As egrégias avós*
Em Espanha, o júri que ia decidir sobre qual o cineasta que seria distinguido com o Prémio Nacional de Cinema foi suspenso, pois integrava três mulheres e nove homens, desproporção de sexos que não é permitida pela legislação dita da igualdade, em vigor naquele país.
Não deixando sempre de me surpreender com a energia e a imaginação reveladas por estes comissários da igualdade, creio que o melhor é apresentarem-nos o catálogo da fantasia igualitária todo de uma vez. Por exemplo, este ano suspenderam o júri e lá mandaram sair um senhor para entrar uma senhora. Para o ano já sabemos que num outro festival qualquer o problema vai nascer do facto de o premiado não ser uma mulher. Ou porque os filmes não têm actores negros ou asiáticos. Ou porque não existem homossexuais. Ou porque as diversas confissões não estão todas igualmente representadas. Ou por outra razão qualquer.
Paulatinamente passámos da defesa da igualdade de direitos para o proselitismo da igualdade em si mesma. E o resultado é esta maluqueira extenuante em que a mais simples escolha do presente é vivida sob o estigma da discriminação e o passado é sujeito a uma espécie de censura prévia. E, nem de propósito, enquanto procurava terminar este texto descobri que a Áustria vai mudar a letra do seu hino de modo a que este refira não apenas os filhos da nação mas também as filhas. Se a moda pega, os hinos, como o português, tornar-se-ão um quebra-cabeças, pois para além das heroínas do mar ainda temos o magno problema das egrégias avós. Não se riam que não só lá chegaremos, como já se discutiram coisas bem mais estúpidas.
*PÚBLICO

O Suicídio de uma Civilização.
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ROFLMAO !!
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O que é mais estranho é permitirmos, qual carneirada acéfala, que uma minoria esteja literalmente a impor a ditadura da igualdade. Nem o comunismo faria melhor.
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Tenho um colhão maior que o outro e o comité da igualdade não faz nada?
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O Publico parece ter alguma paridde entre o correcto e o incorreto politicamente…
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Por que estamos no Afganistão?
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=15797
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ahahahahaha
.
Desta vez a HM merece um grande aplauso. As egrégias avós e as heroínas do mar está delicioso.
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Tambem aplaudo a liberdade de expressao no Publico, que leva porrada dia sim dia nao por parte de helenafmatos.
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Já tardava um post de sexo.
Ou género, se quiser.
O regulamento da composição de um júri, suponho que terá como objectivo uma escolha tanto quanto possível isenta e imparcial.
No caso particular da realização cinematográfica, até há poucas décadas era exclusiva do sexo masculino.
Felizmente que começaram a aparecer excelentes realizadoras, como Jane Campion (The Piano) ou Sofia Copolla (Lost in Translation).
Se em Espanha, acham que há muito machismo, a pontos de precaverem a imparcialidade com a paridade, é lá com eles… ou elas.
Provavelmente foi mesmo o núcleo de realizadoras nuestras hermanas que exigiu tal medida.
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De todo o modo estou mais interessado em saber a opiniao de helenafmatos sobre o cambalacho do BPN do que sobre ventos de Espanha.
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A parte do hino “Heróis do mar”, é das tais comparações despropositadas à la Helène.
Na verdade, que eu saiba, Fernão de Magalhães e todos os outros da saga dos nossos descobrimentos…
não eram mulheres.
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Leia a História Trágico-Marítima e logo perceberá que tb existiram heroínas
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Para mim o júri devia ser só constituido por homens.
Todos nós sabemos que as mulheres gostam é de telenovelas e não de cinema…
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Não vou ler a História Trágico-Marítima porque não é da minha área.
Seria no entanto pedagógico que dissesse aqui ao ignorante quem foram essas mulheres.
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Que eu saiba, até era proibido levar mulheres na tripulação.
Se estou errado queira especificar.
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Todos nós sabemos que as mulheres são as maiores inimigas delas próprias.
Basta ver a superficialidade das «amizades»entre o género femenino, muito diferente das amizades sinceras e cordiais entre homens.
A Exma Drª Helena segue a regra: não gosta de mulheres. Gosta de homens.
E ainda bem…acrescento eu….
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O Álvaro vai cortar 30% das chefias no Ministério!!!
É assim mesmo:
Parabéns ao Álvaro:
http://mentesdespertas.blogspot.com/2011/08/parabens-alvaro.html
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O Álvaro é um totó!
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A falta de políticos à altura das actuais circunstâncias, numa velha Europa decadente, é algo de que nos devíamos preocupar, mas. pelos vistos, para a esqueralhada que está no poder em alguns países, como é o caso da Espanha, com o pantomineiro do Zapatero, parece que o fulcral da vida é vigiar se as causas sociais fracturantes – como aquela a que acima se faz referência – estão a ser devidamente cumpridas. Ridículo! Estes comissários políticos dos costumes não terão nada na vida de mais útil com que se preocupem?
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«Esquerdalhada que está no poder» é em Portugal.
Só maoistas já contei cinco!
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O passos para compensar só tem secretarios.
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e ainda temos a outra, a tal, a discriminação dita positiva, para os momentos em que se pretende favorecer um segmento social em particular e essa é a única forma de parecer benzinho e justificável.
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Iam famílias inteiras- veja-se o caso da Leonor Sepúlveda.
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Quanto a mulheres nos exércitos e nas tripulações, não eram de todo desconhecidas. Havia as que iam à travesti, disfarçadas de grumetes.
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Não deixa de ser verdade, entretanto, que há mais heróis do mar que heroínas.
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Não era minha intenção escrever que as mulheres não andavam de barco.
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Já passaram muitas horas e aqui os nossos «liberais» tugas ainda não escreveram uma linha sobre o cambalacho da compra do BPN…
E ainda por cima foi parar às mãos do Mirra Amaral que em 2009 tanto malhava na MFL e elogiava o nosso saudoso ex-PM, Sr. Engº José Sócrates…
As lutas entre os clãs do PSD e do cavaquismo em geral só agora começaram.
Alguns já estão em lugares «estratégicos» para darem «crédito» aos amigos.
E os contribuintes a banhos…
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Eu gostava de viver em Espanha. Com tanta exigência de igualdade ia passar a trabalhar APENAS o mesmo que a minha mulher….
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> os contribuintes a banhos…
Estamos à espera que o Berloque lance a candente, fracturante e mirabolante questão da eutanásia.
Em países avançados parece que já pode ser feita sem formalidades de maior, e até a pedido de terceiros. Contudo, na Noruega houve um empreiteiro que pode eventualmente ter exagerado.
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(Não sei se estão à espera de repetir o sucesso eleitoral que tiraram do aborto e do “casamento gay”).
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Se isto da igualdade fôr avante lá vou ter de arranjar dinheiro para conduzir um carro igual ao que a maioria das mulheres conduz!
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Bom post da Helena.
😮
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Ó piscoiso, não é fenómeno avulso em Espanha. Houve uma fúria socialista do politicamente correcto, quase fascizóide, nos últimos anos.
Recordo o pagode que foi a ministra Bibiana Aído: mal entrada nas lides parlamentares, o seu desejo de paridade foi tal que a levou a cometer o disparate de referir certas “miembras” (a palavra em Castelhano não tem formulação no feminino, sendo ambivalente). Muito se falou sobre o assunto. O comentário da ministra? Será que houve contrição pelo mau-trato aplicado à língua materna? Qual quê! Se a palavra não existia, então devia existir, segundo esta “pava”.
Portanto, a paranóia da paridade já vê intenções obscuras e machistas na própria sintaxe. Em breve, teremos também novos dicionários, gramáticas, prontuários, de línguas expurgadas da sua carga machista, opressora. Não sei é que línguas serão essas…
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O correto nos dias de hoje é pagarmos o BPN (baita puta(?) nacionalização), o resto é distração. O circo está montado, somos os palhaços sem direito a humor, pois até isso estão proibindo, dizem não ser politicamente correto rir. A vida está ficando chata, estão nos controlando demais, abusam da Democracia para nos confundir.
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Quando li este artigo de Helena Matos, (Público de 28/07), achei que era um bocadinho exagerado.
Depois vi o que estava ao lado, da autoria de Elza Pais, e percebi afinal que Helena estava muito aquém do exagero.
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