Duas formas similares de abuso
Dois casos reveladores da cultura de cada país:
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«O activista político e líder do Movimento de Frente Esquerda russo, Sergei Udaltsov, foi ontem preso pela 14ª vez este ano…..» (in Público)
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«O dono de uma pastelaria de Braga queixou-se hoje de “perseguição”, depois de ter sido detido 16 vezes em três meses pela GNR por alegadamente se encontrar dentro do estabelecimento uns minutos para além do horário de funcionamento.(*)»
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No primeiro, estamos perante a tradicional ausência de cultura democrática e de abuso de poder político que infelizmente marcam ainda o dia-a-dia daquele país.
No segundo, temos a imagem perfeita e bem portuguesa da utilização do podersinho pessoal – também formalmente dentro da lei, e que por uma vez é tão escrupulosamente aplicada, embora apenas o seja porque se estará perante o incómodo pessoal de um senhor magistado que não se coibe de atazanar o seu cidadão vizinho fazendo-lhe ver não apenas quem manda mas como consegue colocar a força de uma autoridade submissa ao seu serviço pessoal.

Na Rússia, a coisa tá preta para o Bloco de Esquerda lá do sítio…
Em Portugal, é sempre os poderzinhos dos fidalgos, barões e juízes a atazanar a vida dos cidadãos simples que têm que se levantar de manhã para pagar os ordenados e as reformas douradas a esta fidalguia!
E há policias que se sujeitam a estas poucas-vergonhas!
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Quanto a mim, mero leigo, é precisamente por esta caracteristica bem portuguesinha que temos ai agora a Troika…
…e sempre que se fala de “aumentar a produtividade” e se aponta o foco para os trabalhadores, apenas consigo lembrar-me da forma como os “lideres” (Gestores, Magistrados, Politicos, Autarcas….)são de facto os responsaveis desta crise!
A falta de produtividade advem dos modelos e formas de gestão….e não da “preguiça” ou “abuso” dos trabalhadores (q certamente tambem os haverá incompetentes e mandriões) !
Esta cultura do “rei na barriga” e o “eu é que sei” e dos “compadrios” e da “aplicação da lei apenas quando dá jeito a quem manda”…é este o estigma que nos prende as pernas, e que atrofia a sociedade!
Se esta questão estrutural fosse corrigida, estou certo o desempenho do pais seria outro!
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sim , sim … a aplicar aos maquinistas da CP , certamente …
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Ainda assim, vamos lá sublinhar dois pontinhos, só, a saber, que o senhor de Braga foi já detido 16 vezes e o ativista russo, 14 vezes, só, que tendo em conta a grandeza do país, maior discrepância perfaz, depois, talvez refletir que num caso há subversão política, lá sabemos a que ponto esquerda e torcida, enquanto ali em Braga o pobre de um homem se fica a arrumar a vassoura, a correr uma cortina, se não sentado uns minutos, ao fim de um dia, a descansar. E não comparemos o que não é comparável, porventura, como dizer que o ativista político da frente nacional é preso e represo da mesma maneira que um gajo no texas iria de cana na certa, não fosse ter-se matado, primeiro, trajado de pai natal. Ou seja, na busca de comparações, nem dá para imaginar a capacidade que um homem tem de inventar .
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E como o dono da pastelaria teve que encurtar o horário de funcionamento – passou a abrir às 9, quando anteriormente abria às 7, e passou a encerrar às 21 em vez de às 24 – teve que despedir pessoal.
Mais um valioso contributo da magistratura portuguesa para o desenvolvimento económico.
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Não conheço a ‘estória’ bracarense, mas que há muito bar, restaurante e padaria a incomodar pacatos cidadãos impedindo-os de dormir, de trabalhar, de estudar nas suas próprias casas lá isso há. E nenhum governador civil ou presidente de câmara pôe cobro a esse chinfrim; aliás são os promotores primeiros do chinfrim em que o país vive, com corridas que fecham ruas, com festas e eventos que atroam os ares e o sossego de quem lhes paga os postos. Puta que pariu padeiros, donos de bares, disputecas e outras merdas desse jaez. Deviam ser obrigados a estabelecer-se a 500 metros das casas das pessoas. Esses e os cabrões das obras, da parque escolar socretina que me dão cabo do juizo há meses.
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Mais uma forma similar de abuso:
http://belmonte190.blogspot.com/2011/12/homem-e-preso-por-estuprar-15-vezes.html#links
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Há aqui dois assuntos distintos : um, o que parece o excesso de zelo da polícia para obrigar o comerciante a cumprir a ordem do Tribunal, excesso que se poderá atribuir ao cargo exercido pelo queixoso. É muito lamentável.
O outro assunto é o abuso do próximo com os ruídos de vizinhança, que podem atingir limites de total insuportabilidade e que tem um regime mais do ineficaz em Portugal. O dono da loja devia – mesmo sem gnr – adaptar os seus horários para cumprir uma decisão judicial. Creio que umas multas a sério resolveriam o problema.
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Sempre me irritou o ladrão a perguntar cadê os outros. Calculo que excesso de zelo teve esse comerciante a azucrinar os vizinhos, mas desta vez saiu-lhe o tiro pela culatra.
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pois, abuso puro e agravado de poder, simplesmente!…
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se o Salazar ainda nos governasse, poderia suspeitar-se de perseguição política… há certos magistrados, neste país, que não devem nada aos metodos pidescos de outros tempos!
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cada vez que se fala de justiça e de polícias deste país, fico em estado de choque!…
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Começo a ficar preocupado, por estar “tantas” vezes (quase) de acordo com o Blasfémias!
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“Dois casos reveladores da cultura de cada país”? Eu diria que são antes três…este comentário revela o pior que há no jornalismo, e por arrastamento, nos blogs. Não se questiona a eventual falsidade da noticia…a eventual aldrabice do dono da pastelaria…mas dá-se por certo a mesquinhez do magistrado! Claro…é mesmo isso que faz a noticia. Se depois se revelar falsa já ta feita a reportagem (e também o post, pois os assuntos escasseiam).
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“podersinho”?
Naturalmente!, com os professores emigrados…
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Isto faz lembrar as perseguições do fujão sócrates, antes de se lhe acabarem o dinheiro e os credores, aos jornalistas que não o idolatravam.
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É preciso ler a notícia até ao fim…
O tipo da pastelaria é um aldrabão! Foi detido 4 vezes e não 16.
Se a Justiça funcionasse mesmo, nem de 4 detenções precisaria, porque se não o tivessem deixado sair do calabouço, não tinha tido tantas oportunidades de prevaricar.
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Prendem e ameaçam um simples pasteleiro, mas ninguém consegue prender os gatunos que roubaram na Banca Nazional de Los Pulhas!
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E não há por aí um magistrado que mande prender este magistrado?
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Eu li a história do *pasteleiro*. Está tão incompleta que, francamente,
*cheira-me a esturro *.Realmente ele alega (no CM) que apenas não
cumpria o horário de trabalho por ser proprietário.
ORA BEM:
quem vai acreditar que não haverá mais nada a acrescentar?
ESTOU CÉTICO (céptico) : pode ser como ele diz, mas estou cético,
o que querem . . .
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Não haverá nenhum magistrado que mande prender
o autor da nossa desgraça financeira?
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