Grécia ou Irlanda?
Andam por aí muitos “analistas encartados” a fazer dramáticos alertas sobre a nossa crescente similitude com a Grécia. Curiosamente, nunca os vi com tal preocupação durante a “era socretina”, quando a dinâmica despesista nos tornou fiéis imitadores dos defeitos gregos. Bem pelo contrário, nessa altura fartavam-se de clamar “Portugal não é a Grécia!!!”.
A mim parece-me que estamos a seguir o bom exemplo da Irlanda, embora com 3 anos de atraso. Lembremo-nos que para 2009, o governo irlandês apresentou um orçamento com significativos cortes na despesa, entre eles uma redução média de 10% nos salários dos funcionários públicos. Estima-se que no corrente ano a Irlanda já reentre na senda do crescimento económico, com cerca de 1,2%, facto que não tem atraído as atenções dos media, ocupados que andam a divulgar as indignações de uns milhares de bétinhos alienados pelo consumismo burguês.
Começámos tarde e vai-nos custar mais, mas consiga o governo cumprir o orçamento e não apareçam mais buracos (coisa pouco provável) e seremos cada vez mais “irlandeses” e menos “gregos”.

portugal e a grécia têm uma enorme diferença em relação à irlanda, na última as exportações têm um peso equivalente a 100% do pib e nos primeiros 30%, números redondos. a recuperação da irlanda é uma história e a dos outros outra história. a mesma receita para realidades diferente?
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Para um Passista não parece muito optimista.
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caro LR, desconfio que vão ficar todos surpreendidos com a perfomance económica portuguesa. E oxalá eu esteja certo. Para já, estou bem optimista. :))
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Já passámos os 75% de taxa de cobertura. Se não fosse o petróleo, teríamos uma taxa de 119%, o que é inaudito.
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Tenho de dar razão ao estimado Anti-Comuna. Vamos sofrer um bocado, mas isto vai para melhor.
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Lembram-se quando há um ano atrás os socretinos diziam a rir que a Irlanda não era exemplo para ninguem porque ia ter um defice de 32%? Pois teve, mas isso foi só no ano passado. Absorveu o impacto dos bancos, saneou as contas publicas e agora já está a crescer. Exportam 100% do pib e nós apenas 30%? pois é por aí que temos de ir, e exportarmos pelo menos 50% dentro de 5 anos. Só os cretinos e ignorantes não percebem o impacto que a 1/2 hora de trabalho por dia representa para as empresas exportadoras. São mais dez horas de trabalho por mês/trabalhador: 7-8% de aumento na produtividade.
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Obrigado, caro Colaço. E a boa notícia é que poderemos vir a baixar as importações de gás natural nos próximos tempos, melhorando ainda mais as nossas condições económicas:
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“Neste dia de Sábado estou completamente indignado, mas feliz. No Expresso fiquei a saber que finalmente vai começar a explorar-se o gás natural do Algarve! É uma grande notícia, sobre um assunto a que já nos referimos anteriormente.”
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in http://ecotretas.blogspot.com/2011/10/o-indignacaro-angelo-correia.html
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Aconselho passar por este bom blogue e ler o que ele escreveu sobre o gás natural na nossa ZEE.
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Olhem esta interessante noticia. Software tuga na Suécia. Excelente! faz-se o caminho andando.
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“O Grupo sueco Bindomatic, especializado na produção de capas e de máquinas de termoencadernação para escritórios, escolheu o software PRIMAVERA para a gestão financeira e operacional das subsidiárias situadas nos Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Portugal.
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A escolha do software de gestão topo de gama PRIMAVERA EXECUTIVE pelo grupo sueco, resultou do sucesso da solução na gestão da actividade operacional e financeira da Bindomatic Portugal, a maior empresa do grupo, responsável por cerca de 3,5 milhões de euros da facturação desta multinacional que em 2010 rondou os 11 milhões de euros.
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Com a solução de gestão PRIMAVERA, as cinco unidades desta multinacional sueca gerem de forma integrada a informação operacional e financeira do grupo Bindomatic e têm acesso em tempo real a informação de negócio, incluindo dados contabilísticos, stocks, rastreabilidade documental, análise de vendas e logística.”
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in http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Paginas/NewDetail.aspx?newId={2249C3F8-7F41-442A-9461-FACC78441870}
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Estes gajos já não se limitam aos PALOPs e conseguiram entrar no mercado sueco através da subsidiária portuguesa. Isto é óptimo. Será excelente se servir como cartão de visita no mercado sueco e arredores. Muita boa esta notícia.
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É este o caminho. Não há outra. E ele faz-se andando.
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“A mim parece-me que estamos a seguir o bom exemplo da Irlanda, embora com 3 anos de atraso. Lembremo-nos que para 2009, o governo irlandês apresentou um orçamento com significativos cortes na despesa, entre eles uma redução média de 10% nos salários dos funcionários públicos.”
Também a Grécia fez isso, ou mais.
” Estima-se que no corrente ano a Irlanda já reentre na senda do crescimento económico, com cerca de 1,2%, ”
Também em meados de 2010 (uns meses antes da Irlanda pedir ajuda ao FMI) se dizia isso – que a Irlanda já tinha saido da crise, que era o país da zona euro com maior crescimento, etc. O problema da Irlanda é que, quando chega o fim do ano descobre-se sempre que o crescimento ao longo do ano, apesar de tudo, não gerou as receitas fiscais que o governo estava à espera, e lá vai uma carrada de medidas adicionais de austeridade que acabam com o crescimento nos primeiros trimestres.
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Os nossos académicos é que são uns crominhos do caraças. Ainda no outro dia, o Daniel Bessa (que até eu simpatizo bastante com ele, mas quase sempre estou contra as previsões e ideias do gajo) queixava-se que a inovação em Portugal era sobretudo estatal (Cof! Cof! Cof!) e pouco empresarial. Ele não deve olhar mesmo com olhos de ver os saltos das nossas empresas, com certeza.)
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Mas a CE diz o contrário:
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“Portugal acima da média em indicador de empresas inovadoras
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A quota de empresas inovadoras no país, em relação ao todo do tecido empresarial, está acima da média europeia, de acordo com um relatório da Comissão Europeia.
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Apesar de o investimento em investigação e desenvolvimento, estar abaixo da média da União Europeia , a percentagem de empresas consideradas inovadoras face ao restante tecido económico, em Portugal, está acima – de acordo com o relatório da Comissão Europeia, «Política industrial: Reforçar a competitividade».
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Segundo o sistema de avaliação adoptado, o indicador tem um desvio positivo de meio ponto. Mas embora o país esteja melhor do que a Europa em termos de serviços de e-government, a utilização dos mesmos pelas organizações está ligeiramente abaixo do patamar geral europeu.”
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in http://www.computerworld.com.pt/2011/10/17/portugal-acima-da-media-em-indicador-de-empresas-inovadoras/
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É aquele velho problema tuga. Toda a gente acha que um país só se desenvolve com o Estado a puxar pelo consumo e expansionismo despesista. No entanto, a Inovação não é apenas laboratórios, novos produtos “fora do normal”, etc. É novas embalagens, novas rotulagens, novas características de velhos produtos, novos componentes, etc. Novas forma de vender, novos canais de distribuição, etc. E as nossas empresas estão a fazer isso e muito bem. Já o tenho dito aqui, que nos últimos anos, elas surpreendem mesmo pela positiva. E isto acabará por ter reflexos no próprio crescimento económico.
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Anda tudo pessimista, de um modo até mesmo triste e doentio, onde passam da euforia á depressão, tão depressa como mudam de camisa. Enfim. No entanto, os factos mostram que estamos mesmo no bom caminho. E no entanto não lhes parece. Gulp!
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E as associações empresariais começam a fazer o seu trabalho, sem estar sempre á espera dos políticos. Isso é mesmo de realçar. Esta malta tem que entender que o Estado, por norma, só estorva. E quando menos dependente dele, melhores os resultados. Olhem mais uma coisinha boa tuga:
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“A Associação Empresarial de Portugal (AEP) promove, hoje e amanhã, a cultura vínica e gastronómica portuguesa em São Petersburgo, a segunda maior cidade russa, com a participação de 14 empresas, um chef e dezenas de produtos alimentares de origem nacional.
A iniciativa Portugal Market Week, que tem lugar no Grand Hotel Emerald, segue-se às duas edições anteriores realizadas em Moscovo, em Junho de 2010 e 2011.
“O crescimento da economia russa e a evolução dos gostos e dos hábitos de consumo, valorizando a qualidade e os produtos gourmet, tornaram este mercado numa boa oportunidade para as empresas portuguesas da fileira agro-alimentar”, declarou à Lusa Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da AEP.
O formato com que a AEP tem captado as atenções dos compradores profissionais russos combina encontros de negócios, apresentação de produtos, workshops e degustações, proporcionando às empresas portuguesas participantes contactar directamente com profissionais do trade e escanções, enólogos, cavistas e líderes de opinião.
Na acção colectiva de promoção de Portugal que a AEP leva a cabo em São Petersburgo participam directamente 14 empresas: 12 produtoras e/ou distribuidoras de vinhos e bebidas espirituosas e duas de produtos de carne. Mais quatro dão a provar os seus produtos através do distribuidor local.
Segundo a AEP, as exportações portuguesas de produtos alimentares e bebidas para a Rússia têm vindo a crescer desde 2006, valendo actualmente cerca de 10% do total dos produtos que o nosso país vende naquele destino. Porém, só nos últimos anos os russos estão a descobrir a variedade e a qualidade da oferta portuguesa em matéria de vinhos, azeite e produtos gourmet.”
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in http://www.oje.pt/noticias/negocios/aep-promove-vinhos-e-produtos-alimentares-em-sao-petersburgo
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É preciso acabar com a dependência do Estado e dos políticos. E os nossos agentes económicos se estão á esperar de sobreviver e crescer graças a eles, bem podem esperar sentados, porque dali…
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“Estima-se que no corrente ano a Irlanda já reentre na senda do crescimento económico, com cerca de 1,2%”
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O crescimento só não nos diz nada. È preciso o aumento do crescimento vs aumento do endividamento.
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Um país com recessão de 1% e endividamento de 0% está muito melhor que um a “crescer ” a 2% e com endividamento a aumentar 6%.
Este último está na verdade com uma recessão muito maior e vai ter de fazer uma travagem brusca.
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O crescimento não é a qualquer custo. Por definição tal não é crescimento.
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Em vez de “muito melhor” deveria ter escrito “muito menos mal”.
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a mim parece-me que estamos a seguir o exemplo da grécia, quando o poder assegura o triunfo dos porcos, com as rendas vitalícias poupadas aos boys da famelga política, num descaramento mais que italiano e assim grego de grandes hipócritas .
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2064326
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São casos diferentes o problema da Irlanda situou-se na banca pelos tóxicos absorvidos, em termos de
economia não tem comparação com Portugal!
Com efeito, estamos mais próximos da Grécia com a vantagem de ganharmos muito menos do que os
gregos, salário mínimo de 750 euros contra os nossos 485 euros!
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Caro anti-comuna
Obrigado pelas palavras de esperança, sobretudo por parecerem tão bem fundamentadas!
Já agora, que tal falar da Bélgica? Será que os Belgas vão passar a viver sem governo?… Grande medida de austeridade ! Devíamos importar o modelo!
Há algum estudo sobre o caso Belga?
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ac,
ha uma medida no OE que vai fazer «aumentar» o crescimento economico significativamente. É a possibilidade de abater em IRS o IVA.
Aliás, esse PIB já existe, só faz parte dos mais de 25% de economia informal. Isto vai ter algum impacto se de facto houver grandes incentivos em IRS.
É uma excelente ideia e percebo porque é que o Socrates e o TX do Santes, sempre lestos em esquemas, não se lembraram dela.
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ERRATA:
É uma excelente ideia e NÃO percebo porque é que o Socrates e o TX do Santes, sempre lestos em esquemas, não se lembraram dela.
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obviamente a Grécia! lá como cá, os orçamentos de Estado são uma fantasia…só aquele número para a queda do consumo público demonstra bem a “intrujice” grega que há ali naquele orçamento…
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O PS é uma quadrilha de malfeitores que destruiu Portugal em Proveito Próprio, só nos “safamos” se for extinto o PS e a maçonaria e acabar com todos os funcionários publicos pertencentes ao partido comunista.
Os socialistas não passam de comunistas disfarçados…….
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E,
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os Gregos, 50% da divida já foi perdoada. O resto são tretas. Santa ignorância quiçá dalguma azinheira.
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Essa dos bons alunos ……. é mesmo de provincianos chapados á mama que se poem em bicos de pés para ficarem na foto com os que julgam ser grandes….. Ora ora é ao contrátrio: devemos ser Gregos. A Grécia vai ‘ganhar a guerra’ duma maneira ou da Outra.
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Não me embasbaquem. Zarpar é o destino dos Poucos Portugueses que são Grandes.
Já foi assim nos Descobrimentos. Falharam porque se esquecerem dos encostados que ficaram à mama. Senão os Portugueses ainda hoje seria muito grande. Infelizmente passados 3 ou 4 seculos os encostados ãinda não foram encostados. Também não interessa. Como nos Descobrimentos é zarpar. Está interiorizado na matriz genetico-histórica deste Povo. Funciona automáticamente. Chamem ‘fugas’ a isto e aquilo. Os FP’s que gloriosamente arvoram que é só maçandragens e fugas a isto e aquilo etc e tal já levaram com a marreta. Um Português ‘fardado’ nem que seja de contínuo é um perigo, uma ‘autoridade’, um defensor da ‘moral e dos costumes’, um novo Inquisidor. Agarrem-se porque são vocês FP que vão pagar a fatura forte e feio. Secaram a teta como yatollahs do ocidente. Agora não há oncde mamar. E as cabras são lixadas. não só marram como se piram por essas ‘serras acima’ (sem fronteiras) e ninguém as vê mais. Ficam os ‘pastores’, os que ganham do Estado a que uns chamam ‘mangas de alpaca’ outros ‘os que ficam sozinhos’.
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E Bancas e liquideses no meio disto tudo são gigantes com pés de barro embora neo-PREC´s.
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No café dizem assim ‘Xau’. Não é desistir. É adaptar-se. E nisso os Tugas são génios. O tão mal visto’desenrasca’ o prático contra o internacionalmente mais cientifico ‘corromper’.
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E andam por aí alguns a ‘vender’ exportações, sucessos de envelope etc. A azinheira secou mas os gajos, ele é regadores, ele é adubos, ele é estrume para ver se o raio da azinheira ainda dá alguma alcagoita.
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Cá para mi é das cabras que roiem oliveiras, azinheiras, laranjeiras, mato, rosas …. até a cera das velas de altar.. Abtam-se as cabras. Não há mais chanfana para ninguém.
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Nas horas de Choros&Desgarradas&Fados humor com substância e ironia fina é uma aleluia de Vida.
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ó meus, a irlanda recuperou porque as exportações já eram 100% do pib, não foi preciso subir de 30% sei lá para que valor.
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Isto sobre sermos Gregos.
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E sobre sermos Irlandeses então´são anos obscurantismo engre as nossas Elites e as Irlandeses.
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Nem temos um pipeline Mafia como a Irlandesa (para não falarmos noutras). Nunca as elites Portuguesas aceitariam uma forte revolução para resolver Portugal como um Tecido Economico Lucrativo. Nunca as elites e os profs de Finanças e Economia Portugueses (frustrados em neo-salarismos, aquela das Finanças é Rei, mas ó segredo do perfil pessoal dele para mandar está londe de ter sido esse, mas os ceguetas das Academias nunca percebem nem perceberão tal a vaidade) se oporiam a novos ‘Conventos de Mafra e Jeronimos’ hoje auto-estradas, centros disto e daquilo (Belem e não sei quantas), rotundas, repuxos, pontes e tuneis, e um bando de ‘encostas’ a cagarem-sentenças de empresarialismo por essas televisões fora.
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Portanto Portugal é Grécia e Irlanda. Mas as Governanças e as ‘elites do entulho’ proibem os Portugueses do serem. Já há vários seculos e até ver. Xau
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Eu também gostava de ser optimista, apesar de acreditar que alguma da nossa economia vai surpreender, será sempre algo limitado, o grosso do país tem problemas estruturais graves e não é de um ano para o outro que de repente tudo melhora. Demasiada empresa dependente da mama do Estado, demasiados serviços e poucos bens, demasiado reent-seeking, demasiados interessantes instalados. E nestas coisas somos mais parecidos à Grécia que à Irlanda.
Fiquemos esperançados na hora de trabalho, e também no corte de subsídios do público, isso também ter algum efeito de atrair para o privado pessoas do público. Como o JM disse há dias, o corte dos funcionários pode muito bem ter sido a maior “reforma estrutural” dos últimos tempos no Estado, só que num país socialista ninguém pode assumir uma coisa dessas sob pena de ser linchado na praça pública 😦
2012 deverá ser ruim, e que esse ano seja sobretudo o ano do desmantelamento do rent-seeking (eólicas, scuts, etc) e desmantelamento do estado gordo, fundir instituições e passar pessoal para a mobilidade. Talvez assim a partir de 2014 possamos ter esperança.
Serão 3 anos de guerra contra uma fortaleza que se construiu ao longo de 30 anos. Algum governo aguentará ? tenho dúvidas….
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os Gregos, 50% da divida já foi perdoada. O resto são tretas. Santa ignorância quiçá dalguma azinheira.
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Qe acha que vai acontecer à Grécia na próxima geração depois de não pagar metade das suas dívidas ? Acha que vai ter crédito ? Acha que vão conseguir viver sem crédito ? Vão viver de Superávits ? Hahaha, vai ser bonito vai ….
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“ha uma medida no OE que vai fazer «aumentar» o crescimento economico significativamente.”
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Na verdade essa medida vai travar o crescimento económico.
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Comparar o IMPACTO das medidas na Irlanda e em Portugal é intelectualmente desonesto. É que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Os Irlandeses tinham um rendimento 140% da média da UE. Os Tugas tinha, salvo erro, cerca de 70%.
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Pelo que, a Irlanda vai crescer porque as medidas não tem um impacto tão recessivo quanto terão em Portugal. Adicionalmente os problemas deles nunca foram de ordem economica, como são os nossos. O problema foi pontual derivado ao lixo tóxico de alguns bancos. Atirou-se dinheiro para os bancos e resolveu-se o problema, tapando o buraco.
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Em portugal, estas medidas só podem gerar recessão profunda. Aliás a dimensão da recessão pode vir a ser uma coisa assombrosa. Espero que não.
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Não me interessam as contas do Estado. Interessam-me sim as contas das pessoas e empresas. O estado vai secar com estas medidas a economia. E eu gostava que me explicassem como é que abduzindo a poupança, diminuindo o consumo, teremos dinheiro para investimento privado e portanto crescimento..
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Só mesmo com «um salto de fé» é que se pode acreditar que tudo vai correr bem. Pessoalmente, acho que vai correr melhor do que o esperado. Acho que a liquidação da economia e tudo o que daí advem (moras nos creditos, penhoras, incumprimento, desemprego etc), vai servir para antecipar à força aquilo que o país precisa.
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Rb
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“ha uma medida no OE que vai fazer «aumentar» o crescimento economico significativamente. É a possibilidade de abater em IRS o IVA.”
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Mas mesmo apesar dessas medidas, em termos nominais pouco deve acrescentar. A evasão fiscal em Portugal não é muito diferente das dos outros países, tidos como “mais bem comportados”.
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A chave aqui é mesmo exportar: bens e serviços. Será aqui se que se jogará quase tudo.
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Sobre exportações e um comentário meu há bocado:
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“Para além desta, é preciso também falar da Globe, outra etiqueta do grupo em que 75% das peças são produzidas cá dentro. A crise levou-os nesta direcção. “Se comprarmos em Portugal é mais fácil de repor stock”, (Moi ici: Flexibilidade! Proximidade! Empate de capital!) explica a mesma responsável, que já reviu em baixa as vendas deste Outono/Inverno. Perante o panorama “cada vez mais incerto”, diz, a solução é uma navegação à vista. Isso e outros factores incontornáveis como o Outono que teima em não chegar quando as montras já estão cheias de camisolas para o frio. Só os sapatos já tiveram de ser repostos.””
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in http://balancedscorecard.blogspot.com/2011/10/recordar-lawrence-nada-esta-escrito_18.html
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Vejam este meu comentário:
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Agora vejam o que o CCZ descobriu. Eu não acredito nisto mas…
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“Exportações: saldo positivo pela primeira vez
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«Desde que há registo histórico, as exportações cobriram as importações» em Setembro, anuncia Francisco Van Zeller”
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http://www.agenciafinanceira.iol.pt/financas/austeridade-van-zeller-exportacoes-oe2012-orcamento-medidas/1290388-1729.html
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Repito. Eu conto com um Setembro bom mas não acredito que as exportações ultrapassaram as exportações. Isso seria um… MILAGRE!
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Meu deus. Se isto tivesse acontecido…
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Vejam isto, porque é um avanço na actividade produtiva, não apenas portuguesa mas… Mundial!
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“Os elementos-chave do projecto passam por garantir que os gestores das lojas saibam, em qualquer momento, o que está em stock, o que está na frente de loja e o que precisa de ser reabastecido pela FLY London com base no que foi vendido. No armazém (centro de distribuição), o controlo de produção e a logística estão totalmente integrados com a tecnologia RFID, a fim de maximizar a optimização logística, a produtividade e a flexibilidade.
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A solução ShoelD permite à FLY London acompanhar o stock de produtos desde que deixam o armazém até que chegam às lojas. Depois do fabrico de um par de sapatos, os operários anexam uma etiqueta RFID UHF EPC Classi Gen 2 com um número de identificação único (ID), relacionado com a plataforma de software, que contém informações sobre a unidade do produto, estilo e tamanho.”
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in http://www2.inescporto.pt/uesp/noticias-eventos/nos-na-imprensa/fly-london-integra-tecnologia-rfid-premiada-na-europa/?searchterm=fly%20london
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“O software CS.Retail, que gere todos os dados e equipamentos RFID, é integrado com o sistema ERP da FLY London, no qual é gerido e controlado o stock. Com a utilização desta solução, a FLY London alcançou os seguintes benefícios: No armazém, os processos de entrada e de saída são automatizados, reduzindo o tempo de trabalho e aumentando a eficiência da distribuição; nas lojas, os stocks são geridos com precisão, sem qualquer esforço por parte dos colaboradores; redução do custo geral através do aumento da eficiência de todos os processos logísticos; e impacto directo nos resultados financeiros, devido ao aumento nas vendas e à redução de custos.”
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Mas o que realmente é revolucionário é o seguinte. As linhas de produção deste fabricante de calçado não são monoproduto. Quero dizer, numa mesma linha de produção, em série, os gajos conseguem trabalhar vários modelos ou vários produtos. Ou seja, enquanto no passado as linhas em série era monoproduto (e assim se obtinha economias de escala), neste novo sistema operativo (criado e desenvolvido por portugueses) as linhas são multiproduto, conseguindo fazer vários produtos na mesma linha, com a produtividade em série. Isto é maravilhoso.
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Com o sistema RFID, desde a loja à linha produtiva, esta empresa pode reduzir de um modo extraordinário os custos com inventários. Ou seja, à medida que o consumidor vai pagando o produto, na linha de produção podem começar a fabricar o mesmo produto substituto que irá mais tarde ir parar às montras. Isto é deveras revolucionário. Feito em Portugal.
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Não sei se as nossas cadeias de lojas estão a adoptar este tipo de produtos e sistemas operacionais de produção e se até se pode extender para além do Calçado. Mas se for possível e o fizerem, cuidadinho com a brincadeira. Dá a quem é capaz de integrar produção e distribuição, uma vantagem extraordinária.
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A empresa que criou este sistema de gestão produtiva e distributiva é tuga:
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http://www.creativesystems.eu/
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Oxalá seja mesmo eficaz e as empresas tugas aproveitem bem para investir neste tipo de sistema. Porque poderão ganhar uma vantagem competitiva imbatível!
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ehehehe
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Folgo muito em saber que as exportações estão ao nivel pré-crise. Não é nada mau. Recuperamos o que a crise nos tirou. As palavras de Van Zeler são um exagero, evidentemente. Talvez ele estivesse a pensar que as importações registram niveis nunca antes obtidos e que deram um contributo importante na balança. E ainda bem, ainda que pelos motivos errados.
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Mas eu, enfim, gosto sempre de analisar as exportações sob determinados limites. Isto é, expurgando as 20 maiores exportadoras (galp’s, autoeuropa’s e afins) dessa conta, gostava mesmo de saber se a economia como um todo está a crescer nas exportações. Gostava mesmo de saber.
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Não é que não fique satisfeito com maior exportações dessas grandes empresas. Claro que fico. Mas, enfim, sabendo que as PME são as que dão emprego a 80% das pessoas, gostaria de saber se estas estão com dinamica de crescimento.
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Rb
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Sobre a meia hora de trabalho: só quem não conhece os portugueses é que tem a ingenuidade de acreditar na eficácia desta medida. O que se faz em meia hora? Arruma-se o material, muito devagarinho, vai-se fazer chichi, diz-se umas larachas aos colegas e…pronto…passou meia hora!
Sobre o abatimento do IVA (5%) no IRS: a pergunta vai ser a do costume “Se quer factura, são mais 20 (ou 30) euros”. Como está tudo nas lonas, quem é que vai querer factura?
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“Mas eu, enfim, gosto sempre de analisar as exportações sob determinados limites. Isto é, expurgando as 20 maiores exportadoras (galp’s, autoeuropa’s e afins) dessa conta, gostava mesmo de saber se a economia como um todo está a crescer nas exportações. Gostava mesmo de saber.”
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Eu até compreendia este esquema de raciocinio se todas essas empresas fossem como a Galp, que importa crude e e manda gasosa para fora. Mas em empresas como a Efacec, em que cerca de 2/3 dos seus fornecedores são portugueses, é um erro de análise mesmo grande. Podemos exportar indirectamente, não é verdade? Um exemplo, a Corticeira Amorim faz vedantes para motores de carros alemães. Se os alemães venderem muitos carros, a Amorim exporta muito produto genuinamente português. E cria postos de trabalho em Portugal.
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Quando a Autoeuropa exporta os seus carros, o Norte vende muito mais, neste caso à própria Autoeuropa. E quem diz a Autoeuropa diz a Efacec e alguns outros.
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Mas cada um faz a análise que acha que melhor lhe serve os intentos. Acho é que quem me quiser vender esse tipo de análises deve saber muito bem o porquê. Vc. não o explica.
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Mas eu não lhe quero vender nada, caro Ac. Nada. Eu estou comprador ultimamente, vá-se lá saber porquê. eheh
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Mas pronto, para o esclarecer, dizer apenas que não é indiferente sabermos se ao aumento das exportações são da autoeuropa ou da Blaupunkt ou da repsol ou da BOSCH ou da PEUGEOT CITROEN AUTOMÓVEIS PORTUGAL ou da VISTEON ELECTRONICS ou se as exportações resultam de uma dinamica geral das industrias do país. Olhe, vê isso claramente quando verifica que nas estatisticas Lisboa lidera as exportações. Quando isso acontece quer dizer que as exportações são de empresas que gravitam à volta do ESTADO. Todas aquelas acima referidas são um excelente exemplo. Não é que isso seja mau. Pelo contrario elas geram economias indirectas, embora dependentes…. e geram emprego. Impostos não sei, mas um passaro disse-me que não.
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Portanto, se voçê provar que o aumento de exportações advém das empresas que não gravitam à sombra do estado protector eu fico muito contente. A sério. Fico mesmo feliz. É sinal que o norte está finalmente a produzir e a exportar e que, sobretudo, isso tem impacto nas contas nacionais.
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O que lhe quero dizer é simples. Se esta dinamica de exportações tiver a ver com multinacionais estrangeiras que tem condições super especiais e não com o nosso proprio mérito comercial e inovador das nossas empresas, então não fico feliz. Compreende? Não fico.
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Mais a mais, voçê compreende, os lucros dessas multanacionais são repatriados. Os lucros das nossas ficam por cá ou são reinvestidos.
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Portanto, já nem entro na problematica de saber se aquilo que exportam é quase tudo importado ou não, interessa-me saber se as nossas empresas, as privadas e que não fgravitam à volta dos favores do estado,~estão a crescer ou não.
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Rb
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xiii, tanta gente tão alegremente ansiosa pelo que aí vem. é engraçado ver que há muita gente contente por poder entrar em 2012 e olhar à volta e ver o resto das pessoas a chegar a 1982, ou algo que o valha. pelo que andei a ler. fala-se da irlanda como se aquilo agora fosse um mar de rosas, como se ainda não houvesse mais irlandeses a sair do país que a voltar. presumo que seja tudo gente que passou por lá os últimos dias e viu um povo mais feliz do que nunca- pena não ter dinheiro para a viagem. gostava de provar um bocadinho do vosso optimismo-punheta.
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Tresanda, 15.16H, obviamente que sim, os Gregos depois do perdão de 50% da divida, vão ter crédito a taxas normais. Tem duvidas ? É só esperar.
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Nem Irlanda, nem Grécia. Portugal está mais perto da MERDA!
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As exportações ultrapassam as importações porque o consumo está num nível muito baixo. O problema é que politicamente é muito difícil de manter este rumo, devido às expectativas de consumo que existem na sociedade. Mas não só. Esta receita de pôr as exportações a funcionar como o motor da economia foi tentada com Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite. Então, o nosso défice externo diminuiu 10% só num ano. Só que ao fim de dois anos, o governo estava cercado, os ministros eram insultados em tudo o que era sítio (orquestrações dos xuxas e dos comunas), o Barroso fugiu para Bruxelas e os laranjas puseram o Santana Lopes em São Bento (para quem não se lembra, ele era o político com sondagens mais favoráveis a seguir a Sampaio, por isso foi o escolhido para substituir Barroso e não a Ferreira Leite). O resto da história não vale a pena recordar.
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O cerne da questão é que os grupos sociais beneficiados com esta estratégia eram francamente minoritários face aos que dependiam do consumo, importações e orçamento do Estado. Daí que não tenha havido condições políticas para que mesmo um governo maioritário conseguisse governar. Os interesses da maioria sobrepuseram-se ao bem comum e agora, quando não há mais dinheiro, eles vão “espernear” (bancos, as construtoras do regime, os grandes grupos comerciais, sindicatos da função pública, etc.), podem correr com o Passos, com o Portas, etc., mas acabou-se o dinheiro na mesma. Agora não há mesmo mais vida para além do défice (onde é que anda essa abécula?), mas a vida de política de Portugal será certamente mais turbulenta e instável apesar da evidência. São sete cães a um osso…
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AC estou sintonisado neste detalhe:
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“ha uma medida no OE que vai fazer «aumentar» o crescimento economico significativamente. É a possibilidade de abater em IRS o IVA.”
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Oh freguês quere factura com mais 25% de IVa para descontar 5% no IRS P?? E não é só na feira, no biscateiro, na café ou no restaurante que são ‘microbios’ e ‘bodes expiatórios’ para embasbacar incautos …..
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“Portanto, se voçê provar que o aumento de exportações advém das empresas que não gravitam à sombra do estado protector eu fico muito contente. A sério. Fico mesmo feliz. É sinal que o norte está finalmente a produzir e a exportar e que, sobretudo, isso tem impacto nas contas nacionais.”
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Olhe o exemplo da Efacec. Olhe o Calçado. Olhe as máquinas industriais. Olhe os têxteis. Olhe o sector da cortiça.
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Mas não são apenas empresas estrangeiras que vendem à Autoeuropa. Portuguesas também.
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Olhe, só nos vinhos verdes, em valor, o ano passado, as vendas subiram 28%. Este ano estão a crescer, embora mais lentamente.
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Agora, o Lionheart colocou o dedo na ferida. Aqui nisto:
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“As exportações ultrapassam as importações porque o consumo está num nível muito baixo. O problema é que politicamente é muito difícil de manter este rumo, devido às expectativas de consumo que existem na sociedade. Mas não só. Esta receita de pôr as exportações a funcionar como o motor da economia foi tentada com Durão Barroso e Manuela Ferreira Leite. Então, o nosso défice externo diminuiu 10% só num ano. ”
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Isto é, se o consumo voltar a subir artificialmente, as empresas portuguesas darão resposta? Esse é o cerne da questão. É isto que é preciso saber e descobrir. O que Vc., caro RB deve é perceber uma coisa. Há empresas que são por si só verdadeiros clusters industriais. E são essas multinacionais em Portugal clusters? E isto tem muita importância, porque se o forem, não são os incentivos estatais que as tornam competitivas mas a interacção entre essas empresas e o ambiente à volta. Isto é, os seus fornecedores (não apenas o Estado, que lhe fornece serviços também, para além de potenciais incentivos fiscais) podem ser de tal forma competitivos, que estas empresas também para o serem, preferem estar cá.
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Eu dou-lhe um pequeno exemplo. Porque acha que a Louis Vuitton veio-se instalar em Portugal e não se instalou em Marrocos? Já meditou nisso? Já pensou nisso? É que se o fizer, vai descobrir que em Portugal ela encontra um cluster que a torna competitiva. Isto é de importância fundamental. Porque, um cluster forte, per si, torna os seus elementos integrantes mais fortes, que se deslocalizarem perdem bastantes vantagens competitivas. O que aconteceu a bastantes empresas quando se deslocaram para a China.
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Esta ideia de clusters é de suprema importância. Por isso alguns governos pagam caro para atrair empresas para gerar os tais clusters. Não apenas para gerar emprego, mas sobretudo gerarem um cluster que por si só criar vantagens únicas nesse local, que depois, mesmo que essa multinacional vá embora, o know-how e o ambiente se mantenha. E até surjam substitutos locais das multinacionais que fogem. Ou porque acha que nasceram fabricantes de automóveis no Japão, na Koreia do Sul, etc? Está a ver a coisa?
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A questão no caso português é mesmo a formação de uma supercluster industrial. Com epicentro no Norte de Portugal. (Na minha concepção, desde a Serra dos Candeeiros até ao Rio Minho.) E este supercluster está a fortalecer-se de uma forma bastante interessante e até provocadora. Vc. não vê essa formação. Eu vejo-a. Vamos ver quem tem razão. Se eu ou Vc.
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Anti-comuna, você sabe para onde foram as exportações portuguesas?
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“Anti-comuna, você sabe para onde foram as exportações portuguesas?”
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Um pouco por todo o lado. O que é ainda mais interessante. E ainda mais importante é que as exportações para os países em desenvolvimento estão a crescer a uma velocidade bem interessante. Um exemplo. As exportações para a China estão a subir na casa dos 43%.
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O outro facto que é preciso dizer é que as exportações para a Alemanha, o tal papão e monstro que não deixava os tugas exportar para lá, que diziam que por questões do euro, estão a subir 25%. O que desmente, mais uma vez, estes estereotipos e más análises, quase sempre motivadas por questões políticas e ideológicas. Não houve aí muitos a queixarem-se que era impossível exportar dentro do Euro, tanto para fora como para a Alemanha.
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As exportações para fora e para a Alemanha estão a crescer a bom ritmo. Agora, como não podem dizer que dentro do euro não podemos exportar, põe em causa a validade e importância dessas mesmas exportações. Enfim, daqui a uns tempos lá surgirão mais uma catraifada de desculpas, porque a realidade desmente os seus preconceitos. Pffff!
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Lionhart,
acaba por dar razão ao AC e à minha tese: A economia de Lisboa nos próximos anos vai implodir
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LR, é evidente que a esquerdalhada toda é como os bois: pelo caminho puxam para a esquerda…
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Caro José Silva, Lisboa ainda se pode safar se as mentalidades mudarem. Há lá coisas bem feitas que poderiam impulsionar bastante o seu tecido produtivo. Mas com uma mentalidade parasita nas elites e outra calaceira em grande parte dos seus habitantes…
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Repito aqui que eu ouvi na semana passada. Um tipo montou uma série de padarias e tem dificuldades em reter bons funcionários ou os angariar. Além de mal educados com os fregueses, gostam de faltar ao trabalho, metem baixa por dá cá aquela palha, etc. Se as elites são parasitas o resto da malta também tem muito que se lhe diga.
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Se os incentivos mudarem Lisboa mudará? Vamos ver. Mas a avaliar pela reacção aos cortes no Estado, Lisboa além de parasita não quer mudar. Pudera! Trabalhar no duro não pêra doce! ehheheheheh
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Muito bem, mas sabe do saldo para a Alemanha e a China? E dos lados de Espanha e países lusófonos como é que as coisas andam?
“Agora, como não podem dizer que dentro do euro não podemos exportar, põe em causa a validade e importância dessas mesmas exportações.”
Como pomos em causa a validade e a importância das suas opiniões eles sentem-se magoados, é por isso que eles põem em causa a validade e importância das exportações nacionais 🙂
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“Muito bem, mas sabe do saldo para a Alemanha e a China? ”
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Para a Alemanha (valores de memória), o défice comercial era de 3600 milhões de euros e nos primeiros 7 meses do ano, já apenas cerca de 900 milhões de euros. Uma queda brutal. A esta velocidade, poderemos ter um superávite bem mais cedo que se poderia pensar.
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Para a China o saldo é mesmo desfavorável a Portugal, em que, salvo erro, Portugal cobre apenas 1/3 das suas importações. No entanto, o ritmo das exportações portuguesas está a crescer quatro vezes mais rápido que os das importações. O que poderá gerar uma balança comercial mais equilibrada nos próximos anos.
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“Como pomos em causa a validade e a importância das suas opiniões eles sentem-se magoados, é por isso que eles põem em causa a validade e importância das exportações nacionais :)”
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Eu sei. Mas quando os factos mudam, nós devemos mudar de opinião também. Eu também andei muitos anos pessimista para Portugal. Previ a entrada do FMI em Portugal há meia dúzia de anos. Mas também pude comprovar a enorme capacidade do tecido produtivo português em recuperar da crise de 2008 e 2009. E em 2010 passei a ter quase a certeza que o tecido produtivo português está mesmo em grande forma. Se tivermos em conta as péssimas condições financeiras, estatais e até de imagem de Portugal no exterior, eu direi que se melhorarmos alguns destes factores, Portugal poderá alcançar um crescimento económico muito alto. Um verdadeiro tigre ibérico!!!!!
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Vamos ver se acerto. 😉
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Como dizia ontem à noite, e bem, Medina Carreira na sua entrevista a Juudite de Sousa, na TVI, é preciso que os responsáveis políticos (Sócrates e a sua choldra ‘xuxa’), que levaram o país à miséria, sejam levados, quanto antes, à justiça, por, entre malfeiorias várias, a de gestão danosa da coisa pública.
Só depois disso, então, a sacrificadíssima classe média deste pobre e sofrido país, sentirá algum ânimo para arrostar a pesadíssima cruz dos medonhos sacrifícios que lhe estão a ser pedidos.
Para essa pandilha esquerdóide de “comentadores encartados”, que nunca abriram a boca a criticar ‘O Aldrabão’ e a sua quadrilha, antes sempre o bajularam, vai o meu repúdio e o meu mais vivo desprezo.
Para os tipos e as tipas que, não querendo vergar a mola, andam aí a berrar pelas ruas, armados em ‘indignados’, quero dizer-lhes que deviam deixar de chular os pais até aos 30/40 e mais anos, e ir à luta, fazer alguma coisa de útil na vida, ir trabalhar, trabalho não falta no país, as vindimas no Douro, por exemplo, estão a ser feitas por gente idosa e malta vinda de Leste. Ou, então, porque não irem à banca fazer um empréstimo, arriscarem, criarem a vossa própriaa empresa e postos de trabalho, para, assim, ficarem a saber, de verdade, com quanntos paus se faz uma canoa?
À esquerdalhada, em geral, fica a pergunta: por que porra não vão vocês berrar o vosso veveno para a vossa querida Coreia do Norte, e não se deixam por lá ficar? É só uma ideia!
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Obrigado pelas informações, e oxála que tem razão sobre o “Segundo Milagre de Fátima”.
No entanto há duas coisas que me preocupam; 1) a economia europeia arrefeça mais que previsto nos próximos anos, e que não sejamos capazes de compensar a perda com os mercados extra-comunitários, 2) combustiveis que aumentam mais que previsto e que lixem o saldo (há também um ponto 3), mas que penso pouco provável; aumento do protecionismo americano e que os chineses em reação aumentem também o seu, visto que sem os EUA só chegam ao equilíbro).
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Caro Tell, deixe-me corrigir isto. Em 2008 o saldo com a Alemanha era deficitário em 3 600 milhões de euros. Este ano já só vai em cerca de 900 milhões de euros. As exportações crescem na casa dos 25% e as importações estão a cair ligeiramente.
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Mas o caso francês já mostrou que estamos a crescer bem. Em 2008 também tinhamos um saldo negativo de cerca de 700 milhões de euros e este ano, já vamos com um saldo positivo em cerca de 600 milhões. As exportações para França cresceram 20% nos primeiros sete meses do ano e as importações cairam ligeiramente. O ano passado, pela primeira vez em muitos, passamos a ter um saldo comercial positivo.
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Aliás, tirando países que vendem energia a Portugal, quase todos os países estão a ter um ritmo de compras a Portugal superior ao lhes compramos. Desde o Japão, China, Koreia do Sul, Alemanha, França, etc. O outro saldo deficitário que é mesmo uma crónica dor de cabeça é nas relações comerciais com Espanha. Aqui é um défice gigantesco e não estamos a conseguir baixar como era nossa obrigação. Pode ser que isto mude nos próximos tempos. Quem sabe?
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Pois. Os seus pontos são interessantes, mas não quer dizer que todos negativos. Á primeira vista, se o pitroil subir de preço obrigará a um esforço maior por parte dos portugueses, mas também pode ser que gere uma procura anormal. Aliás, deixe-me corrigir outra coisa. Os nossos saldos comerciais com países produtores de energias estão a crescer ainda. Com algumas excepções. O caso da Argélia (que nos vende gás através de Espanha) mostra que estamos no bom caminho.
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Aliás, o Norte de África está a ser um mercado muito melhor que os PALOPs, com um caso, salvo erro a Argélia, em que nos primeiros sete meses do ano já exportamos mais que o ano passado todo. Vendemos mais cerca de 100% e com algum volume, que é mesmo importante, pois menos dado a volatilidades de pontuais fornecimentos portugueses.
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O caso da guerra chinesa e americana só deverá beneficiar a Europa se soubermos aguentar as tentações proteccionistas. Os americanos estão a avaliar mal o problema, na minha opinião. Se os chineses retaliarem, vão dar onde mais doi, beneficiando os europeus: aviões, carros e seus componentes. ou seja, em vez de Fords nas estradas chinocas veremos mais carros europeus. (E japoneses.)
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Em termos de ambiente externo, tirando os custos com a energia e um eventual abrandamento forte da França e da Alemanha, elas propiciam enormes oportunidades para Portugal e os portugueses. Estou em crer que Portugal vai beneficiar bastante com estas condições. Até digo mais. Mesmo numa eventual recessão europeia, aposto que Portugal vai-se safar melhor do que todos esperam. A forma como Portugal está a conseguir aguentar a forte contracção na procura interna espanhola, mostra que, apesar de tudo, não estamos tão mal assim. Vamos ver.
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José Silva, também há produção e exportação no distrito de Lisboa, só não se fala muito nisso, porque o sector que vive há sombra do Estado é maior e tem sido mais lucrativo.
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“Os nossos saldos comerciais com países produtores de energias estão a crescer ainda”
Isto é que chamo uma boa notícia!
Sobre o défice inescusável Espanha você o próprio disse, o gaz natural (não explica tudo claro, mas ajuda a preceber). E o próprio défice é a ponderar se os fluxos de serviços não forem contabilisados onde nós temos uma vantagem acresida (que podia ser melhorada claro, tal como as outras rúbricas; mas podemos manter o otimismo sabendo da pouca diversificação das exportações espanholas, há que trabalhar mais nesse sentido).
“Aliás, o Norte de África está a ser um mercado muito melhor que os PALOPs”
Ainda bem, mas ainda mau também. Se queremos ter mais influência a nível internacional (enfim conversa quando o país será rico e competitivo mas pronto) precisamos do apoio da lusofónia, portanto mais coperação.
“O caso da guerra chinesa e americana só deverá beneficiar a Europa se soubermos aguentar as tentações proteccionistas”
O problema está aí, conhecendo os carneiros que por aí andam…
“Mesmo numa eventual recessão europeia, aposto que Portugal vai-se safar melhor do que todos esperam”
Estou pronto a apostar nisso também.
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Caro Anti-Comuna,
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“O outro saldo deficitário que é mesmo uma crónica dor de cabeça é nas relações comerciais com Espanha. Aqui é um défice gigantesco e não estamos a conseguir baixar como era nossa obrigação. Pode ser que isto mude nos próximos tempos. Quem sabe?”
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Olhe que mesmo assim a dinâmica é positiva. De acordo com as estatísticas referentes ao mês de Agosto, as nossas exportações para Espanha estão a crescer a um ritmo superior ao das importações (11,4% vs 7%). Mais importante, as exportações (em termos acumulados) têm crescido de forma aparentemente sustentada nos 2 dígitos e o crescimento das importações tem vindo a cair. O saldo comercial tem-se vindo de facto a degradar, mas cada vez menos – em Agosto, a degradação não chegava a 1,5% em termos homólogos. Se mantivermos este ritmo, admito que em menos de 2 anos a tendência se possa inverter. Isto é tanto mais de realçar quanto sabemos que “nuestros hermanos” foram também vítimas de um colossal “sub-prime” e a Espanha sempre foi um mercado extremamente difícil de penetrar.
Oremos para que a Espanha se consiga recuperar. Se as nossas empresas souberem definir estratégias racionais e olharem para o mercado ibérico como um todo, é óbvio que teremos mais a ganhar com eles do que eles connosco. Também aqui deveríamos olhar para o exemplo irlandês e tentar importar o seu “know-how” na abordagem do mercado dos “bifes”.
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Caro LR, Vc. acaba de me dar excelentes noticias!!!
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“De acordo com as estatísticas referentes ao mês de Agosto, as nossas exportações para Espanha estão a crescer a um ritmo superior ao das importações (11,4% vs 7%). ”
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Eu não conhecia esses números. Só os do primeiros 4 meses do ano. Sendo assim, já é um bom sinal.
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Obrigado. Espero que a coisa mude nos próximos anos. Um dia há-de chegar o dia que haveremos de lhes vender mais do compramos.
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«««««anti-comuna
Obrigado. Espero que a coisa mude nos próximos anos. Um dia há-de chegar o dia que haveremos de lhes vender mais do compramos»»»».
Podes ter a certeza que não vai demorar muito tempo. É no dia que começares a ter que comer farelos.
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QE2 foi um fracasso. E eis que começa a surgir a verdade…
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“For instance, QE2—the Fed’s purchase of $600 billion of Treasury securities completed in June—caused the current slowdown instead of giving the economy a boost, he writes in Hoisington’s Quarterly Review and Outlook. Real disposable income was lower in August than in December, in part because of the jump in commodity costs. “While rising equity values helped a few consumers, inflation in necessities, such as food and fuel, decimated real incomes for the average family. Thus, the emergent cyclical weakness that lies ahead can be directly related to the unintended consequences of quantitative easing,” Hunt says.”
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in http://www.ritholtz.com/blog/2011/10/did-qe2-cause-the-recession/
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Mas os efeitos pretendidos foram maus mas não afectaram todos da mesma forma. Os países beneficiários, claramente e poucos gostam de o dizer, foram os petroregimes. E outros, menos, países que conseguem vender em mercados emergentes fortemente sustentados nos aumentos de preços das matérias-primas. Como a Alemanha e até Portugal.
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Deverá vir aí mais QE. Mesmo que limitado. O Banco da Inglaterra já programou o seu, apesar da inflação divulgada hoje ter mostrado que a economia inglesa está a viver uma crise muito má e com perspectivas ainda piores. Os americanos andam a tentar baixar os custos de financiamento de longo prazo e secar liquidez de curto prazo, que também está ameaçar provocar um forte aumento das pressões inflacionistas.
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Só que os índices da miséria (taxa de desemprego mais inflação) mostram que o QE tenta evitar o colapso financeiro (fortemente deflacionista) mas não evitam os custos de uma vida miserável para quem cai no desemprego.
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Mas Portugal pode vir a beneficiar (já o está a fazer) desta estratégia maluca dos americanos e ingleses. Eles que se espatifem todos mas ao menos que dos tirem da crise. ehheheehh Free ride! Lets free ride!
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E como sera o termo “corralito” em grego? Παρκοκρέβατο?
http://www.documentales-online.com/debtocracy-deudocracia-subtitulado-espanol/
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“Se quer factura, são mais 20 (ou 30) euros”…. Ao que se responde, espere um bocadinho que eu acabei de gravar a nossa conversa e vo já já chamar a inspecção das actividades económicas. A história dos descontos dos 5% do IVA é ou não uma boa ideia consoante o tecto que nos deixarem descontar. Se se ficar por meia dúzia de tostões mando-os a todos pentear macacos, mas se alcançar valores interessantes e for válido para qualquer factura garanto que começo imediatamente a andar à caça da factura.
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