençoadas da UE, juntamente com os automóveis e as máquinas-ferramentas. O euro torna isso possível, porque promove o rolo compressor da exportação de alta tecnologia. E, por isso, ele tem de ser salvo. A tertúlia habitual excita-se artificialmente com os pretensos presentes de milhares de milhões para os “gregos preguiçosos”. Contudo, não há presentes nenhuns, mas sim mais empréstimos, para serem pagos em capital e juros, a bem ou a mal. Isso só pode acontecer se a Grécia poupar até à ruína e cortar literalmente do corpo dos seus cidadãos, incluindo a classe média, os custos do resgate do euro. Há muito que não são apenas jovens militantes que vão para a rua contra isso, mas também simples donas de casa, médicos e professores, avôs e avós.

    O limiar de dor social foi ultrapassado como é sabido e não só na Grécia. O terror da poupança está a devastar por motivos semelhantes também a Espanha, Portugal, Irlanda e outros sítios; até a Grã-Bretanha, que nem sequer faz parte da zona euro, mas teve de salvar os próprios bancos e obriga agora as pessoas a pagar. Por toda a parte começa a aparecer uma revolta contra a venda dos últimos recursos públicos, revolta por enquanto ainda sem rumo político-social, mas que em breve só poderá ser sustida pela força. De repente, no meio da UE, estão iminentes “situações das arábias”. Se os levantamentos por esses lados havidos foram até agora mediaticamente percebidos como “movimentos de democratização” muito correctos, agora vem à tona a miséria social como verdadeira causa, no próprio terreno das democracias europeias. Em foco, cá como lá, está o dramático desemprego em massa da juventude com formação académica, que de resto há muito se vem manifestando também na China e noutros países asiáticos em plena expansão.

    A inundação de dinheiro dos bancos centrais e os programas de resgate públicos é que levaram a novas bolhas financeiras, inflação descontrolada e mesmo, como na zona euro, à beira do colapso da moeda. A política de austeridade extremista é a inversão de marcha para evitar tais consequências. Mas com isso apenas se revela a crise em toda a sua extensão. Depois dos países árabes, a Grécia, sendo o elo actualmente mais fraco, mostra o futuro da economia capitalista e do seu universo de Estados. Se, depois da geração jovem, também a geração mais velha é levada a bater no fundo pelas consequências da crise executadas pelo Estado, desfaz-se a legitimidade do sistema político no seu conjunto. Isto não é apenas um problema social e político, mas também afecta o capital em si. Pois a fúria da poupança contra as consequências da fúria dos resgates também acaba por estrangular de novo a conjuntura económica global. É uma ideia absurda pensar que a Alemanha poderá gozar duradouramente do fulgor da sua exportação de crise, enquanto todo o mundo está em chamas. Será interessante ver como os supostos ganhadores da crise responderão social e politicamente, quando a miséria finalmente chegar também a eles.

    Original SPARTERROR UND REVOLTE em http://www.exit-online.org. Publicado em “Freitag”, Berlin, 07.07.2011

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  25. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    24 Julho, 2011 12:06

    PELOS STATES…
    nternacional / Economia – 23/07/2011
    Obama convoca reunião com líderes do Congresso para obter acordo sobre dívida
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    Caso republicanos e democratas não cheguem a um consenso para elevar teto de endividamento, EUA poderá dar o calote
    Por Agência EFE
    EFE

    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá neste sábado (23/07) na Casa Branca com os principais líderes democratas e republicanos do Congresso para insistir na busca por um plano fiscal que evite a moratória em 2 de agosto.

    Durante seu habitual discurso radiofônico e pela internet dos sábados, cinco horas antes do encontro, Obama reiterou a urgência de pactuar um acordo bipartidário e “equilibrado” para reduzir o déficit, mas sem prejudicar a classe média. “Em Washington, é costume um culpar o outro por este problema (da dívida). Mas a verdade é que nenhum dos dois partidos está livre de culpa e ambos têm a responsabilidade de fazer algo a respeito”, disse Obama.

    O presidente americano lembrou que, assim como as famílias realizam sacrifícios para ajustar seus orçamentos, o Congresso deve fazer o mesmo, e isso requer que tanto democratas como republicanos deixem de lado suas diferenças “e façam o correto para o país”. “Necessitamos de uma resposta que combata o desperdício no orçamento e elimine os projetos especiais que custam bilhões de dólares”, além de fazer “sérios cortes orçamentários”, observou Obama.

    O Departamento do Tesouro advertiu que, sem um aumento no limite da dívida, de US$ 14,29 trilhões, o país corre o risco de ficar sem dinheiro para cumprir com suas obrigações. A moratória, por sua vez, desencadearia uma desestabilização dos mercados financeiros internacionais e poria a economia americana perigosamente à beira de uma severa recessão, segundo analistas.

    A luta ideológica entre democratas e republicanos está principalmente em torno da exigência dos republicanos de fazer profundos cortes nas despesas fiscais e da dos democratas de aumentar os impostos aos ricos e grandes corporações. Nesse sentido, Obama disse que apesar da necessidade de fazer grandes cortes, “não é correto pedir às famílias de classe média que paguem mais pela universidade antes de pedir às grandes corporações que paguem sua justa parcela dos impostos”.

    Segundo a opinião do líder, as opções são muito claras: chegar a um acordo bipartidário para fortalecer a economia e legar às crianças um futuro melhor, ou continuar a série de “insultos e exigências sem conseguir nada”.

    Obama fez essas declarações depois que, diante da frustração pela estagnação das negociações, o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, abandonou o diálogo na noite desta sexta-feira e decidiu negociar só com os líderes do Senado. Boehner explicou em carta a seus correligionários que abandonava a mesa de negociações porque não pôde “conectar-se” ao presidente Obama para conseguir uma solução.

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  26. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    24 Julho, 2011 12:06

    Esmeralda,
    .
    Há duas hipóteses. Ou arrepelamos caminho e podemos sobreviver (repare que não digo recuperar, isso será para outras calendas) ou embarcamos em conversas e falinhas de grupelhos e lobelhos e associaçõezecas e interessezinhos e «a minha função é imprescindível» e estamos, passe a palavra, completamente lixados.
    .
    Este governo parece querer deter uma hemorragia com pensos rápidos. Nem tempo tem de o fazer, porque o sangue da nação está-se a ir embora. Não é o dinheiro o sangue da economia? Não está ele a esvair-se em pagamentos de juros? Não é sem gravatas ou com os carros parados ao fim de semana ou sem governadores civis que se fazem as poupanças. Até porque ainda não se esclarece quem é que vai substituir o pouco que os governadores civis faziam, e quanto é que no saldo final se poupa.
    .
    Esmeralda, se querem poupar dinheiro, ou pelo menos dizer que o vão fazer, digam-me:
    .
    1. Onde está a lista dos duzentos municípios e das duas mil e quinhentas freguesias a extinguir? Não vai haver no fim uma lista de trinta e cinco municípios, e ainda esta adiada e protelada e deixada sine die, devido às movimentações legítimas e compreensíveis das forças locais?
    .
    2. Onde está a lista dos institutos, fundações e tais coisas a extinguir ou, pelo menos, a negar as transferências estatais e dizer «estão por vossa conta»? Não vai aparecer, apenas três anos depois, uma lista inicial de dez, da qual ainda para mais já se descobrem que seis estão já extintos e a extinção dos quatro restantes são adiadas e proteladas, mais uma vez, dia a dia, mês a mês, por grandes e inusitadas complicações e por não se saber bem onde ficam as imprescindíveis funções?
    (Poupança: nem consigo saber quanto, mas subtrair metade das transferências para essas obscenidades é um bom ponto de partida!)
    .
    3. Quando se passa uma lei revogando as concessões para as PPP e admitindo um lucro máximo de EURIBOR + 3%, no que venha da comparticipação do Estado? (Poupança: c. 300 ME)
    .
    4. Quando haverá o fim das Novas Oportunidades, e a revogação (ou exame escrito em opção) dos diplomas passados?
    .
    5. Para quando o fim dos professores, polícias e outros funcionários públicos destacados para sindicatos? Ou o fazem nas horas livres (e isso implica acabar com aquela nojeira de lei do código de Trabalho que permite duas horas por mês para o sindicato por trabalhador) ou então que se deixem de sindicalices. (poupança, c. 26 ME, a 1500 trabalhadores destacados a ganhar cerca de 1000 EUR de salário base cada um, embora não baixe a despesa directamente).
    .
    6. Para quando uma lei que obrigue a que cada investimento estatal seja precedido de um relatório de custos e de proveitos que efectivamente vincule os funcionários ou os políticos (reparem que não digo consultores) que o redigem? E que no caso de desvios grossos possa levar ao despedimento do funcionário sem indemnização ou mesmo cadeia, caso seja achada corrupção ou favorecimento? (Poupança, aqui, nem chegaria a dizer menos de 3 MME, porque o medo é a fonte de muita verdade).
    .
    7. Para quando o aumento de número de deputados eleitos para 250 (pode-se discutir isso) e a proibição de contratação ou manutenção de consultores não eleitos na Assembleia da República? Já agora, não basta uma secretária para dez deputados? Vai poupar 40 ME sem se constipar muito.
    .
    8. Para quando a proibição de contratação e de manutenção de consultores externos nos ministérios e secretarias de estado e direcções gerais? Para quando o fim dos contratos de acessoria de empresas de consultoria? Não há licenciados, mestres e doutores suficientes nas universidades estatais e dentro da função pública? Poupa 600 ME anuais e pode começar agora.
    .
    Perante isto, que me interessa o uso de gravata? Poupa, ainda bem que poupa, mas são trocos. precisa de poupar vinte e seis mil milhões de euros e já. Tem sugestões adicionais?

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  27. Rogério's avatar
    24 Julho, 2011 12:21

    Esmeralda: «Sempre me fez impressão ver as pessoas abrirem as carteiras nos supermercados e ver uma fartura de cartões a engrossar a dita!»

    Mas há um bom remédio para isso… é o chamado “coito”. Que, pelo que vejo faz muita falta a muita gente desta praça pública.

    E convido o senhor José Emanuel Fernandes a explicar-me como é que eu consumi demais, quando a minha refeição diária é composta por arroz agulha e sopas Knorr.
    Quanto à deslocação eu cá tenho o passe social. E televisão só tenho um Samsung daqueles muito catitas, de 120 cms… comprei em saldos no Mediamarket.

    R.

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  28. Rogério's avatar
    24 Julho, 2011 12:24

    E depois para colocar sal nesta palhaçada… esta notícia deu-me cabo do rim: http://www.lefigaro.fr/international/2011/07/24/01003-20110724ARTFIG00023-oslo-des-attaques-preparees-depuis-plusieurs-annees.php.

    O Norueguês afinal era um profeta…
    R.

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  29. Rogério's avatar
    24 Julho, 2011 12:32

    No EL PAÍS: «Como intereses fija los análisis político y bursátil, mientras que a la hora de escuchar música se inclina por la clásica»

    Folgo em saber que este Norueguês, olhos verdes, cabelo louro (acho que li mais de 40 vezes esta descrição) afinal era um sujeito muito inclinado para as “intelectualidades”. Além disso era louro e tinha olhos verdes. E no perfil do Facebook (???) o sujeito dizia-se fã do 1984 do Orwell.

    Não sei, mas a seguir à notícia do enrascanço do Manuel Alegre em pagar os 400k da campanha, acho que foi a notícia do ano.

    R.

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  30. Oscar's avatar
    24 Julho, 2011 15:41

    Ultima: Standard and Poor’s baixa o nosso rating!!
    É o fim.
    http://direitasupraciliar.blogspot.com/2011/07/s-poors-baixa-o-rating-de-cascais.html

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  31. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    24 Julho, 2011 17:39

    Rogério,
    .
    Pode fazer sopa melhor, mais nutritiva e saborosa se comprar os ingredientes e usar uma varinha mágica. E fica mais barato que o Knorr. É assim que faço cá em casa, sim e eu faço as sopas e as outras refeições muitas vezes pessoalmente.

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  32. Alfredo Matias's avatar
    Alfredo Matias permalink
    24 Julho, 2011 22:05

    Todos vivemos acima das nossas possibilidades? cuidado com as generalizações. Só tenho um crédito, o da casa e está quase pago, nunca fiz créditos para férias pessoais, as únicas vezes que fui ao estrangeiro fui de comboio por ser mais barato(antes dessas coisas dos low cost) e fiquei em casa de familiares, não passo a vida em cafés/bares/discotecas, não vou ao concerto dos U2, não vou ao futebol, quando quis comprar carro comprei um fiat usado e paguei e poupei para o pagar a pronto em vez de fazer mais um credito, em vez de ir para um resort de luxo de férias vou acampar na serra da estrela.

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  33. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    24 Julho, 2011 22:42

    Um perfil curioso do maluquinho noruguês:

    Admirador de Stuart Mill e Wisnton Chuchill, liberal em termos económicos, conservador em termos sociais e políticos. É adversário do multicultiralismo, do Islão e da imigração. Estudou gestão mas nunca teve rendimentos profissionais, vivendo da massa do papá. Em suma, um betinho.

    É curioso como o perfil se mistura entre a admiração peos herois anti-nazis e os adversários da imigração e da mistura entre povos de vários origens. Para cereja no bolo, era um mason. lolololololol
    .
    .

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  34. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    24 Julho, 2011 22:46

    Só mais uma nota. O seu perfil politico é mesmo muito semelhante a alguns eurocépticos ingleses e Tories. Vá-se lá saber porquê. Em Portugal alguns seguem estas filosofias e nem se apercebem. lolololololol

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  35. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    24 Julho, 2011 23:49

    Eu também sou Uniãocéptico, aliás não sou ceptico sou antiUnião tout court anti-comuna .
    Não vamos usar “euroceptico” porque é a tática dos unionistas (como você?) para roubar o nome Europa.
    .
    O seu problema, e o dos jornalistas que você lê é que não fazem as perguntas certas.
    Como na maioria dos casos por preguiça ou por interesse não pesam grau. Só têm o ON/OFF.
    Pode começar por: a citação de Stuart Mill .
    Lá por ter citado o Mill que é que é que isso quer dizer para o que fez?
    Lá por ter dito algo sobre Churchill, sobre ser admirador do Herói anti-nazi Norueguês Manus, o que é que tem que ver com o que fez?
    Qual é o peso destes factores – na sua opinião são factores pelos vistos- no ataque terrorista?
    .
    Agora dê mais um passo.
    Há algum senso naquilo que fez à luz da ideologia que diz defender? Matou 80 noruegueses como ele a sangue frio fora os da bomba, 1 hora de matança.
    Faz algum sentido à luz do que escreveu?
    Um islamista coloca bombas na Europa porque odeia a cultura a sociedade. Não está ligado a ela.
    Ao contrário este tipo tinha aspirações para essa sociedade. A sua sociedade.
    Não há lógica para ele ter direccionado a violência desta maneira mesmo levando os seus próprios princípios ao extremo.
    Notar, outra coisa fora do comum para um atirador em série, não escolheu o Suicídio.

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  36. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    25 Julho, 2011 00:11

    o paradigma do turra fundamentalista islamico levou um novo abalo (depois de Oklahoma ) e isso nao abona muito o estereotipo dos “inimigos do eixo do mal”.

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  37. JCA's avatar
    JCA permalink
    25 Julho, 2011 04:39

    .
    -Who holds America’s debt?
    http://prorevnews.blogspot.com/2011/07/who-holds-americas-debt.html
    .
    -Audit: Fed gave $16 trillion in emergency loans
    http://www.rawstory.com/rs/2011/07/21/audit-fed-gave-16-trillion-in-emergency-loans/
    .

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  38. JCA's avatar
    JCA permalink
    25 Julho, 2011 04:43

    .
    “Sources in Oslo indicating that the bomb, now believed to be equal to more than 10 tons of TNT, was not a car bomb. Reports indicate that “sewer workers” had been accessing the site during the days prior to the explosion, which is now estimated, were conventional explosives to have been used, to have required enough “fertilizer slurry” explosive to have filled a rail car.
    The explosion is estimated to resemble that of the Marine Barracks in Beirut in 1983, killing over 200 or the Oklahoma City bombing. There is considerable controversy in both of these attacks as to the explosives described and the results which far exceed the capabilities of the materials claim to have been used, in both cases by a degree of magnitude.
    20 tons of fertilizer and fuel oil are unlikely to have fit into the boot of a typical European rental car, even with a “midsize upgrade.”
    Car bombs use military grade explosives, not fertilizer bombs. Real car bomb, explosion isn’t 1% of the Oslo blast.”
    .

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  39. JCA's avatar
    JCA permalink
    25 Julho, 2011 05:02

    .
    -CERN Scientists Gagged On ‘Politically Incorrect’ Global Warming Data
    Physicists ordered not to draw conclusions from study which seeks to confirm that the sun drives climate change
    http://www.prisonplanet.com/cern-scientists-gagged-on-%E2%80%98politically-incorrect%E2%80%99-global-warming-data.html
    .
    .
    -Higgs Boson hiding place narrows
    Masses of new evidence, apparently
    http://www.theregister.co.uk/2011/07/25/higgs_boson_warmer/
    .

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  40. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    25 Julho, 2011 08:36

    “O seu problema, e o dos jornalistas que você lê é que não fazem as perguntas certas.
    Como na maioria dos casos por preguiça ou por interesse não pesam grau. Só têm o ON/OFF.
    Pode começar por: a citação de Stuart Mill .
    Lá por ter citado o Mill que é que é que isso quer dizer para o que fez?
    Lá por ter dito algo sobre Churchill, sobre ser admirador do Herói anti-nazi Norueguês Manus, o que é que tem que ver com o que fez?
    Qual é o peso destes factores – na sua opinião são factores pelos vistos- no ataque terrorista?”
    .
    .
    Olhe, eu não li o raio do manifesto do gajo todo. Mas li algumas teorias do gajo. E ele recomenda estes seguintes autores e obras:
    .
    .
    “The Bible
    Machiavelli
    George Orwell
    Thomas Hobbes
    John Stuart Mill
    John Locke
    Adam Smith
    Edmund Burke
    Ayn Rand
    William James”
    .
    .
    Isto é mais ou menos o que alguns tolinhos britânicos recomendam aos Europeus e, claro, aos próprios bifes. lololololol
    .
    .
    Depois, claro, toda a prosápia do gajo, que a UE é uma construção marxista para construir uma… Euroislão! lolololololololol
    .
    .
    Agora, eu faço também as minhas perguntas. Qual a diferença entre este maluco e alguns que escrevem na blogosfera portuguesa? Este betinho é apenas mais tolinho que os nossos? Ou até mesmo que a maioria dos tories? lololololol
    .
    .
    Uma coisa é certa. Este maluco também comunga da ideia que o Ocidente está perdido. Coisa que até o autor do texto comunga, como se pode ler pelo seu texto bastante pessimista sobre o mundo ocidental. E pela tristeza com que amiúde fala sobre o desacerto europeu em não seguir a cauda dos norte-americanos.
    .
    .
    Enfim, este maluco é um postal. Mas muitos em Portugal também o são, porque seguem a ideologia e propaganda ati-europeia. Nada me admira hoje em dia.
    .
    .
    PM Curiosamente, foi um jornal norte-americano que inventou que o ataque tinha sido islámico e até inventou que uma determinada organização radical islámica terá reinvencidado o atentado. É curioso estes factos anti-islámicos, vindos da imprensa norte-americana. Será apenas uma falha imperdoável do mau jornalismo?
    .
    .
    Outro facto curioso: a imprensa esconde que este maluco é maçónico. Vá-se lá entender porquê!

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  41. piscoiso's avatar
    25 Julho, 2011 08:47

    Já escrevi por aí um comentário noutro blogue,
    que o gajo admirava Churchill
    porque gosta de charutos.

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  42. piscoiso's avatar
    25 Julho, 2011 08:50

    E não me admira que o digam maçónico
    por terem encontrado uma foto dele
    com um avental.

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  43. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    25 Julho, 2011 09:26

    “E não me admira que o digam maçónico
    por terem encontrado uma foto dele
    com um avental.”
    .
    .
    Não. Ele pertence mesmo a um loja maçonica na Noruega.

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  44. Piscoiso's avatar
    25 Julho, 2011 09:52

    Mas leio por aí que que a Maçonaria na Noruega é uma organização de Cristãos.
    Vá lá perceber-se.
    Será ele jacobino?

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  45. JCA's avatar
    JCA permalink
    25 Julho, 2011 10:36

    “Norway’s Hiddens History – “Aryan” Children Subjected to LSD Experiments, Sexual Abuse & Mass Rape
    .
    Anni-Frid “Frida” Lyngstad ,one of the singers of the former pop cult band ABBA is probably one of the most famous Lebensborn-children. Born to a German nazi officer and a Norwegian mother during the German occupation of Norway, Anni-Frid belonged to the “children of shame” – unwanted after the Germans lost the war.
    .
    Being an illegitimate child of a Nazi, her grandmother took her to Sweden to escape mistreatment – children of enemies were ostracized in post-war Norway.
    .

    “Lebensborn” was a special Aryan breeding Programm established in 1935, the brainchild of Heinrich Himmler, head of the SS. He wanted to breed what he considered racially “superior children”.

    .
    Himmler regarded the Norwegians with their blue eyes and blond hair as especially aryan and pure.

    .
    Every pregnant Norwegian woman who could prove her child’s Aryan ancestry was entitled to financial support or a privileged treatment in maternity homes. They could also leave their children in special homes called “Lebensborn”, where the children received special nutrition and an education which reflected the Nazi way of thinking.
    .
    The program was also set up in other German occupied countries such as Belgium, France and Luxembourg. Altogether, Himmler established more than 20 Lebensborn institutions.
    .
    The majority of these homes were in Norway. Around 350,000 German soldiers occupied Norway during World War II and coupled, favored by Heinrich Himmler, with Norwegian women. A relationship with consequences: about 10,000 to 12,000 children between 1940 and 1945 were fathered by Germans. About 6,000 of them were born in Lebensborn institutions. From 1941 onwards, these “superior” children were automatically considered as being German.
    .
    But the fate of the children resulting from the special breeding program was at times cruel. Their mothers could not stand the shame of having been engaged to German soldiers. A Norwegian commission after the war decided that the children should remain in Norway.
    .
    By now the children were looked upon as outcasts. They were put in orphanages, some of them were send to lunatic asylums. There, the children were mistreated and abused. Some of the former “Lebensborn” children say, they were tied to their beds for hours.
    .

    One of them was Paul Hansen, now 58 . Today he’s a broken man. “I was transferred from the Lebensborn home Goodhaab into an asylum, together with some others. We were locked up together with mentally ill people. And we had to eat and to go to the toilet in the same room”, he says with bitterness.
    .
    Paul Hansen broke his silence and changed his anonymous Lebensborn identity. Many of the Lebensborn children still feel ashamed to talk about their abuse and mistreatment. A register number is all that remains of their Lebensborn childhood.
    .
    “These children were looked upon as rubbish in Norwegian post-war society. It is the biggest shame for Norway”, he says.”
    .

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  46. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    25 Julho, 2011 10:50

    Passadas 48 horas os blogs de direita desapareceram em combate, no que aos acontecimentos de Oslo diz respeito.
    Aposto que vai ser o jmf a descobrir que o homem andou pelos “indignados” de Madrid…

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  47. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    25 Julho, 2011 11:55

    O Hedonismo meus caros…o eu e não os outros a sociedade de um admirável mundo novo faz cada vez mais burn outs ou maníacos depressivos com tendências suicidárias mas não já do individuo mas sim de grupos de indivíduos…
    Nos indivíduos, a loucura é algo raro – mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra.” Nietzsche

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  48. JCA's avatar
    JCA permalink
    25 Julho, 2011 14:35

    .
    E depois também ainda não se percebeu bem, sem ofensa ou má-fé, como é que em cima de poderosos explosivos em que tudo entra em alerta com as antenas todas, os meus amigos escandinavos demoram 60 ou 90 minutos a chegar à ilha onde dizem um ‘gajo’ limpa 90 como o sheltox.
    .
    Até nóes tugas, PIIGS para vocês, em carripanas terceiromundistas segundo vocês, 40 Km era meia hora. Como é ?
    .
    Isto começa a estar um bocado mal contado ……..
    .
    Ora esta Oropa sem o sangue latino que a formatou, Grecia (antes)-Romanos(depois)-Portuguese (depois a redescoberta do muno), e por arrasto a seguir espanhois e italianos e ingleses à boleia, não vai lá …
    .
    Mas tem que ir mas pelos do Sul , mais ageis, mais inclusivos, menos dogmaticos etc etc
    .
    São as opções que nada têm a ver com socratismos, cavaquismos, passismos e ismos incluindo fundamentalismos por aí além do anda até outro nada. São outras coisas muitissimo mais importantes
    .
    .
    Agora vou entrar numa, que diabo ttambém posso ou não ? Meditae aí neste rego de agua tão curta e tão grande:
    .
    Da NewAge para a NextAge e as cinco tribos
    Os Originais, os Orgiaticos, os Sustentatabilizadores, os Evolucionsitas e os Visionários agora psicadelicos.
    .
    Não há crise. Sá há crise para os que fizeram a crise. O resto vai marchar como dantes. É uma questão de pouco tempo.
    .

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  49. JCA's avatar
    JCA permalink
    25 Julho, 2011 14:43

    .
    Ifigenio, 11.55, na das 5 tribos o que chama hedonismo (com raízes no Dionisio romano e antes etc e tal e depois etc e tal paganismos e tal e tal) corresponde aos Orgiàticos.
    .

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  50. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    25 Julho, 2011 18:44

    Curioso anti-comuna defender que o Islão pode tomar conta das sociedades Europeias, ler isto:
    .
    The Bible
    Machiavelli
    George Orwell
    Thomas Hobbes
    John Stuart Mill
    John Locke
    Adam Smith
    Edmund Burke
    Ayn Rand
    William James”
    .
    Então para si bastam tais leituras e a opinião e é um mero passinho lógico para assassinar quase uma centena a tiro durante uma hora.
    .
    Pode trazer aqui os inúmeros exemplos de casos destes por favor?
    .
    Certamente para provar a sua teoria, se são só estes factores que contam então os resultados devem ser semelhantes para quem admira as mesmas obras e defende as mesmas ideias.
    Fico à espera.
    .
    Se não conseguir então terá de procurar outros factores.
    .
    O seu problema para começar é sua credulidade. Os jornais dizem umas coisas durante 3 ou 4 dias e para si esses são TODOS os factores que o influenciaram.

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  51. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    25 Julho, 2011 19:00

    Mais factores ou talvez não:

    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/norway/8659746/Norway-killer-Anders-Behring-Breivik-was-a-mummys-boy.html
    (…)
    His diary reveals an oddly conflicted of his mother – at once fond of her and furious at the liberal upbringing she gave him.
    He wrote: “I do not approve of the super-liberal, matriarchal upbringing as it completely lacked discipline and has contributed to feminise me to a certain degree.”
    Anders appears to have had few relationships and records being teased by friends for living with his mother and not having a girlfriend.
    His writing reveals an occasional puritanism, with entries criticising his sister for having too many sexual partners and describing his mother’s new husband as a “primitive sexual beast”.
    Despite his apparent disgust, he repeatedly mentions the prospect of hiring prostitutes in the run-up to his mission
    Of his stepmother Tove, he writes she was “very intelligent” but obviously a “traitor”.
    “Although I care for her a great deal, I wouldn’t hold it against the KT (Knights Templar) if she was executed during an attack,” he wrote.
    ——-
    Quem é que dos autores acima estaria de acordo com a última frase?

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  52. Leme's avatar
    Leme permalink
    26 Julho, 2011 00:43

    Pouco a pouco, é a debandada dos bandalhos.

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  53. Tic's avatar
    26 Julho, 2011 08:20

    A Europa é o maior espaço de comércio e serviços do mundo. Quer em volume, quer em valor.

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  54. neoteuton's avatar
    neoteuton permalink
    26 Julho, 2011 08:45

    Bom, bom, bom

    Pelo que parece ja sofremos a rebaixa
    do rating das Agencias da Historia ( antes de estas agencias ser inventadas pelos americanos) e por agora ja andamos a ver que mais que o FIM da HISTORIA é só ( simplesmente voltando aos clásicos de que Oswald Spengler publicou, em 1917, A Decadência do Ocidente”)

    Asssim que todo parece concluir e determinar que vai ser solamente o Ocidente o que está defintivamente marcado e condenado…
    Tudo parece predizer esta nova tragedia. OLhos abertos para ver o que nos acontece nas próximas décadas.

    Mais atençao que ainda nao terminou o filme nem ( o desta dcada), e tal qual que apareceram mais profecias e profetas trompeteiros do apocalipsis cultural, civilizacional e pólitíco .economico (entanto a HISTORIA ) continua o seu lento discurrir con os seus pequenos e grandes ciclos con os seus pequenos e grandes discursos…

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  55. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    26 Julho, 2011 09:43

    A respeito de Oslo o Blasfémias continua desaparecido em combate.
    Ainda não terminaram a investigação acerca da militância do terrorista nos encontros de verão do BE ou da vinda a uma festa do “Avante!”.

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