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Temos que ter superavits

4 Dezembro, 2011

Escreve o Tiago Moreira Ramalho:

Porque a verdade é que se a nova união orçamental for feita com regras tolinhas de limitação legal de dívida e défice, são novamente os países da periferia que ficam a perder.

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Com as políticas económicas correctas, os países periféricos têm capacidade para um crescimento mais acelerado que os países do centro. É simples lógica de desenvolvimento: países mais pobres, em condições favoráveis, têm mais potencial de crescimento que países ricos. Estes diferentes potenciais de crescimento levam, por isso, a diferentes incentivos de política orçamental. 

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Alguns comentários:

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1. Com os actuais níveis de endividamento e com as taxas de juro previsíveis num mundo pós ilusão do euro, dinheiro investido a reduzir a dívida terá sempre um maior retorno do que qualquer outro investimento público. Portanto, Portugal e os restantes periféricos terão todo o interesse em ter superavits. A redução do peso do Estado e a progressiva desalavancagem do sector privado é inevitável nos próximos 10 anos. Falar em mais dívida para promover crescimento é conversa da treta.

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2. A política orçamental expansionista não gera crescimento de longo prazo. Quando o nível de endividamento é da ordem dos 110% do PIB nem sequer no curto prazo gera crescimento. Para o ano teremos um défice de 4,5%, muito acima do que é sustentável, e teremos uma queda do PIB de 3%. Este ano tivemos défice real de 8% e crescimento negativo de 2%. Nos últimos 10 anos tivemos défice sempre acima de 3% com 3 anos em que foi 10% em média. Crescimento foi em média inferior a 1%.

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3. O limite de 3% de défice do pacto de estabilidade pressupõe um défice médio muito mais baixo. Para um défice de 3% e inflação de 2%, o crescimento tem que ser de 3% para a dívida pública estabilizar nos 60% do PIB.  Portugal não cresce a 3% há mais de 10 anos. Nos anos mais recentes nenhum país europeu teve crescimento suficiente para contrabalançar o défice. Os 3% de défice são um limite estúpido apenas por ser demasiado alto.

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4. Dado que os recursos são escassos, o endividamento público tende a retirar recursos ao sector privado (trabalhadores, bens de capital). Ora, como o sector privado é que é o motor do crescimento sustentável, eventual subida do PIB por estímulo público é insustentável e de curto prazo. Se o buraco em que estamos ainda não permitiram perceber isso …

31 comentários leave one →
  1. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 12:58

    Caro JM, os nossos eurocépticos andam um bocado perdidos. Quem os viu aqui há uns meses e quem os vê. É o que faz irem à boleia dos enlatados anglo-saxónicos.
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    Agora andam para aí alguns a pedirem inflação em Portugal, para sairmos da crise. O que é ainda mais curioso, tendo em conta que foi a inflação também, um dos principais problemas que nos levou a esta crise. O que é ainda mais sintomático da falta de estudo a sério sobre os problemas portugueses e do euro.
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    O que é certo é que Portugal vai acabar por debelar mais depressa os seus problemas estruturais que alguns países ditos como mais “flexíveis”. O futuro dirá quem tem razão. Se os “alemães” se os “anglo-saxónicos”.

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  2. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 13:06

    Como sair da crise. Fugir à guerra do baixo preço.
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    “Escolhida entre 36 mil votantes
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    TAP é a melhor companhia europeia para os leitores da revista Global Traveler
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    A TAP foi eleita pelos leitores da revista de turismo Global Traveler a melhor companhia aérea da Europa. Esta foi uma de 66 categorias votadas por 36 mil pessoas e que premeiam desde transportadoras a hotéis, spas ou cidades em todo o mundo.”
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    in http://economia.publico.pt/Noticia/tap-e-a-melhor-companhia-europeia-para-os-leitores-da-revista-global-traveler-1523635
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    Já aqui uma vez chamei à atenção para um erro da TAP. Ela não deveria concorrer contra as companhias low cost, que prestam um serviço muito mau (para reduzirem os custos e serem lucativas) e concentrar-se em criar valor, de nolde a que pessoas como eu, não se importem de pagar mais por viajar na TAP. E a TAP até deveria estudar bem a sua política de “code share”, pois é um dos motivos porque não factura mais. (Porque é irritante eu pagar para viajar na TAP e depois, devido aos seus acordos com outras companhias, viajar em companhias que não prestam o mesmo nível de serviços.
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    Penso que está na altura de alguém mudar o líder da TAP e meter alguém com ideias mais frescas e com novas estratégias comerciais e de posicionamento de mercado. E não ter medo da concorrência mas aprender a ganhar com ela e distinguir-se desta através de outros atributos, como qualidade do serviço, etc. Aliás, a TAP até deveria pensar em que trata do seu handling, pois a forma como se destroi malas nos aeoroportos pode servir como arma para conquistar clientes à concorrência.
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    A TAP deveria estudar mais os seus clientes, o que eles querem e se estão dispostos a pagar mais por determinadas coisas. E se até não prefere a TAP um outro tipo de clientela, que viaja mais frequentemente mas disposto a pagar pelo serviço. (Ou as empresas pagarem pelo serviço prestado aos seus empregados. Aliás, há empresas na Europa que proibem os seus funcionários de viajar em low cost, devido á má imagem associada e que é um mercado por explorar na aviação europeia.)

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  3. JEM's avatar
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    4 Dezembro, 2011 13:29

    Em todos os últimos 10 anos foi aplicada em Portugal a receita de expansionismo keynesiano, isto é, défices públicos para estimular a economia. Nunca tivémos um superavit orçamental.

    O resultado foi a pior década de crescimento de PIB desde que há registos e o acumular de uma dívida que terá um custo de servir insuportável.

    Só quem é incapaz a de reconhecer a realidade mais evidente é que pode sugerir que continuemos com este tipo de políticas estéreis e suicidas.

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  4. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 13:40

    Como sair da crise. Robotizar as linhas de produção, para baixar os custos unitários de trabalho:
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    “O autarca de Mora, Luís Simão, considerou hoje “extremamente positivo” para o concelho a expansão de duas das principais empresas locais, a Arquiled e a Medirm, representando um investimento global de 4,5 milhões de euros.”
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    “Naturalmente, vimos isto com muita satisfação, num país em que, todos os dias, fecham dezenas, senão centenas, de empresas”, afiançou à agência Lusa.
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    O presidente do Município de Mora falava a propósito das obras de expansão da Arquiled, fabricante de iluminação com recurso à tecnologia LED (Light Emitting Diode), e da Medirm, empresa produtora e exportadora de dispositivos médicos, ambas baseadas na zona industrial da vila.
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    A expansão da Arquiled já está concluída, após um investimento de dois milhões de euros, tendo aumentado a área de produção para 1 200 metros quadrados.
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    A empresa introduziu uma linha de robótica e novas linhas manuais de assemblamento de componentes electrónicos, criando postos de trabalho e perspectivando “quintuplicar” a produção.
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    Quanto à Medirm, está a construir um laboratório e um centro de esterilização por óxido etileno, que devem estar operacionais “no início do próximo ano”, após investir cerca de 2,5 milhões de euros.”
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    in http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2166008
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    Atentem bem na coisa. É possível baixar os custos unitários de trabalho sem baixar os salários. Através da robotização das linhas de produção e melhor gestão e automatização das unidades produtivas, pode-se conseguir esse desiderato, baixar os CUT sem despedimentos nem quedas nos salários. Desde que seja possível produzir muito mais e haja mercado capaz de absorver esse aumento da capacidade produtiva.
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    A robotização e automatização das unidades produtivas é cada vez mais essencial nas empresas. E é preciso que as empresas que se dedicam à comercialização de produtos sejam cada vez mais dominadoras da produção, pois só quem domina a produção é capaz de ter conhecimentos para melhorar produtos, criar novos produtos e liderar o mercado.

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  5. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 14:12

    Como sair da crise. Criar lápides e “pedras” tumulares tecnologicamente avançadas. Pode até ser um conceito pouco consentânao com a nossa cultura religiosa conservadora, mas estou mesmo a ver os asiáticos a aderir a este tipo de produtos. Co-fabricado em Águeda.
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    “- Gravestone – Computer EpitaPH, que substituiu a habitual lápide familiar, por um equipamento mais actual que permite controlar o display, o texto a inserir, imagens, vídeos… Permite informação individual ou global do cemitério. Equipamento inicia a apresentação inserida após o activar dum sensor de movimento perto do local;”
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    in http://www.globaltronic.pt/index.php/pt/noticias/?id=372
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    Não haja dúvidas que os tugas não cessam de me surpreender. ehehheh

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  6. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    4 Dezembro, 2011 14:26

    E embalsamar a família para pôr na sal? Olha …o que se poupava em terrenos para cemitérios que dariam para campos de golfe…

    Ponderar as Dificuldades …..coisa que raramente se faz por cá….daí as dificuldades actuais..e futuras….

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  7. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    4 Dezembro, 2011 14:26

    Voando sobre um ninho de relvas daninhas….

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  8. tric's avatar
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    4 Dezembro, 2011 14:31

    Citing research conducted by the European Commission, the National Confederation of Greek Commerce (ESEE) announced on November 7 that 68,000 small and medium-sized enterprises in Greece have gone out of business since 2010. This is more than double the 30,000 businesses that shut down over a seven-year period between 2003 and 2010.
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    According to ESEE, some 53,000 businesses are currently struggling to stay afloat and may close by the end of this year.
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    Meanwhile, the number of shop vacancies around Athens, Thessaloniki and other big cities is growing despite a steep 30-percent drop in rental prices. About 20 percent of all shops along downtown Ermou Street and in Kolonaki – two of the city’s busiest shopping districts – are vacant, according to ESEE. The same data show half of all first-floor shops and offices in Athens are also vacant.
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    The business owners’ association in Thessaloniki estimates 21 percent of shops have gone out of business so far this year in this northern city.
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    http://www.athensnews.gr/issue/13469/50358

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  9. O Raio's avatar
    4 Dezembro, 2011 15:17

    anti-comuna escreveu:

    “a TAP até deveria pensar em que trata do seu handling,”

    Impossível, a separação do handling do negócio do transporte aéreo é uma exigência da Comissão Europeia.

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  10. O Raio's avatar
    4 Dezembro, 2011 15:19

    O problema que se coloca é:

    É impossível crescer com déficits exagerados ou, é impossível ter deficits equilibrados sem crescimento?

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  11. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 15:19

    “Impossível, a separação do handling do negócio do transporte aéreo é uma exigência da Comissão Europeia.”
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    Mas podem as companhias aéreas negociar com os aeroportos níveis mínimos de serviço, logo, melhor handling. 😉

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  12. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 15:28

    “Citing research conducted by the European Commission, the National Confederation of Greek Commerce (ESEE) announced on November 7 that 68,000 small and medium-sized enterprises in Greece have gone out of business since 2010. This is more than double the 30,000 businesses that shut down over a seven-year period between 2003 and 2010.”
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    Tric, o seu socialismo enlatando e importado continua a ver navios. O sucesso de uma economia não se mede pelo número de falências de uma economia. Vá lá, que eu hoje estou bem disposto e posso-lhe dar mais umas luzes sobre a questão:
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    http://tinyurl.com/dyfvc8x
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    O sucesso de uma economia mede-de pela produtividade e não pelo consumo; mede-se pela acumulação de capitais e não pelo número de empresas sobreviventes; e mede-se pela qualidade de vida e criação de riqueza e não pelo comportamento novo-rico do consumismo.
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    O seu socialismo está mesmo encardido na sua psique, que até nos quer obrigar a engulir big brothers e telenovelas, mesmo que não queirams, tal é o seu ódio à liberdade individual.

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  13. Piscoiso's avatar
    4 Dezembro, 2011 15:28

    Essa das lápides dos cemitérios com vídeos pode estar sujeita a censura se um cromo deixar no testamento que quer na sua lápide um vídeo pornográfico.

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  14. tric's avatar
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    4 Dezembro, 2011 15:29

    Como a realidade de Portugal de 2012 não deve andar muito longe da que actualmente se vive na Grécia, alíàs deve ultrapassar ainda a realidade da Grécia de 2011, pois Portugal irá apanhar uma conjuntura económica internacional mais negra em 2012 do que os Gregos apanharam em 2011…
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    68 000 + 53 000 = 120 000 empresas
    supondo que a média por empresa nas PME´s é 4 trabalhadores ( por benevolência )
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    4 x 120 000 = 480 000 desempregados ( novos )
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    vem ai uma hecatombe social…destruição da malha ecónomica interna de Portugal e vender as Grandes Empresas Nacionais…se isto não é um politica de destruição económica de Bárbaros, roubam as “nossas joias”-Grandes Empresas e queimam tudo o resto…

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  15. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 15:32

    “Essa das lápides dos cemitérios com vídeos pode estar sujeita a censura se um cromo deixar no testamento que quer na sua lápide um vídeo pornográfico.”
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    Bem, há padrões minimos de comportamento a assegurar. Não implica violação da liberdade individual, mas respeito pela liberdade alheia.
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    Em todo o caso, por mim, desde que os figurantes das cenas sejam “bons artistas”, nada a obstar às imagens do dito cujo. ehheheheh

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  16. IFIGENIO OBSTRUZO's avatar
    IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    4 Dezembro, 2011 15:34

    Curioso..muito curioso..então a tapa não lixo?
    TAP recebe prémio de melhor companhia aérea da Europa

    Os prémios Global Traveler são uma espécie de Óscares do turismo, apurados através de um inquérito em que participam 36 mil passageiros das companhias aéreas. A melhor do mundo é a Singapore Airlines, mas a melhor da Europa é a TAP.
    03.12.2011 – 18:14 | Por LQP
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    A TAP recebeu em Beverly Hills, nos Estados Unidos da América, o prémio que a distingue como a melhor companhia aérea da Europa na oitava gala anual da revista “Global Traveler”. Estes prémios são atribuídos pelos leitores daquela revista, através de um inquérito – o “GT Tested Reader Survey” – a que responderam 36 mil passageiros frequentes e passageiros executivos das companhias aéreas nomeadas.

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  17. JCA's avatar
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    4 Dezembro, 2011 15:41

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    A-C de vez em quando um bate papo entre nós dá um bocadito de adrenalina:
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    Quem fabrica as notas e moedas ? É o trabalho ? É o investimento ? São os Empreendedores na Industria, Comercio e Serviços ? Não. É a ‘casa da moeda’.
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    Ora bem num ponto estamos de acordo, há biliões de esfomeados por esse Mundo fora. O que precisam ? Notas e moedas.
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    Como dar-lhas ? Duas vias: mantendo globalmente o mesmo total de notas e moedas e transferindo dos que têm mais para os que têm menos. Ou deixando os que têm mais com o mesmo e fabricando mais notas e moedas globalmente para dar (é o termo DAR) aos que têm menos para se ir aproximando do que têm mais.
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    Para isso o que é preciso ? Fabricar mais moedas e notas. Equem as fabrica ? O empreendedor que na fabrica produz mais automóveis ? O comércio que vende mais vestidos, sapatos, lexivias, papel higienico noite etc ? Os serviçso que vende mais advocacia, férias, night 24 Julho/Ribeira, bares, cinemas etc ? Não.
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    É a maquineta que imprime notas e cunha moedas tal como se faz na publicidade de qualquer Empresa de Industria, Comercio ou Serviços. Além destes 3 há os outros dois ‘nematodes’ ou ‘nematelmistas’ : as Finanças(Bancas no Privado e Fisco nas Publicas), o setor Governança/Lobby.
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    Explique lá quem é que manda imprimir mais ou menos moeda. Ora bem, sabe bem quem é.
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    Para não haver inflação a solução é destruir milhões de Postos de Trabalho, encerrar milhões de Empresas, aarrasar Tecidos Economicos de nações inteiras etc para quê ????
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    Note que na ainda configuração da UE e da Zona Euro há Nações. Estados é retórica, veja a Alemanha cujo Parlamento está acima do que a UE ou a Zona Euro decide. Em Português linear está-se marimbando para o que a União ou a Zona decidem. Estão acima disso.
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    Tem razão num basico, é presiso aumentar exportações. Mas não chega. É confundir a arvore com a floresta. Embora não seja nada mau que em cada 10 euros importados 9 sejam já ‘pagos’ pelas nossas exportações. Mas até podia ser muito melhor.
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    No tempo do Salazar eram quadros parecidos que suponho o senhor faria mais por falta de ‘ver mundo e ter vivido no munco’ que por maldade ou má intenção. Mas interessavam ou interessaram para quê: para os Cidadãos viverem em tugurios, de bota rota com papel de jornal como palmilha para no inverno entrar menos àgua, para comer o quartilho de sardinha a divir por n etc ??? Para uma multidão que já enterrada e sofreu tudo isso para quê ???
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    Bom quando mete essa da inflação e da contra-inflação ao barulho ……. Qual é a sua opção ? Mais desempregados até ao limite da falta de dinheiro para lhes pagar Subsidios de Desemprego e abandoná-los debaixo da ponte incluindo as crianças deste país ? Mais encerramentos de Empresas (as tais 90% que garaantiam o pleno Emprego) para pelo menos esperar 10/15 anos para substitutas atingirem o ‘no teturn point’ de não falirem admitindo um quadro sustentado de crescimento ??? etc etc
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    Gosto do ouvir: qual é a sua opção em termos de Globalização e de Poder de Compra dos Cidadãos ao nivel Nação da espécie de Confederação de Estados a que se chama União Europeia e Zona Euro ?
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    Não provoque negativamente a Alemanha que diz defender. Há muito mais Mundo para além da Alemanha. Há muito mais Vida na União Europeia para além da Alemanha e da França. Não os cegue para os levantar à guilhotina. Embora admita que AC conscientemente esteja a ativar alguma má fé.
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    Creio que o amigo nunca viveu em periodo de inflação a sério ? Mas ainda há muitissimos milhares de Portugueses que compraram casa aos ‘inacreditaveis’ 23/25% de juro, os Empresários que investiram com dinheiro da Banca a mais etc etc. E sabe o que aconteceu ? A União Europeia, cada uma das suas Nações membro etc cresceram explosivamente. Nunca estiveram em recessão nem em Desemprego nem em Empobrecimento como hoje.
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    AC respeito-o como um esforçado, gosto de discutir consigo por ser um bem intencionado, não tenho duvidas que estáinflamado como eu para reacender rapidamente Portugal. Mas sinceramente não vislumbro que LUZ quere acender nem que interruptores quere ligar para a Riqueza começar a inundar Portugal. Porque isso de fazer figura de rico com dinheiro emprestado já deu o que tinha a dar nos tempos da fidalguia e da Corte que não tinham onde cair de mortas. E os Portugueses têm muito mais capacidade e categoria que essa elite de micro gente parasita.
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    Mande o contraditório para cima de mi. Uma boa discussão é melhor que um banquete de caviar, lagosta e outras virtualhas.
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    Declaração de interesses: se for preciso um texto de florentinices e rebuscados de palavreado também se arranja tão denso quando seja preciso para justificar interpretador. Mas não prefiro sublimar isso tudo e escrever na SIMPLICIDADE como ‘terra, chão e pedra’ para todos perceberem. Assim ao bocado ao jeito dos ‘anglo saxonicos’.
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    Quando tiver vagar divulgarei textos de leis dos ‘beefs’ para compararem como as escrevem com as que alguns Portugueses as escrevem; não falo nas boches que são ‘montanhas de papel e papelada’ a mais. E os três para tentar alcançar a mesma coisa …..
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  18. JCA's avatar
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    4 Dezembro, 2011 15:46

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    AC desculpe onde se lê “Embora admita que AC conscientemente esteja a ativar alguma má fé.” saiu gralhado. Obviamente deve ler-se “Embora admita que AC conscientemente NÃO esteja a ativar alguma má fé.”
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  19. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 16:13

    “Quem fabrica as notas e moedas ? É o trabalho ? É o investimento ? São os Empreendedores na Industria, Comercio e Serviços ? Não. É a ‘casa da moeda’.
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    Ora bem num ponto estamos de acordo, há biliões de esfomeados por esse Mundo fora. O que precisam ? Notas e moedas.”
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    O amigo equivoca-se logo aqui. Sabe porquê? Porque de Vc. criar moeda muito acima do crescimento do produto potencial, está a criar dinheiro mas a baixar o poder de compra dos habitantes, logo, se estavam esfomeados, esfomeados estarão. Penso que o seu problema e de muitos é não compreenderem mesmo a questão do dinheiro. É que de nada vale eu ter mais dinheiro numa economia, se a produção não aumentar, os preços sobem e o poder de compra baixa. É tão simples como isto. Porquê que se dão os fenómenos da hiperinflação? Porque o dinheiro é criado na tal casa da moeda sem o correspondente aumento do produto potencial.
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    “Para não haver inflação a solução é destruir milhões de Postos de Trabalho, encerrar milhões de Empresas, aarrasar Tecidos Economicos de nações inteiras etc para quê ????”
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    Não. É aumentar a produtividade e a produção. Em especial a primeira.
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    ” Mas interessavam ou interessaram para quê: para os Cidadãos viverem em tugurios, de bota rota com papel de jornal como palmilha para no inverno entrar menos àgua, para comer o quartilho de sardinha a divir por n etc ??? Para uma multidão que já enterrada e sofreu tudo isso para quê ???”
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    No tempo do Botas, Portugal teve um dos maiores aumentos do nível de vida, que a história contemporânea regista. Podemos não gostar do regime, mas a realidade é como é.
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    “Creio que o amigo nunca viveu em periodo de inflação a sério ? Mas ainda há muitissimos milhares de Portugueses que compraram casa aos ‘inacreditaveis’ 23/25% de juro, os Empresários que investiram com dinheiro da Banca a mais etc etc. E sabe o que aconteceu ? A União Europeia, cada uma das suas Nações membro etc cresceram explosivamente. Nunca estiveram em recessão nem em Desemprego nem em Empobrecimento como hoje.”
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    O crescimento económico europeu começou a cair quando a inflação começou a corroer os ganhos de produtividade e poder de compra. Basta analisar o comportamento económico de Portugal pós-guerra.
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    O seu problema é pensar que imprimir mais dinheiro resolverá o problema. Não resolve. Porque pode ter dois resultados. Um, à japonês, em que o QE não resolveu o problema estrutural. (Que o gajo do Nomura apelida de balancesheets imbalances.) Ou à Zimbabwe, em que mais dinheiro na economia não gerou a produção necessária para colmatar a brusca aceleração do dinheiro.
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    O seu problema está em acreditar que é o dinheiro em circulação é que gera a procura quando é a produtividade que gera essa procura. A menos que gere uma procura artificial através do crédito, onde vai consumir no presente a produtividade e rendimentos do futuro. E neste último caso, há coisas casos a considerar. O primeiro, é que Vc. não pode ter a certeza que os rendimentos do futuro serão iguais ou mais altos que os actuais. Não o sendo, Vc. fica com um problema bicudo para resolver. Primeiro, não poderá mais endividar-se, pois o risco é alto e existem limites ao endividamento. Segundo, mesmo o endividamento presente poderá ser colmatado pela produção do exterior, logo maior o empobrecimento, pese embora um consumo momentâneo artificial. O outro ponto é este, mesmo que os rendimentos do futuro sejam mais altos, podem não ser suficientes para pagar o serviço da dívida acumulada.
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    O seu problema é pensar que o o poder de compra e respectiva produção para colmatar as necessidades desse poder de compra dependem do dinheiro per si e não da produtividade e da produção real. É não compreender que vivemos sob economias abertas para exponenciar as especializações e os aumentos de poder de compra. E não compreender que o dinheiro é uma coisa e seu poder de compra outro.

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  20. anti-comuna's avatar
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    4 Dezembro, 2011 16:32

    Caro JCA, eu não tenho agora muito tempo para lhe dar eexemplos práticos para demonstrar que Vc. está errado. Só vou tentar dois exemplos, para provar que Vc. está errado.
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    Imagine uma ilha com 1000 habitantes e sem trocas com o exterior. Cada qual é especializado na produção de um dado bem ou serviço. Uns pescam, outros apanham cocos, outros fazem instrumentos, etc. Vamos supor que aquela gente decide criar uma unidade de conta para facilitar as trocas comerciais. E decide usar um tipo de metal raro na ilha, descoberto há uns tempos atrás. Vamos chamar a esse metal, aéreo. E que a comunidade decide usar esse aéreo como dinheiro. O Templo vai trocar aéreos por produção da ilha. Digamos, 1 aéreo por 1 kg de peixe, 2 aéres por 1 kg de carne, etc.
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    Vamos supor agora que a economia da ilha cresce com novas formas de produzir, novas tecnologias, mais população, etc. E vamos supor que não foi descoberto mais metal para fazer moedas. O que irá acontecer? Deflação. Isto é, como há mais produção e a mesma quantidade de dinheiro, o preço do peixe, da carne, etc vai cair. Isto acontecendo, os aéreos sobem de valor ou preço. Daí que face ás limitações do dinheiro em circulação, a actividade económica começa a emperrar. Os gajos terão que aumentar o dinheiro em circulação para aumentar a eficiência económica ou cada produtor terá menos incentivos a produzir, etc.
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    Mas pode acontecer o contrário. Um belo dia, nessa ilha, um dos habitantes durante a sua pesca submarina descobre um veio de aéreos no fundo do mar. E sem ninguém saber, o gajo vai extraindo o aéreo e metendo-o na economia. O que vai acontecer? Ele vai aumentar o dinheiro em circulação e sobe o seu poder de compra. Mas os demais cidadãos vão começar a sentir um aumento de preços, sem explicação. Ou seja, cada vez mais precisam de ter mais aéreos para fazer face ao seu consumo normal. Aquilo que antes custava um aéreo para comprar 1 kg de peixe passa a custar 2 aéreos. O produtor de peixes vai tentar produzir mais peixes para vender no mercado, mas tem limitações várias. Desde limitações tecnológicas, naturais como a própria natureza não permitir uma sobreexploração, até falta de capitais, não apenas humanas mas até de dinheiro para investir. E quanto mais o gajo que descobriu os aéreos na economia da ilha os mete em circulação, maior o custo de vida dos habitantes, com excepção do gajo que “emite moeda.” Todos os demais são perdedores e cada vez mais pobres, apesar da maior abundância de dinheiro na ilha.
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    Este é um exemplo prático do problema do excesso de circulação monetária ou escassez dela. Em ambos os casos, a economia da ilha começa a sofrer vários problemas devido à questão do dinheiro.
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    Se quiser ser menos simplistas, estude como se forma os preços no mercado de acções da Bolsa de Lisboa e vai compreender como isto até se aplica no dia-a-dia de uma economia como a portuguesa.

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  21. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    4 Dezembro, 2011 17:18

    O desespero faz nascer as teorias mais estapafúrdias agora temos que sofrer com a novel absurda Teoria da Inflação para o Crescimento.
    Uma bizarria vinda de gente que não olha para os problemas e prefere sempre o caminho mais fácil: Despejar Dinheiro. Dos outros obviamente.
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    Se Dinheiro traz crescimento porque é que Portugal não cresceu durante 10 anos quando rebentou todos os records de endividamento?
    Porque é que os Ingleses em pleno QE têm 5% de inflação e crescem a 1%. Ou seja as famílias em plena recessão.
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    O Dinheiro não traz crescimento. O Dinheiro não torna as pessoas mais competentes. O Dinheiro não são pessoas. O dinheiro não torna os alunos portugueses educados na Escola Publica Socialista para serem eternos trabalhadores de repente em empresários cheios de ideias.
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    PS: Os fanáticos ditos Europeístas são Unionistas não Europeístas pois não têm monopólio da Europa.

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  22. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    4 Dezembro, 2011 18:22

    Olha a austeridade fresquinha! Olha a austeridade fresquinha!
    .
    http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=2165566&seccao=Ferreira%20Fernandes&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
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    Qual socialismo,qual neoliberalismo. Viva a gordurocracia!

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  23. Buiça's avatar
    Buiça permalink
    4 Dezembro, 2011 18:44

    Um único comentário: os recursos não são escassos, as mamas é que são demasiadas.
    Se não nos dedicarmos tanto a aprofundar ainda mais o recorde de diferença entre ricos e pobres do mundo civilizado, temos à disposição 10 milhões dos recursos mais valioso à face da terra.

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  24. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    4 Dezembro, 2011 19:16

    Ainda não vi nenhuma gordura cortada por este governo.
    O que eu vejo é que estão a cortar nos orgãos que ainda funcionam na economia.
    Antevejo um cenário muito pior do que a implatação do comunismo em Cuba!

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  25. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    4 Dezembro, 2011 19:22

    Lá em baixo, o ilustre professor doutor CAA, lídimo representante dos povos da Baixa Galiza (que querem ser independentes de Portugal! pois já estão fartos de aturar uma Lisboa saloia e corrupta!) não sabe o que há-de dizer à cerca da barracada do Ministro Relvas em Portimão.
    Por acaso, ele já pensou, que os Presidentes de Junta de Freguesia são portugueses de armas e de corpo inteiro e não são um grupo de chupistas, paraquedistas, oportunistas, corruptos e incompetentes que povoam os salões do poder em Lisboa.
    Pensem nisso, e tenha mais humildade por aqueles que sempre defenderam o território português, desde 1383, 1640, e tantas outras datas heróicas da História de portugal, enquanto a fidalguia de Lisboa e arredores negociavam mas costas do Povo a independência de Portugal, como hoje acontece novamente.
    Pensem nisso e tenham vergonha na cara!

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  26. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    4 Dezembro, 2011 19:47

    Não seja pateta Arlindo Costa. Quem quiser uma Freguesia que a pague com os dinheiros locais ou seja dos Fregueses.
    Nenhum dinheiro do Estado Central deve ir para as freguesias. Por corolário o mesmo Estado não deve intervir na sua criação ou desaparecimento. Deve ser deixado aos locais decidirem a sua existência, extensão, que impostos pagam etc.

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  27. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    4 Dezembro, 2011 22:26

    E o dinheiro dos fregueses deve ir para o Estado Central, ó pateta Luck?
    Cambada de grunhos, que ainda não viram que as freguesias – tais como as famílias – são as células da nossa sociedade!

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  28. afédoshomens's avatar
    afédoshomens permalink
    5 Dezembro, 2011 09:47

    Ainda não vi nenhuma gordura cortada por este governo. Arlindo dixit
    Mas eu vi:
    foi suprimida uma obesa vespa…….mas ao lado cresceu uma bactério tipo cogumelo,chamada AUIDi A7

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  29. afédoshomens's avatar
    afédoshomens permalink
    5 Dezembro, 2011 09:51

    O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse na noite de domingo que se a palavra do primeiro-ministro «não for honrada» relativamente à Zona Franca «será outra a atitude» da região.
    dixit o pigmeu gigante da madeira.
    quero ver o gov. sempre tão pressuroso em bater nos caídos no chão a lider com o gov. autónomo da madeira…
    para mim vai ser a última chance que lhe concedo,mas não sou pateta,antevejo já o que vai suceder.
    Com um pateta que cai no logro de uma qualquer pindérica girls-band, ou escurinha massamaniana…

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