«Dar um ar da sua graça»?
Uma das mais arreigadas defensoras da construção do Império, Teresa de Sousa, escreve hoje no Público: «O Tribunal constitucional alemão resolveu voltar a dar um ar da sua graça, suspendendo, a pedido de dois deputados, um mecanismo que permitia a uma comissão especial do Bundestag ( e não ao plenário) deliberar sobre as decisões da chanceler em matéria e gestão da crise do euro.»
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Expliquemos, pois que há ali algum entorce à verdade: o Parlamento alemão, por força da sua Constituição tem de aprovar quaisquer medidas que impliquem o destino a dar aos impostos cobrados aos seus contribuintes. É o que se pode chamar um princípio clássico: os cidadãos contribuintes tem o direito de decidir, por via dos seus representantes o que fazer com os impostos. Nesse aspecto, apenas surpreenderá que não seja assim em todos os países ditos democráticos.
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O mecanismo dito FEEF é na verdade uma empresa de direito privado criada no Luxemburgo, constituída por fundos públicos dos Estados pertencentes ao Euro para financiar governos em dificuldades, como seja actualmente a Grécia e Portugal. Parece do mais elementar senso comum que as aplicações avultadas do dinheiro dos contribuintes alemães ali depositados sejam precedidas de autorização por parte dos representantes desses contribuintes, nomeadamente quando exista a pretensão de perdoar divida, ou aumentar os fundos.
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Foi o que ocorreu na semana passada, na qual a chanceler Merkel teve de proferir um emotivo discurso onde não deixou mesmo de referir que «Ninguém pode garantir que a Europa terá outros 50 anos de prosperidade e paz. (…) Se o euro cair, a Europa cai também (*)» para convencer os deputados a autorizar as medidas que seriam propostas na cimeira europeia.
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Na mesma ocasião o parlamento alemão entendeu criar um comité restrito ou comissão especializada onde de futuro seriam decididas as medidas a tomar referentes ao FEEF. O Tribunal Constitucional suspendeu tal comité, por entender, logicamente, que as decisões sobre os impostos e dinheiro dos contribuintes não podem ser decididas por comités restritos, mas sim pelo conjunto dos representantes dos eleitores/contribuintes.
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Compreende-se que tudo isso faça muita confusão aos construtores do Império, por serem pequenos entraves á marcha imparável da centralização. E menos surpreende num país como Portugal onde os assuntos a tratar em qualquer cimeira europeia não são debatidos no lugar apropriado – o parlamento – mas sim à volta de um chá com o primeiro-ministro que simplesmente comunica o que vai fazer com os nosso dinheiro ou que compromissos vai assumir em nome de Portugal, sem qualquer autorização ou mandato.


Mo paraíso da West Coast,
no seu parlamento,
nada é digno de ser seriamente debatido.
Exige tempo, estudo, trabalho, competência, honestidade intelectual.
Assim de destruiu um País.
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As regras mais elementares da democracia são, em Portugal, bizantinices.
É a miséria intelectual, de que esta Teresa Sousa é uma representante.
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Vamos alegrar lá divertir o povo…!
Segundo notícias de hoje, Mr. Bugs Bunny tentou, na cimeira do Paraguai, vender o Magalhães ao México.
Para quando uma interpretação, com o brilhantismo habitual dos comentadores do Blasfémias, sobre esta notícia?
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Alguém me sabe dizer como os membros do Tribunal Constitucional alemão são escolhidos?
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P.S. O interessante é que estas questões são consideradas menores por mediocridades como Jorge Miranda – um exemplo de nomocracia ( como esclarecem alguns autores: o verdadeiro soberano seria mais a constituiçao que o Povo…)
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Vem hoje no jornal “Público” um artigo de Vasco Pulido Valente intitulado “nacionalismo”.
Considero o texto excelente, porque traz à colação o maior problema que a Europa vive na actualidade: como avançar para um hipotético federalismo quando os europeus o que querem, desde sempre, é a manutenção da liberdade das suas nações ?
Pulido Valente sublinha muito bem a grande contradição da UE. Querer criar um Mega-Estado com países como a Itália ou a Alemanha, que, como tal, nem dois séculos de vida têm, onde a ideia nacional foi uma imposição dos mercados e da “realpolitik” da contemporaneidade.
Digo o mesmo há 20 anos e, infelizmente, parece que tenho razão. O “nacionalismo” foi uma criação política, mesmo nas nações como Portugal, que já eram nações antes de existir o país. No entanto, foi o “nacionalismo” uma criação que permaneceu e que permanece. Bem podem pois os “Titos” do passado inventar Jugoslávias falhadas ou as “Merkeis” da actualidade defender federalismos utópicos e nunca votados pelos povos da Europa.
Em breve aparecerão os “Mussolinis” e os “Hitlers” do costume com “nacionalismos” violentos. Peço a Deus que se invente um “Churchill” e um “De Gaulle” para os pôr na ordem!
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Zebedeu:
«A metade dos [16] juízes [nomeados por 12 anos, não prorrogáveis] é escolhida pelo Bundestag (câmara baixa do Parlamento) e a outra, pelo Bundesrat (câmara alta).»
tirado daqui: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,900777,00.html
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Obrigado Gabriel.
A titulo de curiosidade parece que os desvios colossais dos bancos na Alemanha funcionam em dois sentidos. Vinha mesmo a calhar uma coisa destas no BPN 🙂
Wolfgang Schäuble, German finance minister, has demanded an urgent inquiry into how an apparent accounting mistake led to an embarrassing €55.5bn overstatement of the debt burden of a “bad bank” handling the problem assets of a nationalised mortgage lender.
The surprise revision, revealed at the weekend, led Berlin to revise down significantly figures for German public debt in 2010 and this year – but created bewilderment that such an large error could have been made in the first place.
http://www.ft.com/intl/cms/s/0/457d992c-0224-11e1-ab83-00144feabdc0.html#axzz1cHkJF5W3
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O editorial do Público e o comentário da Teresa de Sousa revelam um cair no realidade. Costuma dizer-se que é preciso ter cuidado com o que se deseja. Pois, o “federalismo” que os portugueses queriam não é “federalismo” que os alemães poderão impôr. Deixemo-nos de tretas. Vivemos uma época profundamente hipócrita e cínica, em que se utilizam expressões como “ajuda”, “reestruturação”, “perdão” ou “federalismo” que são o oposto do seu significado.
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A verdade é que hoje os interesses da Alemanha não têm nada em comum com os interesses da França, ou de Portugal. Se a Alemanha pagasse o que nós queriamos que esta pagasse, com a união económica e monetária tal como está, e tendo às costas economias destruídas como a portuguesa, a grega e sabe-se lá que mais, deixaria de ser uma economia competitiva. Ao mesmo tempo, a UE não tem nada a ver com a narrativa que foi vendida aos países da coesão aquando da adesão à CEE e estes começam a questionar-se que vida é esta de terem de estar sempre em austeridade dentro de uma moeda que não reflecte o seu nível de desenvolvimento, e pior, poderá congelar o seu subdesenvolvimento. Isto foi bom enquanto havia dinheiro até para a “Europa” meter a mãozinha por baixo de corruptos como Sócrates. Dava para tudo! Sim, porque Sócrates não é um pária europeu, ainda há pouco tempo foi recebido ao mais alto nível em Berlim e Paris, antes mesmo de Passos Coelho. Só que em prol dos interesses de Portugal é que Sócrates não governou de certeza. Não venha agora a “Europa” dizer que nós não nos soubemos governar. Não, porque a canalhagem que nos (des)governou chegou ao poder com a ajuda e financiada pelos nossos credores. A “Europa” é cúmplice da desgraça que se abateu sobre o Sul. Mas como quem é mais forte pode mais, pouco lhes custa deixar-nos cair, agora que deixamos de ser úteis no que interessava – como consumidores.
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E aqui ao menos o actual governo tem uma qualidade, que é não ter ilusões sobre a realidade ainda para mais sabendo o que se passa nos bastidores, sabendo como estão péssimas as relações entre os Estados europeus e como daqui a um ano pode já não existir a UE como a conhecemos. O governo sabe que este será o único pacote de “ajuda” que Portugal terá. Não haverá um segundo ou terceiro “bail-out”, como teve a Grécia, porque a situação vai deteriorar-se sériamente. Portugal tem mesmo que fazer das tripas coração para conseguir voltar aos mercados ou então fica por sua conta.
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Quanto ao futuro da moeda única, há uma data que vai fazer a “Europa” tremer: 22/04/2011. A França é um barril de pólvora. Se há país na Europa onde há um divórcio total entre o que elite quer para a Europa e o seu eleitorado é a França. A França onde Maastricht passou por uma unha negra, onde o Tratado Constitucional foi chumbado e onde muitos nunca tiveram ilusões que na moeda única a França poderia ter paridade com a Alemanha. Ainda para mais depois das humilhações que os franceses têm levado ultimamente, se a “Europa” impuser medidas de austeridade à França como já exigiu à Itália, a Frente Nacional tem via verdade para ganhar o Eliseu…
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Queria dizer 22/04/2012 como é óbvio, que é a data da primeira volta das presidenciais francesas. Esqueçam a mosca morta do Hollande. Aquilo nem no PS é levado a sério. A França vai “baralhar” o jogo europeu a sério.
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Não há sítio mais apropriado para Portugal estar bem. A UE existe como um novelo inextricável de normas e procedimentos complexos e bloqueadores. Felismente para Portugal, que além de mundos ao mundo, também criou e fez alastar um virus terrível e muito anterior aos sistemas operativos e às invenções mais ou menos portáteis do Job e do Gates.
Trata-se do PortCom, também conhecido por Portuguese Complicator, que na sua primitiva versão e antes das inúmeras mutações que sofreu ao longo da sua vasta e arreliadora existência, foi detectado pela primeira vez quando el-rei Don Manuel, O Venturoso, resolveu calçar umas meias sem tirar as botas. Isso bem tentou o monarca, de todos os modos e feitios mas, para pasmo e tristeza da corte, claro que não conseguiu. Testemunharam, assim, nobres e demais valetes e criadagem do Paço, a primeira conhecida manifestação do PortCom. Passados tantos séculos, pode dizer-se agora, com muita propriedade e mas também com enorme lástima, que esse vírus veio para ficar.
O PortCom dispara automaticamente quando se faz uma pergunta qualquer e, ao invés de uma simples resposta, que é o que sucede na maior parte dos países, continentes e galáxias, dá-se então uma mui gigantesca curva, absolutamente inútil e, no final, afivelando um ar inteligente, começa-se por dizer: «Então é assim…». Ou diz-se «basicamente» e desata-se por aí fora, como montes de tás a perceber, partindo-se assim do gentil e delicado princípio de que o interlocutor é sempre um mentecapto. O PortCom está nos lares, nas empresas, no anafado Estado e em todas as esquinas, bosques e praças, nos cafés e casas de alterne, nos clubes de futebol e em qualquer outro sítio da lusitanidade.
Por estas doutas e preclaras considerações é que esta Europa, já completamente infestada de PortCom, é um lugar naturalmente agradável para este simpático território a norte do Magrebe.
O problema da Europa é avançar. Mas com Portugal e o PortCom não é fácil…
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E então por cá nós não somos iguais, damos carta branca ao nosso chefe, que faz o que quer, consoante o humor de momento, e está tudo bem. Depois, é que não .
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JEWS WERE KEY ADVISORS of the Versailles Treaty of 1919 which carved Germany into pieces just after WWI.
Rabbi Stephen Wise advised President Wilson about the impending treaty before Wilson left America for the Versailles peace conference. The Jew Bernard Baruch advised Wilson at the conference. British Prime Minister Lloyd George was advised by the Jew Phil Sassoon. French leader Georges Clemenceau was advised by his Jewish Interior Minister Georges Mandel aka Louis Rothschild.
Representing the American banking interests was Paul Warburg, the Chairman of the Federal Reserve. His brother, Max Warburg, the head of the German banking firm of Warburg and Company, was there as a representative of Germany.
By the Treaty of Versailles the German people were thoroughly humiliated. The old Austrian Empire was balkanized and divided up into allotments satisfying the political intrigues of the architects of the Treaty. The Weimar government was forced upon the German nation and the communist Jewish leaders Rosa Luxembourg and Karl Leibknecht were agitating for revolution.
The German people were not unaware that the Jewish role in the Bolshevik Revolution threatened their own national life. The historian Ernst Nolte and several other notable historians have argued that the Jewish role in the Bolshevik Revolution was an important cause in Germany’s backlash against the Jews.
The Weimar government was comprised of many Jews. From the outset the Weimer government was criticized by ordinary Germans who were of the opinion that the Weimer government was allied with international Jewish bankers in signing the hated Versailles Treaty.
The famous stab-in-the-back legend soon began to circulate which rightly asserted that Germany had won the war in 1914, but had been betrayed by Jews who struck a deal with Britain to bring America into the war in exchange for the deed to Palestine.
Middle class voters soon became disillusioned with the Weimar government. Weimar’s constitution was written by the Jew, Hugo Preuss. The Jews under the Weimer Republic formed leftist institutions such as the Frankfurt School. Jews were theater producers, newspaper owners, poets, artists, and writers in the Weimar Republic.
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já que Portugal não quer sair do Euro…os Alemães tem que sair da Zona Euro…é o melhor para a Europa! é escandaloso que toda a gente ( Judearia Internacional , Liberais Abortistas, Socialistas e Comunistas…) andem a pensar no aprofundamento económico com o dinheiro dos Alemães! os Alemães tem é que se preparar para os tempos que aí vem e não entrar em loucuras judaicas…que só os irão levar a uma crise financeira…
http://www.youtube.com/watch?v=IFSad6Mphoo
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A coisa é esta: o actual Governo está a fazer o que tem que fazer e que o anterior, comprovadamente, não tinha competência para levar a efeitom Querem agora os socialistas, como sempre, retomar as rédras do Poder que, quando largaram, deixararam na miséria e confusão que abre o caminho para uma situação revolucionária.
Agora, o Povo encanseado pelo futebol, pelas telenovelas e pelos “concertos” pimba dá por si numa situação que já não é de crise mas é de miséria. Agora só pensa em pegar em mocas ou no que tenha mais à mão e correr com “eles” porque, adinal, “eles” correram com os “outrs” e puseram isto muito pior.
Pois é: estão ceiadas as condições para estoirarem movimentos de brutalidade nas ruas e, na sequência, uma revolução. Há quem tenha armas.
Seguramente, não será uma abrilada como a feita por aqueles imbecis – serão outros néscios. Será pior?
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*erratas:
– Povo encadeado
– afinal, “eles”
– Desculpem, por favor Estou às escuras. O resto creio que se perceebe.
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” Jews were theater producers, newspaper owners, poets, artists, and writers in the Weimar Republic. “…tal e qual, o que hoje sucede nos EUA…
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A Guerra na Europa está cada vez mais próxima.
Quem poder que comece a expatriar capitais ou pelo menos compre uma bazuka!
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> a canalhagem que nos (des)governou chegou ao poder com a ajuda e financiada pelos nossos credores
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Merece ser repetido e sublinhado.
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Os passadores também recrutam uns viciados para ajudar a difundir o vício.
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sendo isto:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/escutas-confirmam-negocios
verdade
nem num país terceiro mundista se aceitaria que o
Monteiro……….
o Noronha
e a Cândida
andassem à solta.
só sabem prender pilha galinhas
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È ISSO, exatamente:
INFERNO para os pilha-galinhas,
PARAÍSO quando se trata de ARREMATA MILHÕES . . .
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