Spam legislativo
23 Setembro, 2011
Lei do Enriquecimento Ilícito é spam legislativo. Ninguém será condenado por ela e ninguém deixará de roubar o contribuinte por causa dela. Mas os tribunais, o MP, a comunicação social e provavelmente alguns inocentes vão andar a engonhar com ela.

Ah sim? E então como se faz para impedir que alguém roube ou acumule fruto de roubo?
GostarGostar
Há uma coisa que o JM nunca compreenderá- as nuances dos efeitos da vergonha.
.
E é por isso que também não compreende como se devem renegociar as PPPs e muito mais coisas que não são resultado de laboratório com lei científica a dar direito a ir de cana.
.
GostarGostar
««Ah sim? E então como se faz para impedir que alguém roube ou acumule fruto de roubo?»»
.
O método A não funciona mas vamos usar o método A à mesma porque não temos outro.
GostarGostar
João Miranda,
quando é que experimenta’mos o metodo A? Que eu saiba ainda não foi feito.
GostarGostar
Zazie,
.
Acaba de confirmar a minha posição: isto é spam legislativo. E daí ter recorrido a uma justificação rebuscada que envolve vergonha e outras questões rebuscadas e laterais. Se fosse uma boa lei não precisava desse tipo de justificações.
GostarGostar
««quando é que experimenta’mos o metodo A? Que eu saiba ainda não foi feito»»
.
Nunca experimentei meterr-me à frente de um autocarro em movimento. Mas isso não reforça a minha crença de que seja uma boa ideia.
GostarGostar
Então não deve afirmar que não funciona.
Alias a questão não será a lei mas sim a sua aplicação por parte de quem é responsável por fazê-lo.
Na mesma linha eu poderia afirmar que não vale a pena fazer qualquer lei em Portugal porque ninguém tem intenção de a cumprir.
GostarGostar
Tal como todas as leis deste país, mais uma para o cesto dos papeis legislativo, e no entanto, ao fim do dia, todos os eleitos vão para casa com a compensadora sensação do dever cumprido; mais uma pazada de areia para os olhos do cidadão comum/eleitor.
GostarGostar
««Então não deve afirmar que não funciona.»»
.
Se é óbvio que não funciona … Não é necessário experimentar uma coisa para saber que ela não funciona.
GostarGostar
Como não há link para a lei, não a posso saborear e comentar o sabor.
SPAM, do inglês “spiced ham” (presunto condimentado) aplicado à lei, não cheira bem.
GostarGostar
http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=34844
GostarGostar
errado, esse é o do pcp
GostarGostar
Parece evidente que dificultará o roubo do contribuinte, pois os frutos do roubos têm de ser devidamente encobertos. E se o custo do roubo aumenta, espera-se que o número de roubos e o volume do que é roubado diminuam também.
GostarGostar
Claro. Isso sim é óbvio.
GostarGostar
JoaoMirandaTHE POST AUTHOR
Posted 23 Setembro, 2011 at 13:41 | Permalink
…………………….
JM- e v. acaba de confirmar o que eu disse. Que imagina que todo o tipo de censura social e política só pode existir se for feita de forma jacobina- por lei que dê direito a cadeia ou a multa.
GostarGostar
O princípio – aliás, sagrado – da não retroactividade da lei penal protege todas as fortunas acumuladas ilegitimamente antes da entrada em vigor da lei. Por isso, uma abordagem penal é um tiro de polvora seca.
No direito civil existe o instituto do enriquecimento sem causa. E por lei – no âmbito civil – pode ser estabelecida a presunção de enriquecimento ilegítimo, salvo prova da proveniencia dos bens. Perante um autarca milagrosamente milionário, seria instaurada pelo Estado acção cível por enriquecimento sem causa, com base naquela presunção. Se o autarca não provasse a proveniência dos bens, eram declarados perdidos a favor do Estado. Tudo se passaria com garantias de defesa dos visados. E os honestos conseguiriam justificar, passo a passo, a formação do respectivo património e não teriam problemas.
O que interessa ? Tentar punir criminalmente com leis impraticáveis ou fazer reverter para o Estado os patrimónios abusivos ?
GostarGostar
Se for como a a igualdade contemplada na Constituição,
estamos falados.
R.
GostarGostar
O seu problema é sempre este- imagina a sociedade como um laboratório. E no laboratório as experiências têm de dar resultado ou são nulas.
.
Porque, para um cientóino não existem nuances. E esquecem-se que a ética e a censura social tem poder. E ainda se esquecem de outra cooisa- que há falta de moral que se paga politicamente, mesmo que não dê direito a penalização por julgamento de tribunal.
.
Na prática, o JM, sem se dar conta, usa o mesmo raciocínio dos jacobinos xuxas- confundem moral com lei- E só é moral o que está na lei ou resulta em penalização por tribunal.
GostarGostar
E depois, como os jacobinos xuxas retira a conclusão que até pode ser calúnica até prova em contrário ou que é devassa tudo o que fica à mostra.
GostarGostar
errata: calúnia.
GostarGostar
Zazie,
.
Creio que é a zazie que está a confundir lei com moral. Não é por se fazer uma lei, ainda por cima uma má lei, que alguém se sentirá inibido de praticar corrupção.
GostarGostar
««JM- e v. acaba de confirmar o que eu disse. Que imagina que todo o tipo de censura social e política só pode existir se for feita de forma jacobina- por lei que dê direito a cadeia ou a multa.»»
.
Onde é que eu imagino tal coisa? Leia o post.
GostarGostar
Não. Não estou a confundir lei com moral. V. é que está a retirar a moral da sociedade para dizer que a lei só pode ter efeito dissuasor se der veredicto com cana.
.
A lei pode servir também para isto. Olhe, é como no passado era a lei do aborto. Não impedia mas dissuadia e colocava etiqueta moral negativa na sua prática.
.
O que v. quer é fique escondido ou então a lei seja amoral como se a sociedade funcionasse dessa forma robótica.
.
Os xuxas também dizem que o Sócrates é inocente porque nunca se provou nada. E há legislação onde formas de corrupção também têm apenas resultados morais e não penais.
.
Mas a política é isto. E eu penso que esta lei tem mais interesse político. Porque os políticos não são pares- são eleitos e o aproveitamento que fazem dos cargos para enriquecerem não pode continuar tapado e impune.
GostarGostar
Quando v. diz que uma lei que não dá resultado prático de multa ou cana, está a dizer isso- está a reduzir a moral aos efeitos jacobinos da legislação.
GostarGostar
««Não. Não estou a confundir lei com moral. V. é que está a retirar a moral da sociedade para dizer que a lei só pode ter efeito dissuasor se der veredicto com cana.»»
.
Onde é que eu disse isso?
.
O que eu disse foi:
1. Ninguém será condenado
2. Ninguém deixará de roubar o Estado.
.
O que eu não disse: Ninguém deixará de roubar o Estado porque ninguém será condenado.
.
Consegue perceber a diferença?
GostarGostar
««A lei pode servir também para isto.»»
.
Para quê? Já existem milhentas leis anti-corrupção. Esta acrescenta alguma coisa?
GostarGostar
O que v. diz é que os tribunais e mais a comunicação social vão andar a engonhar e portanto, a lei até vai servir para que tudo continue na mesma.
.
Ora esta sua afirmação imagina que só num estado puro experimental- onde tudo fosse perfeito, o conhecimento público da fraude tinha resultados legais.
.
V. esquece-se dos resultados sociais dissuasivos. E isto porque também mistura Poder e cargos políticos com sociedade civil. Claro que o Poder tem sempre lacaios. Mas não será por estarem protegidos por ausência de figura legal que se tornam mais santos ou que temos mais controle sobre os cargos e quem os usa e como os usa.
GostarGostar
««Quando v. diz que uma lei que não dá resultado prático de multa ou cana, está a dizer isso- está a reduzir a moral aos efeitos jacobinos da legislação.»»
.
Tente descobrir o que eu estou a dizer e depois falamos.
GostarGostar
««O que v. diz é que os tribunais e mais a comunicação social vão andar a engonhar e portanto, a lei até vai servir para que tudo continue na mesma.
.
Ora esta sua afirmação imagina que só num estado puro experimental- onde tudo fosse perfeito, o conhecimento público da fraude tinha resultados legais.
»»
.
Mas onde foi buscar a ideia de que só os culpados é que serão visados pela lei? Os inocentes também o serão. Espero aliás que o primeiro inocente a ser visado por esta lei seja alguém que a zazie admira.
GostarGostar
Não sei se ninguém será condenado. Sei é que pode haver muito mais gente vigiada. E o enriquecimento ilícito não existe por ser público e feito às claras mas pelo inverso- por ser encoberto.
.
E é óbvio que ninguém vai achar que arrisca menos em estando ameaçado do que arriscava se nem a lei condenasse.
GostarGostar
««V. esquece-se dos resultados sociais dissuasivos. »»
.
Não esqueço não. A primeira coisa que esta lei vai dissuadir é a entrada de pessoas de bem na política. Ninguém está para ser vítima de uma lei kafkiana
GostarGostar
Os inocentes se nada devem, nada têm a temer.
.
Por essa sua lógica a lei só podia existir para “culpados”
ehehhe
GostarGostar
Ah, sim. É que as pessoas de bem fazem bicha para entrar na política. Já as pessoas que se amontoam para o saque são dois ou três e, na volta, até podem ser inocentes
eheheheh
GostarGostar
Muito bem, Zazie.
GostarGostar
Vai ser uma chatice. Afinal tínhamos tantas pessoas de bem com carcanhol limpo a quererem dar o corpo ao manifesto e agora até se vão retrair por haver uma lei que deixa à vista a ciganada do saque.
GostarGostar
««Não sei se ninguém será condenado. Sei é que pode haver muito mais gente vigiada. E o enriquecimento ilícito não existe por ser público e feito às claras mas pelo inverso- por ser encoberto.»»
.
90% do enrequecimento por corrupção provém de meios lícitos. Poucos aceitam malas em dinheiro, e os que aceitam sabem escondê-lo. Portanto, isto é uma lei inconsequente. Será ainda mais inconsequente quando se for descredibilizando com o tempo, porque é inaplicável.
GostarGostar
JM, vou indo. Gostei deste bocadinho. Foi para matar saudades da sua escolástica.
GostarGostar
««Ah, sim. É que as pessoas de bem fazem bicha para entrar na política. »
.
Fazem cada vez menos. O declínio terá começado em 1995 com uma lei das incompatibilidades que meteu fora do Parlamento quem quer que tivesse meios de subsistência privados.
GostarGostar
««
E é óbvio que ninguém vai achar que arrisca menos em estando ameaçado do que arriscava se nem a lei condenasse.»»
.
A lei não condena nada do que os corruptos actualmente fazem. Por exemplo, se um político prestar um favor a uma empresa e daqui a 3 anos passar a presidente da mesma, não será condenado por esta lei.
GostarGostar
João Miranda,
Os partidos retiram as pessoas de bem da politica. Não a lei das incompatibilidades. Essa existe para tentar precaver os conflitos de interesses, directos pelo menos.
No fim chega tudo ao ponto final que não precisa de lei para nada: a Moral. Somos em pais com cada vez pior moral. Não há leis que nos valham.
GostarGostar
Excepto na Madeira, claro. Onde, felizmente, não se perderam tantas “pessoas de bem”…
GostarGostar
««Não a lei das incompatibilidades. Essa existe para tentar precaver os conflitos de interesses, directos pelo menos.»»
.
Só sobram os políticos profissionais formados nas JOTAS e os advogados dos grandes escritórios (que curiosamente não são abrangidos por incompatibilidades)
GostarGostar
Mas o JoaoMiranda ainda perde tempo com a Zazie?! Safa!…
GostarGostar
Para que pode servir a lei, por António Costa:
http://aeiou.expresso.pt/antonio-costa-acusa-psd-madeira-de-enriquecimento-ilicito-video=f675860
GostarGostar
Os nossos legisladores são uma porcaria.
Se fossem decentes, teriam perguntado antes ao JM: “acha que esta lei pode funcionar? ”
Como a resposta é negativa, a alternativa é deixá-los continuar a roubar legalmente.
A coisa funciona assim:
. conhecemos os tipos e sabemos que antes de entrarem na política não tinham nada.
. sabemos que não receberam heranças nem dádivas.
. sabemos que eles ficaram a nadar em dinheiro.
. também sabemos que já estão perfeitamente à vontade com a sua recente fortuna, e que até podem accionar judicialmente quem ponha em causa a sua origem, visto não haver nenhuma lei que os obrigue a justificá-la.
.
Perante tudo isto, o que os legisladores têm a fazer, é não fazerem nada, porque o JM acha que as leis não têm efeitos. Além de confundir “lei de enriquecimento ilícito” e “lei das incompatibilidades”
GostarGostar
«A primeira coisa que esta lei vai dissuadir é a entrada de pessoas de bem na política» JM
.
Achei piada a esta frase pela originalidade. As pessoas de bem não estão na politica e, as que estão e são de bem, pouco tempo lá duram.
.
Anyway, caro JM, o único problema desta lei é que quem enriquece ilegitimamente não vai poder usar o seu dinheiro a comprar aquilo que é suposto o dinheiro comprar. Pronto, se calhar vão gozar o produto do ilicito para o estrangeiro- o crime nunca acabará – mas cá em portugal, assim como na esmagadora maioria dos paises civilizados (eua, alemanha, frança etc) os gansters tem que justificar de onde lhes vem a massaroca.
.
Então v.exa. quer um país aonde um rapaz veleja de iate luxuosissimo e declara salario de vereador?
.
Esta gente só pode estar a brincar.
.
Rb
GostarGostar
O mal é que não estão.
GostarGostar
Gente que tem como modelo utópico de cidadão o cigano só podia dar nisto. Vamos abolir a lei que manda prender os assassinos assim que se enganarem engavetando um inocente.
Antes é que era bom. Entravam pessoas na política em prol do bem comum. Estas leis afastam naturalmente as pessoas de bem. Aliás, as leis que incidem sobre a criminalidade violenta afastam todas as pessoas da rua. Já ninguém sai porque pode ser preso a qualquer instante. Assim como as leis que visam proteger as crianças da pedofilia. Já não há candidatos para educação de infância. As pessoas andam com medo. Muito medo.
GostarGostar
ehehe
Só no gozo, Romão. Este malucos não são para levar a sério. São efeitos do esquentamento ideológico.
GostarGostar