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Prejudicar as exportações

14 Outubro, 2011

IVA do vinho a 13% prejudica as exportações e incentiva o consumo interno.

111 comentários leave one →
  1. TLD permalink
    14 Outubro, 2011 12:55

    E será que há mercado para essas exportações?

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  2. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 12:58

    Bem dito, caro JM. Um erro histórico. Além disso, há mercado para essas exportações. É preciso é ir vender lá fora.

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  3. jose silva permalink
    14 Outubro, 2011 13:00

    Nas exportações de qualquer produto ou serviço não ha IVA.

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  4. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 13:02

    “Nas exportações de qualquer produto ou serviço não ha IVA.”
    .
    .
    O ponto não é esse. É que se o IVA for a 23%, o consumo baixa e obriga a escoar a produção para fora e exportar. Por isso penso que é um profundo erro manter o tinto a 13% quando devia estar a 23%.

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  5. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 13:04

    Aliás, posso-vos dizer que IVAs altos neste tipo de produtos foram usados por um país europeu para sair da crise e resultaram. Em vez de vinho foram outros alimentos processados. E tanto resultou que hoje esse tipo de sector produtivo é o mais forte desse pequeno país europeu, onde exportar para todo o mundo.
    .
    .
    Os gajos da Troika é que andam a dormir, senão…

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  6. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 13:07

    Coisa que doem quando se lê:
    .
    “E a título de exemplo das oportunidades a explorar e do trabalho a fazer, o embaixador sul-coreano conta que os coreanos entre os 30 e os 40 anos têm conhecimento do vinho português. Isto porque, “vá lá saber-se porquê”, foi utilizado num manual do ensino secundário como exemplo num exercício sobre a noção de vantagem competitiva. No entanto, não é fácil encontrar vinho português à venda na Coreia. “Os coreanos ouviram falar do vinho português, mas não o conseguem comprar, não o encontram nas prateleiras ao lado do vinho espanhol, italiano, francês, australiano chileno ou da África do Sul”, afirma.”
    .
    In http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1779890&seccao=%C1sia
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    .
    Há mercados por explorar. E enquanto protegermos este tipo de produção, só estamos a dar maus incentivos. IVA a 23% ajudaria e de que maneira as exportações.

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  7. JoaoMiranda permalink*
    14 Outubro, 2011 13:15

    ««Nas exportações de qualquer produto ou serviço não ha IVA.»»
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    Sim. Tendo isso em conta, quanto mais baixo for o IVA do vinho em Portugal, menores são os incentivos para vender para fora.

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  8. J.Duarte permalink
    14 Outubro, 2011 13:16

    porque não uma taxa única de IVA a 50% para um grande incentivo às exportações e rebentar com o consumo interno (que pelos vistos é mau)

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  9. 14 Outubro, 2011 13:18

    O IVA devia ser imposto único.
    http://existenciasustentada.blogspot.com/2010/09/8-impostos.html
    Se vendemos tudo o que produzimos, o IVA alto, a 23% beneficiará as exportações.
    Pois libertará produção (menos consumida internamente devido ao IVA) para ser exportada.
    Pois o IVA não influi no preço dos produtos exportados.
    Mas se não vendemos tudo o que produzimos, teremos que reduzir preços para colocar os produtos no exterior. E isso poderá não ser simples quando o Governo não se decide pelo choque de produtividade que era necessário (a meia-hora é uma treta incongruente).
    http://notaslivres.blogspot.com/2011/10/orcamento-de-2012.html

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  10. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 13:21

    Boas notícias!
    .
    Portugal foi o quinto país que mais aumentou as exportações em Agosto, corrigidas da sazonalidade, dos 27 da UE.
    .

    Click to access 6-14102011-AP-EN.PDF

    .
    .
    Esperemos que Portugal consiga atingir o topo. Isso é que era.

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  11. lucklucky permalink
    14 Outubro, 2011 13:23

    “Nas exportações de qualquer produto ou serviço não ha IVA.”
    .
    Mais uma razão para não haver IVA em Portugal.
    .
    É estranho esta necessidade de engenharia social. Até vindo do suposto liberal Blasfemias.
    Se os Portugueses quiserem consumir o seu vinho e não o exportar qual o problema?

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  12. lucklucky permalink
    14 Outubro, 2011 13:24

    Até parece que querem destruir o que resta da Economia Livre cá dentro.
    Já agora porque não IVA a 25% ? 30%? 45%?

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  13. 14 Outubro, 2011 13:25

    O que irão fazer os grandes super e hipermercados no referente à meia hora?
    Despedir 1 por cada 14 funcionários…
    O que irão fazer todas as empresas que são grandes empregadores. O mesmo.
    A verdade é que quem precisava de mais mão de obra para produzir mais, porque venderia o que produzisse a mais, simplesmente … empregava. Não temos pleno emprego e não acho que tenhamos as empresas a produzir nos limites da sua capacidade…
    O que irão fazer os pequenos empregadores? Não lhes adiantará nada a meia-hora. Seria bem melhor alargar o fim dos 2 ordenados e REDUZIR, paralelamente uma meia hora(40h para 37,5 em vez de 40h para 42,5).
    Finalizando, o corte de rendimento aplicado aos Funcionários Públicos devia ser acompanhado por um corte de meia hora na sua carga horária de trabalho. As despesas do estado caíam na mesma e a medida seria compensada em parte e entendida muito melhor.

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  14. tric permalink
    14 Outubro, 2011 13:32

    Qual foi o numero de “crescimento” económico para 2012 que o Governo utilizou para elaborar o Orçamento?

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  15. Mário permalink
    14 Outubro, 2011 13:38

    “Vá se lá saber porquê” disse o embaixador Sul-Coreano ou terá sido a ignorância do jornalista do DN? De qualquer forma pode ser explicado pelo facto de Portugal apenas se ter tornado irrelevante como país após 1974. Mas seja como fôr já vi o exemplo do vinho português citado nos sítios mais insuspeitos a propósito da vantagem comparativa. Até Ricardo o usou comparado com os têxteis britânicos como qualquer pessoa sabe. Mais grave ainda é reparar que a noção de vantagem competitiva é ensinada no secundário Sul-Coreano tal como em qualquer país civilizado, menos em Portugal, onde os manuais se preocupam mais com a cartilha da luta de classes, desigualdades sociais, etc., do que em realmente educar sobre conceitos fundamentais de economia quem precisa de ser educado. O que ajuda a explicar os níveis assustadores de iliteracia económica dos portugueses que por sua vez explicam grande parte de tudo o resto.

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  16. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 13:42

    Outra coisa interessante. Anda para aí uma guerra xenófoba contra os chinocas. Alguns até batem palmas a medidas proteccionistas para impedir as importações chinesas que o Obama tem aplicado. Mas vejam bem os resultados deste tipo de medidas. Um exemplo interessante aqui:
    .
    http://www.atimes.com/atimes/China_Business/MI10Cb01.html
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    De nada vale impôr medidas proteccionistas aos chineses pois, em vez de eles comprarem aos chineses comprarão a outros. Ou os consumidores pagarão mais caro, engordando os lucros das companhias americanas mas não criando empregos nos USA.
    .
    .
    A Zona Euroa, sem medidas proteccionistas nem fazendo basqueiro contra os chineses, começou a baixar em termos absolutos o seu défice comercial com a China. Em Janeiro a Julho baixou em 700 milhões de euros. É pouco. É. para já. Mas o ritmo de crescimento das exportações da Zona Euro para a China foi mais do dobro das suas importações. Estes dados demonstram que de nada vale medidas proteccionistas, como fazem os americanos, que mesmo tendo o dólar em queda contra a moeda chinesa, continuam a subir o seu défice.
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    As exportações da Zona Euro para a China estão a crescer 22% ao ano e as suas importações 10%. E agora em termos absolutos, o défice comercial começou a baixar. Felizmente Portugal está a subir as suas exportações para a China, sem medidas proteccionistas, em cerca de 43% ao ano.
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    Aliás, as exportações da Zona Euro para os países mais importantes asiáticos estão a subir mais do que as suas importações. Quer para a China, Japão e até Koreia do Sul. SEM MEDIDAS PROTECCIONISTAS! O que demonstra que afinal o tão apregoado declinio ocidental em contraponto à ascensão asiática é um mito, propagado pelos derrotados do costume: americanos.
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    Ao passo que existe uma crise nos mercados financeiros e nos Estados, a economia da Zona Euroa está, lentamente, a fortalecer-se. A conquistar quotas de mercado, etc. (Apesar da queda do dólar contra o Euro, o défice americano continua a subir.) Sem medidas populistas e proteccionistas como nos USA. Que abriram uma guerra comercial e acabarão por serem os mais prejudicados.
    .
    .
    Dizem que o euro está a morrer no entanto, a verdade dos factos…

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  17. 14 Outubro, 2011 13:44

    E porque não, IVA a 40% sem mais quaisquer outros impostos e taxas (sociais e outros)?
    http://existenciasustentada.blogspot.com/2010/09/8-impostos.html
    Porque não? Quais são as desvantagens efectivas?
    Claro que teriam que ir todos neste processo. E vão acabar por ir…

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  18. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 13:55

    Mais uma boa medida do governo:
    .
    “Há anos que se fala na prescrição por DCI, de forma a promover a liberdade de escolha do cidadão e a baixar custos com remédios.
    .
    O Governo aprovou ontem uma proposta de lei que estabelece novas regras de prescrição e dispensa de medicamentos, com base no princípio activo. O ministro da Saúde já tinha dito que pretendia avançar com esta medida já em Outubro. ”
    .
    in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=512141

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  19. Fincapé permalink
    14 Outubro, 2011 14:08

    Não percebo qual o interesse no aumento do custo do vinho português para o consumidor, sabendo-se que há por aí vinho da concorrência chilena e outras, também bom, a preços razoáveis. Nem consigo ver o interesse das trocas comerciais com os produtos a encarecerem nas viagens dum lado para o outro, consumindo energia desnecessária e outros recursos, só para satisfazerem a cartilha hiperliberal! Há realmente coisas no código hiperliberal que eu ainda não consegui decifrar. Mas não há-de ser coisa boa!

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  20. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 14:21

    “Não percebo qual o interesse no aumento do custo do vinho português para o consumidor, sabendo-se que há por aí vinho da concorrência chilena e outras, também bom, a preços razoáveis. ”
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    O IVA aplica-se a todos os vinhos. Portugueses e importados. A diferença é que assim Vc. obriga um sector protegido a abrir-se mais á competição e internacionalizar mais as suas actividades. Que por sua vez acabará por ganhar know-how, experiência e economias de escala, só possíveis quando as actividades estão internacionalizadas.
    .
    .
    Quer mais liberal que isto?

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  21. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 14:25

    Outra coisa, caro Fincapé. Também obriga as empresas produtoras tugas a diferenciarem-se pelo preço e qualidade. Se bebermos vinho chileno a 1 euro o litro mas vendermos em frança a 5 euros o litro, os portugueses ficam a ganhar. Valor acrescentado, está a ver a coisa? Aquilo que permite altas produtividades e altos salários, que é aquilo que se quer em Portugal.
    .
    .
    Tenha o exemplo do Calçado. Nós importamos mais sapatos do que exportamos. Mas temos um saldo comercial bem positivo. Ou seja, importamos salários baixos e exportamos salários altos. E nós queremos salários altos, não é verdade?

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  22. lucklucky permalink
    14 Outubro, 2011 14:27

    ” só para satisfazerem a cartilha hiperliberal!”
    .
    Não há nada de Liberal neste texto do João Miranda. É o mais puro estatismo. Mais Impostos é mais poder para o Governo e os Políticos.
    Sofre a Economia Livre baseada nas escolhas das pessoas para beneficiar uma escolha pelos políticos.

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  23. lucklucky permalink
    14 Outubro, 2011 14:29

    É uma aberração querer diminuir o mercado de um produto.

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  24. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 14:32

    “É uma aberração querer diminuir o mercado de um produto.”
    .
    .
    Então Vc. é a favor do aumento da venda de drogas nas ruas, certo?

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  25. lucklucky permalink
    14 Outubro, 2011 14:36

    Não merece resposta.
    Na mesma onda, pode perguntar se eu quero mais mortes para aumentar o negócio das funerárias…

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  26. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 14:42

    “Não merece resposta.”
    .
    Pois claro que não mereço resposta. Vc. não a consegue dar. Se Vc. diz que baixar o mercado de um produto é anti-liberal, as drogas são um produto. Ou não são?
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    .
    O seu problema é bem outro. É ver o mundo por uma cartilha, mas nem sequer tenta conciliar as vás teses em conflito. É o tal que é contra as bolhas mas quer liberdade total dos mercados. É o tal que quer taxas de juro “livres” mas é incapaz de compreender o fenómeno de formação de preços.
    .
    .
    Em suma. É o tal que quer a ausência total do Estado mas deseja viver sob um Estado de Direito. Talvez na Libéria seja porreiro, não? ehheehehh

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  27. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 14:43

    E até é curioso que o alcool contido nos vinhos é a droga mais prejudicial nas nossas sociedades… lololololol

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  28. 14 Outubro, 2011 14:59

    Ó João, para o raio que te parta. Com esta recessão a malta vai ter de beber uns copos para afogar as mágoas. Que sejam uns copos de boas produção nacionais.

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  29. Arlindo da Costa permalink
    14 Outubro, 2011 15:14

    Mentira.
    Para exportação não há IVA.
    Quanto ao consumo interno, há muito que o povo bebe água da torneira!

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  30. 14 Outubro, 2011 15:22

    O que incentiva o consumo interno do vinho,
    é ele ser bom.
    O resto são cantigas.

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  31. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 15:30

    A-C 13,42H
    .
    E a destruição de Tecido Produtivo Europeu, causa da perca de Emprego em queda livre, pela invasão das paragens asiáticas ? São as exportações que vão os cada vez mais amplos Subsidios de Desemprego ? Porque razão é que até se isentaram (ou isentam) de Impostos para abertura das lojas xinas ? Donde sairam os Capitais e a Riqueza para a explosão da Riqueza do Pacifico em prejuizo do Atlantico Norte ? Como funcionam as zonas especiais (praticamente livres de Impostos) de Xangae para fazer ‘dumping’ no Comercio Mundial ? Como é possivel competir com o Pacifico e Atlantico Sul se as Empresas do Atlantico Norte respeitam, e querem respeitar, os fatores de custo derivados da defesa dos Direitos e dos Direitos Civilizacionais Europeus (Saude, Educação, Reforma/Pensões, Solidariedade no Desemprego etc) e as do Pacifico, Indico e Atlantico Sul não cumprem nada disso no seu Comercio, Industria e Serviços ‘selvagens’ por isso com preços semprte mais baratos ?
    .
    É evidente que num primeiro andamento foram um excelente amortecedor de revolta por perca de poder de compra dos rendimentos dos Cidadãos do Atlantico Norte. Mas ultrapassou-se o vermelho, o dinheiro e a riqueza deslocalizaram-se do Atlantico Norte para o Pacifico, Indico e America do Sul. E continuam a deslocalizarem-se, é o tal ‘black hole financeiro’. Se desapareceu da Europa tem de estar nalgum lado.
    .
    Além do mais neste campo os EUA não parecem inteiramente invocáveis. Afinal são um País duplo, do Pacifico pela sua costa ocidental, do Atlantico Norte pela sua costa Oriental.
    .

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  32. Fernando S permalink
    14 Outubro, 2011 15:44

    lucklucky : “É uma aberração querer diminuir o mercado de um produto.”
    .
    O que é uma aberração é o Estado querer aumentar artificialmente o mercado (neste caso, interno) de um produto aplicando-lhe uma taxa de IVA preferencial, inferior à geral.
    Além de que se um sector não tem um privilégio estatal para vender para o mercado interno (uma taxa de IVA mais baixa) vai ter mais interesse em vender no mercado global, o qual, como é evidente, é muito maior do que qualquer mercado interno, por maioria de razão, muito maior do que o portugues.
    Ou seja, no fim de contas, o aumento do IVA aumenta o mercado para o vinho portugues !
    .
    lucklucky : “Mais uma razão para não haver IVA em Portugal.”
    .
    Porque não ? No dia em que o Estado portugues não precisar do IVA para cobrir as suas despesas….
    Entretanto, que seja o menor possivel mas igual para todos os produtos !

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  33. Plus permalink
    14 Outubro, 2011 15:44

    “É ver o mundo por uma cartilha, mas nem sequer tenta conciliar as vás teses em conflito.”
    MEu caro Anti-comuna,
    A questão é a de que tipo de medidas optamos para atingir o crescimento económico ou reorientar economicamente um país .
    Podemos optar por medidas económicas de carácter positivo ou por outras caracterizadas por politicas negativas.
    E desvalorizações fiscais que substituem politicas cambiais e outras já usadas como “politicas de investimento” acabaram sempre por interferir da livre escolhas dos empresário.
    Se isto é cartilha ? (Também) é,de certo, uma questão de princípios e conceito de justiça.
    [Quer coisa economicamente mais repugnante para uma sociedade do que a desvalorização da moeda para potenciar as exportações?]

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  34. Plus permalink
    14 Outubro, 2011 15:47

    Lixa-se o consumir por via fiscal e dentro de pouco tempo vai-se lixar o resto com a ladainha de falta credito para a economia.

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  35. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 15:48

    Caro JCA, eu não sei se as condições no interior da China são essas que Vc. descreve. Afinal ultimamente andam para lá a fechar fábricas comó caraças porque se queixam de: preço das matérias-primas, altos salários e altos impostos. E esta, hein?
    .
    .
    Em todo o caso, eles vendem milhares de sapatos aos alemães e os alemães vende-lhes um BMW e está feita a manobra. ehehheheh
    .
    .
    Vc. anda como os gringos: quer competir com eles com salários baixos, baixa qualidade e quantidade. os americanos tentam e lixam-se. Os europeus estão agora a recolher os louros de uma estratégia diferente. É que BMs, Audis e Mercedes vendem-se para caramba, naquele país. Se pudessemos enfiar os nossos vinhos, azeites e até sapatos e vestidos de gala. (Ou de dance pool, também serve. ehehehehh)

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  36. Plus permalink
    14 Outubro, 2011 15:48

    A falta de crédito no mercado interno -que é real – é o melhor instrumento para a reorientação de uma economia.

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  37. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 15:54

    “Podemos optar por medidas económicas de carácter positivo ou por outras caracterizadas por politicas negativas.”
    .
    .
    Pois é. Mas proteger os nossos vinhos e agricultores não tem dado muitos resultados. Talvez fazer ao contrário comece a dar resultado. Já pensou nisso? Como lhe dizia, há para aí um pequeno país europeu que meteu o IVA no máximo a todos os alimentos processados. Resultados? Um boom nas exportações. Vá-se lá entender estas empresários e consumidores.
    .
    .
    Proteger as empresas só as leva á ruína ou baixos salários. Não vale a pena enganar as pessoas. Há outras coisas que os políticos podem fazer para ajudar as empresas. Mas, claro isso implica esperar que os resultados cheguem a médio longo prazo (quando eles já não estão no poder para recolher os louros) e dependentes de agentes económicos que não podem controlar. Uma chatice, é o que é.
    .
    .
    As hortas tugas já exportam mais que os nossos vinhedos. Já meditou nesta coisa paradoxal? Um país conhecido por ter excelentes vinhos não conseguem vender caro a sua qualidade produzida?
    .
    .
    Olhe, estou como o ferreiro com espeto de pau. E fazermos como no século XVI e XVII. Beber zurrapa em casa e vender o vinho fino aos bifes. E deu resultado, que aquilo parecia o pitroil dos arabes de hoje. heheheh

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  38. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 15:56

    ainda sobre o vinho e lido o anti comuna, fico numa tremenda indecisão.
    É isso, ele está certamente errado nas contas, mas tem que se lhe dar os parabéns pelo optimismo
    Chile; Austrália, França, Espanha, Itália e não sei quantos mais são sem sombra de dúvida países com uma dimensão completamente diferente da portuguesa, para mais então ao Chile acresce ainda mão de obra mais barata.
    Mas eu nem queria ir por aí, nessa da mão de obra mais barata, porque se de facto a razão de mão de obra mais barata fosse estimulante para a exportação, então a tal Europa industrializada fechava portas .
    O assunto é pinga e ao preço mais alto … Boa ideia … para os espanhóis: têm uma hora de diferença de nós e por isso pegam às 7 da manhã que por aqui são 6 horas e dispõem de 3 horas para lançar os vendedores em qualquer parte do país. Porque produzem muito podem vender mais barato e pelos vistos com o beneficio de não cobrarem iva que em operações entre Estados é auto declarado pelo comprador.
    Metem cá 200 caixas facturadas e na próxima visita entregam mais 200 e só facturam 50. Ganda negócio para os nuestros hermanos.
    Por outro lado ainda, recentemente na TV passou uma reportagem sobre os produtores de vinho do Porto em que se lamentavam que um destes dias guardavam as enchadas e quem quisesse vinho que o cultivasse pois diziam eles que o preço pago não os compensava. Estamos sempre e de cada vez que falamos de Portugal, a falar de pequenos produtores com áreas de cultivo entre meio hectare e 1 ou 2 hectares .
    Mas também de adegas que depois pagam um valor baixo à produção, por isso, uma boa ideia só é boa se for boa para todos

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  39. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 16:00

    A-C 15.48H
    .
    Estão a deslocalizar-se para o Bangladesh, Myanamar, Burma, Mexico, Perus etc.
    Mas isso são peanuts quanto ao resto do dumping cambial, fiscal etc. E o ouro, divisas etc acumulados massivamente transferido essencialmente do Atlantico Norte.
    .
    Isto é como a lei dos vasos comunicantes, esvazia dum lado e enche do outro, o total de água fica sempre nas mesma, apenas se deslocaliza. A menos que dum dos lados se meta também massivamente mais água (imprimir mais moeda) para o nivel subir em ambos os lados, embora o que estava mais cheio fique sempre mais pobre. Ou então estancar, protecionismo por parte de quem tem mais ‘água’, se é que ainda a tem.
    .

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  40. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 16:05

    adenda,
    “É que BMs, Audis e Mercedes vendem-se para caramba, naquele país. “. Isso é enquanto a vaca der leite (enquanto se estiver a deslocalizar as divisas e o ouro a seu favor). Não tenha duvidas se lhes cheirar que poderão estar a entrar na situação identica à Crise do Atlantico Norte, não hesitarão em impor o protecionismo sem dó nem piedade. Tem duvidas ?
    .

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  41. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:09

    “É isso, ele está certamente errado nas contas, mas tem que se lhe dar os parabéns pelo optimismo”
    .
    .
    Eu não sei se estou errado nas contas. Mas sei, desde há muitos anos, que a rentabilidade dos vinhos do Porto são mais baixos que os vinhos de mesa e estes vendem-se mal no estrangeiro, porque se apostou no preço e na quantidade quando se devia ter apostado na qualidade e preços altos no mercado. Fez-se uma revolução nos vinhos, mas ainda não se consegue vender vinhos a alto preço, excepto algumas excepções. Porquê? Porque, talvez, eu veja bons vinhos tugas (quando os vejo) em prateleiras ao lado de vinhos rasca sul-africanos, brasileiros ou até mesmo romenos.
    .
    .
    Lá está o tal problema. Saber vender. E os portugueses não sabem vender os seus vinhos.
    .
    .
    Caro JCA, isso do dumping tem duas faces. E logo Vc. que nasceu num país que tanto praticou (e ainda pratica por vezes) as tais práticas que Vc. queixa-se dos outros. Pois é. Vc. acha que consegue criar uma sociedade rica e desenvolvida por decreto. Basta querer, assinar as leias e a papelada e, de um dia para o outro, o Bangladesh tem o mesmo nível de vida da Suiça, por exemplo.
    .
    .
    Lirismo, caro JCA. Muito lirismo e muita incompreensão de como se fazem países ricos. Olhe, quanto mais aberto á concorrência dos salários baixos de fora os países, mais ricos eles o são. Tipo Suiça, Dinamarca, Singapura, etc. Vá-se lá entender estas coisas, não é? Olhe, na Koreia do Norte não compram quase nada de fora. Nem vinhos, nem sapatos, nem carros. Infelizmente para eles, nem conseguem comprar comida, porque se o pudessem… Mas uma coisa há que admirar os gajos. Não compram mesmo nada de fora. lolololol

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  42. Tresanda permalink
    14 Outubro, 2011 16:10

    O problema dos vinhos, é que os nossos que são mesmo bons, e que até tem excelente reputação lá fora, alguns Douros e Alentejanos, etc, são vinhos produzidos em poucas quantidades, são quase vinhos de “garagem”, e mesmo que quisessem não tem forma de fazer quantidades industrias. Não é por aí que “enriqueceremos”, para isso tem que ser outro tipo de vinhos, e aí certas castas internacionais são imbatíveis face às nossas em termos de “gosto” global, como o cabernet, filão que os chilenes e australianos exploram bastante.

    Isto falando de tintos, agora o que é curioso, é que afinal Portugal até tem uma tradição histórica de vender um vinho mediano em grande quantidades lá fora, o Mateus Rosé. Talvez se pudesse usar estas experiências para vender uns tintos e verdes de grande produção, tornado-os “chiques” lá fora. Pelo menos nos verdes parece-me que seria possível replicar o modelo mateus-rosé, algumas empresas do sector tem algum marketing cuidado e cativante.

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  43. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:12

    Querem estimular a Industria ? aproveitem Olivença ( Olivenza ) e do lado de cá da fronteira disponibilizem 2 ou 3 mil hectares para a industria, baixem o preço dos combustíveis, da electricidade, da agua, dos impostos e criem uma andorra alentejana.
    Assim como assim há transportadoras belgas, francesas, que se instalaram em Portugal para poderem fazer contratos de trabalho aos motoristas a preços mais baixos.
    Camião parado não rende e o que têm cá, deve ser uma secretária, uma linha de telefone e alguns papeis.

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  44. Fincapé permalink
    14 Outubro, 2011 16:18

    ” Ou seja, importamos salários baixos e exportamos salários altos. E nós queremos salários altos, não é verdade?”
    Não fosse a situação dramática e esta até seria divertida. Quando se falou no aumento ligeiro de cerca de 2% para o setor do calçado, concluiu-se que dava 7 euros por mês (e não” 7 euros mês”, como dizem os economistas que nunca aprenderam Matemática). Não percebi esses 7 euros, porque isso correspondia a um vencimento de 350 euros por mês. Também não vi qualquer esclarecimento sobre isto. Exatamente porque, entre os jornalistas, fazer contas também é um inferno.
    Mas não percebo qual é a vantagem para o planeta e,em consequência, para a economia o facto de andarmos todos a comer e a vestir por cá o que se produz do outro lado do planeta e os do outro lado do planeta a comer e a vestir o que se produz aqui. Fica tudo mais caro, mas não faz mal, porque é uma coisa gira. Essa da vantagem competitiva (ou comparativa) tem piada em produtos que não sejam de primeira necessidade. De resto, só como anedota. Deve ser a isto que os economistas chamam a escassez dos meios problema que, dizem, os economistas resolverão. Anda tudo doido!

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  45. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 16:21

    .
    A-C 16.19H
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    São incomparaveis os efeitos globais do dumping duma Xina ou outros com os do microbio Portugal, até em deficit e divida externa comparativamente com muitos ods tais ‘ricos’. É romantico entrar nesse tipo de comparações.
    .
    Quanto aos tais Países que indica, Suiça paraiso fiscal, Dinamarca micro País com fronteiras com os ‘mais ricos’ da Europa, Singapura decerto saberá o porquê. A irlanda saida da Crise por via fiscal que magnetiza investimento e fronteira com o Reino Unido. Etc.
    .
    É capaz de ser por causa ‘sismicidade e do vulcanismo’ :))
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    -El Hierro earthquakes and eruption – Updates
    http://www.canariesnews.com/2011/09/28/el-hierro-earthquakes-update/
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    -Icelandic ash cloud part two? Scientists monitor rumblings of larger volcano
    http://www.guardian.co.uk/world/2011/oct/13/icelands-katla-volcano-eruption-imminent
    .
    -Scientists reveal why pressure builds inside ‘super volcanoes’ – the eruptions every 100,000 years that can bring Ice Ages
    http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2048432/Secret-volcanic-super-eruptions-happen-100k-years-unlocked.html#ixzz1aieMJ1pk
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  46. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 16:26

    .
    Com as erupções com ou sem pernas para andar:
    .
    -Occupy Wall Street won’t go away

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    -Occupy Wall Street protesters to take on Chase bank after Bloomberg defends boss as ‘an honourable person paying his taxes’
    · Today protesters will protest at JP Morgan Chase headquarters in New York
    · Went to homes of Rupert Murdoch and JP Morgan Chase CEO Jamie Dimon
    · Also targeted houses of David Koch, Howard Milstein and John Paulson
    · Around 1,000 demonstrators began Manhattan march yesterday at 12:30pm
    · Some travelled by subway from base at Zuccotti Park to 59th Street to start
    · Obama senior adviser David Plouffe confirms President is on protesters’ side
    http://www.dailymail.co.uk/news/article-2047869/Occupy-Wall-Street-protests-Millionaires-March-target-Rupert-Murdochs-home.html#ixzz1aihvmc9t
    .
    Soros: not a funder of Wall Street protests
    http://www.reuters.com/article/2011/10/14/us-wallstreet-protests-funding-idUSTRE79D01Q20111014
    .

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  47. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:26

    “Quanto aos tais Países que indica, Suiça paraiso fiscal, Dinamarca micro País com fronteiras com os ‘mais ricos’ da Europa, Singapura decerto saberá o porquê. A irlanda saida da Crise por via fiscal que magnetiza investimento e fronteira com o Reino Unido. Etc.”
    .
    .
    Então acha que os gajos só vendem bancos pelo mundo fora? Já viu mesmo a estrutura das exportações dos gajos. Ou da Dinamarca? Ou até mesmo da Irlanda? E de Singapura? Qual o segredo deles? Têm minas de ouro invisiveis?
    .
    .
    Depois essa treta do dumping chinês, vai-me desculpar que lhe diga. Vc. ignora completamente as condições várias daquele país. Não me leve a mal (e note que os gajos são do piorio, não tenha dúvidas nenhumas) mas Vc. precisava de ir lá ver as coisas como funcionam e não escrever coisas de quem vive de estereotipos. Se soubesse da carga fiscal da maioria das empresas chinocas, Vc. até se assustava. Pagam o equivalente ao nosso IRC, impostos ambientais, etc. Aquilo mais parece o burocrático e maluco sistema fiscal francês que o da Irlanda. Informe-se e vai ficar surpreendido. Isto de falar de cor e salteado tem destas coisas.

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  48. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 16:28

    João Miranda, o que refere é apenas uma face da moeda. E uma maneira simplista de por a questão. Convem não esquecer que os portugueses consomem entre 70-80% do vinho produzido em Portugal. Faz parte dos nossos habitos alimentares e culturais. O incentivo à exportação de vinho, não pode ser feito à custa do consumo interno. Uma fabrica de sapatos pode em poucos meses aumentar a sua produção de dez mil para cem mil sapatos e exportar o remanescente. A produção de vinho em Portugal, não pode passar de 7 milhões de hectoliteros para 10, ou 12 milhões por ano. Se os portugueses forem levados a deixar de beber vinho porque se tornou muito caro e os mercados externos falharem, temos o tal” milhão” de portugueses que vive da fileira do vinho com as calças na mão. E já cá temos muito disso.
    O mercado portugues, é o melhor cliente dos vinhos portugueses.

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  49. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:31

    preço e na quantidade quando se devia ter apostado na qualidade e preços altos no mercado
    .
    Oh anti comuna desculpe lá qualquer coisinha.
    Que em Espanha, França ou Itália seja um pincel para meter os vinhos, ainda dá para entender mas em Inglaterraaaaaa !!!!!!!! que o único vinho que produzem é a sul apenas vestígios de branco e algum martelado em casa de quem gosta de práticas laboratoriais
    Vinho é uma área de artistas e de paladares. E quando digo artistas digo no mau sentido porque o é na maior parte.
    Não foi há muito que passou na TV uma peça sobre os vinhos do mundo e viu-se a influencia que as revistas de vinho conseguem ter no consumo.
    Casos práticos de vinhas geridas na mesma famílias já há séculos e com registos das produções e vendas caíram em desgraça porque as revistas da pinga falavam mal dessas produções. Resultado final: algumas vinhas estavam a ser compradas por americanos ( tanto em Itália como em França ) e aí sim com o manual de excelente tradução debaixo do braço essas vinhas passaram a produzir bom vinho
    .
    Quer que lhe diga dos azeites? infelizmente tenho de dar os parabéns e agradecer ( com sinceridade ) aos espanhóis que têm comprado terras no Alentejo e aumentado a produção do azeite. Passe por lá um dia: há fortes probabilidades de olivais baixos e novos, por vezes com dois ou três pés por cova serem espanhois.
    .
    Falamos imenso. E quanto á cortiça? somos um país pequeno mais o primeiro produtor até ao dia em que a nossa mancha desapareçe com tantos abates e pouco reflorestamento. Uma arvore dessas com 50 anos está ainda na flor da idade.
    .
    Quer que lhe fale da alfarroba em que ( parece que é isso ) só existe uma fabrica transformadora em todo o país . Eram duas mas uma foi vendida a uma empresa estrangeira que labora em Espanha e foi tiro e queda. Comprada para encerrar a concorrência

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  50. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:35

    “A produção de vinho em Portugal, não pode passar de 7 milhões de hectoliteros para 10, ou 12 milhões por ano. Se os portugueses forem levados a deixar de beber vinho porque se tornou muito caro e os mercados externos falharem, temos o tal” milhão” de portugueses que vive da fileira do vinho com as calças na mão. E já cá temos muito disso.
    O mercado portugues, é o melhor cliente dos vinhos portugueses.”
    .
    .
    Os gajos queixam-se que ficam com a produção nas pipas e Vc. acha que eles não podem vender no exterior? Bolas, andam os gajos pelo Douro a queixarem-se que não vendem o que produzem e Vc. ainda acha que não devemos vender lá fora?
    .
    .
    Vc. está a ver o filme mal também nisto. Que é um erro comum. Querem vender caro com grandes quantidades. Mas não é assim, amigo. Bons vinhos e caríssimos, produzem poucas quantidades em cada quinta. Seja na França, na Austrália ou em Portugal. O que Vc. deveia era procurar espetar vinhos de alto preço no exterior e beber a zurrapa alheia. Mas se quiser beber bons vinhos tugas a baixo preço, então terá que pagar mal aos portugueses. E dar espaço aos suiços, por exemplo, venderem vinhos mais caros que os portugueses. leia bem o que lhe estou a dizer: os suiços e até os alemães vendem vinho deles mais caro que os nossos tugas. Está a ver a coisa?
    .
    .
    Como consumidores, queremos coisas boas e baratas. Mas como produtores queremos vender coisas boas mas muito caras. Mas isso é uma coisa que é ainda preciso mudar na mentalidade dos portugueses. Ou melhor, fazer como há uns séculos atrás. Bebia-se zurrapa em casa e mandava-se as pipas de vinho fino para os bifes, que pagavam bem caro. E nessa altura, o Douro, era a região mais rica do país. Ainda mais rica que região-parasita, capital do império. É dar uma vista de olhos aos livros antigos e reparar nestas coisas engraçadas. eheheheh

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  51. 14 Outubro, 2011 16:37

    Hoje tenho ouvido muito e falado pouco, quase nada.
    .
    As pessoas estão assustadas e não acreditam que as medidas apatetadas, agora anunciadas com o ridículo argumento da coragem, resolvam a questão no essencial. Cresce o número dos que pensam que o País vai mesmo ao fundo.
    .
    Em geral acham que as medidas anunciadas são muito graves, mesmo os que não perceberam que a perda de poder de compra por parte de uma parte da sociedade que está habituada a consumir com um certo grau de exigência vai diminuir essa exigência, nivelando por baixo a qualidade média de bens e serviços.
    .
    E depois isto de um executivo governar contra aquela que é a sua base eleitoral e social de apoio só pode dar merda… e da grossa.
    .
    De qualquer modo os reformados que nunca trabalharam para o Estado e agora vêm os seus rendimentos fortemente penalizados já sabem qual é a sua actual condição: reformados públicos.
    .
    O resultado vai ser a criação de cada vez mais pobres, tranquilizando-nos com a ideia de que o Estado depois os ajuda com a caridade dos seus apoios sociais. Ridículo!
    .
    É isto que nos afasta cada vez mais da Europa, mas Passos Coelho e Vítor Gaspar, cegos para tudo que não seja a contabilidade elementar, não parecem perceber.
    .
    Vemos-nos todos no inferno e, para lá chegarmos, só falta a queda da banca. Quem é que acredita que este Estado vai assegurar o compromisso de garantia dos depósitos até 100.000 Euros?

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  52. Fincapé permalink
    14 Outubro, 2011 16:37

    “Não há nada de Liberal neste texto do João Miranda. É o mais puro estatismo. Mais Impostos é mais poder para o Governo e os Políticos.”
    Não. É mais uma forma de ser ultraliberal. O ultraliberalismo passa a vida à procura da sua essência. Já não há recursos, nem a possibilidade de aumento de população, que sustente as suas fraquíssimas ideias. É natural que cada “militante” diga coisas completamente diferentes dos outros. A única coerência que existe é nos resultados visíveis quando se reduz a regulação, seja ela qual for: o dinheiro escoa-se para as mãos dos mesmos que não produzem rigorosamente nada. Sentam-se e esperam o seu momento, tendo os outros a trabalhar para eles. A batida frase “quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro” é a máxima do ultraliberalismo. Só falha numa coisa: esse dinheiro não é ganho. Não há volta a dar.

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  53. 14 Outubro, 2011 16:37

    Quando alguém faz barulho, com força corporativa,despejando uvas na rua,cortando acessos a localidades como já aconteceu no tempo de Cavaco,não obstante ser moda dos agricultores da altura de se ufanarem com os seus todo o terreno,logo vem o governo,não sei se com temor,abrir as suas excepções.O vinho,além de não ser um produto de primeira necessidade,é factor de violência e de inoperacionalidade.
    Deixem-se de medos disto e daquilo.Uns,porque se os taxamos, fogem com dinheiro,outros por qualquer outra razão não existentente,assim se vão libertando da factura da crise que ninguém quer pagar.E nós,sempre os mesmos,para onde fugimos? Ddeixem-se de medos e de excepção a este e àquele e criem coragem para meter na cadeia uns quantos que já lá deveriam estar.

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  54. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:42

    “Não foi há muito que passou na TV uma peça sobre os vinhos do mundo e viu-se a influencia que as revistas de vinho conseguem ter no consumo”
    .
    .
    Claro que é assim. Eu conheci um inglês que chegou a uma conhecida quinta do Douro e revolucionou a rentabilidade da quinta. Sabe porquê? O gajo não percebia nada de vinhos (nem de produção nem de nada), mas sabia vender. Sabia cativar jornalistas, revistas, etc. Na moda também funciona assim. Em quase todos os sectores de alta rentabilidade.- Ou acha que é com anúncios massificados que se fazem as grandes marcas? Ou os grandes vinhos?
    .
    .
    Mas o gajo sabia vender. E tanto o soube, que anos mais tarde, os vinhos dessa quinta do Douro bateu recordes em leilões da especialidade. Quem queria investir em vinhos…
    .
    .
    Veja lá bem. Um gajo que não sabia nada de produção, de pipas, de podas, nada de nada. Mas sabia muito de marketing e vinhos. E rentabilizou essa quinta e a notabilizou pelo mundo fora. Era inglês o gajo. Os tugas, coitados, fazem os vinhos mas não os sabem vender.
    .
    .
    Está a ver o nosso problema?

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  55. Plus permalink
    14 Outubro, 2011 16:43

    “Pois é. Mas proteger os nossos vinhos e agricultores não tem dado muitos resultados. Talvez fazer ao contrário comece a dar resultado. ”
    Mas eu não defendo a protecção de nenhum sector em particular. Pelo contrário.
    Como discordo da utilização de politicas fiscais como o grande incentivo para reorientar uma economia.
    Ainda mais se tudo o resto ,estruturalmente, permanecer inalterado.
    É que depois a tentação de mexer em tudo o resto aumenta…(agora são já os lucros acima de 1oM que acresce não sei qt) e assim se inventam medidas quase casuísticas que nada resolvem…

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  56. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 16:44

    .
    A-C – 16.26H
    “Então acha que os gajos só vendem bancos pelo mundo fora? Já viu mesmo a estrutura das exportações dos gajos. Ou da Dinamarca? Ou até mesmo da Irlanda? E de Singapura? Qual o segredo deles? Têm minas de ouro invisiveis?”.
    .
    Não acho. Têm é alavancas geograficas (fronteiras) nuns casos e offshore bancário noutros que puxam automaticamente pelo seu desenvolvimento.
    .
    “Depois essa treta do dumping chinês, vai-me desculpar que lhe diga. Vc. ignora completamente as condições várias daquele país.”
    .
    Em matéria de Impostos refere-se por exemplo a Xangai, Guangzou e outras àreas economicas especiais ?
    Refere-se ao dumping cambial, é o Banco da Xina que faz o câmbio da sua moeda ?

    Conheci bem a Xina quer no arranque do atual processo quer depois. Bem os vi trabalhar 18H por dia, a dormirem por tudo quanto é canto, pagos ‘malga de arroz’, a beberem àgua de autenticas fossas poluidas etc
    .

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  57. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:47

    “Como discordo da utilização de politicas fiscais como o grande incentivo para reorientar uma economia.”
    .
    .
    Mas olhe que a partir do momento que aderimos ao Euro, é com medidas fiscais (e outras) que o podemos fazer, já que perdemos os instrumentos de manipulação cambial e até monetária.
    .
    .
    É uma coisa que a generalidade das pessoas ainda não entenderam. O euro implica mudar completamente a forma como transfomamos a nossa economia, trazendo uma exigência muito maior ao Estado. O Estado terá que se reformar (assim como as mentalidades) pois a soberania agora exerce-se sobretudo do Estado saber utilizar bem os seus instrumentos fiscais, legais e institucionais.

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  58. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:49

    “Sabe porquê? O gajo não percebia nada de vinhos (nem de produção nem de nada), mas sabia vender. Sabia cativar jornalistas, revistas, etc ”

    Sendo assim, ele não sabia fazer vinho mas era Inglês a vender vinho na terra dele. É credível

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  59. Von permalink
    14 Outubro, 2011 16:50

    Tendo em conta o que o escriba tem afirmado, encontra-se já no incentivo do consumo interno deste produto.

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  60. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:51

    A-C

    Já do mesmo se passa com os tais vinhos que apregoa: os do Douro . Quase toda a produção está na mão de camones

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  61. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:53

    “Não acho. Têm é alavancas geograficas (fronteiras) nuns casos e offshore bancário noutros que puxam automaticamente pelo seu desenvolvimento.”
    .
    .
    Pois. Esses factores podem ter algum peso, mas a Inglaterra actualmente está perto dos centros consumidores europeus, tem acesso privilegiado ao mercado americano (e até da Commomwealth) e é um offshore mundial e está como está. A rebentar pelas costuras. Vá-se lá entender a coisa, não é?
    .
    .
    Agora, quanto à China, Vc. anda um bocadinho a leste. As multinacionais que conseguem obter regimes especiais na China também o conseguem em Portugal. Veja a Ikea, a Pescanova ou se quiser ir mais longe no tempo, a Autoeuropa. Mas essas são a excepção não a regra. Olhe, informe-se em ir trabalhar para lá e depois fique surpreendido com os impostos que Vc. pagará, quando trabalhar lá. Depois compare com o sistema fiscal francês e pergunte-se. Porra! Afinal na China pago impostos comó raio que os parta. Quem me andou a enganar?

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  62. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:53

    quando a conversa é pinga não há quem por aqui passe que não beba um copo . E já vai nos 60 comentários

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  63. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 16:55

    “Sendo assim, ele não sabia fazer vinho mas era Inglês a vender vinho na terra dele. É credível”
    .
    .
    Mas duvida? Vá ao Douro e pergunte pelo nome Silly. Acho que nem devia meter aqui o nome go gajo, mas vá lá ao Douro e informe-se e fica surpreendido. Ah! E casou com uma tuga do Porto.
    .
    .
    Nestas coisas eu gosto pouco que ponham em causa algumas coisas que eu digo. Mas por vezes, lá terá que ser. E assim, deixam de me chamar mentiroso, não é?

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  64. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:57

    A C
    . Pelo contrário dei-lhe razão e até sem conhecer o tipo arrisco a dizer que ele é Cornish

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  65. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:58

    Essa historia Cornish e cocação para a pinga e navegação é antiga

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  66. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 16:59

    digo vocação

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  67. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:01

    “Pelo contrário dei-lhe razão e até sem conhecer o tipo arrisco a dizer que ele é Cornish”
    .
    .
    Peço desculpa. Pensei que tinha posto em causa a minha informação. Peço-lhe desculpa mesmo.
    .
    .
    Não sei de onde era o gajo, sei que era um nobre qualquer ou descendente de nobres. Eu mal tive relações sociais com o gajo. Mas sei que fez uma revolução na quinta onde trabalhou, quando esta foi comprada por um conhecido banco… Francês. Nada mais lhe posso dizer porque não o posso nem devo.

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  68. Fernando S permalink
    14 Outubro, 2011 17:05

    Fincapé : “Mas não percebo qual é a vantagem para o planeta e,em consequência, para a economia o facto de andarmos todos a comer e a vestir por cá o que se produz do outro lado do planeta e os do outro lado do planeta a comer e a vestir o que se produz aqui. Fica tudo mais caro,…”.
    .
    A teoria apenas é valida se no fim fica tudo mais barato. Incluindo os custos do transporte. Naturalmente.
    A vantagem global é precisamente a obtenção de uma produção e de um consumo maior de todos os produtos com os mesmos recursos no conjunto dos territorios.
    A vantagem para cada pais é um consumo maior de todos os produtos com os mesmos recursos.
    De qualquer modo, na realidade, em particular no que se refere a produtos alimentares, nunca se verifica a situação limite da troca total das produções entre territorios distintos. Ha quase sempre algum interesse em consumir internamente uma parte da produção nacional. Desde que haja procura efectiva suficiente ao preço que rentabiliza a actividade ao mesmo nivel da exportação. Tanto mais que, precisamente devido aos custos de transporte, o preço de venda interno que viabiliza a actividade é sempre inferior ao preço de venda equivalente no mercado de destino da exportação.
    O que é contraproducente é procurar baixar artificialmente os preços internos de um produto (p.e., o vinho) no sentido de aumentar a procura interna. Os produtores nacionais podem ganhar no sentido em que os riscos e os custos da comercialização são menores. Os consumidores desse produto podem ganhar na medida em que o pagam mais barato. Mas os consumidores e os produtores dos outros produtos, tanto no pais em questão (p.e., Portugal) como nos outros paises potenciais parceiros comerciais, ficam a perder muito mais na medida em que a utilização global dos recursos produtivos, tanto nacional como internacional, não é a mais produtiva e a que maximiza o conjunto das preferencias dos consumidores.

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  69. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 17:07

    Tudo bem A-C não passa nada . Mas voltamos ao mesmo : se ele não consegue vender na terra dele ( e eles são muiiiiiiito mais unidos —– que os tugas ) a quem venderia

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  70. João Santos permalink
    14 Outubro, 2011 17:11

    Não há mercado decente para 725822738846 rótulos de vinhos que brotam pelo país. A NÁO SER que os produtores assumam outra postura. Ou então, como nos moldes, ficam-se pelos nichos. E com nichos nunca se vai muito longe…

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  71. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 17:14

    Anti-comuna 16:35
    Só por curiosidade: a caro A-C percebe alguma coisa do negocio do vinho, seja em Portugal ou na exportação? Eu estarei a ver o filme ao contrario, se calhar porque fui produtor de vinho durante quase 30 anos, e exportei para mais de 20 paises. Faz ideia do que é necessario para se entrar num mercado externo? Os investimentos que é necessario fazer? A Sogrape é a maior empresa portuguesa de vinhos, e seguramente a maior exportadora, muito por causa do Mateus Rosé. Terá actualmente um “chiffres d’affaires” entre 150 e 200 milhões de euros. Vá lá perguntar-lhes quanto é que eles gastam em publicidade e marketing todos os anos. No minimo entre 10 e 15% do volume de negocios. Exportar vinho? sim senhor! mas é preciso saber de que é que estamos a falar.

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  72. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:15

    O ponto é outro, caro Castanheira. O gajo sabia muito de marketing e do mercado de vinhos, mesmo que fosse um zé nabo a saber como se produzir o bom vinho. Que era produzido (o chamado blend) por um português. Mas ele sabia vender. E isso conta mais do que produzir. É como aquela história do bom vendedor que até vende pregos por alfinetes.
    .
    .
    Nós em Portugal somos bons a produzir coisas. Seja sapatos, vinhos, móveis ou até mesmo software. Mas não sabemos vender. Esse é um dos maiores problemas portugueses. E depois, dizemos mal de tudo o que é feito em Portugal. E quando alguém não gosta do que quer vender, também nunca dará bom vendedor. Um bom vendedor vender o pregos convencido que são alfinetes. ehehehh (Estas são teorias de um irmão meu, vendedor-nato.)
    .
    .
    Mas se os portugueses aprenderem a vender como os americanos, por exemplo, nós damos um salto gigantesco. Porque sabemos produzir coisas boas. Se também as conseguirmos vender, valorizamos logo a nossa produção, subimos imenso a produtividade e criamos emprego e riqueza.
    .
    .
    Mas em Portugal somos do oito e do oitenta. Ou andamos eufóricos ou deprimidos. Ora achamos que somos os melhores do mundo ou os piores. Não sabemos sequer ser realistas nas nossas qualidades e defeitos. Esse é também um grande problema nacional.
    .
    .
    Nos vinhos sabemos que temos qualidade. Mas não sabemos vender. E quem os os vinhos, diz outras coisas. Mas se esta malta nova aprender a vender, aliando a sabedoria de saber produzir com trabalhar os mercados…

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  73. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:16

    “Só por curiosidade: a caro A-C percebe alguma coisa do negocio do vinho, seja em Portugal ou na exportação? ”
    .
    .
    Apenas indirectamente. E se calhar sei onde trabalhou. 😉
    .
    .
    Mas respeitemos a privacidade de cada um.

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  74. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 17:28

    Fernando S 17:05
    Para nosso mal de um modo geral, pagamos os vinhos portugueses mais caros em Portugal do que no estrangeiro. Recentemente estava num restaurante numa praia, e na mesa ao lado da minha, estava um portugues que vive na Suecia. Pediu uma garrafa de vinho portugues que está no mercado sueco, e no fim pediram-lhe quase 30 euros pela garrafa. Ele mandou-se ao ar, e armou um escabeche de todo o tamanho, porque na Suecia, apesar da pesada carga fiscal,paga pelo mesmo vinho menos de 10 euros. Veio o gerente, pediu muita desculpa, quis até oferecer-lhe uma bebida, e lá lhe foi dizendo que aquele vinho lhe custava a ele mais de 15 euros.
    Fazendo umas contas rapidas, se o vinho chegou ao restaurante via um distribuidor, saiu de casa do produtor por cerca de 10 euros. Mas o mesmo produtor para a exportação, e para custar ao publico na Suecia menos de 10 euros, teve que o vender por menos de DOIS euros. São estas distorções que devem acabar.

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  75. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 17:33

    Anti-comuna,
    Privacidades respeitadas, o caro continua a estar enganado com a aptidão dos portugueses para venderem seja o que for. Já ouviu falar do Oliveira da Figueira? Era o tuga dos livros do Tin-Tin, que vendia tudo a toda a gente. Se há coisa em que somos bons é a vender, nem que seja banha da cobra!

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  76. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:37

    Caro Castanheira, isso acontece porque protegemos os nossos produtores.
    .
    .
    E se Vc. esteve ligado ao negócio, sabe perfeitamente que as vendas para o exterior, em geral, vão por atacado e a preço por unidade mais baixo, que termos os nossos vendedores ou o Costa Pina a distribuir os nossos vinhos.
    .
    .
    Os nossos produtores, em parte, são espertos.. Valorizam bem o nosso produto no mercado interno mas depois esturricam as suas potencialidades nos mercados externos, por vendem baseados no preço. E, acontece duas coisas. Ou o seu vinho aparece ao lado de maus vinhos do exterior (do Brasil sul-africanos ou até mesmo romenos) e barato. Ou o distribuidor estrangeiro tem mercado para o vinho e mete uma margem excelente ao vinho. (Aqui sobretudo no mercado inglês.)
    .
    .
    Eu fico triste por ver Vinho do Porto mais barato aqui nas prateleiras do supermercado que vinhos chilenos, por exemplo. Fico triste porque vejo vinhos que têm um custo muito alto a serem vendidos por outros (de mesa, claro) que são vinhos de alta produção, misturas e com pouca qualidade. Nós não sabemos vender.
    .
    .
    E eu bebo vinho português de qualidade média mais barato aqui onde estou habitualmente que em Portugal.

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  77. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:38

    “Já ouviu falar do Oliveira da Figueira? Era o tuga dos livros do Tin-Tin, que vendia tudo a toda a gente. Se há coisa em que somos bons é a vender, nem que seja banha da cobra!”
    .
    .
    Discordo da sua opinião, mas respeito-a. Mas discordo mesmo.

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  78. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 17:44

    A-C

    Quando alguém se instala no estrangeiro para fins comerciais não descobre com isso a pólvora.
    Os portugueses eventualmente vão para uma qualquer parte do mundo para enviarem produtos para Portugal da mesma forma que o seu amigo se instalou junto à fonte para captar ao melhor preço um produto que nem precisa de publicidade em Inglaterra.
    Temos o outro lado da questão: o seu amigo é bom rapaz e casou com uma portuguesa.
    Pode até ser que seja esse o caminho para a exportação. Ensinar as donzelas a bordar e com conhecimento vasto de línguas e ops, chegou estrangeiro é dar o nó e esperar por resultados comerciais

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  79. JCA permalink
    14 Outubro, 2011 17:48

    A-V, 16.23H
    Já uma vez reconheci que consigo debatnme-se bem ideias,
    .
    “Pois. Esses factores podem ter algum peso, mas a Inglaterra actualmente está perto dos centros consumidores europeus, tem acesso privilegiado ao mercado americano (e até da Commomwealth) e é um offshore mundial e está como está. A rebentar pelas costuras. Vá-se lá entender a coisa, não é?”
    .
    Remeto-o para Singapura. Espiolhe bem como é que se ‘enxofra’ e quem é quem lá. Não envolva Portugal. um microbio na globalização com uma elite a pôr-se em bicos de pés para o ‘armanço’.
    .
    “Agora, quanto à China, Vc. anda um bocadinho a leste. As multinacionais que conseguem obter regimes especiais na China também o conseguem em Portugal.”
    .
    Não é assim nas Zonas Economicos Especiais da China, Guangzhou, a propria HongKong, a lavadora de dinheiro que é Macau etc. Os grandes motores da Xina (e não só ……). É obvio que há um resto de Xina que paga impostos de grande mas Direitos Humanos e Direitos Civilizacionais nem vê-los. Compete ao Atlantico Norte, dito rico, obrigar à evolução civilizacional global. E isso passa por Protecionismo indexado a obrigaçoes de dumprimento Civilizacional.
    .
    “Veja a Ikea, a Pescanova ou se quiser ir mais longe no tempo, a Autoeuropa”. Estude bem os porquês.
    .
    Repare sou pelas resregulamentação dessa camada gorduroso de burocracia teorico-estatista que afoga a energia criativa dos Portugeses e o Investimento Estrangeiro. Fazer o contrário continuaria a ser IRRESPONSABILIDADE e TRAIÇÃO.
    .
    Sou contra o labrinto fiscal, defendo um Imposto Nacional Unico apenas sobre o Consumo desde 2007. De modo simplificado, contra o dumping fiscal, pagam cá os Impostos que não pagam na terra deles. Pagam cá como qualquer Empresa implantada em Portugal. Teimar no contrário continuaria a ser IRRESPONSABILIDADE e TRAIÇÃO.
    .
    Sou contra o atual sistema de financiamento da S Social. Sou contra ser uma bondade, uma esmola, uma dadiva dos Empresários como no tempo da Caixas de Previdência implemenetadas (e bem) por Salazar. Esse Tempo passou. Hoje são Direitos Civilizacionais universais. Por conseguinte tem de ser pago por TODOS, sejam nacionais ou estrangeiros. Logicamente o financiamento da Seg Social tem obrigatoriamente de ser com uma Taxa Nacional de S Social sobre o Consumo. Não pode haver dispensas para Pensionistas, Desempregados, Estrangeiros incluindo os que exportam para cá, ou seja lá quem for. É um direito universal. O seu financiamento também tem de ser universal. E fundamentalmente não se pode para manter intocavel o atual esquema de Pensoes/Reformas, insistir em que os mais novos quando chegarem à idade de reforma serem mandados ‘comer as sopas do Sidonio’ aí pelos albergues dos mais desfavorecidos. teimar no contrário continuaria a ser IRRESPONSABILIDADE e TRAIÇÃO
    .
    São coisas simples de implementar. Obvio haverá pretensamente prejudicados. Mas há sempre pretensamente prejudicados seja qual a escolha que faz menos pretensamente prejudicados.
    .
    E no exposto é visivel a olha nu.
    .
    Nisto a UE, FMI, Troika etc não mete prego nem estopa. Não há ‘modificação’ de impostos, há um novo modelo de coleta dos mesmos. O resto que a UE isto e aquilo é treta dos ‘mais do mesmo’ encostados ao ‘esquema’ como dizem nos bairros da lata ‘luandinos’ ou nas favelas do Rio.
    .

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  80. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 17:49

    A C desculpe lá se fui um pouco cruel mas é que não vi necessidade de referir que ele tinha casado com uma portuguesa

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  81. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:52

    Caro Castanheiro, como eu lhe dizia. Esse tal inglês chega à quinta do Douro e revoluciona as vendas. A quinta era de portugueses com séculos (não estou a exagerar) de experiência nos vinhos. Mas o gajo veio para Portugal e mostrou como se vendem vinhos. Como se trabalham os mercados.
    .
    .
    Qual é a mentalidade tipica do produtor tuga? Quantidade e vender lá fora pelo preço. Estragam logo tudo. E depois, vamos por essa Europa fora e vemos nos supermercados, divisões no sector dos vinhos dedicadas a países de eleição de vinhos. A divisão dos espanhois, dos italianos, dos franceses e até se pode encontrar da Suiça e Alemanha. E agora já começam a surgir as divisões dos vinhos sul-africanos e chilenos. E os portugueses? Misturados com a zurrapa dos novos produtores ou de países subdesenvolvidos. Não sabemos vender os nossos vinhos.
    .
    .
    Depois temos outro problema. Vamos a casas conhecidas de vinho, afamadas, mas com estruturas de gestão familiares. Isto não é mau por natureza, mas quando um bom gestor é corrido para meter um filho, um neto ou um sobrinho… E nem vou falar de nomes, mas Vc. quase de certeza que os conhece de ginjeira. E só porque nasceram no sector acham que são melhores que os de fora e até correm com quem deu provas dadas, mas são de fora da familia.
    .
    .
    E Vc. deve conhecer melhor essas coisas que eu, que eu há anos que me encontro afastado dos contactos com esse tipo de empresas familiares. Cristalizaram, foi o que aconteceu. E por isso o sector também está como está.
    .
    .
    Mas há gente nova a aparecer que está a mostrar a esses protegidos como se vendem vinhos. Na zona do verde então, são mesmo lições de como saber produzir e vender vinhos verdes a esses instalados. 😉

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  82. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 17:55

    Ah! Esqueça lá o incidente com o inglês. 😉
    .
    .
    Eu só pensei que eu estava a regar. E por isso disse o nome e referi o outro facto, que se ainda por cima Vc. é do sector, quase de certeza que o conheceu ou ouviu falar dele. Esqueça lá o resto e deixemos o gajo em paz. eehheheheh

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  83. Fernando S permalink
    14 Outubro, 2011 18:03

    Caro A.C. da Silveira,
    .
    De facto uma situação destas é incompreensivel.
    Ao contrario do meu amigo eu não sou um conhecedor deste sector e portanto tenho alguma dificuldade em perceber como é possivel.
    A minha primeira ideia é de que os intervenientes internos estão a fazer margens elevadas com este vinho. Pelas suas contas estaria a chegar ao consumidor final a pelo menos 3X o preço de venda do produtor. Mas não sei sequer qual é este preço e qual é o preço de custo do produtor. Não sei quem é que esta a fazer as tais margens elevadas : o produtor ? os intermediarios ? o restaurante ? alguns ou todos eles ?
    A minha segunda ideia é de que o exportador (ou o produtor, ou os dois em parceria) esta a vender abaixo do preço de venda que rentabiliza a operação pora tentar introduzir o vinho no mercado sueco. Pode ser uma operação temporaria de marketing. Mas nesta eventualide é cara e comporta certos riscos.
    Mas até pode ser que no fim de contas o preço de custo do vinho até ao distribuidor na Suécia seja bem inferior aos 10 euros que o meu amigo refere e que os diferentes intervenientes estejam a aceitar margens relativamente baixas na expectativa de ganhar um mercado onde poderão depois fazer volume.
    Sé assim, então as margens dos intervenientes na venda da garrafa no tal restaurante da praia em Portugal são verdadeiramente escandalosas. Eventualmente não é o produtor mas sim algum ou alguns dos intervenientes na distribuição. Mas este é um problema, digamos, interno ao sector e ao pais.
    Talvez seja por estas e por outras que eu desconfio sempre um pouco de alguns “choradinhos” de alguns dos agentes economicos de sectores de actividade que não querem largar mão de certos privilégios que teem no mercado interno.

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  84. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 18:03

    Caro JCA, eu entendo onde quer chegar. Mas não se exagere:
    .
    .
    ” É obvio que há um resto de Xina que paga impostos de grande mas Direitos Humanos e Direitos Civilizacionais nem vê-los.”
    .
    .
    O mesmo diziam na Europa antes do 25 de Abril. Se aquilo se democratizar, muda logo a forma como vemos o país. Lembra-se do que se dizia da Koreia do Sul.
    .
    .
    Mas ainda no outro dia meti aqui um curioso artigo que chamava escravidão moderna ao que os americanos estão a fazer no Alabama. Que é apanhar imigrantes ilegais, metê-los em prisões privadas, pôr os gajos a trabalhar de borla, para pagar a “estadia”. E então o que chama a isto?
    .
    .
    Práticas civilizacionais do mundo ocidental?
    .
    .
    E se eu lhe disser que há trabalho infantil nos países escandinavos? Que me diz a isto?

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  85. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 18:03

    A C
    Se esses vinhos forem bosta de camelo, nem deus nosso senhor lhes dá futuro.
    Se eu estiver em Portugal encostado a uma estrutura que vende um produto que se importa e for à origem para o comprar nunca há hipótese da coisa correr mal.
    Eles têm a mania de vinhos que designam de fortificados . Foi esse, o segredo de aumentar o grau? modificou o paladar ? fez alguma coisa irreprodutivel para o paladar Bretão?
    Como em todo o lado se faz do mesmo em bom e em rasca.
    Muita dessa bebida de prateleira de supermercado, apenas aparenta ser Porto e quem consumir é bom que tenha médico na família

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  86. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 18:09

    Caro Fernando, normalmente, com pequenos produtores ou cooperativas, os estrangeiros acenam-lhes com pagamentos a pronto e eles vendem logo quase tudo o que não escoaram no mercado nacional. Eles ganham dinheiro a vender no mercado nacional e lá para fora escoam os restos nem que seja abaixo do preço do custo de produção. (Dumping.)
    .
    .
    E é assim que se vê vinhos tugas a baixo preço por essa Europa fora. As chamadas casas mais antigas, já t~em por norma os seus distribuidores internacionais e vendem em grandes quantidades. A preços baixos. Mas em Portugal t~em os seus vendedores e vendem com margens mais altas.
    .
    .
    O sector funciona assim mais ou menos. E funciona assim porque é protegido e com demasiadas estruturas familiares nos cargos de gestão e as relações não se processam em associações empresariais mas entre familias. Um é primo do outro e tal e casam-se entre si, etc. Basta ver os nomes dos principais envolvidos nos grandes produtores portugueses e ver as suas relações familiares. faz lembrar um bocado, a Idade Média. 😉

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  87. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 18:11

    “Muita dessa bebida de prateleira de supermercado, apenas aparenta ser Porto e quem consumir é bom que tenha médico na família”
    .
    .
    Discordo de si. Não sou grande especialista de vinho (eu é mais bagaço) mas encontro aqui LBVs a um preço mais baixo que em Portugal. LBVs de boas casas tuga. 😉

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  88. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 18:26

    Bom A _ C vou ter que me despachar nas ainda deixo esta: não é só vinho mas de tudo o que se puder produzir em Portugal a preço correcto é de apoiar e claro que em quantidade excedentária mas com qualidade sempre que se possa .
    Os japoneses estão num ponto do mundo em que arroz para eles há de todas as formas cores e feitios. E a preço relativamente baixo. Quando digo ” relativamente ” infiro que desde pelo menos a 2º guerra a produção de arroz no território é patrocinada pelo Estado com razões que remetem aos interesses de soberania nacional.
    Em Espanha por motivos diferentes existem apoios à agricultura e mesmo aí a norte das terras de Vimaro Peres, a pesca nova está apoiada pelo governo regional.
    Em França, mesmo para o vinho, se as guitas encolhem cai o Carmo e a Trindade em manifs
    Não faço escolhas e não sei quais serão feitas, mas que provavelmente cobrir diferenças para que se produza em Portugal seria mais barato, porque o dinheiro ficaria cá e aproveitar os dinheiros de Bruxelas, que despropositadamente foram esquecidos e perdidos , são assuntos a que se deveria dar maior atenção, mas claro isso digo eu que não pesco do assunto

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  89. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 18:29

    ” a um preço mais baixo que em Portugal.”

    Não percebo nada. Então ainda há pouco não valorizava a exportação por acrescer valor?

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  90. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 18:29

    Caro Fernando S,
    De facto não é facil explicar situações como esta. Podia estar aqui o resto da tarde a contar-lhe historias de produtores/exportadores portugueses o resto da tarde. Há uma mistura de esperteza saloia com falta de experiencia que é explosiva. Mas felizmente de há uns tempos para cá as coisas estão a mudar, há muita gente nova com outra formação e novas ideias de que o sector só pode beneficiar. Ao contrario do que outros comentadores aqui têm escrito hoje, não é preciso virem ingleses ou seja quem for para nos ensinar a exportar. E deixo-lhe uma informação que muita gente em Portugal desconhece: nos anos 70 o rotulo de bebida alcoolica mais vendido do mundo era portugues: era esse mesmo, o Mateus Rosé. Mas foi só até os italianos se terem apercebido disso. Fizeram uma campanha a nivel das 100 principais cidades dos EUA ( nessa epoca era permitida a publicidade a bebidas alcoolicas à beira das estradas), colocando outdoors nas principais entradas e saidas dessas cidades com a seguinte imagem: uma rolha com um chapeu de gondoleiro por cima, e um lenço vermelho por baixo, com a seguinte legenda: “JANTE ESTA NOITE COM UM ITALIANO”. E nem falava de vinho, mas a mensagem estava lá.Custou muitos milhões de dolares, mas foi fulminante: o Mateus baixou as vendas em mais de 50% na EEUU, e demorou mais de 20 anos a recuperar porque não teve resposta ao nivel financeiro.
    Quando falamos de exportar vinho temos que ter sempre presente um facto: para entrar nos mercados a serio é preciso muito dinheiro; foi por isso que em Portugal algumas das principais empresas produtoras se juntaram e constituiram um agrupamento de empresas para juntar sinergias e meios para a exportação. Com excelentes resultados, devo dizer, embora como é tipico em Portugal haja sempre umas “ovelhas ranhosas” que tentam destruir o que funciona bem.

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  91. Castanheira permalink
    14 Outubro, 2011 18:48

    A- C
    estava aqui a pensar com os meus botões e lembrei-me de um compincha que um destes dias me apresentou a uma garrafita de medronho desses de contrabando que ele zelosamente foi buscar à serra . Bom, era simplesmente de estalo e sem contar com os gastos de tempo e combustível, mais caro que o preço médio de um bom wishky corrente.
    já lhe pedi a morada. Vê como são as coisas? sem publicidade e pela surra esse produto escoa-se, por isso publicidade sem qualidade dura pouco tempo. Digo eu.
    Ao nosso amigo Silveira com o qual concordo, não esqueça que vender vinho italiano nos USA é simplesmente vender vinho a uma das maiores comunidades estrangeiras que mesmo que nunca tenham ido a Itália ainda mantêm a língua e as tradições italianas bem ao contrário das portuguesas que 3 meses no exterior e fazem-se passar à frente dos nossos olhos por qualquer outra coisa

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  92. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 19:12

    Amigo Castanheira, vejo que percebeu o filme. Aquilo só foi possivel, pelos milhões de italo-americanos que lá vivem, e pela quantidade de dinheiro investido.

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  93. Portela Menos 1 permalink
    14 Outubro, 2011 19:12

    o meu contributo para a bebedeira dos liberais:
    http://www.esquerda.net/artigo/isto-vai-mesmo-rebentar-diz-o-bispo-emérito-de-setúbal

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  94. A. C. da Silveira permalink
    14 Outubro, 2011 19:19

    O D Manuel Martins é boa pessoa, mas é um bocadinho vermelho.
    Está enganado sr Portela, quem anda embriegada é a esquerda totalitaria, PCP e BE, que julgam ver nesta crise uma janela de oportunidade. Apesar dos sacrificios pedidos a tanta gente, eles continuam sem nada para oferecer a não ser a conversa da treta do costume.
    Amanhã lá estamos a descer a avenida, não é verdade?

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  95. Arlindo da Costa permalink
    14 Outubro, 2011 19:30

    Sócrates é que tinha razão.
    Estes portugueses são uns ingratos.
    Fizeram manifestações contra ele e pintaram a manta; disseram cobras e lagartos sobre a sua honorabilidade,etc, etc.
    Agora têm um «coelhinho» que os enraba de ponta a ponta.
    Deus não dorme!

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  96. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 19:59

    ” Mas felizmente de há uns tempos para cá as coisas estão a mudar, há muita gente nova com outra formação e novas ideias de que o sector só pode beneficiar. Ao contrario do que outros comentadores aqui têm escrito hoje, não é preciso virem ingleses ou seja quem for para nos ensinar a exportar.”
    .
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    Bem, isso eu disse-o também. mas tomara a nós que tivessemos a sabedoria desse inglês. É a velha história de achar que sabemos vender porque sabemos produzir.
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    Claro que vender milhões de garrafas como o Rosé enche o olho mas as rentabilidades entre vinhos de larga série e dos de baixa série, vulgo de quinta ou chateaux.
    .
    .
    Mas deixe lá que eu já conheço a mentalidade. 😉 O que vale, como Vc. diz, começam a surgir novas gentes. ehehheh

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  97. 14 Outubro, 2011 20:30

    “Eu não sei se estou errado nas contas. Mas sei, desde há muitos anos, que a rentabilidade dos vinhos do Porto são mais baixos que os vinhos de mesa e estes vendem-se mal no estrangeiro, porque se apostou no preço e na quantidade quando se devia ter apostado na qualidade e preços altos no mercado. ”

    Caro anti-comuna, não se esqueça da lei do terço que dá cabo da rentabilidade ao obrigar a um empate em stock. Daí que só uma casa de vinho do Porto continue a apostar exclusivamente no vinho do Porto. As outras complementam vinho do Porto com vinho de mesa.

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  98. Almeida Alves permalink
    14 Outubro, 2011 20:45

    em vez do IVA aumente-se os salários dos trabalhadores em 20% para obrigar as empresas a serem mais competitivas internacionalmente 😉

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  99. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 20:57

    “Caro anti-comuna, não se esqueça da lei do terço que dá cabo da rentabilidade ao obrigar a um empate em stock. Daí que só uma casa de vinho do Porto continue a apostar exclusivamente no vinho do Porto. As outras complementam vinho do Porto com vinho de mesa.”
    .
    .
    Infelizmente não é só essas obrigações. É não venderem o vinho mais caro. Esse é o verdadeiro problema.
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    Dou-lhe o exemplo do Calçado. O que interessa mais? Vender milhões de sapatos a 1 euro o par, mas salários baixos e rentabilidades espezinhadas ou vender 50 mil sapatos com preços, margens e rentabilidades mais altas?
    .
    .
    É por isso que é mais rentável investir no Vinho Verde, por exemplo, que no do Porto. Tirando algumas excepções.
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    O que não houve em Portugal foi ambição por parte dos grandes produtores. Quiseram combater a concorrência com o preço e a quantidade quando a aposta deveria ter sido outra. E só depois de ter “bandeiras” bem fortes, a nível de marca, imagem e prestígio (e rentabilidades) é que se poderia voltar a concorrer com altas quantidades mas já a serem beneficiadas pela imagem criada no topo de gama. Esta ideia era revolucionária. Claro, uma ideia de gajos de fora. De gente que não nasceu na adega, como eles gostam de fizer amiúde. Os resultados? É ver os relatórios de contas de algumas casas conhecidas. Ver como mal crescem, apesar de tantos investimentos efectuados. E até compra de quintas no estrangeiro.
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    A sorte dos portugueses é que há uma nova onda de produtores, mais “arejados” e já mais preocupados em fazer do vinho, um verdadeiro negócio para obter altas rentabilidades. Já não fazem vinhos apenas para ganhar prestigio social mas ganharem dinheiro. E esses, espero bem, que construam verdadeiros grupos financeiros poderosos que tragam para Portugal receitas altas, que permitam pagar altos salários e altas rentabilidades do capital.
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    Aqui há uns anos, um familiar meu, a respeito do cluster dos vinhos, disse-me mais ou menos assim. Não vás por aí, esta gente continua convencida que a sua mentalidade da Idade Média há-de arrastar-se para todo o sempre. Olha, o Amorim a vender rolhas vai acabar ser muito mais rico do que eles e, eles que o viam como um vulgar vendedor de rolhas. Proféticas as palavras de quem mo disse. Lembrando-me a mim a velha história de quem realmente enriqueceu com a corrida ao ouro. Não os mineiros mas quem lhes vendia e fornecia equipamentos e mantimentos.
    .
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    Mas isto está a mudar. As poucos, a revolução na produção dará lugar a uma revolução nas vendas.

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  100. Fernando S permalink
    14 Outubro, 2011 21:05

    Caros anti-comuna e A.C. da Silveira,
    .
    Obrigado pelos vossos avisados esclarecimentos.
    .
    Seja como for, voltando à questão de fundo, eu continuo com a opinião de que não se justifica que produtos como o vinho, que nem sequer são bens de primeira necessidade para pessoas de baixos rendimentos (enfim … haverá quem discorde !…), tenham uma taxa de IVA mais reduzida do que a de tantos outros produtos, os quais, de resto, no conjunto, são ainda mais importantes para a economia nacional e não são menos importantes e essenciais para os consumidores portugueses, incluindo os de rendimento mais baixo.
    .
    Concordo com o anti-comuna quando diz que sem privilégios internos, nomeadamente fiscais (como o IVA mais baixo), os diferentes sectores produtivos (sobretudos os de bens transaccionaveis) teem de acompanhar a concorrencia externa e virar-se mais para a exportação. Não o acompanho tanto na ideia de que, na fase actual, as exportações portuguesas devam forçosamente e sistematicamente apostar na inovação e na qualidade (sempre de desejar, claro … mas leva tempo, exige quadros e mão de obra qualificada, implica investimentos importantes em novas tecnologias, etc) mais do que na redução dos custos unitarios do trabalho (o que não significa necessariamente baixar salarios mas não é certamente compativel com uma politica de altos salarios). Nalguns casos sim, noutros, ainda muito significativos, não.
    .
    Também compreendo quando o A.C. da Silveira alerta para o facto de a exportação de vinhos não ser coisa facil e exigir despesas e investimentos significativos e quando destaca o facto existirem já no sector operadores nacionais (de nova geração) que produzem e comercializam com eficiencia e bons resultados.
    .
    De um modo geral, os empresarios nacionais de sucesso nos mercados externos não tiveram, nem precisam de ter, subsidios e privilégios dados pelo Estado.
    O que nenhum empresario, seja ele qual for, precisa é que o Estado o sobrecarregue de impostos e restrições para poder ajudar outros que o proprio Estado seleciona unilateralmente e com base em critérios arbitrarios e altamente discutiveis.

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  101. anti-comuna permalink
    14 Outubro, 2011 21:20

    “Não o acompanho tanto na ideia de que, na fase actual, as exportações portuguesas devam forçosamente e sistematicamente apostar na inovação e na qualidade (sempre de desejar, claro … mas leva tempo, exige quadros e mão de obra qualificada, implica investimentos importantes em novas tecnologias, etc) mais do que na redução dos custos unitarios do trabalho (o que não significa necessariamente baixar salarios mas não é certamente compativel com uma politica de altos salarios). Nalguns casos sim, noutros, ainda muito significativos, não.”
    .
    .
    Caro Fernando, cada produto e sector é um caso. Há sectores que podem concorrer através do preço e quantidade, porque conseguem economias de escala suficientes. Outros, para sobreviver mesmo, terá que ser assim.
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    No vinho, vou-lhe dar um bom exemplo. Nos Vinhos Verdes (que é aquele que mais conheço) havia dois grandes produtores portugueses, que apostaram muito no preço e quantidade. Todavia, isso nunca seria solução. E porquê? Pelo seguinte. haveriam de surgir produtores, pequenos, mas aguerridos concorrentes, que acabariam por trabalhar muito bem o produto e o mercado. E, a dada altura, acabariam por concorrer pelas mesmas uvas desses dois grandes produtores. Dito e feito. Hoje a qualidade desses dois grandes produtores caiu e há concorrentes, ainda mais pequenos, que já se dão ao luxo de escolher as uvas e pagarem bem por elas. E não, não estou a falar do Alvarinho, mas de outras castas.
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    Ou seja, concorrer pela qualidade mas desde que bem trabalhado o mercado, dá sempre resultado. E há sectores que podemos concorrer com o preço mas quase sempre só a qualidade, mesmo que custe muito no inicio, permite boas rentabilidades através de melhores preços. E em caso de guerras de preços, a qualidade quase sempre sai vencedora.
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    Mas cada caso é um caso.

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  102. tina permalink
    14 Outubro, 2011 21:35

    O que eu acho é que considerando o grau de alcoolismo dos portugueses, que é bastante elevado, o governo devia entrar com essa variável. O sofrimento aliado ao alcoolismo, das famílias dos alcoólicos, deve ser levado a sério, porque são os grupos vulneráveis.

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  103. lucklucky permalink
    14 Outubro, 2011 22:38

    “O que é uma aberração é o Estado querer aumentar artificialmente o mercado (neste caso, interno) de um produto aplicando-lhe uma taxa de IVA preferencial, inferior à geral.”

    Não. O que é uma aberração é o Estado querer diminuir o mercado dos outros produtos.
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    Aumentar o IVA de qualquer produto é aumentar o Estado e o Poder dos Políticos.
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    Há mais de um dezena de anos o IVA geral era de 15%.

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  104. Portela Menos 1 permalink
    14 Outubro, 2011 23:08

    A. C. da Silveira Posted 14 Outubro, 2011 at 19:19
    “O D Manuel Martins é boa pessoa, mas é um bocadinho vermelho”
    .
    ACSilveira: preconceitos cada um tem os seus; eu tambem podia ir por esse caminho (das cores) e tinha muito nazi por aqui a quem chatear 🙂

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  105. Fernando S permalink
    14 Outubro, 2011 23:41

    lucklucky : “O que é uma aberração é o Estado querer diminuir o mercado dos outros produtos.”
    .
    Eu também concordo que quanto maior for a carga fiscal menor é a riqueza criada e o rendimento privado disponivel. Neste sentido, qualquer imposto “diminui o mercado dos […] produtos”.
    Mas não me pareceu que estavamos aqui a discutir a este nivel de generalidade.
    Percebi sim que estavamos aqui a considerar a situação actual em Portugal e a discutir a oportunidade de manter o IVA do vinho a um nivel mais baixo do dos outros produtos no sentido manter mais baixo o preço de venda no mercado mercado interno e, deste modo, aumentar o mercado para este produto. Este privilégio discriminatorio relativamente aos outros produtos é um factor de distorção do mercado, é contrario ao principio de uma economia de mercado concorrencial, que até suponho ser o que o lucklucky defende. Além de que, reverso da medalha, este privilégio tem também um custo de oportunidade, que é o facto de as receitas fiscais “perdidas” com uma taxa do IVA do vinho mais baixa terem de ser compensadas por impostos (IVA ou outros) aplicados ao resto da economia. Neste sentido é iliberal aceitar impostos mais baixos para certos sectores, seja por que razão for. As condições fiscais devem ser iguais para todas as empresas em todos os sectores. Os “beneficios” fiscais são um tipico instrumento de politica economica de cariz socialista e intervencionista. Se houver condições para reduzir impostos então eles devem ser reduzidos para todos, para todos os sectores, para todas as empresas. Nesta questão parto do principio de que, neste momento de emergencia financeira grave do Estado e na economia portuguesa, não ha ainda condições para reduzir impostos. Pelo contrario, estes teem estado a ser aumentados. Não faço ideia do que é que tudo isto representa quantitativamente, mas quanto muito, pelas razões que referi acima, acho preferivel alinhar o IVA do vinho pela taxa geral em contrapartido de uma qualquer redução de impostos onde quer que seja.
    Dito isto, claro que também acho desejavel que, logo que possivel (?!…), se comece a reduzir a taxa geral do IVA caminhando para niveis muito inferiores ao actual, passando pelos 15% de ha 10 anos de que fala o lucklucky, ou indo mesmo mais baixo. O sentido a médio/longo prazo deve ser claramente o de uma redução geral da carga fiscal sobre a economia e os cidadãos.
    Sinceramente, não acredito que alguma vez se chegue à situação “ideal”, que por vezes me parece estar subjacente ao discurso do lucklucky (mas posso estar enganado), de uma sociedade sem Estado e sem impostos (pelo menos o lucklucky fala aqui em cima de um IVA igual a zero). Porque a existencia de um Estado é uma necessidade e uma constante historica de qualquer sociedade e porque até é uma condição de uma sociedade liberal e de mercado. Mesmo um “Estado minimo” tem de ser financiado com impostos. Quão minimo deve ser esse Estado, com que tipo e com que nivel de impostos deve ser financiado ?… Não sei exactamente e, de qualquer modo, é uma questão para outras conversas.

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  106. A C da Silveira permalink
    15 Outubro, 2011 02:18

    O Sr Anti-Comuna tem passado aqui o dia a escrever as opiniões dele sobre o negocio do vinho. Ora lendo aquilo que ele escreveu, temos de concluir que ele percebe tanto do assunto como eu de fisica quantica: ou seja nada.
    É verdade que a asneira é livre, mas que diabo, às tantas a gente farta-se de ver palpites sobre coisas de que o ilustre comentador, não percebe ponte de um corno. O assunto é demasiado serio para se vir para aqui, ou para outro sitio qualquer, escrever aquilo que nos vem à cabeça no momento. Ó Anti-Comuna, “porque non te callas?”

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  107. anti-comuna permalink
    15 Outubro, 2011 11:11

    Caro Silveira, eu de facto não percebo muito de vinhos. J´s o disse aqui. Eu é mais bagaço.
    .
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    Mas registo que Vc. manda-me calar em vez de contradizer as minhas ideias. Veja lá, não fique triste com as minhas críticas ao sector. Nestas coisas, temos que ser humildes em ler as ideias alheias sobre os assuntos que pretensamente dominamos.
    .
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    Ah! E nunca se esqueça. Perceber de vinhos não é a trabalhar no sector e fazer as mesmas asneiras durante trinta anos. eheheheheh
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    .
    Cumprimentos à prima. 😉

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  108. Alcoólico permalink
    15 Outubro, 2011 20:09

    Ora vejamos. Se o o IVA sobe para 23% diminuem as importações . Diminui a receita do Estado (IVA+IRC)
    Incentivo à exportação ? Irrelevante . Os excessos de produção não escoada destinar-se-ão à produção de aguardente cujo destino não antevejo … O consumo interno diminui . O Estado perde receita (IVA+IRC) .
    Isto ocasiona DESEMPREGO . Aumenta a Despesa do Estado . Aumenta o deficit. Agrava o problema social . Estupida maneira de resolver o problema do deficit ou apenas querem resolver o problema de tesouraria a qualquer preço ou desconfiam que no dia que não pagarem os ordenados lhes põem uma corda na garganta ?
    Nada garante que o aumento do IVA para 23% , no curto prazo, tenha efeito positivo nas exportações .
    Pelo andar da carruagem logo se vê quem lá vai dentro …
    Um ex-ministro , aliás competente , o que é raro , me confidenciava para não acreditar em governante que quando chega ao poder diga que vai estudar …)
    Estamos entregues a um play-boy e o outro que até foi eleito com menos votos do que aqueles que votaram para não ser eleito !!! …

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  109. economista permalink
    15 Outubro, 2011 21:27

    Vamos ver . Aumento do IVA 23 % ? Diminui as importações . Diminui a receita do Estado (IVA+IRC)
    Incentivo à exportação ? Ineficaz a curto prazo . Diminuição do consumo interno . Diminuição da receita do Estado (IVA+IRC). Problemas na gestão de stocks. Os excedentes de produção que não possam ser escoados destinar-se-ão à produção de aguardente cujo destino não antevejo . Desemprego . Aumento da Despesa do Estado . Aumento do Deficit. Estupido procedimento para diminuir o deficit !…O aumento do IVA era para compensar a descida da TSU. A final sobe o IVA e não desce a TSU . Não são aldrabões ? Pobre povo …
    Só os ignorantes podem acreditar em promessas quando ninguem sabe quanto se deve e muito menos como se vai pagar … E não é insulto dizer que o povo é inocente e ignorante .
    Se a incompetência fosse ouro não haveria dedos para tantos aneis …
    http://sites.google.com/site/acudamedeus/ (vd.anexos)

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