Quando a propaganda disfarça o centralismo
Que têm em comum a quase totalidade das medidas de redução de despesa (para já, meros projectos de intenções) que o ministro da propaganda vem anunciando às “pinguinhas”? Racionalização das empresas municipais, fim dos governos civis, extinção das DREs, fusão de freguesias, redução dos cargos dirigentes municipais, constituem todas reduções de despesa na periferia, cortes em casa alheia. Têm dado muitas palmas mas, tudo somado, a poupança deve ser inferior aos 330 milhões que nos custa por ano a RTP, que já deveria ter mudado de dono.
.
Indiscutivelmente necessárias, o efeito imediato da maioria daquelas “medidinhas” será a transferência de competências para Lisboa e a justificação adicional para manter, quiçá reforçar, as estruturas centrais. Para já, o núcleo central do Estado, onde as despesas se medem por centenas de milhões, continua gordo e anafado. Com a eventual excepção de Paulo Macedo, ainda não se viu nenhum ministro que dê mostras de saber o que fazer e o que anda a fazer.
.
É pertinente este comunicado da ANMP. A coberto da propaganda, o centralismo vai-se reforçando. Infelizmente, com o aplauso bovino dos que por ele são e serão afectados.
BLASFÉMIAS 
1. “constituem todas reduções de despesa na periferia, cortes em casa alheia.” Se os cortes anunciados no âmbito de uma Reforma do Poder Local não incidissem sobre as estruturas desse Poder Local é que eu me espantaria.
2. Ainda me há-de explicar como é que a extinção de empresas municipais cria centralismo (quando presumivelmente as CMs contratarão privados locais para desempenhar as funções necessárias).
3. A extinção dos Governos Civis transferiu competências para PSP e Protecção Civil locais. Mais uma vez centralismo?
4 A ideia de extinguir as DREs é precisamente que as escolas tenham mais autonomia do poder central. Centralismo?
5. O meu argumento favorito: a redução dos cargos de dirigentes municipais. Eles são tão pouquinhos para tanto trabalho, coitadinhos. E agora com menos até vão ter de enviar trabalho à Administração Central…
Numa coisa concordo consigo, ainda falta a Administração Central levar o mesmo tratamento. Agora, quanto à argumentação e problemática expostos: onde está o cretinismo no meio de tudo isso? É discutível. Bem-haja
GostarGostar
O Paulo Macedo é mais um que anda no diz que disse.
Vê em:
http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Paulo-Macedo-diz-que-ainda-nao-ha-decisao-quanto-a-comparticipacao-de-vacinas.rtp&headline=20&visual=9&article=477568&tm=2
Na RTP, claro.
A propósito, queres comprar?
GostarGostar
Coitadinhos dos gajos do Porto. São uns injustiçados.
GostarGostar
O Ministro responsável pela (venda?) da RTP veio procurar no Brasil ajuda e conselho ao amigo comunista, chefe de quadrilha do mensalão, o petralha, José Dirceu. Dessa moita não vai sair coelho, talvez uma raposa.
GostarGostar
Por alguma razão se chama governo central
e não governo lateral.
GostarGostar
LR,
A frase mais significativa do seu post é “(a RTP) já deveria ter mudado de dono”.
_
O Governo tomou posse há 2 meses e meio. Os gabinetes tiveram que ser constituídos e o acordo com a “troika” impõe a concretização de numerosas medidas com prazos muito apertados mas, para o LR, nestes 2 meses e meio, a RTP já devia ter sido vendida. Como se essa medida (concordo que necessária e importante) seja tão urgente, simples e rápida de implementar que fosse sequer possível tê-la já concretizado.
_
Chegará a altura em que o Governo poderá e deverá ser criticado por a RTP ainda “não ter mudado de dono”. Mas a falta de razoabilidade (racionalidade?) da sua “impaciência” retira ao LR qualquer razão em fazer essa crítica quando essa altura chegar.
GostarGostar
Não é impaciencia, não senhores . . .
RESSABIAMENTO DOENTIO PELA VITÓRIA eleitoral do PSD .
(é com estes *democratas * que temos de aguentar: a escolha maioritária
dos portugueses não interessa para nada).
GostarGostar
Joaquim Amado Lopes,
Já aqui tenho dito, a venda da RTP seria muito simples: concurso público internacional, com base de licitação de 1 Euro e venda pela melhor oferta com todos os ónus e encargos. O que tem isto de complicado que necessite de tanto tempo?
O problema é que o governo, para além de só vender parte, ainda se prepara para meter lá cerca de 400 milhões de euros, para oferecer aos amigalhaços a carne limpa de ossos. Isto é inaceitável.
GostarGostar
“aplauso bovino”… esta expressão insultuosa destrói completamente todo um post…é como diz o diácono remédios: “o artista é um bom artista…não havia necessidade”
GostarGostar
A maior praga – e certamente a razão do nosso sub-desenvolvimento! – é o centralismo com sede em Lisboa.
Lisboa, sede do Governo Central e das Empresas Públicas Nacionais, assim como centro politico e financeiro do País – é o território mais parasita e gastador do país.
Infelizmente, o Norte – com o Porto à cabeça! – são uma região de tansos e de bêbados que ainda não viram que Lisboa continua a enganar-lhes e a roubar.
Também uma Região metropolitana que êm à frente um Rio e um Luis Filipe, o que é que esperariam?
Ainda há quem queira comparar o Porto a Barcelona!…Só se fôr no futebol e com o Pinto da Costa!
GostarGostar
Deve ser por isso que a maior parte dos beneficiários do RSI vive no distrito do…………….Porto
É como eu digo, são uns injustiçados.
GostarGostar
Claro que a maioria dos beneficiários do RSI vivem no distrito do Porto, porque este distrito e região não tem liderança politica nem massa critica das suas «forças vivas».
Hoje o Porto está ao nível de Massamá, o subúrbio da perdulária Lisboa.
Ao menos, Massamá, tem um um ilustre residente que é Primeiro-Ministro.
Faz toda a diferença…
GostarGostar
Arlindo da Costa
Posted 10 Setembro, 2011 at 22:29 | Permalink
Claro que a maioria dos beneficiários do RSI vivem no distrito do Porto, porque este distrito e região não tem liderança politica nem massa critica das suas «forças vivas».
Hoje o Porto está ao nível de Massamá, o subúrbio da perdulária Lisboa.
Ao menos, Massamá, tem um um ilustre residente que é Primeiro-Ministro.
Faz toda a diferença…
____________________
Se não é ironia . . . ESTOU A VER QUE O LANCINANTEMENTE SAUDOSO DO J. SÓCRATES
FOI COOPTADO pelo novo P.M.
mas que aquisição MAIS FEDORENTA !!!
GostarGostar
Será que Paulo Macedo sabe o que está a fazer ?
Se venderam logo o BPN qual é a dificuldade (sabemos qual é o interesse…) em vender a RTP , se Portugal já está à venda há mais de 35 anos …
Escolha maioritária ? É para rir ? Não há duvida que os portugueses são tragicamente acriticos (mesmo a nivel universitario…) e sofrem de inumerocracia já para não falar de Oitke que nos acusa de obesidade mental (…que certamente irá diminuir com a tributação da fast-food…) .
Estranha sabedoria (alem do futebol , claro…) : há uns ilustres anjos que conseguem advinhar o partido dos comentadores (mesmo daqueles que detestam partidos…e ditaduras) .
Como dizia MFL isto só se resolve com ditadura …A divida do Estado já ultrapassa os 200 mil milhões de euros
(mais a das famlias falidas , empresas falidas e bancos falidos…) .Portugal não tem rendimento sequer para pagar os juros . Nem daqui a 20 anos . Santa ignorância . Façam as contas …Socrates não foi preso e Coelho tambem não o será . Ninguem vê que o baralho está viciado !!!… Muita lagrima vai correr até chegarem ao
Mar da Tranquilidade .
PS . Quanto ao novo governo , nuns casos , noutros , inexperiente sabedoria , incompetencia , inexperiencia ,
aldrabice , ignorância , desconhecimento , ingenua coragem e disfarçada ambição politica .
Como diz o Povo , pelo andar da carruagem vê-se logo quem vai lá dentro .
http://sites.google.com/site/acudamedeus/ (vd.anexos)
http://www.pordata.pt
GostarGostar
Por mim, espero até à apresentação do Orçamento de Estado em Outubro/Novembro porque, evidentemente, vai ser aí que a esmagadora maioria das mudanças vai ser anunciada.
GostarGostar
Recuso-me a ser tão demagoga como a cambada de demagogos que para aí anda. Para qualquer pessoa inteligente e responsável, é evidente que 3,4,5 meses de governação são o mínimo exigido a um ministro e secretátrio de Estyado sério e responsável para ler os dossier, pensar sobre eles e propor alterações. Se algumas medidas estão já a ser anunciadas, isso não significa mais responsabilidade, sentido de Estado ou inteligência de uns ministros e governantes em relação aos outros. Espero francamente que estudem os assuntos e soluções com tempo, para não sairem disparates e, para não andarem a altrerar a lei “às mijinhas” como anteriormente se fez.
GostarGostar
Temos novos palrradores de serviço.
À frente da oposição já está o Tozé. O outro era animal político, este faz carinha de santo, mas a palrar também tem que se lhe diga. E para o ajudar na Assembleia da República vamos ter o palrador de Évora, o Carlos Zorinho (só com um r porque ele é delicadinho).
A Esquerda deixou-se atrasar, hoje representa os conservadores, os conservadores da política da mama, enfeitada com discursos radiosos.
Felizmente temos hoje no Governo quem quer desmascarar esses políticos parasitas da sociedade, que nada de útil sabem fazer e estão convencidos que o mundo avança com os seus lindos discursos.
Esses discursos valem menos que palha, porque esta serve de cama e para alimentar o gado e os vossos discursos são tretas.
Vão pentear macacos!
GostarGostar
Vocês queriam mesmo que o PPC reparasse em 4 meses o que o Socrates fodeu em 6 anos??? Só mesmo gente parva… ou regionalizada!!!
GostarGostar
Os trogloditas Sousa Pinto e Carlos Alberto já têm saudades dos animados (com bebedeiras e rolhas de vinho, inclusivé !) congressos do PSD.
Vejamos aqui um «congresso» do PSD em plena silly season:
E quando o Carlos Alberto diz que o PPC vai «reparar» é de partir o côco!
Reparar, o quê, ó estafermo?
O homem por acaso tem capacidade de reparar alguma coisa?
GostarGostar
LR
Posted 10 Setembro, 2011 at 21:21 | Permalink
*****
Ao mau jeito do LR, escrevo são incontáveis os disparates que se escrevem neste blogus – e, curiosamente, por quem tem o dever de os evitar.
GostarGostar
Carlos Alberto,
.
“Vocês queriam mesmo que o PPC reparasse em 4 meses o que o Socrates fodeu em 6 anos??? ”
.
Tem piada. Como é que em 4 meses consegue ver ao longe o que há para reparar na administração local? E não consegue ver os “cacos” da administração central, mesmo ao seu lado???
GostarGostar
Arlindo porque é que vocês não nos fazem o favor de se tornarem independentes ?
É assim: no que toca à Regionalização eu votei, voto e votarei sempre contra. Já no que toca à Independência do Norte podes contar com o meu voto favorável.
Este é um blogue de Bimbos, é conhecido por isso e a sanha anti-Sul e anti_Lisboa escapa-lhes pelos cantos da boca em cada posto que vomitam.
O que eles não explicam é que o Norte, especialmente a região a volta do porto, tem andado há anos a sugar o dinheiro de todas as outras regiões. Não lhes falta nada: Hospitais, Auto-Estradas (uma das melhores redes da Europa), Linhas de Eléctrico com o pomposo título de metro, Universidades, equipamentos de saúde e educação do bom e do melhor.
Não lhes falta nada: por cada linha de electrico que constroem lá fazem-no com dinheiro roubado a outros portugueses.
Ao mesmo tempo têm a maior percentagem de gente a viver de subsidios.
Vocês clamam contra o denominado Centralismo de Lisboa por um motivo bem simples: querem transferi-lo para o Porto e aí já passaria a ser Descentralização.
Como faço questão de vos responder com o mesmo Ódio que vomitam a cada bimbalhada que vos sai das bocas repito: separem-se, vamos dividir isto ao meio como aconteceu na Checoslováquia. Até porque eu não gosto de bimbos nem com molho de tomate !
GostarGostar
LR,
“a venda da RTP seria muito simples: concurso público internacional, com base de licitação de 1 Euro e venda pela melhor oferta com todos os ónus e encargos”
Só por curiosidade, o LR tem mais “soluções instantâneas” para os problemas de Portugal?
GostarGostar
Caro Joaquim Amado Lopes, não duvide que existem muitas “soluções instantâneas” para muitos problemas, certamente mais clarividentes que as minhas. Se não são implementadas, é porque existem fortes interesses em jogo, por norma antagónicos aos nossos (estou a pressupor que você paga impostos).
GostarGostar
Tenho esperança que a falta de espalhafato do Governo represente mais desempenhos como o “eventual” de Paulo Macedo.
GostarGostar
E porém, ele ainda há coisas bem ditas
http://resistir.info/portugal/barreto_06set11.html
Não deixe de ver, não perca quão bem se fala de ‘abéculas?
GostarGostar
O estado (de lisboa) é centralista e colonialista. Seja qual for o partido (de lisboa) no poder, é sempre a mesma coisa. Ninguém quer perder poder, pelo contrário. Já no seculo XIX Alexandre Herculano escrevia: “querem encontrar o governo central? Do berço à cova encontrá-lo-ão por todas as fases da vida, raramente para vos proteger, de contínuo para vou incomodar e roubar, a favor de lisboa”. Assim, o colonialismo cresce: o interior esvazia-se, praticamente só na capital colonialista se encontra trabalho (este ano 6500 novos funcionários públicos). Os preceitos legais estatuídos na constituição (artigos 6º, 227, 236 e 237 são mandados às malvas: aqueles preceitos que estabelecem a descentralização e a regionalização nunca foram postos em prática, logo a constituição portuguesa está a ser violada. O que impressiona mesmo é como aquele imenso rebanho lisboeta de importantes desgraçados ainda não entendeu que a sua própria regionalização os ajudaria a ter uma vida melhor. Fecham centros de saúde em Valença, hospitais na Régua, desviam para lisboa milhões de euros da comunidade europeia para desenvolvimento do Norte, querem usurpar as nossas joias (aeroporto do Porto, porto de Leixões) ou tentam excluir os nossos baluartes da europa (FCPorto na liga dos campeões, como vergonhosa e injustificadamente tentaram), agora, como bem diz Luis Rocha, concentram ainda mais, sabemos que o grosso do funcionalismo público (85%) está em lisboa, até o ministério da agricultura tem mais funcionários na capital que no resto do país; só num edifício numa avenida lisboeta se gasta em salário 1/3 da dotação orçamental de todo o ministério da educação, os recém licenciados da melhore universidade portuguesa, conforme ranking internacional recente, ou vão para o estrangeiro ou têm que emigrar para a capital. Brincam aos aeroportos e aos combóios de alta velocidade, concentrando tudo à roda de lisboa. O que querem? O ódio cresce, a raiva prevalece. Um dia vão ter uma surpresa. Depois não se admirem nem corram a Fátima. Aí já nada valerá a esta república cega, cujos mentecaptos que governam e aqueles que os seguem e alimentam cavam cada vez mais o fosso entre os portugueses e assim precipitam o inevitável…
GostarGostar
JUNTEM-SE A NÓS: http://www.partidodonorte.org
GostarGostar
LR,
Não duvido que existam muitas “soluções instantâneas”. Assim como não duvido que muitas dessas “soluções” seriam melhor classificadas como “problemas”.
Cá para mim, “soluções” como a que propõe para a RTP até poderão ter o seu mérito mas têm que ser muito bem ponderadas. Criticar o Governo por não a ter já concretizado não é sequer minimamente razoável ou isento.
GostarGostar
Tanto disparate. As DRE’s são Administração Central desconcentrada: não são “casa alheia”. São estruturas do Estado Central e não «administração regional» ao contrário do que a sua designação deixaria supor.
GostarGostar
Seria interessante saber do próprio LR em que é que ele se sente prejudicado pelo centralismo…
GostarGostar
Caro Joaquim Amado Lopes,
Não sou nem nunca pretendi ser isento. Como toda a gente, movo-me por interesses. No caso da RTP, tenho 2 fortes objecções a que se mantenha a situação actual ou qualquer outra parecida:
1. Objecção política – o Estado não deve ter qualquer presença na comunicação social, pois jamais resistirá a manipular a informação;
2. Objecção financeira – por causa da RTP pagamos todos mais impostos. Ao ritmo de 320 milhões de euros / ano (média dos últimos 10 anos), a RTP é de longe o maior sorvedouro dentre todas as EPs e já nos terá custado, desde o 25A, mais de 5.000 milhões, o que é cerca de 1/3 do défice público.
Perante isto, diga-me o que haverá a ponderar na “minha solução”. O que é que você e todos nós perderíamos se a RTP fosse vendida por 1 euro?
GostarGostar
Leme,
.
“Seria interessante saber do próprio LR em que é que ele se sente prejudicado pelo centralismo…”
.
O centralismo tende a secar tudo à volta da capital. Drena recursos de todo o país, concentra os grandes investimentos e, por via disso, os empregos mais qualificados. Explico isso com mais detalhe aqui.
Um veículo do centralismo é por exemplo a RTP. Drena recursos de todo o país a favor da propaganda governamental e de uma plêiade de cerca de 3.000 privilegiados, com remunerações claramente acima da média. Se você pagar impostos e mesmo que viva em Lisboa, tb é vítima de tal centralismo.
GostarGostar
LR,
Quanto à sua isenção, já estamos todos esclarecidos. É do seu interesse criticar este Governo e critica-o mesmo que não tenha razões para isso.
_
Quanto à RTP, há várias coisas que me incomodam:
1. o gigantismo, com uma multiplicação injustificada de canais e recursos;
2. não cumprir qualquer serviço público relevante (telenovelas, futebol profissional, o mesmo tipo de filmes que passam nos canais comerciais, concursos com pouco ou nenhum interesse, …).
_
Mas acho que deve haver UM canal público de televisão que não passe publicidade nem tente fazer concorrência aos outros canais, dedicado a informação, formação, documentários, debates, …
Naturalmente, pago pelo Orçamento de Estado.
_
A minha objecção à venda imediata do grupo RTP tem a ver com o facto de ser necessário algum consenso sobre a existência ou não de um canal público de televisão e um canal público de rádio e sobre o que fazer ao património histórico. O debate para obter esse consenso nem sequer verdadeiramente começou.
É mais fácil destruir do que construir. Antes de acabar com (ou vender sem condições) o grupo RTP, é conveniente ter a certeza que é isso mesmo que pretendemos.
_
Quanto à venda pelo valor do passivo + 1 euro, também tenho uma objecção: qual é o valor da RTP?
É que se o valor da RTP é superior ao seu passivo, vendê-la por 1 euro será um disparate. Se valer menos, não haverá quem lhe pegue. Antes de a pôr à venda, é necessário avaliar qual será o seu valor.
GostarGostar
A coberto da propaganda, o centralismo vai-se reforçando. Infelizmente, com o aplauso bovino dos que por ele são e serão afectados.
Sim
GostarGostar
Caro Joaquim Amado Lopes,
.
“Mas acho que deve haver UM canal público de televisão que não passe publicidade nem tente fazer concorrência aos outros canais, dedicado a informação, formação, documentários, debates, …
Naturalmente, pago pelo Orçamento de Estado.”
A SIC-N e a TVI24, para além de outros canais do cabo não lhe prestam já esse serviço?
.
“A minha objecção à venda imediata do grupo RTP tem a ver com o facto de ser necessário algum consenso sobre a existência ou não de um canal público de televisão e um canal público de rádio e sobre o que fazer ao património histórico. O debate para obter esse consenso nem sequer verdadeiramente começou.”
Não sei a que chama consenso, mas duvido que lá chegue com qualquer tipo de debate. Eu sugeria-lhe outra coisa: fazer uma televisão “pública” financiada apenas pelas taxas de audiovisual, sendo porém estas voluntárias. Por aqui veria se chegaria ou não a consenso.
.
“Quanto à venda pelo valor do passivo + 1 euro, também tenho uma objecção: qual é o valor da RTP?”
Aquilo que alguém pagar por ela.
.
“É que se o valor da RTP é superior ao seu passivo, vendê-la por 1 euro será um disparate. Se valer menos, não haverá quem lhe pegue. Antes de a pôr à venda, é necessário avaliar qual será o seu valor.”
Contabilisticamente, a RTP está há décadas em situação de falência técnica. Se fosse privada, teria sido liquidada há muito tempo. No seu balanço de 2010, apresenta capitais próprios negativos de mais de 600 milhões. Por isso defendo que seja vendida à melhor oferta, com base de licitação de 1 euro e com todos os seus ónus e encargos. Não sei se haverá quem lhe pegue, mas não se perde nada em tentar. Vender, por 1 euro que seja, ficaria muito mais barato que liquidá-la, pois o Estado teria de saldar todo o seu passivo.
GostarGostar
LR,
Serviço público:
A SIC Notícias e a TVI 24 não estão disponíveis em sinal aberto e não são abrangentes em termos de debates. Estão sujeitas à lógica comercial e, como todos os outros canais, concentram-se na “espuma do dia”.
_
Pagamento voluntário da taxa do audiovisual:
Contribuição voluntária para o Serviço Nacional de Saúde.
Contribuição voluntária para o sistema educativo.
Contribuição voluntária para a Defesa Nacional.
Contribuição voluntária para a Protecção Civil.
Contribuição voluntária para a Justiça.
…
_
Valor da RTP:
Se a RTP tem capitais próprios negativos de mais de 600 milhões de euros e custa 330 milhões por ano, ninguém a vai comprar nessas condições. Ou seja, a RTP só “mudará de dono” quando o Estado estiver disposto a pagar para alguém ficar com ela.
Como a sua “solução” é impraticável (a menos que a avaliação do valor da RTP esteja errada, o que invalida o seu argumento sobre a urgência da “mudança de dono”), a sua crítica é despropositada.
GostarGostar
Caro Joaquim Amado Lopes,
.
Entre a RTP, SIC e TVI, não sei qual será a mais “espumosa”. E ninguém lhe garante que os governos resistam à tentação de controlar a informação.
.
Não confunda p.f. a RTP com outras coisas. Você não pode viver – ou viveria muito pior – sem saúde e educação (não sendo aqui necessário que o Estado seja o prestador do serviço), sem defesa, protecção civil ou justiça (estes necessariamente garantidos pelo Estado). A generalidade dos cidadãos está disposta a pagar impostos para ter estes serviços. Mas pode perfeitamente viver sem a RTP. Aliás, viveria melhor, porque teria mais dinheiro no bolso. E estou certo que pouquíssimos cidadãos estariam dispostos a pagá-la.
.
O que lhe garante que não haveria interessados se a RTP fosse posta à venda nas condições que eu propus? Um grupo multimédia pode dar-lhe um valor superior ao que consta no balanço, porque lhe permite sinergias com as outras áreas de negócio. Obviamente que em mãos privadas não seria o sorvedouro que é hoje e seria objecto de uma racionalização que é impossível sob mãos do Estado. Daí a urgência da mudança de dono. Enquanto órgão do Estado, é para o contribuinte pagar.
GostarGostar