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À procura dos Mourinhos da Política*

19 Novembro, 2011
by

Os políticos, nos dias que correm, terão que ser ou tecnocratas competentes ou psicólogos credíveis…. Ou as duas coisas simultaneamente“.

* Texto completo: Grande Porto, 18.11.11

18 comentários leave one →
  1. Grunho's avatar
    Grunho permalink
    19 Novembro, 2011 11:47

    Parece que é essa a tendência.
    Tecnochulos e aldrabões.

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  2. xico's avatar
    xico permalink
    19 Novembro, 2011 12:33

    Ajudava muito se fossem autênticos políticos!

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  3. Piscoiso's avatar
    19 Novembro, 2011 12:48

    Repare que Mourinho foi praticamente corrido de Lisboa.
    Houve certamente quem lhe reconhecesse qualidades, mas que rapidamente se tornaram incompatíveis com o ” way of life” das corruptelas lisboetas.
    Chegado ao norte, foi-lhe dada a liberdade de expressão do seu génio, levando um clube da província aos mais altos galardões. Daí voou para a pátria do futebol, onde se coroou.
    Quanto aos políticos, acabam todos nos “clubes ” lisboetas.
    Adivinhe por q.

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  4. PMF's avatar
    19 Novembro, 2011 13:25

    De PEDRO MOREIRA, recebi, via Facebook, o seguinte comentário……. que, apesar de não ter tomado em conta a q.b. ironia do post, julgo que será interessante aqui transcrever:

    “Nos dias que correm não creio que seja boa solução “…alimentar, ainda que difusamente, a esperança de que a tormenta passará em breve…” nem que essa tormenta “…passará por causa das medidas de resgate financeiro e orçamental.” e muito menos que se deva embarcar em soluções assentes na” …criação e gestão de uma “mística” que nos dê capacidade mental de sobrevivência.” Por isso, permita-me discordar respeitosamente de um ou outro ponto que afirma no texto, porque acho que os tempos já não se compadecem com visões de curto prazo, nem com “discursos motivacionais”, que mobilizem o povo em torno de um projecto comum, de desígnios e aspirações superiores, lideranças fortes ” à Mourinho”, blá, blá, blá…:-)

    Como dizia Milton Friedman, as pessoas só mudam pelo choque, e é esse choque (que ainda vamos levar!!!) que deve ser aproveitado para operar verdadeiras mudanças estruturais, sobretudo (e já chegava!) na mentalidade das pessoas. E assim o é, porque o que vem a seguir é bem mais grave e vai atingir as pessoas com outra dureza, se bem que “subtilmente”, dada a sua distribuição temporal pelas próximas décadas.

    Há tempos, numa conferência em Stanford, um antigo presidente do Banco Mundial referia que a famosa regra dos 80/20 (80% da riqueza concentrada em 1.000.000 de pessoas no ocidente, e 20% em 4.000.000 no resto do globo) depressa dará lugar à regra dos 35/65, com as agravantes de:
    1) a população mundial caminhar para os 9.000.000 de pessoas em 2050;
    2) as alterações na estrutura demográfica do ocidente (cada vez se vive mais tempo, e nascem menos pessoas) conduziram a uma insustentabilidade e consequente falência de todos os sistemas sociais arquitectados, quer sejam públicos – segurança social – quer sejam privados – fundos e seguros – pela sobrecarga de custos e diminuição de receitas;
    3) A distribuição da riqueza está a ficar cada vez mais desigual, fazendo adivinhar que, numa ou duas décadas, não só existirão mais pobres, como esses pobres terão rendimentos que os posicionarão mais próximos da miséria!!!
    4) Agravando tudo isto, como diz o adágio, “junta-se a fome à vontade de comer”, ou seja, não se adivinha que as populações dos países que agora saem da miséria não queiram aderir exactamente aos mesmos padrões de consumo que “nós” tivemos até agora, nem se adivinha que a ganância, enquanto software (ou”sistema operativo” ) não se espalhe e universalize nos processos de criação e gestão de riqueza. Como dizia Amin Malouf, já em 2010, antes da primavera árabe, “as pessoas um dia vão perceber que a forma como se tem ganho dinheiro está completamente dissociada do trabalho enquanto factor de produção de riqueza.”… E quando esta “ideia-força” ganhar pernas…

    Por isso, ainda estou para ver o que é que vai ser da “sociedade portuguesa”, e da sua “identidade nacional”, com a “Portugalidade” que a nossa história nos legou, blá, blá, blá… quando se começar a ver o pior lado da natureza humana por esse “território” fora, como ocorreu na Argentina, por exemplo!!! E ainda estou para ver como é que daqui a 10 anos uma geração inteira (que se vai perder) vai reagir com os “velhotes” que os trouxeram até ao fim da linha, e que tipo de reformas é que lhes estão dispostos a pagar… ainda para mais com os desafios que vão ter pela frente: empobrecer muitíssimo, ou “só” muito!

    Salazar dizia que “um povo culto é um povo ingovernável”! E se calhar tinha razão. Porventura estará na hora de o povo se saber governar, e não propiciar soluções milagreiras em “Mourinhos”, continuando com um sistema de exercício de poder assente na “arregimentação” de seguidores (acéfalos!) que supostamente legitimam o poder a quem detém o monopólio do seu exercício. Não são precisos lideres para seguir, a quem obedecer ou idolatrar, como “os Mourinhos”: é preciso é gente que inspire cada um à sua própria liderança.

    A vida “polícica” já anda suficientemente futebolizada, e há demasiado tempo… É preciso uma terapia de choque, e um visão estratégica a 1, 5, 10, 20 e a 50 anos, articulada com uma real e consciente problematização dos desafios que vamos ter que enfrentar (crises energéticas, alimentares, climatéricas, políticas, éticas…) porque o mundo está mesmo a mudar… e parece que desta vez é a sério! :-)”

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  5. JP's avatar
    19 Novembro, 2011 14:59

    Sem os mourinhos da tecnologia e da ciência que estão a sair do país sem intenção de voltar nem de tão pouco cá terem conta bancária, não adianta nada. O país faz aos mourinhos o que o Benfica fez durante muitos anos a muitos jogadores, que mal de lá se puseram a mexer se tornaram grandes estrelas.

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  6. certo's avatar
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    19 Novembro, 2011 15:09

    Nos dias que correm, os políticos são bons para entreter a malta, que, obviamente, já não lhes liga nenhuma, mas, ainda assim, úteis a preencher os comícios e jantares à maneira de antanho.
    Mas hoje quer-se é tecnocratas, serviçais ao mando direto dos banqueiros, que é que cosem e descosem, como já antes nos vinham roubando.
    E é preciso ser muito zequinha, como aquele de Rajoy, para se aventurar ainda a fazer que governa alguma coisa, após vencer umas eleições.
    Ó pá, se tens dois dedos de testa, se já já alguma vez os tiveste, queres um conselho de amigo, olha, dá meia volta, volta a casa, sem olhares para trás, e quem lá quiser o poder que o tome bem todo e se avenha .
    Não fazes isso?, não tarda não passarás do poltrão mentiroso, servil e despeitado, autêntico canil ao mando da troikan e da dona Merkel, se não vê só o nosso impossível coelho dos passos, qual moço de serviços, sem caráter .

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  7. lucklucky's avatar
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    19 Novembro, 2011 15:52

    Uma “visão” “estratégica” foi a “Europa”.
    Bastava entrar-se para o clube dos ricos e seríamos ricos.
    As visões “estratégicas” não têm redundância é sempre colocar os ovos todos no mesmo cesto da “visão” .

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  8. JCA's avatar
    JCA permalink
    19 Novembro, 2011 20:56

    .
    “Bastava entrar-se para o clube dos ricos e seríamos ricos”.
    .
    Luck eu escreveria mais assim numa versão menos masoquista ou harakiri que segundo penso não cabem na realidade dos factos:
    .
    “Bastou-nos entrar-se para o clube dos ricos e iludiram-nos que eramos ricos para os países ricos tentarem ficar mais ricos”. É o que constará na História quando se debruçar por este hiato que aconteceu. Sobre o que irá acontecer ……..
    .
    Chega de auto-sacrificios provincianos sem qualquer sentido. Apenas auto-sofrer. Pessoalmente não gosto de auto-sacrificios. Que tb julgo não ser o seu caso. Se assim não for, amigos como sempre.
    .

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  9. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    19 Novembro, 2011 21:35

    Deixem-se de tretas.
    Os melhores portugueses, como sempre atravessam as fronteiras.
    Cá fica a recaille, os cobardes, chulos e malandros.
    Não é por acaso que os partidos políticos portugueses e as instituições do Estado estão pejados deste refugo social e intelectual.
    Quem quiser ser alguém, ser reconhecido ou trabalhar sem ser roubado, só tem um caminho a seguir: EMIGRAR!
    Aqui, como no tempo dos Descobrimentos, ficam os tansos, os palonços e os acomodados.

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  10. Manuel Joaquim's avatar
    Manuel Joaquim permalink
    19 Novembro, 2011 22:52

    Na Itália já há um governo sem políticos. Em países como Portugal, aos políticos resta a nobre tarefa de cobrar impostos. Os programas de governo fazem as Troikas. Elegemos cobradores de impostos.

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  11. certo's avatar
    certo permalink
    19 Novembro, 2011 23:03

    Ó Arlindo, não mau, a imitar o Relvas, sabendo que é bem o contrário.
    Pois já sabe que quem cá fica, ou pobre ou rico, ainda se governa para fazer frente à crise, sem mais receio que é humano ter-se, enquanto os fracos emigram, trasidos, tansos, se não já de medo da guerra, como antigamente, ainda igual de fraqueza, prosseguindo a ideia de um dia voltarem, pois cá tornam sempre, coitados, questão de saudade, dizem, à parte os que não ajuntem bastante para essa última viagem, lá acabando, longe, a morrer no sonho desse sol poente atrás das Berlengas .

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  12. certo's avatar
    certo permalink
    19 Novembro, 2011 23:05

    eh, não seja mau … enquanto os fracos emigram, transidos, tansos …

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  13. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    20 Novembro, 2011 02:13

    Porra nem uma opinião positiva! Os PORTUGUESES criaram o mulato. O que é uma bancarrota face a isto??? Peanuts.

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  14. Nuno's avatar
    Nuno permalink
    20 Novembro, 2011 02:52

    PMF (Posted 19 Novembro, 2011 at 13:25 | Permalink), estou inteiramente de adordo consigo. Apenas acrescento que, sendo verdade que «Salazar dizia que “um povo culto é um povo ingovernável”! E se calhar tinha razão.», também é certo que a cultura vem decrescendo aceleradamente., ou seja, o povo é cada vez nais ignorante.

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  15. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Novembro, 2011 03:46

    “e iludiram-nos que eramos ricos para os países ricos tentarem ficar mais ricos”
    .
    Patetices marxistas-esquerdistas.
    Países ricos teriam ficado muito mais ricos se nós fossemos ricos também.
    Por ex. Alemães exportam menos de 1% das suas exportações para Portugal.
    Os portugueses auto iludiram-se, mas num país em que o Estado é vaidade e não algo que é pensado para ser sustentável é por natureza um país populista, logo irá sempre parar à bancarrota.
    Daqui a 30 anos estaremos na mesma.

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  16. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Novembro, 2011 03:53

    A Alemanha exportou para Portugal 0,8% do total das suas exportações em 2010.
    Para termo de comparação as exportações para a China foram 5,6%, para os EUA 6,8% e para a França – o país que tem mais peso nas exportações Alemãs – 9,4%.

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  17. certo's avatar
    certo permalink
    20 Novembro, 2011 13:37

    Caramba, com os mercedes que aí andam, bmw e audi e vw, os submarinos, e as importações da alemanha para o nosso país não passaram, em 2010, os 0,8 %?
    Imagine-se então como além da china ainda há todo um mundo rico, vasto e podre de grande .

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  18. silva's avatar
    silva permalink
    21 Novembro, 2011 10:00

    A DGERT tem por missão apoiar a concepção das políticas relativas ao emprego e formação profissional e às relações profissionais, incluindo as condições de trabalho e de segurança saúde e bem-estar no trabalho, cabendo-lhe ainda o acompanhamento e fomento da contratação colectiva e da prevenção de conflitos colectivos de trabalho e promover a acreditação das entidades formadoras.
    Tudo uma grande mentira, as provas são dadas com o despedimento colectivo de 112 pessoas do KASINO ESTORIL
    “Para Os Trabalhadores da empresa kasino estoril no final se fará justiça, reconhecendo a insustentabilidade de um despedimento Colectivo oportunista promovido por uma empresa que, para além do incumprimento de diversas disposições legais, apresenta elevados lucros e que declara querer substituir os trabalhadores que despede por outros contratados em regime de outsoursing”.

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